quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Esquina das Ruas Cândido de Abreu com Barão de Antonina. Fábrica fundada por Gottlieb Mueller em 1878 onde hoje está o Shopping Mueller
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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Rua Buenos Aires esquina com Benjamin Lins. De 1928 a 1965, foi a quarta sede do Museu Paranaense. Originalmente a casa do ervateiro Manoel de Macedo, cuja propriedade ia até a Rua Cel Dulcídio , onde ainda existe o portal da fábrica com o nome " Fábrica Santa Graça "
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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Registro raro da circulação de veículo motorizado na Ilha do Mel. 
Esta caminhonete era utilizada no transporte dos veranistas entre as docas de desembarque e o Hotel ali existente na época.
Esta foto é de 1932 - Na imagem estão Anna Mueller Venske (de chapéu),
Erica Venske (menina de saia branca), meu avô Cláudio Venske (6 da esquerda para direita) e Marica Venske ao seu lado.
Acervo Pessoal.

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Barca para a Ilha - 1935

quarta-feira, 26 de julho de 2017

História da cidade de Matinhos

Localizada no litoral paranaense Matinhos foi descoberto em 1820 seus habitantes primitivos eram os índios Carijós, os primeiros colonizadores foram os portugueses e italianos que fundaram colônias agrícolas.
A origem do nome decorre da mata baixa (mata de restinga, rica em epífitas) que era conhecida como matinho.
Os balneários são alguns dos responsáveis pela grande movimentação dos veranistas que procuram as Praias do Paraná, entre outros, o de Caiobá, com origem de ocupação por volta de 1926 por descendentes da colônia alemã de Curitiba (na foto o Balneário de Caiobá).
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Matinhos, pela lei estadual nº 613, de 27-01-1951, subordinado ao município de Paranaguá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Matinhos figura no município de Paranaguá.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 231-XII-1963.
Elevado à categoria de município com a denominação de Matinhos, pela estadual nº 5743, de 13-03-1968, desmembrado de Paranaguá. Sede no antigo distrito de Matinhos. Constituído do distrito sede. Instalado em 19-12-1968.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1971, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE


História da cidade de Campo Magro

Etimologia. Campo Origina-se do latim campus designando região de grande extensão de terra, que tem ou não árvores esparsas. Largo Vem do latim "largus", e refere-se a lugar de grande extensão transversal, extenso.
Origem Histórica. é antiga a denominação Campo Largo, sendo desde os tempos do desbravamento dos Campos de Curitiba, advindo da largueza dos horizontes do lugar, sendo esta a impressão que tiveram os primeiros exploradores da região dos Campos Gerais. Campo Largo tornou-se ponto de referência, sendo que esta denominação prevaleceu desde os primórdios de sua ocupação, não conhecendo outra.
O cel. Antônio Luíz, conhecido pelo apelido de Tigre, foi o grande pioneiro do atual município.
Possuía uma sesmaria onde hoje se localiza a sede municipal. Tigre morava na Fazenda N. Srª. da Conceição do Tamanduá. Prosperou, a partir do final do século XVIII, a Freguesia Colada de Tamanduá, que se situava nas proximidades da Freguesia Nova (Palmeira). Tinha muito prestígio a Freguesia Colada de Tamanduá, que rivalizava em importância, depois de Curitiba, com São José dos Pinhais, Lapa e Castro.
Segundo o pesquisador José Carlos Veiga Lopes, em 12 de abril de 1706, Antônio Luís Tigre obteve a sesmaria do Rio Verde, entre esse rio, o Iguaçu e o Capão da índia, que incluíam terras dos atuais municípios de Balsa Nova e Campo Largo; possuía também nessa mesma época a sesmaria do Tamanduá, da qual não existe carta. Antônio Luiz Tigre era dono do Tamanduá, mas não existem documentos que digam que ali morasse. Ele, morador na vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, fez petição dizendo que tinha fazenda na paragem nomeada Campo Largo, onde tinha suas lavouras e criações, onde pedia as terras que se achassem devolutas, partindo de sua demarcação para a parte de povoado até entestar com as terras de Manuel Soares. O governador do Rio de Janeiro lhe concedeu, em 12 de novembro de 1712, as terras que se achavam devolutas, não excedendo uma légua, no sítio e paragem que declarou na petição.
Em 24 de janeiro de 1726, o capitão Tigre e sua mulher Ana Rodrigues França fizeram doação a sua sobrinha Catarina Gonçalves Coutinho, casada com Braz Domingues Veloso, de meia légua de terras no Rodeio e outro tanto no Campo Largo; fez também doação de terras no Rio Verde de Campo Largo a Felipe de Santiago e sua mulher Maria Luís de Siqueira que, em 30 de dezembro de1737, venderam para Braz Domingues Veloso. Antônio Luís Tigre doou também terras a sua sobrinha Ana de Melo Coutinho; já viúvo, doou ao tenente-coronel Manuel Rodrigues da Mota, casado com sua sobrinha Helena Rodrigues Coutinho, terras no Rodeio nos lados do Itaimbé. As terras do Tamanduá, Antônio Luís Tigre e sua mulher doaram para Nossa Senhora da Conceição. Na lista de ordenanças de 1765 moravam no bairro de Campo Largo 42 famílias e no bairro do Rio Verde 6 famílias. A freguesia do Tamanduá foi criada em 1813. Em 1814, o capitão João Antônio Costa fez doação do campo em que hoje se encontra a cidade de Campo Largo para que nele se estabelecessem os habitantes que quisessem. A construção da primeira igreja começou em 1821 e foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1826, dia de Nossa Senhora da Piedade. Em 16 de outubro de
1828 foi elevada a capela curada.
Gentílico: campomagrense
Formação Administrativa
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, figura no município de Curitiba o distrito de Campo Magro.
Assim permencendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 199, de 30-12-1943, o distrito de Campo Magro foi transferido do município de Curitiba para o de Colombo.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Campo Magro, figura no município de Colombo.
Pela lei estadual nº 2, de 10-10-1947, o distrito de Campo Magro foi transferido do município de Colombo para o de Timoneira.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Campo Magro, figura no município de Timoneira.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Pela lei estadual n.º 2644, de 24-03-1956, o município de Timoneira passou a denominar-se Almirante Tamandaré.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Campo Magro, figura no município de Almirante Tamandaré.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 1993.
Elevado à categoria de município com a denominação de Campo Magro, pela lei estadual n.º 11221, de 11-12-1995, desmembrado do município de Almirante Tamandaré. Sede no antigo distrito de Campo Magro. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-997.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído do distrito sede.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 2007.
Transferência distritais
Pelo decreto-lei estadual nº 199, de 30-12-1943, transfere o distrito de Campo Magro do município de Curitiba para o de Colombo.
Pela lei estadual nº 2, de 10-10-1947, transfere o distrito de Campo Magro do município de Colombo para o de Timoneira.
Fonte: IBGE

