Uma tradição de bom atendimento e de velhos costumes que encantam várias gerações vem garantindo a sobrevivência de um dos bares mais antigos de Curitiba: o bar “Casa Velha”, que funciona no mesmo lugar desde 1927 na Avenida Mateus Leme, entroncamento com a Rodovia dos Minérios, próximo ao Parque São Lourenço, no bairro Abranches, mantém as mesmas características desde que foi fundado.A data exata da inauguração é desconhecida pelos proprietários atuais. Desde a sua criação, o bar passou por oito proprietários e todos eram de origem polonesa. O atual proprietário é Aluísio Fernando Mickosz que administra o botequim juntamente com seus familiares. A família Mickosz exemplica a fidelidade dos fregueses do bar.Um dos principais segredos do “Casa Velha”, pela sua longevidade, é a simplicidade em servir, como nos velhos tempos, em que o freguês ainda pode escolher os petiscos através de um balcão frigorífico, onde ficam expostos os salames, queijos e outros quitutes. Mas a sua maior atração são os pratos especiais, do dia, que são servidos de quarta a sexta-feira à noite.O “Casa Velha” é frequentado por pessoas de diferentes idades e gerações. Durante a tarde são presenciados grupos de idosos da região que vão ao bar para bater papo. Mas durante a noite, no dia em que há pratos especiais, a freguesia é formada por rodas de amigos, casas e famílias que se aglomeram em suas mesas e cadeiras de madeira (segundo o dono algumas delas tem mais de 40 anos) para saborearem as guloseimas servidas.Segundo o proprietário Aluísio Mickosz, na década de 1920 esse comércio teve uma função importante para os viajantes que pegavam uma das saídas norte de Curitiba em direção ao município de Rio Branco. “Esse ponto era uma espécie de parada obrigatória ãs pessoas que compravam mantimentos, isto é, nos tempos passados o bar serviu como mercearia de secos e molhados”, expõe Aluísio.O texto acima foi extraído do cardápio do Bar e foi publicado no Jornal Correio Paranaense do dia 03/08/2004.O Bar Casa Velha fica na Rua Mateus Leme, 5981 no Bairro Abranches.
Em dezembro/17 estivemos em Campo Largo no bairro Botiatuva para participar da festa de aniversário de dois sobrinhos-netos. O local da festa chamado Stodole me surpreendeu pela beleza, simplicidade e acolhimento, por isso resolvi publicar algumas fotos que fiz no dia no local.Pesquisando na internet, achei algumas informações na Folha de Campo Largo, as quais compartilho abaixo.Instalado num antigo sítio de imigrantes poloneses, no Botiatuva, o Espaço Cultural e Gastronômico Stodole é um convite para uma visita cultural e de lazer imperdível. A propriedade pertence à Família Krul, que se esforça para preservar suas principais características do imóvel rural.A principal construção do sítio é um paiol, um celeiro (por isso o nome Stodole, que é uma variação da palavra polonesa “Stodola” - pronuncia-se ‘stodóua’, que significa celeiro, paiol) que foi reconstruído. O paiol original foi construído em 1941 e já necessitava de uma reforma.O empreendimento é denominado “Espaço Cultural e Gastronômico” porque ali pretende-se realizar vários tipos de atividades, todas relacionadas com a cultura dos imigrantes poloneses e seus descendentes, em especial dos que se instalaram na região.No pavimento térreo da construção é dado maior enfoque à culinária dos imigrantes através de jantares e também de um café colonial polonês.No pavimento superior está sendo montado um museu com objetos antigos relacionados também aos imigrantes. O espaço será dividido em três exposições: uma “casa de imigrantes poloneses”, o “trabalho dos imigrantes poloneses” e “curiosidades do cotidiano dos imigrantes poloneses”.A área externa está sendo preparada para a convivência das pessoas com a natureza. Foi construída uma capela polonesa, detalhadamente adornada como as igrejas polonesas do Brasil e da Polônia.O Espaço Cultural e Gastronômico Stodole fica na Rua Paulo Bianco, 400, Botiatuva. Campo Largo - PR.
