quinta-feira, 22 de junho de 2017

Histórico do Colégio Estadual Barão de Antonina.

O Colégio Estadual Barão de Antonina resultou da fusão do Grupo Escolar “Barão de Antonina”, criado em 1912; da Escola Normal Colegial Estadual “Margarida Kirchner”, criada em 1958 e do Colégio Comercial Estadual “Professor José Gribosi”, criado em 1959. Houve a reorganização pelo Decreto nº 2785 de 04/01/77 e a fusão propriamente dita em 1983.

Recebeu a denominação Colégio “Barão de Antonina”, em homenagem a João da Silva Machado, o “Barão de Antonina”, fundador da cidade de Rio Negro.

Algumas imagens dos antigos prédios utilizados pelo colégio:





Antonina


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Rua central nos anos 1930.
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Antigo Porto sem data. 
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Antonina em 1929.
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Vista de Antonina sem data com o porto e o Armazém Matarazzo.
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Armazém Matarazzo no Porto de Antonina.
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Vista da cidade e de parte da Estação Ferroviária sem data.
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Cartão postal sem data de Antonina sem data.

Júlia Wanderley

Uma mulher protagonista em pleno século 19 que deixou seu nome escrito na história da educação paranaense. Júlia Wanderley Petriche era filha de Affonso Wanderley e de Laurinda da Souza Wanderley. Natural de Ponta Grossa, mudou-se para Curitiba com a família quando tinha somente três anos. Estudou com professores particulares antes de frequentar os colégios Curitiba, Saldanha, Nossa Senhora da Glória e Santo Inácio. Ingressou no curso secundário em 1889 no Ginásio Paranaense. A fase mais dura foi quando enfrentou todos os preconceitos sociais existentes contra as mulheres e matriculou-se na Escola Normal, em 1890. Naquele ano, liderou o movimento para o ingresso de moças no educandário, que até então era aberto somente para o sexo masculino. Foi a primeira mulher a se formar nessa instituição, em 1892. Diplomada como professora, ela foi designada para a 9.ª Cadeira de Instrução Primária de Curitiba. Durante 25 anos, dedicou-se ao magistério. Na maior parte desse tempo prestou serviços na Escola Tiradentes. Chegou a assessorar três secretários de educação.
1944

General Carneiro

Um dos principais nomes no Cerco da Lapa – episódio que veio a ser tratado por alguns historiadores como a principal razão para a República ser “salva” – o general Gomes Carneiro perdeu a vida durante a Revolução Federalista (1893 a 1895). Para outros pesquisadores, o que o Cerco da Lapa fez foi contribuir para a manutenção do Marechal Floriano Peixoto, chamado de “marechal de ferro”, como presidente do Brasil. Afinal, os revoltosos não deveriam, segundo quem defende esta tese, colocar por terra a República recém-instaurada – o objetivo seria tirar Peixoto do cargo. Gomes Carneiro comandou as tropas que impediram o avanço da Revolução Federalista no Sul do Brasil. Durante 26 dias, ele e sua tropa resistiram aos ataques dos 3 mil combatentes comandados por Gumercindo Saraiva. Pelo menos 500 pessoas morreram. Com a morte do comandante em fevereiro, a Lapa se rendeu e deixou a passagem aberta para que os revolucionários tomassem Curitiba. Mesmo com a derrota, o tempo perdido na Lapa contribuiu para que o Exército de Floriano se organizasse e conseguisse derrotar os federalistas. Veterano da Guerra do Paraguai, Carneiro ainda chefiou Comissão de Linhas Telegráficas na “Marcha para oeste”, de 1890 a 1892.
1957

David Carneiro

Ele subiu a Serra do Mar para se destacar na capital do estado como um dos principais nomes empresariais. Industrial da erva-mate, David Carneiro chegou a ocupar a cadeira da Associação Comercial do Paraná. Nascido em 1879, Carneiro, porém, só chegou onde chegou por insistência do pai, que possuía o mesmo nome. O sonho do então rapaz era continuar na carreira acadêmica e estudar – chegou a lecionar em Campinas, no estado de São Paulo. Mas por força familiar, ele seguiu na carreia comercial. Ainda de calças curtas, como diz a historiadora Maria Nicolas, foi caixeiro – a contragosto. Insistente, Carneiro retomou os estudos, mas a vida familiar o impediu de continuar. Com a cooperação de um grupo que incluía outros intelectuais, contribuiu para a fundação do jornal Gazeta do Povo, em 1919. Em 1923, também atuou na elaboração do periódico O Dia. Já a pesquisadora Camila Muzzillo aponta que a via é uma homenagem a outro David Carneiro (na foto), que tem o mesmo nome do pai, do avô e do bisavô. Ele assumiu a direção do engenho de erva-mate após o falecimento do pai até 1943. Membro do Centro de Letras do Paraná, do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. Publicou vários trabalhos na área da história, filosofia, educação, religião, museologia e numismática.
1953

