terça-feira, 31 de maio de 2022

RELEMBRANDO O COMEÇO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES O Colégio Nossa Senhora de Lourdes abriu suas portas à sociedade curitibana em 1907.

 RELEMBRANDO O COMEÇO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES
O Colégio Nossa Senhora de Lourdes abriu suas portas à sociedade curitibana em 1907.

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Sobrado edificado em 1901 pela Congregação, em foto década de 1910.
Foto: Acervo Paulo Groetzner

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O sobrado e novas edificações do Colégio, década de 1930.
Foto: pinterest.

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Conjunto das instalações do Colégio, década de 1940.
Foto: pinterest.

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Fachada do conjunto das edificações do Colégio, década de 1950.
Foto: pinterest.
RELEMBRANDO O COMEÇO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES
O Colégio Nossa Senhora de Lourdes abriu suas portas à sociedade curitibana em 1907. Um colégio fundado para receber apenas meninas, com o objetivo primeiro de educá-las para viver em sociedade sob os valores católicos. À isso somavam-se os desejos da Igreja Católica e de uma classe social ávida por uma escola que pudesse educar “condignamente” suas filhas.
As Irmãs da Congregação de São José foram chamadas ao Paraná em 1896 pelo primeiro bispo da Diocese deCuritiba, D. José de Camargo Barros. Inicialmente foram atender à Santa Casa de Misericórdia, onde começaram a prestar auxílio desde que chegaram a Curitiba e em outras instituições de caridade na capital e interior.
Das instituições educacionais dessa Ordem no Estado do Paraná havia o colégio São José em Curitiba, funcionando desde 1902; o Colégio São José de Paranaguá (1902); o Colégio São José na Lapa (1906); o Colégio São José em Morretes (1903) e o Colégio São José em Castro (1906).
Com as instituições de caridade, segundo o histórico do colégio, as Irmãs de São José atendiam crianças de bairros, de cidades do interior e da Capital. Não havia, porém, escolas para todas as crianças espalhadas pelo imenso Paraná.
O projeto da Congregação consistia em dar educação para as meninas necessitadas ou não e de qualquer origem étnica. Nesse sentido, a Congregação diferencia-se de outras congregações estrangeiras que vinham para atender especialmente seus compatriotas. Mesmo porque, ao contrário dos outros colégios católicos estrangeiros que vieram na mesma época a Curitiba (alemães, italianos), o Cajuru, de freiras francesas, não tinha a mesma missão, pois no Paraná não houve um número significativo de imigrantes franceses que justificasse a preocupação da Cúria Romana em enviar missões francesas. Dessa forma, isso indica a missão social da Congregação no mesmo âmbito que a missão cristã.
Em 1899, a Congregação comprou um terreno de 15 hectares situado na Vila Morgenau, Cajuru, a dois quilômetros da Capital. Em 1901, as irmãs já se encontravam instaladas nessa propriedade, num modesto sobrado. Na época, a superiora Provincial era Madre Léonie Blanchet. A casa era simples “[...] caixotes serviriam de mesas, cadeiras e até de
cama, se preciso fosse. A pobreza reinava soberana na primeira Comunidade Cajuruense. Retalhos de chita, estendidos sôbre os caixotes, davam aos mesmos, um arzinho de poltronas [...]”. (*)
No local de difícil acesso, era mais fácil chegar de trem. As irmãs viviam ali de maneira improvisada e em meio a um cenário quase rural. Era necessário muito esforço para transformar a propriedade, por isso o trabalho começava cedo: labutavam quase de sol a sol, “para arrancar do terreno inculto, o pão”.
Apesar das dificuldades, a propriedade transformou-se, em pouco tempo, num belo prédio. Em 1906, construíram um pavilhão, separado do orfanato, para receber as meninas de famílias mais abastadas que desejassem lá colocar suas filhas.
No entanto, para concretizar esses planos havia a necessidade da escolha de uma Diretora à altura do projeto educacional pretendido pela Congregação e até mesmo do