História da cidade de GUARAQUEçABA

Entre 1638 a 1946, Gabriel de Lara, fundador da Capitania de Paranaguá, descobriu, nas encostas da Serra Negra, rica lavra de ouro, revelando o achado às Provedorias das Minas de São Paulo. Com a descoberta, inúmeros mineiros e aventureiros dirigiram-se para a região, explorando as terras e os rios em busca do ouro. Os missionários jesuítas, vindos de Cananéa fundaram no porto de Superagui, um estabelecimento agrícola e ao mesmo tempo religioso, para facilitar a catequese, visto que a população estava disseminada ao longo dos rios.
Em 1838, Cypriano Custódio de Araújo e José Fernandes Corrêa construíram uma capela no morro de Guitumbé, sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Perdões.
Em torno da Capela foram surgindo habitações e, em pouco tempo, nascia um povoado, elevado à freguesia em 1854, mas somente gozando do predicamento de Vila, no ano de 1880.
Em 1938, a Vila foi extinta e anexada como Distrito ao Município de Paranaguá. Voltou a figurar como município autônomo, em 1947.
O topônimo é de origem indígena e significa:
GUIRá: a ave, a garça.
QUIABA: o sítio do seu pouso, o local dos seus ninhos.
Em tupi-guarani, Guaraqueçaba significa lugar do Guará, uma ave de cor bem avermelhada, que era abundante na região, mas hoje, quase em extinção.
A colonização da região começou com a chegada dos portugueses ao Paraná por volta de 1545.
Gentílico: guaraqueçabano
FORMAçãO ADMINISTRATIVA
Freguesia criada com a denominação de Guaraquessaba, por lei provincial n.º 5, de 01-08-1854, subordinado ao município de Paranaguá.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Guaraquessaba, por lei provincial n.º 557, de 11-03-1880, desmembrado de Paranaguá. Constituído do distrito sede. Instalado em 25-12-1880.
Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município figura com 3 distritos: Guaraquessaba, Ararapira e Superagui.
Pelo decreto-lei estadual n.º 7573, de 20-10-1938, o município de Guaraquessaba foi extinto, sendo seu território anexado ao município de Paranaguá.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Guaraquessaba figura no município de Paranaguá, o topônimo está grafado Guaraqueçaba.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Guaraqueçaba, por lei estadual n.º 2, de 10-10-1947, desmembrado de Paranaguá. Sede no antigo distrito de Guaraqueçaba. Constituído do distrito sede. Reinstalado em 31-10-1947.
Pela lei estadual n.º 790, de 14-11-1951, é criado o distrito de Serra Negra e anexado ao município de Guaraqueçaba. Sob a mesma lei o distrito de Ararapira é incorporado ao município de Guaraqueçaba, desmembrado de Paranaguá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Guaraqueçaba, Ararapira e Serra Negra.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2001.
Fonte: IBGE PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAQUEçABA: www.guaraquecaba.com

História de Campo Largo

O ciclo do ouro no Paraná em meados do século XVI foi o principal fator de formação de Campo Largo, acompanhado pelo desenvolvimento da pecuária e também dos pontos de pouso para os tropeiros que seguiam para São Paulo.

A origem de Campo Largo é antiga, em 1819, o capitão Antônio da Costa, doou parte de sua propriedade, permitindo que naquela região se instalassem quem bem entendesse, desde que cuidasse dessas terras.
Sua colonização foi fortemente influenciada pelos poloneses e italianos, além de alemães e portugueses, entre as principais correntes.
Pela Lei Estadual nº 219 de 2 de abril de 1870, foi criado o município de Campo Largo, com território desmembrado de Curitiba e sua instalação oficial ocorreu no dia 23 de fevereiro de 1871.
Campo Largo é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população é estimada pelo IBGE em 125.719 habitantes (2016). O município é conhecido como "Capital da Louça" devida à expressiva produção e exportação desse material. A fundação da cidade ocorreu em 1870. É sede de importantes empresas como a Incepa, Porcelana Schmidt, Germer, Lorenzetti cujos produtos são conhecidos internacionalmente. O município sedia, também, uma das fontes de água mineral mais conhecidas do País, a Ouro Fino. Está situado a sudeste do estado brasileiro do Paraná e pertence à Região Metropolitana de Curitiba. Criado pela lei nº 219 de 2 de abril de 1870, e instalado em 23 de fevereiro de 1871, foi desmembrado de Curitiba.

Campina Grande do sul

História


 

Em 1666, surgiu o povoado Campina Grande. Era uma pequena região que pertencia ao Município de Arraial Queimado (Bocaiuva do Sul). Em 1873, foi criado a freguesia (nome dado a um povoado quando ele passava a ter a presença de um padre) de Campina Grande, com a invocação de São João Batista. Em 1880, a vila de Campina Grande passou a chamar-se Vila Glycerio. Em 1881, os moradores da Vila Glycerio fizeram um movimento pedindo a mudança do nome da localidade, que voltou a ser chamada de Vila da Campina Grande. Em 1883, a freguesia de Campina Grande foi elevada à categoria de vila (local em que ficava a sede do governo do município), desmembrando-se do município de Arraial Queimado. No dia 22 de março de 1884, foi instalada a Câmara Municipal da Vila da Campina Grande e foram eleitos os primeiros vereadores. Em 1892 foi eleito o primeiro prefeito, Tenente José Eurípedes Gonçalves. Em 1939, o Município de Campina Grande foi extinto e a região passou a ser Distrito, em parte de Piraquara e em parte de Bocaiúva do Sul. Em 1943, pela Lei n° 199 de 30 de dezembro, o nome de Campina Grande foi mudado para Timbú, continuado a ser distrito do município de Piraquara. A partir de 1951 , com a Lei n° 790, a região voltou a ser município, ainda com o nome de Timbú. Em 1956, por reivindicação da população, o município recebeu o nome de Campina Grande do Sul.

