CASAMENTO DE FLORA E BENTO, EM 1929
44 Damas de Honra ladearam os noivos.
Meses depois, Bento escreveu o que sentia por Flora: “Só entretanto, durante o carnaval de 1927, foi que a minha grande ventura, ventura de amar, começou a emoldurar a minha vida de um encantamento extasiante. Sentia-me correspondido na delícia fascinante dos seus olhos”.
O noivado aconteceu em 23 de setembro de 1928, brindado com champanhe, “enquanto Bento colocava no meu dedo a aliança e o anel de brilhante”, revela Dona Flora.
A união foi selada em 17 de abril de 1929, com pompa e circunstância, em cerimônia na Catedral Metropolitana de Curitiba. “Bento, padrinhos e convidados, de fraque, luvas e cartola na mão. As mulheres ostentavam seus decotados vestidos, resplandecentes”.
Na cerimônia, Flora Munhoz foi precedida por quarenta e quatro damas de honra, trajadas em tules coloridos, num arco íris de “grande beleza”.
A lua de mel do casal veio três meses depois do casamento, devido a compromissos de Bento na Siderúrgica Gonçalves de Sá. Nos primeiros dias de julho, o casal apaixonado embarcou no transatlântico “Cap Polonio” com destino a Europa. O roteiro da viagem constava passagem em Londres, Paris, Madrid, Berlim e Lisboa.
Bento e Flora ganharam 123 presentes que encheram os três compartimentos da casa dos noivos, localizada na esquina da Rua Buenos Aires com a Visconde de Guarapuava. Na revolução de 1930 – saqueadores em nome da nova ordem – invadiram a residência e levaram boa parte dos presentes.
Da união nasceram cinco filhos: Caetano, Mitsi, Daisy, Sandra e Suzana. Seus descendentes diretos em 2010 eram: 17 netos, 30 bisnetos e três trinetos.".
Texto de: Jair Elias dos Santos Junior.
Paulo Grani.