próprio bispo de Curitiba, na época D. Duarte de Leopoldo e Silva (1904-1907), logo substituído pelo bispo D. João Francisco Braga (1908-1935).
O Padre Maurício Dunand, em 1905, havia ficado encarregado de procurar, na França, uma religiosa adequada, “que fosse inteligente, com tino administrativo e capaz a
adaptar-se à missão”, logo surgiu a indicação da Irmã Júlia Jarre, prima do Padre Maurício.
Nesse período, na França, as escolas católicas encontravam-se numa “triste situação”. Em função disso e para melhor servir à missão, Irmã Júlia responde afirmativamente ao chamado do Brasil, mesmo porque, antes da designação de seu nome pela Superiora Geral, já havia encaminhado um pedido para vir trabalhar no Brasil. Mas, de acordo com a narrativa a história da fundação do colégio, não foi fácil deixar tudo: “[...] a Pátria querida, a comunidade, berço de sua vida religiosa, a família, mãe estremecida [...]” (*)
Assim, em 24/10/1905, com 22 anos de idade, deixou a França rumo ao Paraná. Em fevereiro de 1906, tomou, primeiramente, a direção de uma escola, o Externato São José, na colônia do Ahú de Cima, anexo do Hospital dos Alienados, e também dirigido pelas mesmas irmãs. No final de 1906, foi transferida para o Cajuru, onde já funcionavam salas de aula que deram origem ao externato São José, do qual a Irmã Júlia Jarre se tornaria diretora por mais de cinquenta anos.
Em 1907, nada mais faltava para a realização do sonho da abertura do colégio. Fundou-se então o Pensionato Nossa Senhora de Lourdes, com apenas sete alunas. Mas logo seriam vinte e duas, e com o passar dos anos, muitas mais. As alunas vinham de todo o Estado do Paraná e também de outros Estados, como Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, até dos mais distantes, tais como Bahia, Pernambuco e Pará.
Desde o início de suas atividades, o Colégio Cajuru contou com a Diretora Irmã Júlia Jarre. Foram 52 anos de plena dedicação ao colégio que viu fundar. Eugénie Jarre, de nascimento, nasceu em Les Chapelles, na Savóia, França, em dezembro de 1882. Em 1900, assumiu o nome religioso de Mére Julia, como viria a ser chamada por todos. Pertencendo a uma família de classe média alta, estudou nos melhores colégios de Chamberry na França.
Tendo como sua aliada a frase onipresente: “Deus me vê”, garantia a introjeção da vigilância individual nas alunas.
Com olhar “(...) penetrante, perspicaz, comanda [...]”, as internas, tendo sempre as palavras: "Mes enfants, la politesse est la règle de bien vivre et bien faire toute les choses." (*)
Quando da admissão das alunas ao colégio, muitos dos pais, antes de cumprirem os requisitos formais que a congregação impunha em consonância com legislação federal de ensino, logo solicitavam uma entrevista com a diretora do colégio. Natural, pois era a ela que entregavam suas filhas para serem educadas, não somente segundo os preceitos da ciência, mas também, e sobretudo, sob os ditames dos princípios morais. E então era no parlatório, sala para receber visitantes, que a Irmã Júlia concedia entrevistas.
Nesse momento é que se estabelecia o contato direto e pessoal e era quando a confiança se consumava. A ela, pessoalmente, eram entregues as futuras alunas, aos seus cuidados e supervisão.
Foi assim que se construiu sua autoridade, embasada numa personalidade de sólido caráter cristão. É justamente nessa autoridade que se estrutura a confiança, tão importante para uma diretora de um internato. Em substituição aos pais, deve simultaneamente ser severa e afável como devem ser os pais, amável e condescendente como se esperava nesse período das mães.
(Compilado de: acervodigital.ufpr.br / (*) Nossa História / Fotos:
Paulo Grani

segunda-feira, 30 de maio de 2022

CONHECENDO AS FIGURINHAS CHICO FUMAÇA As figurinhas "Chico Fumaça" foram lançadas em Curitiba, nos anos 1930, como invólucro de uma bala do mesmo nome, produzidas pela Fábrica Santa Maria, de propriedade da firma Romero & Grassi.

