Antonio Ribeiro de Macedo nasceu na localidade de Porto de Cima e era filho de Manoel Ribeiro de Macedo e de Francisca de Paula Pereira de Macedo, irmão do comendador José Ribeiro de Macedo. Casou-se com Sylvia Loyola de Macedo em julho de 1868.
Foi sargento ajudante, amanuense (*1) do Comando Superior da Guarda Nacional em 1865, por ocasião da Guerra do Paraguai (mas não vai para a batalha).
Foi suplente de delegado de polícia, vereador e presidente da Câmara Municipal de Porto de Cima de 1869 a 1872.Foi suplente de juiz municipal em 1870.
Foi juiz de paz de 1873 1876.
Foi eleito deputado provincial atuando de 1876 1877.
Foi delegado de polícia em Campo Largo em 1884.
Foi inspetor paroquial em Campo Largo em 1885.
Foi chefe de superintendência do ensino obrigatório em 1885.
Foi inspetor escolar de Paranaguá em 1890.
Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá.
Foi coronel comandante superior da Guarda Nacional em 1888.[1]
Ocupou ainda o cargo de prefeito do município de Antonina de 1894 a 1909 e de 1912 a 1916.
Fundou o jornal O Progresso em 1902.
Foi também provedor da Santa Casa de Caridade de Antonina.
Foi membro da Loja Maçônica Estrela de Antonina.
Junto com seu irmão fundam o Partido Democrático, mas logo extinto, e depois aproximam-se da liderança de Vicente Machado.
Em sua homenagem, há uma praça no centro da cidade de Antonina, denominada Praça Coronel Macedo. A praça ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, foi construída quando Antonio Ribeiro de Macedo era prefeito. Após o seu falecimento, a Câmara Municipal, através de projeto lei, denominou a praça em sua homenagem. Antes o espaço, considerado ponto turístico do município, era denominado de Campo da Matriz, Pátio da Matriz e Praça da República.Foi chamado “O remodelador de Antonina” pelo Periódico A República em 2 de Dezembro de 1914 quando da visita do Dr. Carlos Cavalcanti na inauguração da Estrada da Graciosa.
*1 Amanuense era todo aquele que copiava textos ou documentos à mão. A palavra amanuense provém do latim amanuense. Escrevente e copista são sinónimos de amanuense. Vulgarmente, considera-se amanuense o escriturário duma repartição pública ou estatal, que manualmente regista documentos ou os copia
Segundo encontramos na Genealogia Paranaense em seu volume 2 página 161.
Coronel Antonio Ribeiro de Macedo, nasceu em Porto de Cima em 15 de fevereiro de 1843.
Desde o verdor da idade revelou a sua inteligência, pelo que, seu pai procurou bons professores para guiar-lhe o ensino, não só do português como do latim, francês, etc.
O ensino do francês foi confiado a Nöel Guillet (*1), que com um bom método obrigava os alunos a só falarem naquele idioma.
O coronel Antonio de Macedo registra em suas memórias o ótimo serviço prestado pelo professor Noel e sua esposa, os quais não só ministravam instrução sólida, como também ensinavam aos alunos a pratica da virtude em todas as modalidades, procurando com seus conselhos paternais instruir e formar o seu caráter.
Noel Guillet executava belos retratos a óleo, e em 1853 em Morretes fez vários retratos de pessoas conceituadas, entre os quais o do historiador Antonio Vieira dos Santos que posou especialmente para que o artista executasse seu belo retrato, hoje pertencente ao autor desta genealogia, o qual foi encomendado pelo Comendador Antonio Alves de Araújo que o ofereceu a Vieira Santos,Outros retratos foram tirados, tais como: os do Comendador Modesto Gonçalves Cordeiro entre outros.
Completando o seu estudo primário, procurou aperfeiçoá-lo em seu gabinete, com boa leitura, o que conseguiu galhardamente. Na vida comercial dedicou-se sempre ao comércio, especialmente no benefício da Erva Mate, em cuja indústria foi estabelecido em Porto de Cima, São Joao da Graciosa, Antonina, Paranaguá, Campo largo, Morretes desde 1861 até este momento.
Tem exercido vários cargos de nomeação e eleição popular, cargos que tem desempenhado com competência, inteligência e dignidade; são eles: Sargento ajudante e amanuense do Comando superior da Guarda Nacional em 1865, por ocasião da formação das forças que se destinavam ao Paraguai.
Guerra com Paraguai
No ano de 1864, rebentou a guerra com o Paraguai. O serviço de remessa dos contingentes de soldados, era feito pela Guarda Nacional, então perfeitamente organizada com soldados e oficiais, havendo exercícios mensais em todos os lugares.
O comando superior da Guarda Nacional, era exercido pelo Tenente Coronel Manoel Gonçalves Marques, que ocupava comando na falta do efetivo que se achava licenciado, o Coronel Modesto Gonçalves Cordeiro.
O Ten. Coronel Marques morava no Porto de Cima e o Capitão secretário Geral de Morretes e por isso era difícil o serviço ser feito por este, fui, como permitia a lei, nomeado amanuense da secretaria do comando. A esse tempo ocupava eu o posto de Sargento Ajudante, comumente chamado de Sargento de Brigada.
Tomando conta do cargo, ficou pesando sobre mim todo o serviço da secretaria que era voluntário, assim como eram todos os que faziam Oficiais da Guarda Nacional, cujos postos eram solicitados com empenho apesar de serem obrigados a fardarem-se as suas custas, eu imaginava por, bem empregado o meu esforço, porque estava trabalhando para a Pátria. Em fins de 1865, houve uma revista no batalhão de Guardas Nacionais de Morretes, assim como em todos os demais subordinados
*1 Nöel Guillet Professor Gramática latina elementar em comparação com gramática francesa elementar … 2ª edição [Texto impresso]
Publicação: Tournon: imp. de P.-R. Guillet, 1830.
Ao Comando Superior, em obediência a ordem do Governo para promover a aquisição de voluntários para a guerra. Aos corpos que estavam organizando para este fim, foram dados os nomes de “Voluntários da Pátria”.