sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Lindas moças da família Macedo, lavam roupas em tinas feitas de madeira, no bairro de Santa Quitéria, em meados de 1950, na propriedade do dr. Francisco Ribeiro de Azevedo Macedo. (Foto: Acervo de Priscila Macedo) ......... Após a publicação, constatou-se o nome delas: - A da frente é Josefina Gracia (Fifina), casada Mansur; - A De roupa clara Clotilde Macedo, casada Matos; - De roupa bege Sarita Romaguera Macedo, casada Alegre Alarcón; - A última Dinah , casada Cristóvão. Paulo Grani

 Lindas moças da família Macedo, lavam roupas em tinas feitas de madeira, no bairro de Santa Quitéria, em meados de 1950, na propriedade do dr. Francisco Ribeiro de Azevedo Macedo.
(Foto: Acervo de Priscila Macedo)
.........
Após a publicação, constatou-se o nome delas:
- A da frente é Josefina Gracia (Fifina), casada Mansur;
- A De roupa clara Clotilde Macedo, casada Matos;
- De roupa bege Sarita Romaguera Macedo, casada Alegre Alarcón;
- A última Dinah , casada Cristóvão.
Paulo Grani


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Rua Presidente Faria, na esquina com a Treze de Maio. Em 1952, ainda com o canteiro central. Fotógrafo: Arthur Wischral Acervo: Casa da Memória Fonte: curitibaempretoebranco/Instagram

 Rua Presidente Faria, na esquina com a Treze de Maio. Em 1952, ainda com o canteiro central.  Fotógrafo: Arthur Wischral  Acervo: Casa da Memória  Fonte: curitibaempretoebranco/Instagram


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Ildefonso Pereira Correia, o barão do Serro Azul (Paranaguá, 6 de agosto de 1849 — Morretes, 20 de maio de 1894)

 Ildefonso Pereira Correia, o barão do Serro Azul (Paranaguá, 6 de agosto de 1849 — Morretes, 20 de maio de 1894)


Ildefonso Pereira Correia
Barão do Serro Azul
Conhecido(a) porMorreu executado sumariamente pelas tropas governistas durante a revolução Federalista
Nascimento6 de agosto de 1849
Paranaguá
Morte20 de maio de 1894 (44 anos)
MorretesParaná
Ocupaçãofazendeiro e político
TítuloBarão do Serro Azul , recebido em 8 de agosto de 1888
Ildefonso Pereira Correia
Presidente interino da província do Paraná
Período1888
Deputado provincial do Paraná
Período1882
Presidente da Câmara Municipal de Curitiba
Nascimento
PartidoPartido Conservador
linkWP:PPO#Subdivisão do Projeto WP:PP

Ildefonso Pereira Correia, o barão do Serro Azul[1] (Paranaguá6 de agosto de 1849 — Morretes20 de maio de 1894), foi um empresário e político brasileiro, maior exportador de erva-mate do Paraná e maior produtor de erva-mate do mundo. Durante a revolução Federalista, ele e outras cinco pessoas proeminentes da cidade de Curitiba foram executadas sumariamente, por ordem do general Éwerton de Quadros, sem qualquer processo legal ou acusação formal.

Família e estudos

Era filho do tenente-coronel Manuel Francisco Correia Júnior[3] e de Francisca Antônia Pereira Correia. Nasceu quando seu pai foi destituído de todos os seus cargos públicos, por ter imprimido um manifesto solicitando a separação da comarca de Curitiba da província de São Paulo.

Conviveu desde cedo com assuntos políticos que envolviam lutas de conservadores com liberais, de escravocratas com abolicionistas. O pai morreu quando ele tinha doze anos.

Os irmãos mais velhos galgaram posições importantes na política e nos negócios, suas irmãs casaram com homens que viriam a ocupar posições de destaque no governo.

Fez o curso de Humanidades no Rio de Janeiro, o qual concluiu com distinção.