 CONHECENDO AS FIGURINHAS CHICO FUMAÇA
As figurinhas "Chico Fumaça" foram lançadas em Curitiba, nos anos 1930, como invólucro de uma bala do mesmo nome, produzidas pela Fábrica Santa Maria, de propriedade da firma Romero & Grassi.


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CONHECENDO AS FIGURINHAS CHICO FUMAÇA
As figurinhas "Chico Fumaça" foram lançadas em Curitiba, nos anos 1930, como invólucro de uma bala do mesmo nome, produzidas pela Fábrica Santa Maria, de propriedade da firma Romero & Grassi.
Não tão famosas quanto às figurinhas das Balas Zequinha, as figurinhas do Chico Fumaça, atualmente, são uma preciosidade nas mãos dos colecionadores e uma grata lembrança para os que as utilizaram, a partir dos anos de 1930, em rodas do jogo do bafo.
As várias caracterizações do personagem Chico Fumaça ajudaram a tornar, o que foi um produto para fins comerciais, em um ícone da cultura e da história Curitibana, sem esquecer as suas concorrentes: Balas Zequinha; Balas Artistas; Balas Bandeirinhas; Caramelos Aéreo-Loyd; Balas Pontiac; todas já extintas em sua fabricação.
O personagem Chico Fumaça, garoto-propaganda das Balas de mesmo nome, foi criado pelo artista Alceu Chichorro, com desenhos também de sua autoria.
A primeira série destas figurinhas era numerada, sendo seus traços simples e sem paisagens de fundo e cores de mesmo tom. A segunda série das figurinhas foi lançada em 1948 sob a autoria do mesmo artista Alceu Chichorro e produzida pela mesma firma (Romero & Grassi), porém, esta série não é numerada e difere da tiragem anterior por seus requintados traços de fundo e diversas cores.
O personagem Chico Fumaça era caracterizado como um homem baixo, calvo na parte superior da cabeça, sobrando os cabelos apenas nas áreas laterais, sempre usando um chapéu côco e calças com sua barra/bainha um pouco acima do convencional, quando sua caracterização assim permitia, rosto e nariz arredondado e bigode estilo Carlitos (famoso personagem de Charles Chaplin) só que um pouco mais avolumado; de um modo geral a figura de Chico Fumaça assemelha-se ao personagem que já era sucesso no cinema mudo dos anos de 1930.
Companheiro fiel de Chico era seu cão Totó, de raça incerta o canino alternou diferentes traços nas duas séries lançadas; uma com o focinho afilado, outra com o focinho arredondado.
Como Zequinha, o seu concorrente famoso, o Chico Fumaça era caracterizado em diversas situações em cada figurinha, como por exemplo: Acadêmico, Arrombador, Bailarino, Boxeur, Basquet Ball, Bombeiro,Carnavalesco, Ciclista,Cozinheiro, D. Juan, Egypcio, Footbolista, Fotografo, Garçom, Gastrônomo, Ginástico, Hercules, Hespanhol, Legionário, Mata Mosca, Medroso, Mosqueteiro, Motorneiro de Ônibus, Na Chuva, Nadador, Na Praia, No Banho, Oficial de Marinha, Paraquedista, Pintor, Selvagem, entre outros.
Paulo Grani

O COVEIRO BÉPI ÉRICO Tardinha. Lá no alto, ladeando a igrejinha da Água Verde, com sua torre separada e a escolinha do outro lado da rua, apontava em direção à Bento Viana o "carro de defunto" que levara o último "caixão" do dia para o cemitério da Água Verde.

 O COVEIRO BÉPI ÉRICO Tardinha. Lá no alto, ladeando a igrejinha da Água Verde, com sua torre separada e a escolinha do outro lado da rua, apontava em direção à Bento Viana o "carro de defunto" que levara o último "caixão" do dia para o cemitério da Água Verde.


