fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
Conjunto Residencial do Pilarzinho em 1965. ————————————————————— (Primeiro grande passo para solucionar o problema Habitacional existente).
Conjunto Residencial do Pilarzinho em 1965.
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(Primeiro grande passo para solucionar o problema Habitacional existente).

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
POR TODA RIACHUELO - PARTE 1
POR TODA RIACHUELO - PARTE 1
Na semana passada resolvi fotografar a maioria dos prédios da Rua Riachuelo, uma rua estreita, predominantemente comercial, no coração de Curitiba, com muita história e com um jeitão que resiste às mudanças da cidade e à vontade dos prefeitos que se sucederam ao longo do tempo.
Considerada a primeira rua de Curitiba, a atual Rua Riachuelo era um dos caminhos que ligava a pequena e isolada vila de Curitiba do século XIX ao litoral. Junto com a rua Barão do Cerro Azul, levava ao Caminho da Marina ou do Oceano Atlântico, como era conhecida na época a atual rua João Gualberto.
Desde que foi aberta, no início do século XIX até 1871, a Rua Riachuelo recebeu diversas denominações: Rua dos Veados (segundo o site Turistólia) em alusão aos animais que um dia circularam por ali. No final da década de 1830 e início de 1840, era chamada de Rua Lisboa ou Rua dos Lisboa (provavelmente em alusão à família de ervateiros com esse sobrenome que ali residiam). Com a construção de uma fonte (Carioca) também foi conhecida como Rua da Carioca do Campo ou Rua da Carioca de Cima (a Carioca de Baixo ficava em outro lugar).
Nessa primeira parte, fotos dos prédios entre a Praça Generoso Marques e a Travessa Tobias de Macedo.
POR TODA RIACHUELO - PARTE 2
POR TODA RIACHUELO - PARTE 2
Mais alguns prédios da Rua Riachuelo, dessa vez entre a Travessa Tobias de Macedo e a São Francisco. Nesse trecho penso que o destaque é o Palácio Riachuelo, que nasceu de um imóvel em ruínas no ano de 1925 pelas mãos do próspero imigrante sírio que já possuía outros imóveis na região – Jorge Pacífico Fatuch. Inaugurado em 1929, projeto arquitetônico previu o andar térreo para lojas comerciais e os superiores como moradia em geral.
Um pouco mais sobre a história da rua Riachuelo.
No início dos anos de 1850, a rua contava com a presença de alguns comerciantes portugueses que vendiam tecidos, ferragens e secos & molhados. Nessa época, não possuía pavimentação, levando os seus moradores e comerciantes a utilizarem os veículos de mídia para reclamarem sobre o problema.
Mais tarde, por apresentar forte vocação para o comércio, a rua recebeu mais atenção dos governantes quanto aos problemas ligados à infraestrutura. Era também frequentemente citada nos jornais como ponto de referência para entrega de objetos perdidos, escravos fugidos, venda de ingresso para circos e leilões de fazenda, jóias e relógios.
No final de 1871, já com pavimentação, a rua recebeu finalmente o nome Riachuelo, no trecho compreendido entre a Rua Direita, atual Treze de Maio, e o Largo da Carioca, atual Praça Dezenove de Dezembro, e essas transformações realizadas em 1880 repercutiram no comércio na região.
POR TODA RIACHUELO - PARTE 3
POR TODA RIACHUELO - PARTE 3
Mais uma bela sequencia de edificações da Riachuelo, dessa vez entre a São Francisco e a Treze de Maio.
Além da proximidade com o mercado público, a inauguração da Estrada de Ferro, em 1885 e do Passeio Público, no ano seguinte, transformaram a rua em passagem obrigatória para a maioria dos habitantes.
Foi em 1887, quando inauguraram os bondes na cidade, que a Rua Riachuelo começou a ganhar, efetivamente, o ar de modernidade, sofrendo grande remodelação para receber os trilhos dos trens e aumentando consideravelmente o número de novas construções e estabelecimentos comerciais. Assim, na virada do século, existiam ali lojas de calçados, armarinhos, botequins, farmácia, livraria, barbearia, alfaiataria, açougues, e muitas casas de secos e molhados.
Os imigrantes que chegaram em Curitiba também modificaram o comércio na região e, segundo publicações da época, mais da metade dos comerciantes estabelecidos na Rua Riachuelo eram alemães, seguidos por lusos-brasileiros e italianos. Os sírio-libaneses, que se estabeleceram próximos ao Mercado Municipal como vendedores ambulantes, passaram a ocupar, da década de 1910, as lojas da Rua Riachuelo, as quais, a partir dos anos 1950, passaram a ser quase que exclusivamente ocupadas por eles, uma vez que os alemães foram, pouco a pouco, vendendo suas lojas.
Essas últimas 3 postagens tiveram como fonte das informações o Boletim Informativo Casa Romário Martins. ''Cores da cidade: Riachuelo e Generoso Marques.'' Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, v. 23, n. 110, mar. 1996.



