Representantes Políticos


Presidentes da Vila

- Capitão Emygdio Alves Cordeiro (22 mar. 1884 a 7 jan. 1887)
- João Manoel de Quadros (7 jan. 1887 a 7 jan. 1888)
- José Gonçalves de Aguiar (7 jan. 1888 a 7 jan. 1889)
- Tenente Coronel Manoel Affonso Ennes (7 jan. 1889 a 7 jan. 1990)

Intendentes do Município

- Tenente Coronel Jerônimo Mendes dos Santos (1° mar. 1890 a 16 dez. 1891)
- Pedro Alexandrino Teixeira de Barros (17 dez. 1891 a 28 jun. 1892)

Prefeitos da Vila de Campina Grande

- Tenente José Eurípedes Gonçalves (1892 a 1895)
- Tenente Antônio José de Carvalho (1895 a 1896) 

Prefeitos do Município de Campina Grande

- Olegário Vieira de Belém (1896 a 1900)
- Pedro Alexandrino Teixeira de Barros (1900 a 1904)
- Capitão Francisco Rodrigues de Oliveira (1905 a 1908)
- Major José Domingos Serra (1908 a 1912)
- Tenente Antônio Meirelles Sobrinho (1912 a 1916)
- Ildefonso Gomes de Oliveira (1916 a 1920)
- Francisco Affonso Ennes (1920 a 1924)
- Coronel Feliciano Ribeiro (1924 a 1928 e 1928 a 1930)
- Hildebrando Meirelles (1930 a 1935)
- Joaquim Ribeiro de Araújo (1935 a 1939)

Prefeitos do Município de Campina Grande do Sul

- Dacyr Siqueira Trevisan (1953 a 1956 e 1965 a 1968)
- Ary Alves Bandeira (1956 a 1960 e 1969 a 1973)
- Mário Strapasson (1961 a 1965)
- João Maria de Barros (1973 a 1977)
- Elerian do Rocio Zanetti (1977 a 1982)
- Nivaldo Bernardi (1983 a 1988)
- Elerian do Rocio Zanetti (1989 a 1992)
- Marco Antonio Caron (1993 a 1996)
- Elerian do Rocio Zanetti (1997 a 2000 e 2001 a 2004)
- Nelise Cristiane Dalpra (2004 a 2008)
- Luiz Carlos Assunção (2008 a 2012 e 2013 a 2016)