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O COVEIRO BÉPI ÉRICO
"Segunda metade da década de trinta. Prenúncios da Segunda Grande Guerra no ar.
Tardinha. Lá no alto, ladeando a igrejinha da Água Verde, com sua torre separada e a escolinha do outro lado da rua, apontava em direção à Bento Viana o "carro de defunto" que levara o último "caixão" do dia para o cemitério da Água Verde.
Os dois cavalos, de cabeça baixa, ajaezados de preto e dourado, formavam um trio com o cocheiro, de cartola e casaca preta, surradas, puídas.
Atrás, coberto pelo baldaquino também em preto e com frisos dourados, entre restos de flores das coroas do defunto, vinha o coveiro mais conhecido daquelas paragens: Bépi Érico.
Sentado, às vezes deitado, com as pernas balançando aos solavancos dos torrões e dos buracos da rua de barro, contarolava velhas canções italianas, enquanto por ele passavam os meninos e as mulheres com enormes fardos de cavacos de madeira, comprados nas barricadas das redondezas.
Solavanco de cá, solavanco de lá, Bépi acenava para o Galo (Galileu Toniolo) ao passar peta alfaiataria, e, pouco mais adiante, surpreendia o "seu" Jacinto (Jacinto Antunes da Silva, hoje nome de rua), contando ao seu amigo Prof° Milton Carneiro (da então Faculdade de Medicina) as últimas da política que ouvira no Palácio do Governo do Interventor Manéco Facão. E, brincando de búrico ou de tic, à sua volta, o menino que seria o conhecidíssimo Tatu, Presidente do Operário.
O "carro do defunto" chegava então na parte de maior declive da rua Bento Viana, na esquina com a Ivaí (hoje Getúlio Vargas), atravessada uns poucos metros adiante pelo rio Água Verde.
Em dias de chuva torrencial a parada do carro, aí, era obrigatória , pois o rio transbordava por cima do pontilhão, alagando todos os terrenos à sua margem.
Á direita, o cocheiro se deparava com a "meia-água" da Dona Itália Casagrande como uma palafita, no meio da água, e pouco mais adiante as 3 ou 4 casas de madeira construídas pelo "seo" Eduardo Thá, quiça o embrião da firma construtora.
Atrás delas, o último resquício do que fora a chácara Dantas (loteamento para os imigrantes italianos), a chácara dos Guzi, com seu enorme parreiral e dezenas de pereiras, que a gurizada invadia nos dias de chuva para roubar, livres, presumia-se, dos temidos "tiros de sal".
Ali, no encontro da Bento Viana com Getúlio Vargas e o rio Água verde, o Bépi no seu vai-e-vem cotidiano, em dias de sol ardente, ou atolado no lamaçal, ou ainda pisando na "geada negra" da manhã seguinte ao temporal de inverno, viu brincar na sua infância e crescer numa alegre despreocupação, filhos de gente simples como ele, que hoje são nomes de destaque na comunidade curitibana ( Thá, Marchioro, Lorusso, Pinton, Perini, Carneiro, Preuss, Scaramuzza...).
Passada a enxurrada, o "carro de defunto" seguia exaurindo os cavalos no atoleiro de lama. Antes de virar a Iguaçu, Bépi ainda soltava o seu costumeiro brado de "Viva o Savoya", saudando o casarão-sede do Clube que reunia a italianada da Água Verde nos fins de tarde de domingo, para festejar as vitórias do timão que sessenta anos mais tarde seria o Paraná Clube.
Bépi Érico morreu em abril de 1960. Era marido de Dona Maria Polenta."
(Texto de: A. Osny Preuss [médico e professor universitário], publicado em Historias Curitibanas)
Foto ilustrativa - Preparação do cortejo fúnebre de Estanislau Piascik, em 04//11/1939. (Fonte: Arquivo Gazeta do Povo)
Paulo Grani

Foto histórica da construção da Igreja Ucraniana da Colônia Marcelino, de São José dos Pinhais, sendo edificada no início da década de 1930. (Foto: Acervo Paulo José da Costa) Paulo Grani

 Foto histórica da construção da Igreja Ucraniana da Colônia Marcelino, de São José dos Pinhais, sendo edificada no início da década de 1930.
(Foto: Acervo Paulo José da Costa)
Paulo Grani

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ENCOURAÇADO RIO DE JANEIRO. O batimento de quilha do Rio de Janeiro deu-se no Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, em 28 de junho de 1865, durante a Guerra do Paraguai, que viu a Argentina e o Brasil aliarem-se contra o Paraguai.