Barão do Serro Azul

Para não saquear Curitiba, as tropas federalistas que vinham do Rio Grande do Sul exigiam “empréstimos de guerra”. Foi nesse período que Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, pagou aos federalistas para que a cidade não fosse alvo de saques. Com Vicente Machado em Castro, Serro Azul chegou a cuidar de Curitiba por meio de uma junta governativa. Considerava desnecessário derramar mais sangue. Por isso, decidiu negociar. Quando os legalistas – que defendiam o governo – retomaram Curitiba, mandaram prender Serro Azul e mais cinco companheiros sob a alegação de que deveriam ser julgados pelo Conselho Militar pela “ajuda” que teriam dado aos maragatos. Na noite do dia 20 de maio de 1894, foram levados de trem com o pretexto de que embarcariam em um navio com destino ao Rio de Janeiro, onde receberiam a sentença. Era uma emboscada. Todos foram executados no meio do caminho. Ainda não se tem uma resposta definitiva de quem teria ordenado a morte. Na capital, adquiriu e modernizou o engenho Iguaçu, além de inaugurar o Engenho Tibagi. Adquiriu a Typographya Paranaense, que mais tarde passou a se chamar Impressora Paranaense.
1960

Generoso Marques

Vindo de uma infância humilde, Generoso Marques dos Santos se esforçou para concluir os estudos. Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo e após um ano, de volta a Curitiba, foi eleito deputado provincial. Sua trajetória política vai de figura com grande apoio e representatividade a exilado em tempos de Revolução Federalista. Essa transição começa em 1891, quando o Marechal Floriano Peixoto, ao ocupar o lugar de Deodoro da Fonseca na presidência da recente República, destitui vários governadores, incluindo Generoso Marques. Em 1894, as ideias da Revolução Federalista – que se opunham ao que era determinado pela presidência da República – chegaram ao Paraná. Generoso Marques viu a chance de voltar ao governo e se juntou aos ideólogos federalistas. Sem sucesso, ficou exilado em Buenos Aires durante alguns meses. Ao retornar, voltou a investir em sua carreira política. Além da Revolução Federalista, atuou também na Guerra do Contestado, como entusiasta do conflito armado. Expressava suas ideias através da política, advocacia e do jornalismo. Redigiu os jornais “O Paraná” e “A Federação” e fundou o “A Reforma”.
1923

Victor Ferreira do Amaral

Victor Ferreira do Amaral foi responsável por ações que beneficiaram a estrutura e a identidade cultural de Curitiba. Seu grande feito foi a idealização da Universidade do Paraná. Quando a instituição foi criada, ele disse que “o dia 19 de dezembro representou a emancipação política do Estado e deve também representar sua emancipação intelectual”. Como diretor da Faculdade de Medicina do Paraná, Victor Ferreira do Amaral foi responsável pela edificação da Maternidade do Paraná, instituição que hoje leva o seu nome. Ele também foi o primeiro reitor da universidade quando ela se tornou federal, em 1946. Nasceu na Lapa, em 1862. Como médico, jornalista, político e educador, sempre defendeu que todos os cidadãos merecem saúde e educação de qualidade. Sua carreira na administração do Estado passa por cargos como deputado estadual e federal, superintendente do ensino público e vice-presidente do Estado do Paraná. Escolheu o nome do município de Araucária, criou a cidade de Clevelândia e ajudou a elaborar a Constituição do Estado do Paraná de 1892.
1953

Vicente Machado

Quando as tropas federalistas avançavam pelo Paraná, no começo de janeiro de 1894, o então presidente do estado, Vicente Machado evadiu-se de Curitiba em direção a Castro. Ele chegou a transferir a capital do Paraná para aquela cidade, com medo da Revolução Federalista que chegava em Curitiba. Antes disso, com a proclamação da República em novembro de 1889, Machado ocupou uma série de cargos que o projetaram politicamente, como chefia de polícia do governo provisório, superintendência da instrução pública do estado e a presidência da Câmara Municipal de Curitiba. Foi também relator da conturbada assembleia constituinte do Paraná, em 1892. Foi com ele no cargo de presidente do Paraná que Barão do Serro Azul foi assassinado em uma emboscada após a Revolução Federalista – nunca se provou quem mandou matar o Barão. Apesar de ser acusado de abusos no exercício do poder, Vicente Machado conseguiu se eleger senador em 1895, substituindo Generoso Marques.
1950