Vida empresarial

Ao voltar do Rio de Janeiro, com vinte e quatro anos, abriam-se as portas do comércio ervateiro. Visitou Montevidéu e Buenos Aires, grandes centros consumidores de erva-mate brasileira, com o propósito de conhecer o negócio.

Aos vinte e sete anos, em sociedade, instalou seu primeiro engenho de erva-mate, em Antonina. Quatro anos depois viajou aos EUA para exibir seus produtos numa exposição americana, obtendo grande sucesso.

Ao retornar, recebeu o convite para ser candidato à deputado provincial pelo partido Conservador. A partir daí, nunca mais deixou de participar de atividades políticas.

Com a construção da estrada da Graciosa, transferiu suas atividades para Curitiba. Nessa época já acumulava ponderável riqueza, que rivalizava com as famílias mais abastadas e tradicionais do Paraná.

Em Curitiba, adquiriu e modernizou o engenho Iguaçu, construiu o Engenho Tibagi, comprou serrarias e lançou-se à exportação de madeira.

Em 1888, associado com Jesuíno Lopes, assumiu o controle da antiga Typographia Paranaense, fundada em 1853, por Cândido Lopes, na cidade de Curitiba. Transformaram-na na Impressora Paranaense, com o objetivo de melhorar a confecção das embalagens da erva-mate exportada.

Adquiriu posteriormente o controle acionário da Companhia Ferrocarril de Curitiba, lançou as bases do Banco Industrial e Mercantil, comprou o jornal Diário do Comércio e foi diretor da Sociedade Protetora de Ensino.

Em 1º de julho de 1890, ajudou a fundar a Associação Comercial do Paraná, tornando-se seu primeiro presidente.[4][5]

Alguns comparam-no à Mauá, pois, talvez, nenhum outro paranaense tenha produzido tanto na política ou na atividade empresarial quanto ele.

Vida política no Império

Causou simpatia ao imperador Dom Pedro II, quando este visitou Curitiba em 1881. Ao regressar ao Rio de Janeiro, o imperador concedeu-lhe a comenda da Imperial Ordem da Rosa.

Nas eleições de 1882, elegeu-se deputado provincial. Desenvolveu suas funções com sucesso enquanto uma crise política empolgava as ruas.

Assumiu interinamente o governo da província em 1888. Cuidou de apaziguar os ânimos, mas não pode evitar a crise parlamentar que ocorria na Assembléia Provincial.

Abolicionista convicto, quando se tornou presidente da câmara municipal de Curitiba, comprometeu-se publicamente a promover a emancipação dos escravos do município.

Em 8 de agosto de 1888, recebeu da princesa Isabel, então regente do Brasil, o título de barão do Serro Azul.

Vida política na República

Com a proclamação da República, o governador Vicente Machado da Silva Lima convidou-o para a comissão organizadora do partido Republicano.

Repentinamente a situação política mudou: o marechal Deodoro da Fonseca renunciou e o marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência, dissolveu o Congresso e convocou novas eleições.

No Rio Grande do Sul, o governo Júlio Prates de Castilhos, apoiado pelo marechal Floriano Peixoto reprimiu a oposição e, logo depois, começou a revolução Federalista. No Rio de Janeiro, os almirantes Custódio de Melo e Saldanha da Gama comandaram a Revolta da ArmadaSanta Catarina caiu em poder dos revolucionários, e no dia 14 de outubro de 1893, a capital Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, foi declarada provisoriamente capital do Brasil, convertendo-se em base de operações militares dos movimentos de revolta originados separadamente no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Enquanto isto, separada por longas distâncias geográficas, Curitiba estava em paz.

Uma força de maragatos (rebeldes federalistas gaúchos) comandada por Gumercindo Saraiva veio do Rio Grande do Sul em direção Rio de Janeiro. Passando por Nossa Senhora do Desterro, juntou-se aos aliados da Revolta da Armada e, dali, partiu com destino à Curitiba. O plano dos chefes maragatos previa o domínio do Paraná com um ataque conjugado por forças de terra e mar, e uma revolta em São Paulo se ali chegassem as tropas rebeldes.