A educação esteve presente desde as origens da Companhia das Filhas da Caridade, a qual se deu em Paris/França, no dia 29 de novembro de 1633. Nesta data, Luísa de Marillac reúne em sua casa um grupo de jovens camponesas, desejosas de dedicar suas vidas, seu tempo, seus dons para o serviço dos mais pobres. Entre as tarefas assumidas, está ao ensino às crianças, particularmente as meninas e os pobres.As "Pequenas Escolas", como eram denominadas, surgem especialmente no meio rural e são estabelecidas junto às Confrarias da Caridade, ação empreendida por Vicente de Paulo desde o ano de 1917 e junto às quais as primeiras Irmãs atuaram de forma direta.O ano de 1849 assistiu à chegada das primeiras Filhas da Caridade no Brasil, vindas da França. Instalando-se na cidade de Mariana /MG, deram início à primeira obra educativa em terras brasileiras: o Colégio da Providência.Em 1904, chegaram ao Paraná, mais precisamente à Colônia Polonesa de Abranches, próximo a Curitiba, três Irmãs vindas da Polônia. Através delas, a Companhia respondeu ao pedido dos imigrantes poloneses que aí residiam, desejosos de oportunizar uma educação de qualidade a seus filhos. Nasce, assim, a Escola Polonesa São José - hoje Colégio Vicentino São José, sendo esta a primeira obra da Província de Curitiba.As Irmãs atendiam não somente às necessidades escolares, mas também outras que surgissem, tanto na área da saúde, como ambulatório ou mesmo nas famílias.Após a 1ª Guerra Mundial foi proibido lecionar em língua estrangeira e as Irmãs sujeitaram-se a exames prévios de língua portuguesa, a fim de continuar sua missão de mestras, lecionando somente em Português.Em de 16 de julho de 1942, passou a denominar-se Instituto São José, até 1975. Em 1948, foi concluído o atual prédio, funcionando o curso primário, com grande número de alunos. A partir de 1976, a escola passou a chamar-se Escola São José do Bairro Abranches.Em 1999, atendendo ao pedido de muitos pais e alunos, iniciou-se o curso de ensino médio, aprovado pela Secretaria da Educação. A escola passou a chamar-se Colégio Vicentino São José, tendo como lema: Educação Para a Vida.A história do Colégio Vicentino São José está muito ligada à história da Província Brasileira da Congregação da Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, pois foi em Abranches que as portas se abriram para acolher as três abnegadas Irmãs Missionárias que lançaram sementes de boa qualidade na terra dos pinheirais do Paraná, e esta cresceu, desenvolveu-se e está dando muitos frutos de fé, abnegação e muito amor.As informações aqui prestadas foram extraídas do site do Colégio Vicentino São José, onde poderá encontrar muito mais.
No final da década de 1960 o Sr. Wilhelm Seiler, nascido na Suíça e conhecido em Curitiba como Guilherme Seiler, proprietário de uma fábrica de brinquedos de madeira que ficava na Avenida Iguaçú, bancou a hipoteca de uma casa no bairro São Francisco que pertencia à um comerciante de carnes sírio-libanes, para ajuda-lo a superar uma crise financeira. Como esse comerciante não conseguiu honrar suas dívidas, a propriedade da casa foi passada ao Sr. Guilherme.A casa estava em péssimo estado de conservação, como pode ser visto na foto de 1970, o que demandou uma grande reforma que foi iniciada em principio sem o conhecimento da sua esposa, já que o Sr. Guilherme temia que ela ficasse muito brava com a história toda. Quando sua esposa conheceu a casa, apesar da situação em que se encontrava, passou a apoiar a reforma e uma vez concluída, gostaram tanto que mudaram-se para a casa que foi originalmente construída em 1897 e que em 1972 estava totalmente reformada, com uma bela varanda na lateral diante de um aconchegante jardim.A casa é uma Unidade de Interesse de Preservação e permanece sendo uma linda moradia, constituindo-se num verdadeiro oásis numa região que já é muito diferente do que já foi um dia.
A história do Hotel Johnscher tem início no ano de 1917, quando a família Johnscher (família de imigrantes alemães donos de hospedaria na cidade de Paranaguá) resolve aproveitar um dos eixos hoteleiros da Curitiba da década de 1910 para explorar um estabelecimento ali existente.Este eixo é a Rua Barão do Rio Branco (até 1912 Rua da Liberdade) que neste período é o caminho natural de passageiros que chegam e/ou saem de Curitiba utilizando a Estação Ferroviária. Outro detalhe da importância desta rua era que ali estavam os principais prédios públicos da cidade, tanto da administração municipal como estadual.Os Johnscher, transferindo residência do litoral para a capital, assumiram, em 1917, a administração do Hotel Paris instalado no imóvel da família Parolin. A primeira tarefa dos novos administradores foi mudar o nome, pois a reputação do anterior não era boa. Com o passar dos anos e algumas reformas no prédio, os Johnscher elevaram o prestígio do estabelecimento de "má fama" para um dos mais importantes hotéis do sul do país.O "Johnscher" foi um dos primeiros estabelecimentos sulistas a dispor de rede de telefonia interna, água quente e fria encanada, lavanderia própria a vapor, câmera frigorífica, entre outras benfeitorias e a sua clientela alvo, nos primeiros anos, eram comerciante em viagens de negócios.Sobre a administração de Francisco L. Johnscher, o prestigio do hotel foi elevando-se gradativamente e chega ao seu ápice nas décadas de 40 e 50 quando o estabelecimento já era referência de qualidade e tradição, recebendo personalidades de diversas áreas.Após a morte de Francisco Johnscher, em 1962, o hotel continuou com a família até meados da década de 1970 quando o estabelecimento fechou as suas portas. O prédio do Hotel Johnscher ficou fechado por aproximadamente vinte anos, sofrendo, neste período, grande deterioração.Em 1995 foi doado ao município de Curitiba que repassou, através de licitação, a iniciativa privada como forma de preservar o patrimônio histórico, pois o mesmo foi classificado como UIP (Unidade de Interesse de Preservação).A rede San Juan de Hotéis assumiu, em 2002, a responsabilidade de reformar e explorar, por 35 anos, o imóvel. Na reforma foram mantidas as linhas e a arquitetura eclética dos prédios do início do século XX em um sobrado de três pavimentos e de aproximadamente 610 metros quadrados de área construída. Fonte: WikipediaPublico hoje as fotos do hotel que fiz no último domingo, inclusive algumas feitas internamente onde encontrei belíssimas fotos antigas de Curitiba.