Presidente Affonso Camargo

O guarapuavano Affonso Alves de Camargo teve uma longa trajetória na história política do Paraná. Além de promotor público e professor, Camargo foi deputado estadual e federal, vice-presidente do estado e chegou a exercer a presidência do Paraná no ano de 1916. Responsável por fundar o Banco do Estado do Paraná, acumulou polêmicas ao longo de sua vida pública. Durante a Guerra do Contestado (1912-1916), nos planaltos paranaense e catarinense, ocupando o cargo de vice-presidente do Paraná, Camargo defendeu o grupo empresarial Lumber, que era subsidiária da empresa norte-americana Brazil Railway Company e tinha o objetivo de explorar madeira e vender os terrenos para imigrantes europeus. O detalhe é que essas terras já estavam ocupadas por caboclos que habitavam a região. O historiador Walmor Marcellino escreve que o irmão de Camargo, Marins, possuía terras na região. Camargo ainda foi senador da República e presidente do Paraná novamente em 1928, sem cumprir todo o mandato por causa da Revolução de 1930. Devido ao avanço das tropas revolucionárias, abandonou a cidade em direção a Paranaguá. Em poucas horas, a Revolução de 1930 se instalou no Paraná e caminhava para seu desfecho 20 dias depois, com Getúlio Vargas assumindo o cargo de presidente do Brasil.
1952

Munhoz da Rocha

São dois os possíveis personagens que dão nome à avenida. Para o historiador Valério Hoerner, a homenagem foi feita ao antoninense Caetano Munhoz da Rocha (na foto), que foi prefeito de Paranaguá, em 1908. Formado na Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, em 1902, ele se preocupou em construir redes de água e esgoto na cidade, além de ligá-la ao Porto de D. Pedro II. Em 1920, como presidente do Estado, Caetano Munhoz da Rocha deu relevância para o ensino profissional e estruturou ações que aumentaram a eficiência da alfabetização no Paraná. Organizou abrigos para menores e criou o Serviço de Assistência à Infância, o Juizado de Menores e abrigos para idosos, leprosos e pessoas com tuberculose. Outro nome para a Avenida Munhoz da Rocha é o de Bento, filho de Caetano, sugerido pela pesquisadora Camilla Muzzillo. Ele foi governador do Estado entre 1951 e 1955. Durante o centenário da emancipação política do Paraná, Bento Munhoz da Rocha inaugurou obras como a Praça 19 de Dezembro, as novas instalações da Biblioteca Pública do Paraná e do Teatro Guaíra e o Centro Cívico, usado para centralizar a administração pública. Bento Munhoz da Rocha investiu em projetos para aprimorar a malha viária do Estado, dando força para a migração e a expansão das fronteiras agrícolas do Paraná.

Manoel Ribas

Nascido em Ponta Grossa, Manoel Ribas se mudou para Santa Maria para trabalhar em uma grande empresa do ramo ferroviário. Foi eleito prefeito da cidade gaúcha em 1928, quando começou a ganhar a confiança de Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul. Em 1932, nos primeiros anos do Estado Novo, Vargas nomeou Manoel Ribas como interventor do governo no Paraná. A gestão foi a mais longa da história do estado (14 anos) e esteve sempre alinhada com a ambígua política nacional: rígida e focada em avanços na estrutura socioeconômica do estado. Manoel Ribas tinha o apelido de “Maneco Facão”, resultado dos cortes rígidos que fazia no orçamento e no pessoal que trabalhava nas repartições públicas, quando o rendimento não era como esperado. Alguns o acusavam de tomar essas decisões de maneira arbitrária. É lembrado até hoje por determinadas obras, como a construção da Estrada do Cerne que ligou a capital ao norte pioneiro e com a reestruturação do Porto de Paranaguá. Com as obras, o Paraná foi inserido no mapa da exportação (até então a maioria dos produtos paranaenses ainda saíam do país pelo Porto de Santos). Criou vários hospitais e escolas – dentre elas o Colégio Estadual do Paraná – e incentivou a instalação de empresas e a ocupação do interior do estado, medida que ajudou a desenvolver a região de terra roxa e, por consequência, a riqueza cafeeira do Paraná.
1954

