domingo, 5 de agosto de 2018

A historia do Teatro Guaíra inicia no século XIX, mais precisamente no ano de 1884, quando foi inaugurado com o nome de Theatro São Theodoro, em homenagem a Theodoro Ébano Pereira, fundador da cidade de Curitiba.
O local era o mesmo onde hoje está a Biblioteca Pública do Paraná, à rua Dr. Muricy.
O Theatro São Theodoro é inaugurado em 1884 lotando plateias, camarotes e galerias. Por dez anos é o centro da vida cultural de Curitiba. Com a chegada da Revolução Federalista ao Paraná em 1894, as apresentações artísticas são suspensas. As dependências do teatro transformam-se em prisão dos rebeldes pelas forças legalistas.
Apenas no ano de 1900, após obras de reforma e ampliação, foi realizada a inauguração, com o nome de Theatro Guayrá.
Houve ampliação das instalações e nova decoração em 1915.
Anos mais tarde, em 1937, o então Prefeito de Curitiba Aluízio França ordenou a demolição da edificação, alegando haver risco de desabamento.
Em 1939 o Theatro Guayrá é demolido e, ao mesmo tempo, inicia-se campanha pela construção de um teatro oficial na cidade, liderada pela Academia Paranaense de Letras.
O Teatro Guaíra como conhecemos, na Praça Santos Andrade, foi inaugurado em 1954.Nenhum texto alternativo automático disponível.A imagem pode conter: céu e atividades ao ar livre

Hoje na História em Curitiba
29 de março de 1693 - o povoado de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais torna-se Vila. A data é considerada como a de fundação da cidade de Curitiba. #há324anos
Diz a lenda que os bandeirantes do povoado que vivia na "Vilinha", área margeada pelos rios Atuba e Bacacheri, procuraram o cacique da tribo indígena dos Campos de Tindiquera para assegurar a indicação do melhor local para instalar definitivamente a povoação.
Seguiu o cacique, à frente de um grupo de moradores, carregando na mão uma enorme vara. Depois de muito andarem pelos extensos campos, o cacique cravou a vara no solo e disse: "Aqui". Então, naquele local ergueu-se uma pequena capela, com construção de pau-a-pique.
Esse local é onde se encontra hoje a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz (Catedral Metropolitana) na Praça Tiradentes, marco zero da nossa linda cidade.
2 de maio de 1886 - foi inaugurado o Passeio Público, o primeiro parque do município de Curitiba. #há132anos
O Passeio Público foi uma iniciativa do presidente da província, Alfredo Taunay, para resolver os problemas de terreno local, que era um banhado.
O terreno foi doado pelo empresário de erva mate da época, Francisco Fasce Fontana. Houve também contribuicao do ervateiro Ildefonso Pereira Correia.
Na década de 1910, portões foram construídos nas entradas do passeio, que seguiam as linhas arquitetônicas do portão do Cemitério dos Cães de Asnières, localizado a noroeste da cidade de Paris, na margem esquerda do Sena. Esta obra foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná no ano de 1974.
4 de agosto de 1851 - morre em Curitiba o político José Borges de Macedo. #há167anos
Macedo foi o primeiro prefeito da história de Curitiba, tendo sido nomeado em 21 de julho de 1835, época em que o Estado do Paraná ainda pertencia à Província de São Paulo.
Esse importante cidadão paranaense foi homenageado no nome da praça que fica atrás do Paço da Liberdade (onde se encontra o mercado de flores), no Centro de Curitiba.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018




Colégio Sagrada Família - 1942
Campo Largo - PR.

Fabrica do Parolin - Centro de Campo Largo - PR.

Praça do Colégio Sagrada Famiília - 1929 Chafariz e acima o colégio.

Praça da Igreja Matriz - dando frente para onde hoje fica as Lojas Pernambucanas e Puppi - 1921.

Antiga sede da Prefeitura Municipal de Campo largo, hoje, biblioteca municipal.

Rua XV de Novembro com Rua Rui Barbosa.