Almirante Tamandaré

O Município de Almirante Tamandaré tem seu desenvolvimento histórico ligado às explorações auríferas do sertão de Curitiba. Antes disso, porém, os seus mais antigos habitantes foram os índios TINGÜIS, os quais, conforme relato do historiador paranaense Romário Martins, "dominavam, no século do descobrimento do sertão, os Campos de Curitiba, a partir da encosta ocidental da Serra do Mar (São José dos Pinhais, Piraquara, Campo Largo, Araucária, Tamandaré, Colombo, Campina Grande e Rio Branco)."
Sobre eles, é ainda o mesmo historiador que nos esclarece: "Os Tingüis (Tin gui = nariz afilado) não hostilizam os aventureiros pesquisadores e exploradores de ouro que se estabeleceram com arraiais no Atuba e na chapada do Cubatão, inícios da formação de Curitiba. Deixaram-se ficar pelas imediações desses primeiros núcleos de população branca e foram serviçais das explorações auríferas, dos sítios de criação de gado, etc. Seus mestiços ainda constituem parte da população de vários municípios acima citados e se ufanam de sua ascendência. Não vai longe o tempo em que o caboclo de Araucária e de Tamandaré avisava o contendor nas suas rixas: "Cuidado que eu sou Tingüi!"
Assim, é inquestionável o fato desses silvícolas terem sido os primeiros senhores destas terras que, por sua índole dócil e pacífica, cederam depois aos brancos exploradores.
Uma das primeiras bandeiras exploradoras de ouro de que temos notícia ter passado pelas terras de Tamandaré, conforme conta Alfredo Ellis Júnior, foi a comandada pelo famoso bandeirante Antônio Raposo Tavares, no ano de 1631. No entanto, o primeiro explorador aurífero a realmente estabelecer-se na região, foi o Capitão Salvador Jorge Velho, sertanista de Rio Pardo, em 1680, por ocasião de suas pesquisas mineradoras que resultaram no chamado " Descoberto da Conceição", no Quarteirão de Conceição, Distrito de Campo Magro, segundo relata o historiador paulista Pedro Taques, confirmado por Ermelino Agostinho de Leão no seu "Dicionário do Paraná". Ainda hoje existem, naquela localidade, vestígios da exploração aurífera ali realizada por aquele sertanista e continuada, mais tarde, pelo Guarda-mór Francisco Martins Lustosa.
Finda a febre do ouro, com o esgotar dos ricos filões, as pequenas povoações serviram apenas de local de descanso, para renovação de provisões e pousada para os tropeiros e seus animais, quando estes, provindos de São Paulo e a caminho da Província de São Pedro do Rio Grande, Uruguai ou Argentina - onde iam em busca de cavalos, muares ou gado bovino - aqui resolviam acampar.
Mais tarde, outros povoadores buscaram esta região. Não mais os aventureiros nômades, inconstantes e visionários do ciclo do ouro, mas pessoas afeitas ao trabalho, que buscavam a fertilidade destas terras com intenção de cultivo permanente e de trabalho honesto, para nela fixar-se e aqui produzir concretamente, sem alimentar sonhos mirabolantes e devaneios visionários... assim, aqui foram surgindo novas povoações, como Pacotuba, Botiatuba, Cercado, Mato Dentro e outras mais, muitas delas frutos da colonização alemã, italiana e polonesa, como Antonio Prado, Boixininga, Tranqueira, Lamenha Pequena, Lamenha Grande, Santa Gabriela, São Miguel etc.
Com o desenvolvimento constante da região o Governo Provincial criou, em 10 de maio de 1875, a Freguezia de Pacotuba, a pedido de seus habitantes, pela Lei nº. 438. Assinada pelo Presidente Adolpho Lamenha Lins. O progresso da região não cessa, havendo constante desenvolvimento dos povoados, particularmente do chamado Cercado, situado entre morros e às margens do aprazível Rio Barigüi. O desenvolvimento desse povoado motivou a sua elevação à condição de sede da Freguezia, em 6 de setembro de 1888, pela Lei nº. 924, com a nova denominação de Nossa Senhora da Conceição do Cercado; mais tarde a povoação foi elevada a Villa, pela Lei nº. 957, de 28 de outubro de 1889, tendo sido o último município criado pelo regime monárquico no Paraná, desmembrado do Município de Curitiba.
Datas e Acontecimentos da Cidade
Antes de 1631 1875 1888 1889 1890 1932 1933 1938 1947 1956
Pelo Decreto Estadual nº. 15, datado de 9 de janeiro de 1890, baixado pelo Governador José Marques Guimarães, tomou o nome de "Villa Tamandaré", que lhe foi dado em homenagem ao grande vulto nacional Joaquim Marques Lisboa, o consagrado Almirante Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil.
Pelo Decreto Estadual nº. 16, da mesma data acima, o Governador Marques Guimarães nomeava o cidadão João Alberto Munhoz para presidir a Intendência Municipal, sendo que os cidadãos Eloy Artigas de Christo, Antônio Ennes Bandeira, Antônio Vieira Bittencourt, João Cândido de Oliveira e Antônio Cândido de Siqueira foram designados membros, e o cidadão Vidal José de Siqueira designado Vice-Presidente da aludida corporação Municipal.
Dessa forma, já no período republicano, o primeiro prefeito da Villa Tamandaré foi o cidadão curitibano João Alberto Munhoz, que mais tarde desempenhou também as elevadas funções de Diretor da Secretaria do Interior do Governo do estado do Paraná.
A Villa Tamandaré foi solenemente inaugurada em data de 25 de janeiro de 1890, ocasião em que procedeu-se a instalação oficial da Intendência Municipal, sob a presidência de João Alberto Munhoz, conforme Ata lavrada na ocasião.
Em 14 de julho de 1932, suprimiu-se a Villa Tamandaré pelo Decreto nº. 1702, passando o seu território a pertencer ao Município de Rio Branco (atual Rio Branco do Sul), do qual foi posteriormente desmembrado pelo Decreto nº. 931, de 3 de abril de 1933, restabelecendo-se o município.
O Governo Estadual, estabelecendo as divisas territoriais do Paraná, extingüiu o município em 20 de outubro de 1938, pelo Decreto-lei nº. 7573, e anexou ao município de Curitiba.
Pelo Decreto Estadual nº. 199, de 30 de dezembro de 1943, o Distrito de Tamandaré passou a denominar-se "Timoneira" e foi transferido para a jurisdição do Município de Colombo. A nova Divisão Territorial do Estado, estabelecida pela Lei nº. 2, de 10 de outubro de 1947, desmembrou do Município de Colombo os Distritos Judiciários de Timoneira (ex-Tamandaré) e Campo Magro, formando ambos um novo município com a denominação de Timoneira.
Inconformada com a nova denominação com que foi restabelecido o município, que absolutamente nada lhe dizia em termos de evocação histórica ou de afetividade, a população que tanto amou esta terra, tendo à frente a figura carismática do seu velho líder e tardicional chefe político, Cel. João Cândido de Oliveira, juntamente com o Prefeito João Wolf, conseguiu sensibilizar o Governador Moisés Lupion no sentido da reintegração do nome antigo e tradicional, o que foi obtido através da Lei Estadual nº. 2644, de 24 de março de 1956, pela qual passou a denominar-se MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ, seu nome atual.
Através das lutas e dos sacrifícios dos pioneiros desbravadores, hoje o Paraná pode orgulhar-se deste Município de Almirante Tamandaré, não só pelo volume sempre crescente da produção agrícola municipal, onde se destacam, além dos hortigranjeiros aqui produzidos em grande quantidade para abastecimento da Capital do Estado, e dos produtos como batata, milho e feijão, também a apreciável produção de minérios - de grande importância para a economia paranaense - notadamente cal virgem, cal hidratada e minerais calcários para correção de solos agricultáveis, dos quais o município é um dos mais importantes produtores do Estado, graças ao grande número de indústrias desse ramo que aqui foram implantadas e que contribuem para a produção desses ricos elementos que são distribuídos por todo o Brasil, para a fertilização e o revigoramento de terras inaproveitáveis e cansadas.
O nosso povo se envaidece por este Município de Almirante Tamandaré que, embora minúsculo pontinho no mapa do Estado do Paraná, embeleza o dadivoso solo paranaense com suas grandes áreas verdes e que enlanguesce os olhos dos visitantes com a beleza e o frescor de suas matas, a limpidez de suas águas e as singelezas das peculiaridades provincianas que ainda lhes são características marcantes.
Seus ares hibernais lhe dão conotações similares a um cantinho da Europa encravado no solo do Brasil, clima ideal para a saúde e recuperação de energias, particularmente dos anciãos.
Tanto isso é verdade, que existem aqui a Clínica Estância do Lago, um estabelecimento modelar destinado ao descanso e ao tratamento de pessoas estressadas, doentes e obesas, onde através de um tratamento especializado e com base em técnicas modernas encontram os pacientes a cura dos seus problemas de saúde.
Também o Hospital Oásis Paranaense, que funciona na localidade de Botiatuba, há cerca de 3 kms da sede municipal, emprega técnicas modernas para o tratamento de diversas enfermidades, usado tanto para recursos básicos desenvolvidos através de estudos científicos empregados pela medicina natural, tais como o emprego de plantas medicinais curativas e fazendo uso, inclusive, dos banhos de barro medicinal desta região, com excelentes resultados.
Por tudo isso, o tradicional Município de Almirante Tamandaré é hoje, sem dúvida, uma bênção dadivosa de Deus na Região dos Minérios deste nosso querido Estado do Paraná.
O presente resumo foi extraído do livro RAÍZES HISTÓRICAS DE TAMANDARÉ, de autoria do escritor Harley Clóvis Stocchero.

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, ORIGEM E SIGNIFICADO DO SEU NOME

ÃO JOSÉ DOS PINHAIS: 
Foto: PautaSJP.com
Etimologia. 
"São Origina-se do latim “sanctus”, designando homem canonizado, sagrado, inviolável,
virtuoso, digno de veneração e que vive conforme os preceitos da lei divina, segundo a tradição judaicocristã.
(GGS - ABHF).

José Nome pessoal masculino. Vem do hebraico “Yosef”, pelo latim “Joseph”... que Deus multiplique,
o que agrega. (AB).

dos Contração da preposição “de” (posse), com o artigo masculino no plural “os”.