João Gualberto

O capitão João Gualberto Gomes de Sá viveu para consolidar sua carreira como militar e morreu no campo de batalha traído por sua arma. Em 1912, ele assumiu o comando do Regimento de Segurança do Estado do Paraná (atual Polícia Militar). O então presidente do Estado, Carlos Cavalcanti, escolheu um homem de confiança para essa posição, visto a disputa de território entre Paraná e Santa Catarina que começava a fervilhar. Logo depois, começaram a chegar notícias sobre um grupo de colonos, liderados pelo monge José Maria, que montaram acampamentos em fazendas da região de Palmas. O capitão João Gualberto liderou seus homens para impedir as invasões. Eles marcharam de União da Vitória até Palmas. No caminho, uma chuva desabou e encharcou a arma de João Gualberto. Durante a batalha com os colonos, em Irani, em Santa Catarina, a arma "engasgou" e não funcionou. A batalha resultou na morte de muitos homens - entre eles o capitão João Gualberto e o monge José Maria – e no início da Guerra do Contestado (1912-1916).
1924

Cândido de Abreu

Ao projetar em meados de 1902 a obra do Colégio Xavier da Silva, em Curitiba, o engenheiro civil Cândido de Abreu tornou-se um dos responsáveis pela idealização da construção do primeiro grupo escolar do estado. A instituição inaugurou o sistema de ensino seriado como conhecemos hoje – já que antes as turmas não eram divididas por séries. Durante o seu segundo mandato como prefeito de Curitiba, de 1913 a 1916, Abreu foi o responsável por construir a primeira sede própria para a prefeitura da capital. Até então, a sede do município era quase itinerante e chegou a funcionar em salões de igrejas e dividiu espaço até com a cadeia pública. O local escolhido foi a atual Praça Generoso Marques, próximo da Catedral. Em 1914, baseada no projeto arquitetônico do próprio prefeito, começou a construção do Paço da Liberdade. Também urbanizou e enfeitou a Praça Carlos Gomes e a Praça Eufrásio Correia, assim como reformou as praças General Osório, Tiradentes e Santos Andrade. Abreu também trabalhou na comissão da estrada de ferro Madeira-Mamoré, na Amazônia, foi diretor das obras públicas da Província do Paraná e secretário de Estado.
1953

Visconde de Nácar

Se dependesse de Manoel Antonio Guimarães, o Visconde de Nácar, a capital do nosso estado seria Paranaguá. Durante o período de emancipação da Província do Paraná (que até 1853 pertencia a São Paulo), Guimarães construiu o palacete onde hoje fica a sede da Prefeitura de Paranaguá. Segundo historiadores, ele pretendia, com a emancipação, se tornar presidente da Província e nomear Paranaguá como capital devido à importância da cidade na época. Entretanto, o liberal Zacarias de Góes e Vasconcelos foi nomeado como presidente provincial e determinou que Curitiba fosse a capital. Guimarães foi um dos nomes mais influentes da burguesia ervateira do Paraná. Nascido em Paranaguá, em 1813, ele empreendeu desde muito cedo em atividades comerciais. Negociava imóveis e trabalhava com o transporte e venda de produtos de armazém e escravos no Porto de Paranaguá. Seus negócios eram muito rentáveis e ajudaram toda a movimentação econômica da cidade, a ponto de uma casa de cobrança de impostos ser instalada no local. Foi líder do partido conservador no Paraná. Ele recebeu o título de Visconde de Nácar em 1880.

Lamenha Lins

Nem é preciso se esmerar muito para encontrar, em Curitiba, um conhecido com sobrenome italiano, ucraniano, polonês ou alemão. Um dos grandes “responsáveis” é Adolpho Lamenha Lins. Com ele na presidência da Província do Paraná, nos anos 1870, foi dinamizada a política colonizadora principalmente nos arredores do planalto curitibano – onde foram criados, por exemplo, os núcleos de Santa Cândida e Órleans. Os resultados satisfatórios fizeram com que o programa fosse estendido ao litoral, como é o caso da colônia italiana Alexandra, e aos Campos Gerais. Com ele, foram implantados aproximadamente 27 núcleos coloniais. Um dos objetivos do fluxo imigratório era criar uma agricultura de abastecimento para o próprio estado. Diplomado em Direito, ele exerceu ainda os cargos de promotor, secretário do Governo, deputado, presidente da província do Piauí em 1874, e presidente do Paraná, de 1875 a 1877. Faleceu em sua cidade natal, Recife, em 1881.
1943