 ENCOURAÇADO RIO DE JANEIRO.
O batimento de quilha do Rio de Janeiro deu-se no Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, em 28 de junho de 1865, durante a Guerra do Paraguai, que viu a Argentina e o Brasil aliarem-se contra o Paraguai.


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ENCOURAÇADO RIO DE JANEIRO.
O batimento de quilha do Rio de Janeiro deu-se no Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, em 28 de junho de 1865, durante a Guerra do Paraguai, que viu a Argentina e o Brasil aliarem-se contra o Paraguai. O navio foi lançado no dia 18 de fevereiro de 1866 e concluído em 1 de março de 1866. Encomendado em abril, ele chegou à zona de combate a 4 de maio. O navio chegou a Corrientes, com o encouraçado Lima Barros, em julho de 1866. No dia 1 de setembro, o Rio de Janeiro bombardeou as fortificações paraguaias em Curuzú em companhia de outros encouraçados brasileiros. Um projéctil de 68 libras entrou numa das suas portas de canhão durante o bombardeamento, matando quatro homens e ferindo outros cinco. No dia seguinte, depois de os seus danos terem sido reparados, o navio atingiu duas minas flutuantes no rio Paraguai enquanto tentava se encontrar com os outros encouraçados brasileiros que bombardeavam Curupaiti.
O Rio de Janeiro afundou instantaneamente com a perda de 53 tripulantes. Ele permanece lá, sepultado debaixo de cerca de 15 metros de areia. Nas memórias do engenheiro norte-americano James Hamilton Tomb, que lutou na Guerra Civil Americana ao lado dos confederados e tinha ampla experiência com minas navais, e que prestava assessoria à marinha brasileira durante o conflito, o comandante do Rio de Janeiro, Brasílio Silvado, teria sido avisado por ele da presença das minas, mas o oficial brasileiro não teria dado importância ao conselho, pois, estava determinado a chegar mais próximo do inimigo. Após o episódio, outros comandantes passaram a ouví-lo.
O encouraçado Rio de Janeiro, primeira embarcação brasileira a ostentar este nome em homenagem ao estado do Rio de Janeiro, foi projectado para atender à necessidade da Marinha do Brasil de possuir uma canhoneira blindada pequena, simples e de calado raso, capaz de suportar fogo pesado. Um design de encouraçado casamata foi escolhido para facilitar a construção e um rostro de bronze com 1,8 metros de comprimento foi instalado. O casco foi revestido com metal Muntz para reduzir a bioincrustação. Para viagens marítimas, a borda livre do navio podia ser aumentada para 1,7 metros pelo uso de baluartes removíveis com 1,1 metros de altura. Nas operações ribeirinhas, os baluartes e os mastros do navio eram geralmente removidos.
O navio media 56,69 metros de comprimento, com uma boca de 9,19 metros e teve um calado médio de 2,62 metros. O Rio de Janeiro deslocava normalmente 871 toneladas e 1001 toneladas em carga profunda. A sua tripulação era composta por 148 oficiais e soldados.
Propulsão
O Rio de Janeiro tinha uma única máquina a vapor John Penn & Sons de 2 cilindros que acionava uma única hélice de duas pás. O seu motor era movido por duas caldeiras tubulares. O motor produzia um total de 420 ihp (310 kW) que deu ao navio uma velocidade máxima de 9 nós. O funil do navio foi montado diretamente na frente da sua casamata. O Rio de Janeiro era capaz de carregar carvão suficiente para seis dias.
Armamento
O encouraçado tinha montado na sua casamata dois canhões de antecarga Whitworth de 70 libras e dois canhões que disparavam projecteis de 68 libras. Para minimizar a possibilidade de projécteis entrarem na casamata pelas portas dos canhões, elas eram as menores possíveis, permitindo apenas um arco de fogo de 24° para cada arma. A casamata rectangular de 9,8 metros tinha duas portas para canhões em cada lado, bem como na frente e atrás.
Um canhão de 70 libras pesava 3892 kg e disparava um projéctil de 140 mm que pesava 36,7 kg. A arma tinha um alcance máximo de 5540 metros. O projéctil sólido da arma de 68 libras era de 201 mm e pesava um valor nominal de 30,8 kg enquanto a própria arma pesava 4826 kg. A arma tinha um alcance de 2900 metros a uma elevação de 12 graus. Todas as armas podiam disparar munições sólidas e projécteis explosivos.
Armadura
O casco do Rio de Janeiro foi feito de três camadas de madeira, cada uma com 203 mm de espessura. O navio tinha um cinturão de linha de água de ferro forjado, com uma altura de 1,52 metros; tinha uma espessura máxima de 102 mm cobrindo as máquinas e os depósitos, e 51 mm em outras zonas. O convés curvo, assim como o tecto da casamata, era blindado com 12,7 mm de ferro forjado. A casamata foi protegida por 102 milímetros de armadura em todos os quatro lados, apoiados por 609 mm de madeira coberta com um 102 mm de madeira de peroba-comum.
(Fonte: Wikipedia)
Paulo Grani