Pinhais Palavra formada pelo termo “pinho” e pelo sufixo nominativo plural “ais”. O termo “pinho
vem do latim “pinus”, a madeira do pinheiro. (ABHF, AGC, FT)."

Origem Histórica. As minas de ouro de Arraial Grande deram origem à cidade de São José dos Pinhais. Em 1690 o reverendo João da Veiga Coutinho construiu em Arraial Grande uma pequena capela, sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Perdões.
Praça 8 de Janeiro e Matriz, centro de São José dos Pinhais, ano 1908
O afluxo de pessoas à região continuou, sendo que em 1741, Balthazar Veloso da Silva e Salvador Albuquerque ainda exploravam as minas de ouro de Arraial Grande. No ano de 1775 o povoado foi elevado à categoria de freguesia.
Pela Lei Provincial n.º 10, de 16 de junho de 1852, a freguesia foi elevada à categoria de Vila, cuja instalação se deu em 08 de janeiro de 1853. Através da Lei Provincial n.º 474, de 05 de abril de 1877, a Vila de São José dos Pinhais passou a ser sede de Comarca.
De acordo com a Lei Estadual n.º 259, de 27 de dezembro de 1897, sancionada pelo governador José Pereira dos Santos Andrade, São José dos Pinhais recebeu foros de cidade. Hoje é um dos mais importantes municípios do Estado do Paraná, destacando-se na área industrial.
Segundo o pesquisador José Carlos Veiga Lopes, “...a localidade teve origem em uma capela edificada sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Perdões, em 1690, pelo reverendo João da Veiga Coutinho, cônego da catedral do Rio de Janeiro que, em 7 de agosto de 1696, doou por escritura à dita capela todos os seus bens móveis e imóveis, entre estes duas fazendas, a do Capucu e das Águas Belas.”

Pinhais

História da Cidade   
 
Etimologia. Pinhais Palavra formada pelo termo "pinho" e pelo sufixo nominativo plural "ais". O termo
"pinho" vem do latim "pinus", a madeira do pinheiro. (ABHF, AGC, FT).
Origem Histórica. Por sua proximidade com Curitiba, o território do atual município de Pinhais
acompanhou o correr dos fatos, durante a ocupação e desenvolvimento no planalto curitibano, tendo
como centro a capital paranaense. O termo 'Pinhais' é de origem geográfica, em referência ao grande
número de pinheiros-do-Paraná (araucaria brasiliensis) existentes no município, ao tempo de sua colonização.
Foi importante a construção da ferrovia Curitiba - Paranaguá, cortando a região na direção leste.
Então Curitiba foi recebendo contingentes populacionais do interior do Estado, assim como de Santa
Catarina, nestas últimas três décadas. Vinham atrás de emprego e outras oportunidades oferecidas pela
grande cidade. Este processo de periferização atingiu as áreas limítrofes dos municípios vizinhos ao da
capital, incluindo aí o atual município de Pinhais.
Por volta de 1920, estabeleceu-se em Pinhais o sr. Pedro Chalcoski, nascido em 25 de junho de 1900,
filho de Ana e Miguel Chalcoski. Veio a convite do sr. Guilherme Weiss que solicitou seu serviço na Cerâmica-
Olaria de tijolos, tendo em vista que o mesmo já atuava numa olaria na Vila Hauer. Em seguida vieram as
famílias Kropzak e Pontella, também para trabalharem na olaria.
Pela Lei Estadual n.º 4.966, de 19 de novembro de 1964, foi criado o Distrito Administrativo de
Pinhais. Em 18 de março de 1992, através da Lei Estadual n.º 9.906, o distrito foi elevado à categoria de
município emancipado com o nome de Pinhais, sendo instalado a 1º de janeiro de 1993.