João Negrão

João de Souza Dias Negrão nasceu em 1833 e foi membro de uma nova classe da burguesia industrial do século 19: os ervateiros. Devido à cegueira que acometeu o seu pai repentinamente, ele teve que assumir o comando do engenho de erva-mate de sua família. Administrou os negócios com habilidade e fez a produção e o rendimento prosperarem. Sua fazenda ganhou destaque no estado. João Negrão ajudou na consolidação da produção e exportação do produto no Paraná. A exemplo do pai, firmou seu nome como industrial de erva-mate e político. Exerceu vários empregos públicos nas cidades de Lapa, Morretes, Rio Negro e na capital. Foi eleito deputado provincial pelo Partido Conservador e se preocupou em fortalecer o ensino primário na região. Seu filho, o pesquisador Francisco de Paula Dias Negrão, contribuiu muito para o resgate da memória paranaense. Suas obras, com a Genealogia Paranaense e os Boletins de Atas da Câmara de Curitiba, ajudam a entender a trajetória do nosso estado.
1950

Engenheiros Rebouças

Os irmãos baianos André e Antonio Rebouças, dois negros descendentes de escravos que viveram em pleno período de escravidão, cravaram seus nomes na história brasileira e paranaense. Desenvolveram projetos de estradas, ferrovias, sistemas de abastecimento de água, lutaram pela emancipação dos escravos, sonharam com a industrialização e com um Brasil desenvolvido. O chafariz na Praça Zacarias, em Curitiba, a Estrada da Graciosa, a ferrovia Paranaguá-Curitiba e Parque Nacional do Iguaçu são alguns dos legados dos engenheiros André e Antonio no Paraná. Em 1864, Antonio foi nomeado como engenheiro chefe da Estrada da Graciosa e formulou o projeto do empreendimento, que ficou pronto em 1872. A iniciativa do primeiro grande investimento madeireiro no Paraná se deve a eles que organizaram a Companhia Florestal Paranaense, instalada em 1871. Foi a primeira indústria do Paraná a utilizar a energia de máquina a vapor. André Rebouças chegou a servir como engenheiro militar voluntário na Guerra do Paraguai entre 1865 a 1866. Em 1876, o engenheiro André Rebouças sugeriu a criação do Parque Nacional de Sete Quedas, que seria um maravilhoso complexo de Cataratas. Em 1871, os irmãos André e Antonio Rebouças fizeram a primeira canalização de água potável na capital, na atual Praça Zacarias.
1950

Desembargador Ermelino de Leão

O desembargador Agostinho Ermelino de Leão é responsável por idealizar obras como o Museu Paranaense e o Teatro São Teodoro (atual Teatro Guaíra). Ele nasceu e cresceu em Paranaguá e se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Direito de Recife. Atuou como juiz de direito durante 22 anos ininterruptos nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Paraná. Sua boa atuação como juiz garantiu sua indicação e nomeação ao cargo de desembargador. Ocupou o cargo de vice-presidente da Província por curtos espaços de tempo nas décadas de 1860 e 1870. Apoiou obras consideradas importantes para o Paraná, como a linha telegráfica para a capital e a estrada de Cerro Azul a Antonina, que ajudaria a impulsionar a construção da Estrada da Graciosa. A Gazeta do Povo errou ao informar que o desembargador Agostinho Ermelino de Leão foi o responsável pela construção da Capela da Glória. Foi Maria Dolores de Leão, filha dele, quem mandou construir próximo à sua casa, em Curitiba, uma capela dedicada à Nossa Senhora da Glória. Por causa dessa capela, inaugurada em 25 de novembro de 1896, a região passou a ser chamada de Alto da Glória. Nela, durante muitos anos, foram celebradas as novenas dedicadas à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
1952

Comendador Araújo

Antonio Alves de Araújo, o comendador Araújo, nasceu em Morretes, mas construiu sua carreira política em Antonina. Estudou na Alemanha, onde obteve o diploma em Leis – o que, atualmente, equivale ao curso de Direito. Araújo ocupou os cargos de deputado e vice-presidente da Província. Comerciante e ervateiro, recebeu ordens do governo provincial para fazer propaganda da erva-mate paranaense pela Europa e Ásia, regiões que visitava com frequência. Quando recebeu o título de comendador ele já estava pobre e quase no fim da vida. Seu irmão, Manoel Alves de Araújo, recebeu o título de conselheiro e dá nome à outra rua.
1913
Atualmente:

A Rua

A rua Comendador Araújo recebeu esse nome por ser o local onde o comendador fixou residência quando se mudou para Curitiba. Antes, era chamada de Mato Grosso e fazia parte de uma região de banhado, devido à irrigação do rio Ivo. Essa condição gerou dificuldades nas primeiras medidas de saneamento tomadas em Curitiba. Foram, então, colocadas pinguelas por toda a região, que começou a ser habitada. Muitos donos de engenho do litoral subiram a serra e se instalaram nas proximidades. Os casarões de linguagem eclética que ainda podem ser vistos na localidade são símbolos do desenvolvimento econômico da época. 

Zacarias

Coube ao baiano Zacarias de Góes e Vasconcelos a árdua tarefa de ser o primeiro presidente da Província do Paraná, em 1853. Aos 38 anos, ele e sua esposa Carolina foram recebidos com festa pela população. Apesar de ficar no cargo somente até maio de 1855, ele teve a dura tarefa de organizar os primeiros passos do Paraná. Coube a ele a missão de encomendar os estudos para a construção de estradas que ligassem Curitiba ao Litoral, determinando a construção da Estrada da Graciosa, só concluída em 1873. Zacarias criou também uma companhia policial e incentivou a edificação de escolas primárias. Como Curitiba sequer tinha farmácia, Zacarias autorizou José da Silva Murici, que era do Serviço Sanitário do Exército, a fornecer medicamentos à população pobre da capital. Advogado, ele também foi presidente das Províncias do Piauí e Sergipe, deputado provincial, ministro, deputado-geral pela Bahia. Ainda ocupou os cargos imperiais de Presidente do Conselho dos Ministros e da Câmara dos Deputados, senador e conselheiro de Estado.
1946

Visconde de Guarapuava

Antônio de Sá Camargo recebeu o título de Visconde de Guarapuava após o episódio que dá nome a outra rua famosa em Curitiba: a Voluntários da Pátria. O fazendeiro financiou, no Paraná, o grupo de homens que se juntou ao exército brasileiro durante a Guerra do Paraguai, em 1865. Esse era um ato comum entre os homens da elite. Durante a guerra, eles cediam suprimentos, dinheiro e homens (seus empregados e escravos) para combaterem pelo Brasil. Faziam isso ambicionando títulos. O Visconde de Guarapuava chegou a hospedar D. Pedro II em sua casa durante a passagem do imperador pelo Paraná, em 1880. Foi vice-presidente da Província do Paraná e coronel comandante superior da Guarda Nacional, com a qual fundou o campo de Palmas de Baixo (atual Clevelândia). Ajudou na construção de obras como a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e a reconstrução da Biblioteca Pública do Paraná.
1949

Presidente Taunay

Alfredo Maria Adriano D’Escragnolle Taunay, o Visconde de Taunay, foi presidente da Província do Paraná de 1885 a 1886. Em Curitiba, ele é lembrado pela criação do Passeio Público. A obra foi feita com dificuldade (dos 48 mil metros quadrados que o parque ocuparia inicialmente, apenas 6 mil eram de terra firme, o resto era um banhado) e às pressas. A cerimônia de inauguração, cheia de improvisos, foi realizada um dia antes do Visconde de Taunay passar o governo para Joaquim de Almeida Faria Sobrinho, que teve que arcar com despesas futuras e corrigir defeitos da obra. O Visconde de Taunay cresceu em um ambiente culto, influenciado pelo avô e pelo pai, que estudavam arte e literatura. Durante a Guerra do Paraguai, em 1865, acompanhou o corpo expedicionário do Mato Grosso e de lá trouxe inspiração para obras como “Cenas de viagem” (1868), “A Retirada da Laguna” (1871) e “Inocência” (1872). Ganhou visibilidade como escritor e logo foi convidado a ingressar na política. Foi entusiasta de medidas como casamento civil, a imigração, a libertação gradual dos escravos e a naturalização automática de estrangeiros. No Paraná, recuperou a estratégia de Lamenha Lins para atrair imigrantes.
1949