O comando legalista enviou para o Paraná batalhões, formados por tropas regulares e voluntários civis do Rio de Janeiro e São Paulo. Em janeiro de 1894, estes chegaram à Lapa onde se travou uma terrível batalha. Durante 26 dias as tropas legalistas resistiram aos ataques das forças muito mais numerosas dos maragatos.

Ocupação de Curitiba pelos rebeldes

Na madrugada de 17 de janeiro de 1894, uma brigada comandada por João Meneses Dória tomou a estação de Serrinha. Com a cumplicidade dos funcionários, passou a responder aos chamados telegráficos como se fosse das tropas legalistas de Lapa, avisando que milhares de rebeldes estavam marchando para a Curitiba. Houve pânico na capital e o general Pego, comandante militar da cidade, fugiu abandonando trens carregados de material bélico.

Devido ao abandono de Curitiba pelas tropas legalistas, a cidade passou a ser dirigida por uma Junta Governativa presidida pelo barão do Serro Azul. Em 20 de fevereiro de 1894, João Meneses Dória entrou em Curitiba à frente de 150 cavalarianos e, de um trem especial, desembarcaram o almirante Custódio de Melo, Teófilo Soares Gomes e vários oficiais da Marinha e do ExércitoJoão Meneses Dória foi então aclamado governador do estado do Paraná.

O barão do Serro Azul foi convocado pelos cidadãos para fazer um acordo com os revolucionários que protegesse a população de violências, saques e estupros. A Junta Governativa de Curitiba transformou-se em "Comissão para Lançamento do Empréstimo de Guerra" com o propósito de arrecadar fundos para os rebeldes e com isso comprar a proteção da cidade. Embora o barão do Serro Azul e os comerciantes que apoiaram a comissão procurassem apenas evitar saques e desordens, seus atos os comprometeram como colaboradores com o movimento rebelde

O tempo perdido pelos maragatos durante o cerco da Lapa permitiu que as tropas legalistas se agrupassem e recebessem reforços ao norte, em Itararé, na divisa São Paulo–Paraná. O comandante dos maragatos, Gumercindo Saraiva, empreendeu um recuo rumo ao sul, abandonando Curitiba. As tropas governamentais reocuparam a cidade e, no dia 16 de outubro de 1893, o novo governador do Paraná Vicente Machado da Silva Lima, anunciou o estado de sítio em Curitiba.[6]

Represálias das tropas governamentais

O general Éwerton de Quadros, novo comandante do Distrito Militar, promoveu demissões de funcionários públicos, buscas e capturas de pessoas acusadas de colaborar com os maragatos. As prisões ficaram tão cheias que o teatro São Teodoro foi transformado em presídio. Apesar da condenação pública, várias pessoas foram fuziladas.

No dia 9 de novembro de 1893, o barão de Serro Azul recebeu uma intimação para se recolher ao quartel da primeira divisão. Outros cinco de seus companheiros também foram presos e levados aos mesmo presídio: Prisciliano Correia, José Lourenço Schleder, José Joaquim Ferreira de Moura, Rodrigo de Matos Guedes e Balbino de Mendonça.

Muitos políticos importantes do Paraná tentaram por todos os meios livrar o barão de Serro Azul e seus companheiros da prisão. O general Éwerton de Quadros, temendo uma fuga ou a desmoralização de seu comando, ordenou a execução do barão de Serro Azul e seus amigos.

Execução

Na madrugada do dia 20 de maio de 1894, os seis prisioneiros foram retirados da prisão e levados à estação ferroviária de Curitiba, sob o pretexto de embarcarem em Paranaguá em um navio da Marinha com destino ao Rio de Janeiro, onde seriam julgados.