Fonte: prdagente.pr.gov.br

Colombo / História

Em novembro de 1877 um grupo de imigrantes italianos, composto de 162 colonos: 48 homens, 42 mulheres, 42 meninos e 30 meninas chefiados pelo Padre Angelo Cavalli, saíram do Norte da Itália, região do Veneto, como Nove, Cismon del Grapa, Maróstica, Bassano del Grapa, Valstagna, entre outras e chegaram às terras do Paraná. Primeiramente, esses imigrantes se estabeleceram em Morretes na Colônia Nova Itália e mais tarde, abandonaram as terras e subiram a Serra do Mar, em direção a Curitiba.
Em setembro de 1878, esse grupo de italianos, um total de 40 famílias, recebeu  do Governo Provincial terras demarcadas em 80 lotes, 40 urbanos e 40 rurais, localizados a 23 Km de Curitiba, na localidade do Butiatumirim recebendo o nome de Colônia  “Alfredo Chaves”. Este nome se deu  em homenagem ao então Inspetor Geral  de Terras e Colonização, Dr. Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves.
Ainda no fim do século XIX, as terras que originariam o Município de Colombo receberam novos contingentes de imigrantes. No ano de 1886 foi criada a Colônia Antonio Prado, com imigrantes polacos e italianos, também no mesmo ano, criou-se a Colônia Presidente Faria somente com imigrantes italianos; um ano depois anexo a Colônia Presidente Faria, surgiu a Colônia Maria José (atualmente Município de Quatro Barras); e finalmente em 1888 surgiu a Colônia Eufrazio Correia (atualmente Bairro do Capivari), sendo as duas últimas colônias somente de imigrantes italianos. Porém, a  Colônia que mais se destacou foi a Colônia Alfredo Chaves que assumiu o papel de sede do futuro Município.
A mudança oficial do nome Colônia Alfredo Chaves para Colombo, deve-se a uma medida do Governo Provisório Republicano, pelo Decreto n.º 11 de 8 de janeiro de 1890. Este nome foi dado em homenagem ao descobridor das Américas – Cristóvão Colombo. Somente em  5 de fevereiro de 1890 foi instalado o Município, sendo o seu primeiro Presidente de Intendência o Sr. Francisco de Camargo Pinto e em 1891 assumiu João Gualberto Bittencourt.
A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual n.º 1703, Colombo passa a se chamar Capivari, tendo o seu território anexado a Bocaiúva do Sul. Em 9 de agosto de 1933, por força do Decreto Estadual n.º 1831, volta a se chamar Colombo.
Em 20 de outubro de 1938, os Colombenses receberam uma triste notícia, através do Decreto Estadual n.º 7573 que extinguiu o Município, anexando-o à capital Curitiba. Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual n.º 199, foi restaurado o poder político e administrativo de Colombo.
Em 1880 o imigrante italiano Francesco Busato, em conjunto com os demais colonos, construiu o primeiro Moinho de Fubá com roda d’água, represando o rio Tumiri. O mesmo teve a iniciativa de instalar a primeira Fábrica de Louças Artísticas do país. Esta fábrica foi  considerada a melhor do país, produzindo  todo tipo de faiança fina, lindos pratos, xícaras, vasos, floreiras, bules e peças especiais. Funcionava em estabelecimento feito de madeira, o que era um perigo constante com as fornalhas trabalhando e a temperaturas elevadíssimas, os incêndios eram inevitáveis. E foi justamente um grande incêndio que destruiu esta fábrica, suas instalações e maquinários, sofrendo na época o Município um enorme prejuízo econômico.
Durante o período de 1932 a 1947 outras fábricas surgiram como a Fábrica de Banha e Salame de Celeste Milani e Irmãos, Fábrica de Graspa, de João Agripino
Tosin e José Gasparin, Fábrica de Carroceria (carroça) e Ferraria de Sebastião Guarise, João Lucas Costa e Boleslau Macionik; Padaria, de Francisco Wanke; Celaria de Oscar Bodziak e Valentin Gueno; Alfaiataria de Francisco Toniolo Mottin e José Socher e ainda outras fábricas como de rapaduras; forno de carvão; barricadas; carpintarias; latoeiros; mecânicos; sapateiros; pedreiras além de olaria e serrarias.
Ainda na década de 40 alguns negócios, como eram chamadas antigamente as casas comerciais, tiveram seu momento de auge como o do Sr. Antonio André Jhonson, na sede de Colombo, Bergamino Borato na Barra do Capivari,  Irmãos Falavinha em São Gabriel; João Scucato Coradin em Colônia Faria; Luiz Puppi na Sede; João I. Gusso em Campestre, entre outros. Atualmente, grandes fábricas e industrias estão se instalando no Município e juntamente com a agricultura, transformam a pequena vila de Colombo, como era conhecida, em uma grande  e próspera cidade.
Colombo foi o Município de maior taxa de crescimento nas décadas de 70 e 80 na Região Metropolitana de Curitiba. Décadas que recebeu um grande contingente populacional vindo do imenso território brasileiro, mas principalmente do interior paranaense. . Hoje a maioria da população mora em áreas loteadas contínuas a Curitiba, em bairros como Alto Maracanã, Guaraituba e Jardim Osasco, porém preserva uma grande característica agrícola herdada dos imigrantes italianos que aqui chegaram no final do século XIX

HISTÓRIA DE PIRAQUARA



HISTÓRIA DE PIRAQUARA
Antes da chegada dos primeiros europeus à região atualmente ocupada pelo município de Piraquara, a mesma era frequentada, durante o verão, por índios carijós (um ramo dos índios guaranis), os quais viviam, durante a maior parte do ano, no litoral. O povoamento de origem europeia dos Campos Gerais de Curitiba teve início por volta de 1660, nos trabalhos de mineração à procura de ouro realizados pelos bandeirantes, vicentistas e portugueses. Arraial Grande foi um dos núcleos fundados por mineradores: dele, se originaram Curitiba, o atual município de São Jose dos Pinhais e o de Piraquara.
O mineiro Manoel Picam de Carvalho, um dos pioneiros da colonização do município de Araucária, acompanhando as lutas pela procura do ouro no planalto curitibano, fundou, por volta de 1700, uma fazenda, formando um pequeno arraial de mineração no local onde, hoje, se encontra o município de Piraquara. Em 1731, Manoel Picam de Carvalho vendeu a sua fazenda a Antônio Esteves Freire e a dona Isabel da Serra, sua sogra. Nessa época, além da fazenda já referida, havia outras nas vizinhanças que, em conjunto, formavam um povoamento que recebeu a denominação de Piraquara.
Apesar de sua antiguidade, o povoado de Piraquara permaneceu estacionário durante muitos anos, como parte integrante do Distrito Policial, depois Município de São José dos Pinhais. Seu progresso, especialmente nos setores da agricultura e da pecuária, iniciou com a vinda de imigrantes europeus, principalmente italianos que, em 1878, aqui chegaram em número aproximado de 350 pessoas e fundaram a Colônia Santa Maria, atual Nova Tirol. Outro fator de progresso da localidade ocorreu em 1885 com a inauguração da Estrada de Ferro do Paraná, ligando o litoral paranaense a Curitiba, com os trilhos passando por Piraquara, onde foi construída uma estação.
Em 1885, a povoação foi elevada a freguesia, com a denominação de Senhor Bom Jesus de Piraquara. Em 1890, passou à condição de vila, desmembrada de São José dos Pinhais e com a nova denominação de "Deodoro" em homenagem ao marechal Manoel Deodoro da Fonseca. Ainda em 1890, foi criado o município, com sede na Vila Deodoro, o qual voltou a denominar-se Piraquara em 1929.
Piraquara, com seus mananciais, é área de proteção ambiental e responsável por cinquenta por cento do abastecimento de água da grande Curitiba. Atualmente, abriga o maior complexo penitenciário do Paraná. O aniversário da cidade é em 29 de janeiro e seu padroeiro é Senhor Bom Jesus dos Passos.