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Doutor Muricy

A ideia do hospital da Santa Casa de Misericórdia partiu do médico José Cândido da Silva Muricy. Foi o ‘doutor’ Muricy o responsável por bancar financeiramente quase toda a obra. No entanto, ele não viveu para ver o prédio concluído. Morreu um ano antes. Para não deixar o hospital inacabado, coube ao genro de Muricy, que também era médico, Antonio Carlos Pires de Carvalho e Albuquerque, assumir o projeto e bancar a finalização das obras. Embora o prédio que abriga a Santa Casa atualmente ter sido inaugurado em 1880, o pesquisador Carlos Ravazzan explica que a Irmandade da Santa Casa já existia desde 9 de junho de 1852. Era uma entidade que atendia primordialmente a população mais carente. A primeira sede foi edificada em 1855, na Rua 13 de Maio. No local, onde atuava o doutor Muricy, funcionou também uma espécie de pequeno hospital. Além de médico e tenente-cirurgião, Muricy ocupou o cargo de deputado provincial e foi um dos responsáveis pela fundação do Museu Paranaense. Recebeu diversas homenagens e condecorações, como a Ordem da Rosa, Ordem de Cristo e Ordem de São Bento de Aviz, no Brasil; a Ordem de Cristo, de Portugal e a Ordem da Coroa da Alemanha.
1906

Mateus Leme

Mateus Leme

Natural de Santo Amaro (SP), Mateus Leme foi atraído pela descoberta de ouro para a região curitibana e em 1661 também já possuía moradia fixa no vale do Rio Barigui juntamente com algumas outras famílias. Foi bandeirante e escravizou diversos índios nos sertões brasileiros. Em 1668, a vila de Curitiba, ao contrário da vila de Paranaguá, criada 20 anos antes, não gozava de autoridade própria. A lei portuguesa exigia um mínimo de 30 famílias para que uma localidade tivesse autoridades e Câmara Municipal. Eram necessários, portanto, 30 “homens bons” – denominação que se dava aos homens adultos, casados e proprietários de bens e escravos. Nesse mesmo ano, Mateus Leme foi nomeado capitão-povoador da futura vila de Curitiba.
1904

Ébano Pereira

As origens de Curitiba se confundem com a descoberta de ouro no litoral paranaense. Nessa história, um personagem entra em cena: Eleodoro Ébano Pereira, que comunicou oficialmente a descoberta de ouro na região às autoridades portuguesas por volta de 1650. Pereira era administrador de minas nos distritos do sul do Brasil e o primeiro representante das autoridades governamentais que esteve no local que atualmente integra Curitiba. Até então, a região do primeiro planalto do estado era tomada por garimpeiros vivendo em abrigos improvisados, cobertos por folhas, na tentativa de faiscar ouro por essas bandas. Além deles, os tupis-guaranis marcavam presença na localidade. Apesar de ser um emissário do governo, Pereira não era propriamente um povoador, mas foi ele que organizou, a partir de Paranaguá, uma expedição em direção ao planalto curitibano em busca de ouro, o que, em pouco tempo, estimulou a vinda de diversos faiscadores do metal precioso. Filho de portugueses, Pereira nasceu no Rio de Janeiro. Foi sertanista e lutou ao lado do pai na expulsão dos franceses do Rio. Ele possuía o título de general da Armada das Canoas de Guerra da Costa e Mar do Sul.
1928

Bento Vianna

Com um ato de coragem, o capitão Floriano Bento Vianna foi o primeiro homem a clamar pela separação da comarca de Curitiba e Paranaguá da capitania de São Paulo. Era 15 de julho de 1821, quando o povo e as autoridades estavam reunidos em uma praça pública de Paranaguá diante do juiz Antonio Azevedo de Melo e Carvalho. Repentinamente, Bento Vianna levantou-se em direção ao magistrado e solicitou a nomeação imediata de um governo provisório separado da capitania paulista. Após o brado, que ficou conhecido pelos livros de história como conjura separatista, Bento Vianna não teve sucesso e foi abandonado por demais companheiros que queriam a emancipação do Paraná e que desistiram na hora ‘H’. Solitário em sua proclamação, só escapou de severas punições porque a Coroa Portuguesa reconhecia seu valor e sua lealdade à Corte. O ato, porém, acendeu a vontade de separar Paraná da então província de São Paulo.