Hotel Tassi



Na abertura do livro “Hotel Tassi – O Antigo Hotel da Estação” de Elisabete Tassi Teixeira, a então diretora do Patrimônio Cultural de Curitiba, Maí Nascimento Mendonça escreve: “A cidade está no homem assim como a árvore voa no pássaro que a deixa. A síntese deste circuito vital, tão bem definida pelo poeta Ferreira Gullar, pode estar em cada rua, pedra, árvore, construção, cidade. Cada elemento destes assinalado, é claro, pelo sopro da vida.
Curitiba é uma cidade que só existe através de seus habitantes, das marcas que deixaram e que continuam imprimindo ao longo do tempo. Essa identidade entre urbe e orbe é que dá o diferencial, ou todas as cidades do mundo não passariam de amontoados de edificações. A forma pela qual a vida se processa no espaço comum é que merece, eternamente, registro.”
Mais a frente a autora do livro cita que “No espaço da antiga rua da Liberdade onde, num tempo determinado, pulsou a efervescência da vida curitibana, num continuo recriar de encontros e desencontros, proliferaram hotéis que desde a Estação Ferroviária até o centro da cidade, iam acomodando os cansados empoeirados viajantes.”
A história do Hotel Tassi começou no dia 23/10/1888, quando no porto de Gênova na Itália, com destino ao Brasil, conheceram-se a família Puglia e Angelo Tassi, que tinha como objetivo a cidade de São Paulo, mas que por acontecimentos durante a viagem (morte do patriarca dos Puglia e sua paixão pela filha mais velha deles), muda seu destino ao decidir por acompanhar a família Puglia à Curitiba. Em 01/10/1889, Angelo Tassi casa-se com Angela Puglia. Compram um terreno de esquina com as ruas da Liberdade e Sete de Setembro, defronte ao prédio da Estação Ferroviária e da futura Praça Eufrásio Correia. Nesse terreno inicialmente constroem uma casa e na frente, abrem uma pequena venda, muito freqüentada pelos viajantes e carroceiros que na região estacionavam. Dos petiscos, passam a fornecer comida e logo, pessoas passaram a pedir pouso. Em 1900 ampliam o prédio e abrem o Hotel Estrada de Ferro, muito conhecido pela comida italiana de Dona Angela. Novas reformas e ampliações depois, muda seu nome para Hotel Tassi, que se tornou na época, o cartão de visitas de Curitiba, juntamente com a Praça, sendo participante e testemunha dos acontecimentos da cidade. 
Angelo e Angela tiveram sete filhos e na década de 1920 mudaram-se para sua chácara no Cabral e seus filhos passaram a administrar o hotel. Em 09/02/1933 morre Angela Tassi. Por conta da diminuição da importância da Estação Ferroviária devido às estradas de rodagem, a região da Praça Eufrásio Correia começa entrar em decadência. Em 1942 o hotel é alugado e passa a ser conhecido como Hotel Continental. Em 18/03/1951, morre Angelo Tassi com quase 90 anos. Na década de 1960 os herdeiros vendem a propriedade e o casarão encontra-se fechado desde então. Por anos permaneceu abandonado, em ruínas e depois, escorado para não entrar em colapso. Atualmente uma ação de restauro está sendo executada, como pode ser visto na foto de hoje. 
Um dos filhos de Angelo e Angela, Santo Tassi, tornou-se fotógrafo (tendo inclusive uma câmara escura onde revelava suas fotos), sendo ele um dos precursores do foto-amadorismo em Curitiba. Muitas de suas belas fotos estão nesse fabuloso livro que tenho o privilégio de ter em mãos e de onde extraí as informações de hoje. Pelas páginas desse livro, não se vê apenas a história de um prédio, mas de uma família que escolheu o Brasil e Curitiba para criar seus filhos e participar da construção dessa cidade. Acertada a decisão de se preservar e restaurar o antigo Hotel Tassi, pois por muito tempo, a história de Curitiba desfilou diante de suas portas e descansou nos seus quartos.