sábado, 22 de julho de 2017

Paranaguá

Paranaguá é um município brasileiro localizado no litoral do estado do Paraná. É a cidade mais antiga do estado, tendo em seu porto a principal atividade econômica.Denominada pelos índios carijós como "Pernaguá" ("Grande Mar Redondo") que evoluiu para "Parnaguá" e, definitivamente, Paranaguá, a colonização desta região do Paraná teve início, aproximadamente, em 1550, primeiramente na Ilha da Cotinga e movida por interesse na extração de ouro, que se dizia abundante na região.Vinte anos depois, o paulista Domingos Peneda liderou a chegada dos pioneiros que conquistaram o território habitado pelos índios carijós, onde foram construídas as primeiras habitações deste novo povoado. Neste período foi iniciado o processo de comércio entre os portos de Paranaguá, Rio de Janeiro e Santos.Paranaguá significa "Grande Mar Redondo" em tupi-guarani, sendo "Paraná" o significado de Grande Rio e "Goá" o significado de Redondo, uma referência à Baía de Paranaguá.Cidade histórica datada da primeira metade do século XVI, tem em sua função principal a de porto escoador da produção do Estado que o interliga a todas as demais regiões, bem como a outros estados e ainda ao exterior. A construção de suas docas datam de 1934, quando passou a figurar entre os principais portos do Brasil, com a denominação de Porto D. Pedro II. Testemunha de mais de 400 anos de história, guarda ainda vestígios da época da colonização em seus casarios de fachada azulejadas, em suas ladeiras de pedra e em suas igrejas. Criado através da Lei nº 05 de 29 de Julho de 1648, e instalado na mesma data, foi desmembrado do Estado de São Paulo.
Principais Pontos Turísticos
FONTE VELHA OU FONTINHA
A Fonte Velha é a mais antiga construção da cidade. Teve origem no manancial Olho d’água, que vinha de tempos imemoriais, servindo a “taba carijó”. Simples fonte natural que servia ao abastecimento do povoado. Nesse tempo, o local da fonte era conhecido como Gamboa, sendo comum chamarem “Fonte da Gamboa”. Também chamada de “Fontinha” e “Fonte de Cima”, sua construção remonta ao século XVII e sofreu várias modificações e acréscimos posteriores.Durante 200 anos as casas da Vila e Cidade de Paranaguá foram servidas pelos “aguadeiros” que abastecendo na fonte, transportavam a água em uma carroça, recebendo dos usuários 100.000 réis por barril.A fonte foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1864. Está localizada na Praça Pires Padrinho – Centro Histórico.

MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA DE PARANAGUÁO prédio do MAEP atualmente está sendo restaurado. É uma importante referência acadêmica e turística, com seu ruço acervo composto por mais de 25.000 peças, incluindo as coleções de arqueologia, cultura popular e etnologia indígena, além de vasta documentação textual, sonora e visual.Tombado em 1938, por ser considerado Patrimônio Artístico e Cultural, é o Antigo Colégio dos Jesuítas, um monumento da arquitetura do século XVIII. Levou muitos anos para ser construído e sua fundação oficial foi em 1755. Destinou-se ao estudo dos filhos dos aristocratas do sul, até os jesuítas serem banidos do reino pelo Marquês de Pombal.

PORTO D. PEDRO II
O Porto de Paranaguá é um grande terminal de cereais, considerado o maior porto exportador de grãos do Brasil. Situado no interior da baía de Paranaguá, sua influência estende-se a uma vasta região do Brasil, e é um porto escoador dos Países do Mercosul, Empresas internacionais, etc.Foi inaugurado em 1935. Sua existência até os dias de hoje está ligado aos cinco ciclos: ciclo do ouro, da erva-mate, da madeira, do café, e da diversificação, quando seu movimento passou a ser de exportação de milho, soja, farelo, algodão, óleos vegetais, etc. A visitação se faz mediante autorização da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA.O Porto D. Pedro II, principal escoador de grãos e carga em geral do sul do Brasil e do Mercosul, absorve grande parte da mão-de-obra disponível, mas é intenção do prefeito diversificar as atividades desenvolvidas no município, sem esquecer os projetos de responsabilidade exclusiva do poder público, como educação, saúde e ação social.

PALÁCIO VISCONDE DE NÁCAR
O prédio foi construído por volta de 1840 e ficou para sempre marcado como símbolo de uma época de aristocracia e nobreza local. Com características neoclássicas, era a sede do Governo da Província do Paraná.
O seu proprietário Comendador Manoel Antônio Guimarães, mais tarde Barão e Visconde de Nácar, tinha a pretensão de tornar-se o primeiro governador da Província por ser Paranaguá, na época cidade mais importante que a escolhida Curitiba, mas acabou tendo sua expectativa frustrada.

PALÁCIO MATHIAS BOHN
Construído no final do século XVIII, o local teve sua fachada reformada no estilo historicista, no final do século XIX, para se tornar Palácio Mathias Böhn, rico comerciante alemão, que se estabeleceu em Paranaguá. O Palacete Barbosa era comércio forte da Rua da Praia. Foi ocupado pela antiga Agência de Rendas, atualmente abriga a estação Náutica e posto de informações turísticas.

MONUMENTOS HISTÓRICOS
CASA ELFRIDA LOBO

Construída no final do século passado, serviu de residência a uma das mais tradicionais famílias parnanguaras.Retrata a majestosa arquitetura de sua época, através da beleza de sua fachada, suas portas-janela em arco, seus balcões ornados de belos gradis de ferro gusa e seu primoroso jardim. Nela viveu Dona Elfrida Lobo, conhecida como “Dona Elfridinha”, professora de francês de várias gerações. Foi uma das damas mais tradicionais e ativas da cidade. Em justa homenagem, a casa leva seu nome. Atualmente, hoje é sede do Centro de Letras, Coral Asa Branca, Associação Parnanguara de artes Visuais (APAV), Associação dos Artistas de Teatro, Centro de Valorização a Vida (CVV) e Alcoólatras Anônimos (AA). O prédio foi devidamente restaurada em dezembro de 2006, por profissionais que participaram do programa Monumenta.

CASA CECY
Considerada como marco da colonização árabe em Paranaguá, foi construída por por Musse Cecy e Esse Mattar Cecy, para servir de moradia e de comércio. Ali foi instalada a Padaria Cecy que funcionou até o início da década de 60.Hoje a Casa Cecy pertence ao Patrimônio Histórico, adquirido pela Prefeitura Municipal de Paranaguá, foi restaurada para eventos culturais da Cidade de Paranaguá e hoje abriga a Fundação de Cultura Nelson de Freitas Barbosa.

CASA MONSENHOR CELSO(Casa da Cultura)Acredita-se que as duas casas tenham sido construídas em épocas diferentes pela mesma família, cujo patriarca, João Manuel da Cunha, acrescentou “Itiberê” ao nome de seus filhos em função da paixão que tinha por Paranaguá. Na casa da Cultura nasceu Celso Itiberê da Cunha, sacerdote piedoso, de caráter brando e humilde, foi amigo sincero de todos e devotado da caridade. Sempre abriu mão de cargos importantes para ficar próximo de sua família. Na mesma casa nasceu outro ilustre parnanguara, Brasílio Itiberê da Cunha, diplomata do Império, foi embaixador do Brasil em vários países, inclusive na Áustria. Foi contemporâneo de Franz Lizt e Carlos Gomes. Este músico, poeta e compositor, tem em seu currículo, entre outras obras, “Rapsódias Brasileiras”, “Nocturne” e “Sertaneja”.