Baltazar Carrasco dos Reis

Muitos povoadores começaram a se interessar pela localidade motivados, sobretudo, pela exploração de ouro e também para prear índios para servirem de escravos. Durante muito tempo esses bandeirantes passavam sem deixar povoadores. Apenas um ou outro eram atraídos – foi o que aconteceu com um dos primeiros “moradores” da futura Curitiba, o bandeirante Baltazar Carrasco do Reis. Sabe-se, por exemplo, que em 1661 a família do bandeirante Baltazar, conhecido também por ter “domesticado” muitos índios, já tinha residência fixa no vale do Rio Barigui juntamente com algumas outras famílias. Em 1668, quase duas décadas depois de Ébano Pereira ter anunciado a descoberta de ouro, a vila da futura capital do estado era formada praticamente por um agrupamento de casas em torno de uma capela. O inventário dos bens de Baltazar, também considerado um dos fundadores de Curitiba, está preservado quatro séculos depois de sua morte. O documento original de 1697 está cuidadosamente guardado no Arquivo Público do Paraná.
1951

MORRETES

Margem do Rio Nhundiaquara - hoje: Rua das Flores











Igreja matriz Nossa Senhora do Porto
Colégio Estadual "Rocha Pombo"




Estrada da Graciosa - 1954


Casarios à beira do rio Nhundiaquara
Prefeitura Municipal de Morretes
Indústria de Papel São Marcos Ltda
Estrada de ferro - Serra do Mar - Ponte São João - 1879


Ponte metálica sobre o rio Nhundiaquara - 1912



Hotel Nhundiaquara































































































































































































Estrada da Graciosa - Serra do Mar - 1923





Morretes - 1945 





























































Foto publicada pelo amigo Éric Hunzicker, no facebook.
Caserna do Tiro de Guerra 70 – mais tarde Bar Nhundiaquara de Santiago Mattar.




































Igreja Metodista de Morretes 



Estrada da Graciosa - Serra do Mar - Morretes - década de  60



Igreja Matriz Nossa Senhora do Porto - Morretes



Theatro Philodragmático Morretense - 7 de setembro de 1922
























Estação Ferroviária Véu de Noiva - 1946


Estação Ferroviária Véu de Noiva


Paulo e Zeca do bar barril.

















Praça Lamenha Lins
Rua XV de Novembro - Sobrado do sr Souza - No térreo era um comércio.
Desfile escolar - Grupo Escolar Miguel Schleder - 1949 - a 1ª à esquerda é a profª Olinda Dall' Stella e, no centro é a profª Iracema Bittencourt.
Uma tragédia em Morretes, quando ocorreu o desabamento de uma Cooperativa, ocasionando a morte da jovem Soraya Correa, nossa grande amiga.
Ela era funcionária da Cooperativa.
Enchente  de 1949 - Rua Visconde do Rio Branco esquina com a Rua XV de Novembro.


Rua XV de Novembro




Foto de Mauro Cherobim
Rua XV de Novembro - A carroça era de Marquinhos Triaquim Malucelli, estacionada em frente a sua residência.






























































Barreiros - década de 1930


Barreiros - década de 30


Barreiros - década de 30


Estrada de Barreiros



































Estrada da Graciosa - Serra do mar.
























































Antiga casa da sra. Santa e do sr. Herval Augusto Petersen



Rio Nhundiaquara e o Hotel Nhundiaquara, prédio à direita
Rua XV de Novembro


Estação Ferroviária de Morretes

Largo dr José Pereira
Gondoleiro em Morretes no rio Nhudiaquara
















Rua XV de Novembro - A carroça era de Marquinhos Triaquim Malucelli
Igreja São Benedito
Igreja São Sebastião - Porto de Cima - Morretes
Antiga Rodoviária de Morretes - Rua XV - Bar Barril
Estação Ferroviária de Morretes
Estação Ferroviária de Morretes
Estação Ferroviária - Banhado
Estação Ferroviária de Morretes
Grupo Escolar Miguel Schleder
Casa Paroquial  - 1º prédio à esquerda - Rua Visconde do Rio Branco
Enchente - Rua XV de Novembro
Fachada da antiga residência de Narciso Malucelli - casa com 5 janelas
Estação Ferroviária de Morretes
Rua José Moraes


Rua XV de Novembro - Enchente







Rua XV de Novembro - ano: 1975


Restaurante Madalozo - 1978






Porto de Cima - corrida de boia cross






Escadaria da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto








Rua do Colégio Estadual Rocha Pombo






Ponte sobre o rio Nhundiaquara - Porto de Cima.





























Usina de cana-de-açúcar - Central - Morretes
O correto é: Largo dr. José Pereira





































O correto é: Rua Visconde do Rio Branco.
São João da Graciosa





Ponte sobre o rio Nhundiaquara - travessia do centro da cidade para a Vila Santo Antônio, construída pelo exército brasileiro por ocasião da Festa Feira-ano: 2000