O comboio parou no km 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, perto do pico do Diabo da serra do Mar, onde há um alto despenhadeiro. Os presos começaram a ser arrastados para fora do vagão pelo pelotão de escolta. Mato Guedes atirou-se pela janela do trem, mas recebeu uma descarga da fuzilaria e rolou pelo precipício. Balbino de Mendonça, agarrando-se ao vagão, teve os braços quebrados a coronhadas, e foi abatido a tiros de revólver. O barão do Serro Azul recebeu um tiro na perna e caiu de joelhos. Propôs então dividir sua fortuna com os oficiais da escolta se fosse poupado, porém tombou com uma bala na testa.

O comboio seguiu viagem, abandonando os corpos no local. Somente no dia seguinte a policia de Piraquara foi avisada da existência de cadáveres na serra.[7]

Resgate histórico

Capa do livro "O Barão do Serro Azul" de Leôncio Correia

Durante quarenta e quatro anos, o barão de Serro Azul foi considerado traidor. Os seus atos foram banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados, referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus companheiros era evitada. A sua magnífica mansão em Curitiba foi transformada em quartel do Exército, tendo a baronesa e os seus filhos que morar em um anexo.[8]

Sua vida começou a ser investigada nas décadas de 1940 e 1950, quando ocorreu o resgate de sua memória.

Em 1942, foi publicada a biografia "O Barão de Serro Azul" escrita por Leôncio Correia. O livro "A Última viagem do Barão do Serro Azul" do escritor Túlio Vargas, foi publicado em 1973. Baseado nesse livro, o cineasta Maurício Appel produziu o filme "O Preço da Paz" em 2003, com direção de Paulo Morelli e roteiro de Walther Negrão. No elenco, Herson Capri, no papel do barão do Serro Azul, e Lima Duarte, no papel do general Gumercindo Saraiva.

A sua residência em Curitiba, construída em 1883, foi restaurada e é atualmente o Centro Cultural Solar do Barão.[8]

Em dezembro de 2004, o senador Osmar Dias apresentou o projeto de lei do Senado nº 354, de 2004 que propôs a inscrição do nome do barão de Serro Azul no Livro dos Heróis da Pátria, existente no Panteão da Pátria em Brasília.

A Lei nº 11.863,[9] de 2008, foi sancionada pelo Presidente da República; Luiz Inácio Lula da Silva; em 15 de dezembro de 2008 e publicada no Diário Oficial da União em 16 de dezembro de 2008, inscrevendo o nome de Ildefonso Pereira Correia, o Barão de Serro Azul, no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.

Referências

  1.  Pela grafia original, barão do Serro Azul
  2.  «Quem foi: Barão do Serro Azul | Curitiba Space - Sinta a sua cidade»Curitiba Space. 1 de setembro de 2016
  3.  Seu pai, Manoel Francisco Correia Junior Centro Espirita Ildefonso Correia - acessado em 10 de julho de 2019
  4.  Artigo: O Barão do Serro Azul e seu papel na história do Paraná Arquivado em 19 de janeiro de 2012, no Wayback Machine. UNIBRASIL Faculdades Integradas do Brasil - acessado em 7 de setembro de 2011
  5.  Homenagem ao Barão do Serro Azul, fundador da ACP[ligação inativa] ACP News - acessado em 7 de setembro de 2011
  6.  «Para a História": a saga de um livro oculto por 85 anos». Câmara Municipal de Curitiba. 19 de maio de 2015. Consultado em 9 de julho de 2018
  7.  «Os ossos do Barão»Gazeta do Povo
  8. ↑ Ir para:a b «Guia Geográfico Artes em Curitiba. Centro Cultural Solar do Barão»
  9.  «Lei nº 11.863, de 15 de dezembro de 2008.»