CASA DO HOMEM DO MAR
Antiga Alfândega
Prédio da antiga Alfândega de Paranaguá construído no final do antigo Boulevard Serzedelo, hoje avenida Coronel José Lobo. Pedra fundamental lançada em 1903 e inaugurado em 28 de outubro de 1911.Desativada a Alfândega em 1975. O prédio hoje, restaurado e reformado é a Casa do Homem do mar , com projeto futuro de sediar o Museu do Homem do Mar.A maior movimentação do porto graças ao comércio exportador de erva- mate, trouxe a necessidade de se criar em Paranaguá a Alfândega, o que se deu em 18 de junho de 1827, criada pela Junta da Fazenda da Província de São Paulo. Antes , a Alfândega, principal repartição pública do Império, ocupou as instalações do antigo Colégio dos Jesuítas.

Instituto de Educação Dr. Caetano Munhoz da RochaA bela edificação conserva em seu interior um altar em estilo barroco, construído no primeiro quarto do século passado. Possui as mesmas características do Instituto de Educação em Curitiba e, que pertenceu ao Dr. Caetano, quando morava em Paranaguá.

IGREJA DE SÃO BENEDITO
Construída em 1784 por uma irmandade de escravos, era freqüentada exclusivamente pelos cativos, sendo, atualmente uma das melhores e mais autêntica edificações populares do colonial brasileiro. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1962 e restaurada em 1967. Registra em seu interior magnífico patrimônio sacro. Está localizada na Rua Conselheiro Sinimbu, no Centro Histórico.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS ( ILHA DA COTINGA)Localizada na Ilha da Cotinga, a capela destinada ao culto de Nossa Senhora das Mercês, foi construída em 1677, sendo demolida em 1699, para se erigir a Igreja de São Benedito no continente. Em 1955 foi pedida a reconstrução da antiga ermida, e em 17 de março do mesmo ano realizou-se uma procissão marítima de retorno da antiga imagem de Nossa Senhora das Mercês esculpida em pedra e vinda de Portugal. No ano de 1993 a capela foi finalmente reconstruída, sendo sua inauguração no dia 25 de abril. O acesso ao templo é feito através de rústica escada de pedra, formada por aproximadamente 365 degraus, proporcionando uma bela visão da cidade e do mar.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
A capela, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, foi edificada em 1578, na época da mineração, por escravos e libertos devotos de Nossa Senhora. Foi a primeira em solo paranaense e a primeira dedicada a Nossa Senhora do Rosário no Brasil. É o marco central do povoado e da Vila de Paranaguá, que cresceu ao seu redor. Em 1863, procedeu-se a benção da nova Igreja Matriz, com a provisão do bispado de São Paulo. Em 1962, passou a Catedral Diocesana, tendo sido tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1967. Está localizada no Largo Monsenhor Celso, no Centro Histórico.

PRAÇASPalco TutóiaConcebido para valorizar e integrar o conjunto paisagístico pela Praça de Eventos 29 de Julho, o museu, o velho casario e o rio Itiberê. Impressiona pelas suas dimensões e beleza, como se fosse uma embarcação, à vela, atracada na praça. A propósito, o significado de “TUTÓIA” na linguagem carijó é exatamente “que beleza!”. Foi inaugurado em 29 de Julho de 1999.

Praça da FéAntigo aterro do bairro do Rocio, urbanizado e transformado em espaço religioso para a realização da missa campal em devoção a Nossa Senhora do Rocio. No dia 15 de novembro, data em que se homenageia a Padroeira do Paraná, recebe milhares de fiéis vindos de todos os cantos do Brasil para agradecer as bênçãos recebidas. O marco, simbolizado pela pedra em destaque na Praça da Fé, reporta ao local onde a imagem foi encontrada e construída a primeira capela.

Praça de Eventos 29 de Julho
Localizada no setor histórico da cidade, este espaço reservado para eventos valoriza o casario e reúne monumentos que contam a história de Paranaguá, como o “Chafariz de Ferro Fundido”, marco da instalação de água na cidade no início do século; o “Obelisco” comemorativo a elevação de Paranaguá à categoria de cidade e o antigo bebedouro para animais, em ferro fundido.

Praça Fernando Amaro
Tradicional logradouro público que vem do início do século XIX. Denominada Fernando Amaro em homenagem ao destacado poeta e boêmio parnanguara daquele período. O local possui área de solo encharcado, saneada durante o governo Caetano Munhoz da Rocha e transformou-se numa das principais praças da cidade.Na área central existe um coreto, construído em 1914. Palco de muitas retretas, o local já foi o principal ponto de encontro de jovens parnanguaras.
Nela acontecem os tradicionais encontros no Café da Praça, sedia feiras culturais aos sábados e é freqüentada pela população em geral principalmente pelos aposentados.
GentílicoParnanguara
Aniversário da Cidade
29 de Julho
CARACTERÍSTICAS
ClimaSubtropical Úmido Mesotérmico.
Temperatura Média
- Verões frescos (temperatura média inferior a 22° C).
- Invernos com ocorrências de geadas severas e frequentes (temperatura média inferior a 18° C), não apresentando estação seca.
COMO CHEGAR
Partindo de Curitiba: PR-408
LocalizaçãoParanaguá
LimitesAntonina, Guaraqueçaba, Morretes, Guaratuba, Pontal do Paraná, Matinhos.
Acesso Rodoviário
PR-408 e PR-410
Distâncias91 km da Capital
TURISMOParanaguá possui grande capacidade turística e infra-estrutura, sendo o Berço da Civilização do Estado do Paraná.Seu patrimônio Natural e Cultural é de grande riqueza, além do Porto D. Pedro II, um dos mais importantes da Costa Brasileira.O Turista que vem à Paranaguá, vai se defrontar com os Casarios Históricos nas margens do Rio Itiberê, com a Ilha da Cotinga, com o Colégio dos Jesuítas (Museu), com a Catedral, com a Fontinha, onde, bem antes dos brancos, o povo carijó iá matar a sua sede, com a dança do Fandango, com os pratos típicos - o Barreado e o Pirão de Peixe, com inúmeras ilhas dentre elas a famosa Ilha do Mel.