A Casa Eugênio Mottin foi construída em 1922. Depois de doada pela família Mottin para a prefeitura de Colombo-PR, foi realocada para o Parque Municipal da Uva em 2007.Em 2015 foi aberta ao público para visitação como parte do Circuito Italiano de Turismo Rural de Colombo, contendo um Memorial da Imigração Italiana. A casa mantém a pintura interna original restaurada e possui diversos objetos que pertenceram à família na época.Além de vários outros utensílios doados pela comunidade, das roupas antigas e do mobiliário talhado à mão que recriam todos os ambientes da década de 1920, um guia que acompanha a visitação conta e comenta toda a história da casa e da imigração italiana no Município.
No ano de 1950, brota no Centro um gigante com notáveis quinze andares, elemento estranho aos casarões de dois pisos que marcam os arredores de uma região considerada uma das mais antigas da cidade.O edifício foi implantado na esquina de duas ruas históricas, a São Francisco e a Riachuelo. Fica ao lado de pontos tradicionais como o Restaurante São Francisco, fundado em 1955 e que permanece no local servindo a famosa rabada à moda da casa até os dias de hoje, e o Nonna Giovanna, restaurante de massas e carnes conhecido pelo saboroso filé à parmegiana, presente na rua desde 1986.A Rua São Francisco, curiosamente, já foi conhecida como Rua do Fogo. Algumas teorias afirmam que esse nome foi dado por conta de senhoras que comandavam a cafetinagem ocupando vários casarões pelas redondezas. Já uma outra teoria diz que o nome foi dado devido a um grande forno existente em uma ferraria que funcionava por ali.O edifício está próximo a espaços públicos bem conhecidos da cidade, como o Largo da Ordem, que recebe a tradicional "feirinha" aos domingos, e a Praça Generoso Marques, endereço que abriga o espaço cultural SESC Paço da Liberdade.
Segundo relatos de moradores, nos tempos antigos era possível usufruir de uma bela vista para a Serra do Mar, mas que acabou impedida pela verticalização da cidade. O uso residencial, no entanto, liberou o seu pavimento térreo para o uso de lojas comerciais, atualmente ocupadas por um salão de cabeleireiros e por um brechó, comércio comum pela redondeza, assim como lojas de móveis antigos.Na concepção estética do edifício, o arquiteto Romeu Paulo da Costa fez uso de uma linha simplificada remetendo ao estilo art déco, aproveitando-se do lote do terreno para a conformação da volumetria. Na fachada, balcões percorrem as duas laterais do edifício, evidenciando o ritmo dos pavimentos intercalados com esquadrias pontuais construídas em madeira. Apesar da altura imponente, o prédio possui um acesso tímido com uma portada revestida em pedras de granito.Texto do arquiteto Guilherme de Macedo para o livro Prédios de Curitiba, disponível no site do Lona Arquitetos.
"“Nina, não deixe as paredes caírem”. Angela, chamada por todos de Nina, já tinha entendido o recado de seu pai, João Scandelari, mas ele continuava repetindo o alerta. Até que ela acordou. Aquilo não passara de um sonho — seu pai havia falecido semanas antes. Após sua morte, o terreno de 24 alqueires em que o imigrante italiano construiu seu casarão no Barreirinha, em Curitiba, foi dividido em lotes para seus herdeiros. Cada um iria vender a sua parte, inclusive a que comportava a casa, que seria demolida pelo novo proprietário. Mas depois do sonho, justamente na noite que antecedeu a venda, Nina tomou uma decisão: iria ficar com o lote do casarão e preservar o imóvel que representava a história de sua família na capital paranaense.
Décadas se passaram após o sonho de Nina, e o casarão da família Scandelari continua intacto na Avenida Anita Garibaldi. Do endereço mudou apenas o número ao longo do tempo: de 5054 para 5094. O imóvel, que é hoje uma unidade de interesse e preservação da cidade, foi construído por volta de 1883, data que foi encontrada gravada em uma viga do sótão. O aspecto externo permanece fiel à concepção original. De acordo com estudos de preservação realizados em 1978 pela Casa Romário Martins, da Fundação Cultural de Curitiba, o próprio João Scandelari construiu a casa com a ajuda de mais dois homens. Daquele imóvel fez o lar de sua família e fonte de renda: na entrada criou a Casa Scandelari, armazém de secos e molhados que existiu até o início da década de 1970."
Trecho extraído da matéria por "Stephanie D’Ornelas", para o Caderno Haus da Gazeta do Povo. Leia mais aqui. Copyright © 2018, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.A matéria da Gazeta foi o motivo que levou o USK Curitiba à Barreirinha no último sábado para registrar esse belo casarão na avenida Anita Garibaldi, que naquele trecho é perigosa pela velocidade dos carros em ambas as direções.