Bibliografia

  • VARGAS, Túlio. A Última Viagem do Barão do Serro Azul. Curitiba: Ed. Juruá, 2004.
  • CARNEIRO, David. O Paraná e a Revolução Federalista. 2ª ed. Curitiba: Ed. Secretaria da Cultura e do Esporte; Industria Gráfica Gonçalves, 1982.
  • CARNEIRO, David. O Paraná na História Militar do Brasil. Curitiba: Travessa dos Editores, 1995.
  • KHATIB, Faissal El. História do Paraná. Curitiba: Grafipar, 1969. Acervo Casa da Memória Paraná.

Lojas Hermes Macedo S/A, ou simplesmente Lojas HM (1932 - 1997)

 Lojas Hermes Macedo S/A, ou simplesmente Lojas HM (1932 - 1997)


Lojas Hermes Macedo
Empresa de capital fechado
SloganDo Rio Grande ao Grande Rio
AtividadeVarejista
Fundação1932
Fundador(es)Hermes Macedo
Encerramento1997 (65 anos)
SedeCuritiba - Paraná
Pessoas-chaveHermes Farias de Macedo
ProdutosLoja de departamentos

As Lojas Hermes Macedo S/A, ou simplesmente Lojas HM (1932 - 1997), foi um grupo empresarial que por muitos anos liderou o comércio varejista do Brasil, com centenas de lojas no país e sede no município de Curitiba, no estado do Paraná.

Início

Em 1932, aos dezoito anos de idade, o empresário Hermes Farias de Macedo criou em Curitiba a Agência Macedo, um estabelecimento comercial especializado em autopeças usadas para caminhões. Numa época em que era difícil encontrar estes materiais de reposição, Hermes e seu irmão Astrogildo anunciavam nos jornais o interesse na compra de veículos de segunda mão, que posteriormente desmontavam e revendiam em partes.

Com o sucesso do negócio, passaram a importar peças novas dos Estados Unidos, um feito inédito.

No ano de 1936, a segunda loja é aberta no centro de Curitiba, num ponto considerado estratégico. Ali foi iniciada a venda de bicicletas francesas e eletrodomésticos, que começavam a chegar ao Brasil. Em 1942, a terceira unidade iniciou suas atividades em Ponta Grossa. Dois anos depois, foi adquirido um grande prédio na capital paranaense, que pertencia às Indústrias Matarazzo, onde instalaram sua maior filial e aproveitaram o grande espaço para diversificar ainda mais sua linha de vendas. Comentava-se que muitos paranaenses conheceram certos produtos por meio das Lojas Hermes Macedo.[3]

Expansão

Até o final da década de 1940, novas filiais foram abertas nos municípios de Londrina e Maringá. Nos anos 1950 decidiram expandir suas atividades para os outros estados do Sul. Em 1957, partiram para São Paulo e inauguraram uma loja de dez andares na Avenida São João, então uma das mais importantes ruas comerciais da capital paulista, planejando concorrer com grandes grupos, como Mappin e Sears.

A partir de então centram foco em lojas de departamentos, oferecendo confecções, presentes, eletrodomésticos, artigos de cama, mesa e banho, náutica, som, materiais para pesca, pneus e outros.

Enquanto investia em novos formatos, a atividade original, ligada à revenda de peças, acessórios e prestação de serviços automotivos era aos poucos direcionada para unidades específicas. Com o passar dos anos foram criadas concessionárias de veículos das marcas Chevrolet e Ford, como também os Centros Automotivos HM, cujo slogan era Pneu carecou, HM trocou.[4]

Na década de 1960, o processo de expansão foi acelerado com a abertura de unidades nos principais municípios do Paraná, Santa CatarinaRio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, chegando a 31 lojas. Nesse período o grupo adotou o bordão "Do Rio Grande ao Grande Rio."[5]

Consolidação

As Lojas Hermes Macedo contavam com grande estrutura e áreas amplas, sempre bem cuidadas. Suas fachadas eram alvo de constante renovação. Uma das maiores atrações em épocas de Natal era a decoração das unidades, que não se limitava às vitrines, mas também ruas e avenidas próximas, com desfiles alusivos e a chegada do Papai Noel.

