‘RENASCER’: POR QUE O DIABINHO DA GARRAFA NÃO APARECE COMO EM 1993?
Na versão original da novela o pequeno ser maligno aparecia de modo claro e nítido
Em 1993, a novela "Renascer" estreou na Rede Globo e conquistou o público com uma história envolvente, personagens marcantes e uma trilha sonora inesquecível.
Escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho, a trama se passava na Bahia, e acompanhava a saga de José Inocêncio (Antonio Fagundes/ Marcos Palmeira), um homem simples e honesto que buscava justiça e paz em um mundo corrompido.Trinta anos após sua exibição original, "Renascer" volta à tela da Globo em uma versão repaginada e modernizada. A nova versão, escrita por Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, e dirigida por Vinicius Coimbra, mantém a essência da trama original, contudo, apresenta novos elementos e personagens na história.
Em ambas as versões, a trama é permeada por elementos místicos, incluindo a misteriosa relação do protagonista com o "Diabo na Garrafa", no entanto, um detalhe visual trata essa entidade de maneira diferente como o que foi exibido na primeira versão.
Índole diabólica
O diabinho possui duplas “intenções” na trama, já que é ora benevolente, ora cruel, e representa as tentações e os perigos do poder. Inocêncio possui um pacto com a figura mística desde o início da novela, ao afirmar que é ele quem o faz ter o “corpo fechado”.
Esse pacto, em ambas as versões, é um elemento central da trama e molda o destino de José Inocêncio. O protagonista deseja riqueza e justiça, mas logo percebe que os desejos concedidos pelo diabo têm um preço alto — como a morte de seu grande amor, Santinha, e a má relação com o filho, João Pedro.
Mudança
Como todo remake (seja de série, filme, ou novela), alguns detalhes são modificados para acompanharem o público atual e as novas atualizações do mundo, como acontecimentos, e, claro, algumas opiniões.
As cenas de "Renascer" que retratam o diabo na garrafa, personagem crucial na trama, passam por uma reinterpretação na versão atual. A equipe de produção, buscando um equilíbrio entre a fidelidade à obra original e a sensibilidade do público contemporâneo, utiliza recursos de computação gráfica para apresentar a criatura de maneira mais sutil.
Na primeira fase da novela, uma cena específica, que mostrava o diabinho em 3D, dançando em frente ao altar de Nossa Senhora, foi cortada. Na cena, José Inocêncio (Humberto Carrão) colocaria a figura no mesmo altar que a santa e o público o veria se movimentando como se fosse uma dança.
A decisão, ainda em análise, visa evitar que a imagem explícita da criatura afaste espectadores por questões religiosas, de acordo com o portal O Globo.
Em contraste, a versão original de "Renascer" exibia o diabinho com clareza em diversas cenas, sem receio de causar estranhamento. A reinterpretação atual busca manter a essência mística e simbólica do personagem, mas adaptando-a à realidade de um público mais diverso e com diferentes crenças.
Através de efeitos visuais sutis e sugestões, a equipe de produção da novela busca preservar a magia e o significado do diabo na garrafa, sem comprometer a receptividade da novela por parte do público.
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