Esqueletos revelam lado obscuro dos conventos medievais
92 ossadas foram descobertas no local que costumava ser o Littlemore Priory, um convento fundado na região de Oxford em 1100 e que foi dissolvido em 1525. Entre os esqueletos estavam homens, mulheres e crianças.
quando enterros aconteciam dentro de áreas da igreja, provavelmente os mortos eram pessoas muito ricas ou membros do clero.
Até agora sabe-se que 35 das ossadas são de mulheres e 28 de homens. As outras 29 ainda não tiveram o gênero determinado.
Em um dos caixões de pedra mais bem-construídos estava uma mulher que morreu com, aproximadamente, 45 anos. Acredita-se que ela foi uma das 20 madres superioras que assumiram a posição durante a existência do convento.
Outros túmulos incomuns tinham um bebê provavelmente recém-nascido, um esqueleto com sinais de trauma craniano (possivelmente a causa da morte) e, o mais curioso, uma mulher com a face voltada para baixo - provavelmente um sinal de que ela estaria pagando por seus pecados em morte.
Uma das hipóteses para a identidade desta mulher é que ela seria uma das 'freiras pecadoras' denunciadas por um antigo cardeal, o Cardeal Wosley, quando o convento foi fechado.
A última madre superiora do convento, Katherine Wells, foi deposta após dar a luz a uma filha ilegítima, provavelmente fruto de uma relação com um padre. Ela também teria roubado pertences do convento para conseguir dinheiro e criar sua filha. Há registros de outra freira, na época de 1517, que teria sido denunciada após ter um filho com um homem casado.
A vida no convento era severa, com espancamentos sendo usados como punição para freiras. Em 1518 uma das irmãs foi punida por 'brincar com garotos' sendo trancada por três dias na despensa - ela só saiu quando deu um jeito de queimar as provisões ali dentro e quebrou a janela.
Os esqueletos que estão sendo analisados serão removidos da área - que será reaproveitada para a construção de um hotel - e enterrados novamente em chão consagrado.