O marketing era agressivo, com patrocínios e propaganda nas emissoras de TV e rádio, como também anúncios de página inteira nos principais jornais.Várias vezes ao ano sorteava entre seus clientes inúmeros brindes, como automóveis novos.[6]

Auge

Nos anos 1980, a Hermes Macedo comemorou seu cinquentenário, entregando aos funcionários mais antigos uma medalha alusiva, na qual foi estampada em alto relevo a marca de 180 lojas distribuídas pelos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

O desenvolvimento dos negócios transformou um pequeno comércio de acessórios de automóveis em um grande conglomerado denominado Grupo HM, formado pela Alfa Serviços de Crédito e InformáticaMercúrio PropagandaHM NáuticaHM Financeira (mais tarde transformada em Banco HM), concessionárias de automóveis e de motocicletas, Auto Center HM e outras empresas de apoio.

Nessa década as Lojas Hermes Macedo passaram a liderar o varejo brasileiro, deixando para trás concorrentes como Casas PernambucanasMesblaLojas Muricy e Lojas Americanas. A Revista Exame a situou em 33° lugar no ranking das 500 maiores empresas privadas nacionais por vendas, no início da década de 1980.[7]

Em 1988, foi inaugurada a Loja Garcez, num antigo e suntuoso edifício no centro de Curitiba, que foi reformado e configurado para sediar a segunda rede do grupo, direcionada ao público das classes A e B.[8]

Declínio e falência

No inicio da década de 1990, uma série de fatores prejudicou os negócios. Havia uma grande crise, o Plano Collor derrubou as vendas, além disso, a morte da esposa de Hermes Farias de Macedo acirrou disputas familiares e colocou a empresa de 285 lojas em declínio.

Somando-se a isso, concorrentes como C&ACasas Bahia e Riachuelo ajudaram a complicar a situação financeira, que culminou num pedido de concordata, em 1995. Nesse mesmo ano, já com seu fundador falecido,[9] um acordo foi alinhavado com as Lojas Colombo, no qual a Hermes Macedo cedia seu estoque de mercadorias, permitindo que utilizasse as suas instalações e o corpo de funcionários em troca de comissão. No entanto, tais ações não surtiram efeitos e sua falência foi decretada em 1997, encerrando-se ali uma história de 65 anos.[10][11]

Referências

  1.  Rios, Cristina (13 de julho de 2014). «Leilões movimentarão R$ 300 milhões»Gazeta do Povo. Consultado em 30 de maio de 2018
  2.  «Uso — Empresas CNPJ»www.empresascnpj.com. Consultado em 16 de agosto de 2016
  3.  Bertoldi, Andréa (13 de fevereiro de 2008). «Lojas tradicionais ficam no coração curitibano». Folha de Londrina. Consultado em 30 de maio de 2018
  4.  «Pneu carecou HM trocou: uma trajetória do varejo no Paraná — Página Inicial» (PDF)www.ufrgs.br. Consultado em 30 de maio de 2018
  5.  «Memória  » lojas»wp.clicrbs.com.br. Consultado em 30 de maio de 2018
  6.  «Como era mágico o Natal da Hermes Macedo | Haus»Haus. 20 de dezembro de 2016
  7.  Aramis Millarch - 22 de outubro de 1981
  8.  Grupo Marketing de Varejo - 2009
  9.  «Hermes Farias de Macedo, empresário. Fundador do grupo que leva seu nome.». Consultado em 7 de julho de 2015
  10.  Morales, Pedro Paulo (3 de junho de 2013). «Lojas Hermes Macedo - as gigantes do varejo no Paraná.». Falando de Gestão. Consultado em 30 de maio de 2018
  11.  Vicente, Marcos Xavier (24 de outubro de 2017). «10 marcas curitibanas que acabaram»Gazeta do Povo. Consultado em 30 de maio de 2018