NAVIO DE PASSAGEIROS D. PEDRO II O navio de passageiros D. Pedro II, do Lloyd Brasileiro. fazia a rota Brasil-Europa, depois passou para a navegação da cabotagem.

 NAVIO DE PASSAGEIROS D. PEDRO II


O navio de passageiros D. Pedro II, do Lloyd Brasileiro. fazia a rota Brasil-Europa, depois passou para a navegação da cabotagem.


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O navio de passageiros D. Pedro II, do Lloyd Brasileiro. fazia a rota Brasil-Europa, depois passou para a navegação da cabotagem.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, auxiliou no retorno para o Brasil de integrantes da FEB - Força Expedicionária Brasileira.

Esta foto foi feita no Porto de Montevidéu em 1941, depois que esse navio desembarcou lá um grupo de refugiados de guerra vindos da Europa.

(Foto: Arquivo Nacional)

Paulo Grani

Nicola Pellanda –Nasceu em 06/07/1875 na cidade de Padova (Itália) – Faleceu em 23/10/1955 em Curitiba.

 Nicola Pellanda –Nasceu em 06/07/1875 na cidade de Padova (Itália) – Faleceu em 23/10/1955 em Curitiba.


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Pode ser uma imagem de 11 pessoas, criança, pessoas em pé e texto que diz "Nicola Pellanda, sua esposa Paula Miqueletto 15 filhos.Arquivo:Familia Eduardo Pellanda Fonte @"
Nicola Pellanda –Nasceu em 06/07/1875 na cidade de Padova (Itália) – Faleceu em 23/10/1955 em Curitiba.
Emigrou para o Brasil no ano de 1892 (quando tinha 17 anos) juntamente com seus pais Bortolo Pellanda e Domenica Bernardi (Bortolo e Domenica vieram com seus quatro filhos para o Brasil – Nicola, Miguel Angelo, Benvenuto e Giovanni – e no Brasil tiveram a filha Maria).
No ano de 1896 – Nicola com 21 anos – se casa com Paulina Micheletto e constituem uma numerosa família de 15 filhos: Bortholo, Angelo, Inês, Domingas, Pedro, Luiza, Julia, Romulo Antônio, Francisco José, João Faustino, Irene e 3 filhos que se tornaram religiosos: Dom Geraldo Cláudio Luiz Micheletto Pellanda (que será assunto de um post futuro) e as irmãs Maria Gema e Maria Gilda (religiosas de São José).
Nicola Pellanda foi muito atuante nos serviços à coletividade, principalmente na comunidade do Umbará. Contribuiu para a construção da Igreja do Umbará, na construção de grupos escolares e colégios e de muitas obras públicas, como a estrada do Umbará.
A antiga estrada do Umbará passou a se chamar Rua Nicola Pellanda pela lei 1819 de 1959. Projeto de lei proposto pelo vereador Antonio Domakoski.
O projeto de lei traz um resumo da vida de Nicola Pellanda e traz o seguinte trecho:
“A sua morte foi muito sentida por todos os que conheceram, face ao seu amor ao próximo e espírito humanitário, que nunca deixou de prestar seu socorro aos necessitados, que batiam a sua porta, tendo para todos uma palavra de amor e caridade."
Para quem quiser saber mais a respeito desta família de tanto valor, recomendamos a leitura do seguinte endereço na internet:
Este site nos ajudou muito a conhecer mais a família Pellanda. Não conseguimos identificar qual descendente da família Pellanda o escreveu, mas deixamos aqui o nosso parabéns pelo trabalho.
Identificamos: agradecemos a Lezir Pellanda Holaten pelo belíssimo site da família Pellanda.

5° GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTOPROPULSADO (5° GAC AP) A Unidade tem origem no 6° Regimento de Artilharia Montada, criado em 1894 e enviado para Curitiba a fim de reforçar as tropas do governo contra a ameaça federalista que vinha do Sul do País.

 5° GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTOPROPULSADO
(5° GAC AP)
A Unidade tem origem no 6° Regimento de Artilharia Montada, criado em 1894 e enviado para Curitiba a fim de reforçar as tropas do governo contra a ameaça federalista que vinha do Sul do País.


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5° GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTOPROPULSADO
(5° GAC AP)
A Unidade tem origem no 6° Regimento de Artilharia Montada, criado em 1894 e enviado para Curitiba a fim de reforçar as tropas do governo contra a ameaça federalista que vinha do Sul do País.
Conforme o contexto histórico do Exército da época, teve diversas denominações na primeira metade do século XX: 6º Regimento de Artilharia de Campanha, 3° Regimento de Artilharia Montada e 9° Regimento de Artilharia Montada. No entanto, conservou sempre a mesma raiz, tendo como armamento principal os canhões Krupp alemães tracionados por cavalo.
Com o passar do tempo e a evolução da Arte da Guerra, os pesados canhões de posição tiveram que se desaferrar do terreno. Toda a Artilharia, cada vez mais, deveria acompanhar o crescente dinamismo das “armas-base” e suas manobras. Para isso, em um primeiro estágio, lançou-se mão do “nobre amigo”, o cavalo, leal companheiro de inúmeras gerações de artilheiros. Posteriormente, o material passou a ser tracionado por viaturas motorizadas.
A partir de 1958, o então 5° Regimento de Obuses recebeu o obuseiro 105 mm M101, iniciando-se nova etapa de modernização de seu material, caracterizada pela maior rapidez na entrada em posição para a realização de seus fogos largos, densos e profundos.
Em 1972, a Unidade foi o primeiro Grupo de Artilharia brasileiro a receber o material norte-americano 105 mm Autopropulsado M 108. Dava-se um passo importante para a modernização da Artilharia brasileira, dotando-se de material compatível com o apoio a tropas caracterizadas pela proteção blindada e pela mobilidade. Recebeu, então, sua denominação atual.
Desde sua origem, o Grupo participou de diversas operações: Guerra do Contestado (1912-1916), Revolução de 1924, Revolução de 1930, Revolução de 1932, Missões de vigilância do litoral brasileiro durante a 2ª Guerra Mundial, missões de manutenção da ordem interna nos atribulados anos de 1954, 1956 e 1964.
O 5° GAC AP, forma, nos dias de hoje, jovens cidadãos conscientes da importância da sua história, mantendo-se fiel ao legado de destacadas contribuições para a Artilharia e para o Brasil.[1]