Mostrando postagens com marcador UM TRIBUTO AO PALHAÇO PIOLIM Muitas pessoas poderão pensar o que tem a ver o Palhaço Piolim. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador UM TRIBUTO AO PALHAÇO PIOLIM Muitas pessoas poderão pensar o que tem a ver o Palhaço Piolim. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

UM TRIBUTO AO PALHAÇO PIOLIM Muitas pessoas poderão pensar o que tem a ver o Palhaço Piolim, nascido em Ribeirão Preto-SP, com Curitiba?

 UM TRIBUTO AO PALHAÇO PIOLIM
Muitas pessoas poderão pensar o que tem a ver o Palhaço Piolim, nascido em Ribeirão Preto-SP, com Curitiba?

UM TRIBUTO AO PALHAÇO PIOLIM
Muitas pessoas poderão pensar o que tem a ver o Palhaço Piolim, nascido em Ribeirão Preto-SP, com Curitiba?
Pois bem, poucos sabem que o Palhaço Piolim foi o personagem que suscitou a Francisco Sobania a Idéia de criar o lendário "Palhaço Zequinha", personagem das Balas Zequinha, fabricadas pela empresa A Brandina, dos irmãos Francisco, Antônio e Eduardo Sobânia.
Certo dia, Francisco Sobania, viajou à São Paulo buscando Idéias para aprimorar sua incipiente fábrica de balas. Lá chegando, logo descobriu o sucesso que estava ocorrendo com as Balas Piolin, fabricadas por José Antônio Bastos, que tinha lançado um conjunto de figurinhas tendo por personagem o "Palhaço Piolin", muito conhecido da garotada paulistana que frequentava o pequeno circo onde ele se apresentava.
Ao retornar, Francisco encomendou as figurinhas à Impressora Paranaense e, em 1929, saiu a primeira coleção de 30 figuras, impressas em litografia, no tamanho 5x7cm, criadas pelo desenhista-chefe da impressora, Alberto Thiele. Com o sucesso da iniciativa, as figuras logo foram expandidas para 50, mais tarde para 100 e, finalmente, já a cargo do desenhista Paulo Carlos Rohrbach, para 200.
A despeito de tantos escritos na literatura paranaense dizendo da incerteza da existência das "Balas Piolim", aqui está a prova de que, de fato, ela existiu e retratava com fidelidade o personagem do "Palhaço Piolim", na figurinha n° 23, Piolim Cyclista.
Francisco Sobania, em 1929, nem podia imaginar que o palhaço "Piolim", personagem que suscitou sua ideia de criar o palhaço "Zequinha ", viria a ser considerado, quatro décadas depois, "O Imperador do Riso" e, ainda, ter a data do seu natalício estabelecida como o "Dia do Circo".
A vida de Piolin
Abelardo Pinto Piolim, o famoso Palhaço Piolim nasceu em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, em 27 de março de 1897. Seu pai Galdino Pinto, circense brasileiro, nasceu no interior do estado de São Paulo, de pais fazendeiros. Estudou na cidade de Rezende, no Rio de Janeiro e foi nesta cidade, durante um espetáculo circense, que assistiu e se apaixonou por uma atriz. O resultado é que acabou por ir embora com o circo, tornando-se mais tarde ele próprio um homem de circo. Tornou-se proprietário do Circo Americano, onde teve início sua dinastia, de onde nasceu o seu filho Abelardo e outros irmãos.
Abelardo Pinto viveu sua infância dentro do circo, envolvido nas mais diferentes atividades. Seu treinamento teve início desde muito cedo e aprendeu as modalidades de ciclista, saltador, casaca de ferro, acrobata e contorcionista, tendo se destacado nesta última enquanto criança. Aos oitos anos de idade apresentava-se no circo de seu pai como “o menor contorcionista do mundo”. Mesmo obtendo sucesso, o menino Abelardo não gostava de suas exibições, como revela mais tarde em seu depoimento ao Museu da Imagem e do Som: “Com oito anos fazia um contorcionismo primário, que só criança pode fazer”. “Não fui como os outros meninos, que entravam no circo por baixo do pano. Nasci dentro dele e levava uma vida que causava inveja aos outros garotos. Eu, do meu lado, tinha inveja deles. Eles tinham uma casa, tinham seus brinquedos comuns e podiam ir diariamente à escola. Eu começava a frequentar um colégio e o circo se transferia. Lá ficava eu sem escola”. Revela ainda, ao mesmo jornal, que seu sonho era ser engenheiro, queria construir casas, pontes, estradas e castelos. Construiu apenas castelos de sonhos de muita gente. “Sou, de qualquer maneira, um engenheiro e estou feliz com isso.”
Era o ano de 1927, circo Americano estava sem seu principal número: o palhaço havia ido embora. Então, o Sr. Galdino Pinto foi a São Paulo, com o intuito de tentar conseguir um substituto. O filho Abelardo, diante dessa situação, resolveu assumir a profissão de palhaço e sobre essa decisão revela mais tarde – “Pensei: se ele fez, eu também posso fazer palhaçadas”. A partir deste momento, o Circo Americano adquire um artista que seria, mais tarde, aclamado como “O Imperador do Riso”.
Abelardo passou a fazer o palhaço Careca mas, logo o nome mudou para "Palhaço Piolin, apelido dado por uns artistas espanhóis, surgido numa brincadeira com suas pernas finas. Nome que Abelardo incorporou ao seu nome de batismo, tornando-se Abelardo Pinto Piolin.
Piolin passou a fazer as cenas cômicas e, no Largo do Paissandu, viveu sua fase de glória. O presidente Washington Luiz era seu fã e tinha cadeira cativa todas as quintas-feiras no seu circo, e os modernistas, seus fãs assíduos, escreviam frequentemente sobre ele em jornais e revistas. Em 1929, no dia do seu aniversário, os modernistas homenagearam Piolin com um almoço que chamaram de Festim Antropofágico. Considerando que os antropófagos comiam o inimigo para adquirir suas qualidades, o ato simbólico de “comer Piolin” constituiu-se numa verdadeira consagração ao palhaço.
Durante mais de 30 anos, Piolin teve seu circo armado em São Paulo, no Paissandu e depois nos bairros do Brás, Paraíso e Marechal Deodoro e, por fim, na Avenida General Osório da Silveira (em local onde hoje funciona um bingo) onde permaneceu por 18 anos, até ser despejado, no final de 1961, pelo IAPC, antigo INPS.
Em 1972, numa iniciativa de Pietro e Lina Bo Bardi, organizadores da exposição do cinquentenário da Semana de Arte Moderna, o Circo Piolin foi armado no Belvedere do MASP. Nesse mesmo ano, 27 de março, data do aniversário de Piolin, foi declarado oficialmente como o Dia do Circo. As homenagens animaram Piolin, que comprou um circo e começou a viajar, mas teve de parar por problemas de saúde.
Abelardo Pinto Piolin morreu em 4 de setembro de 1973, de insuficiência cardíaca, engasgado com uma bala. Uma multidão se aglomerou nas alamedas do Cemitério da Quarta Parada para acompanhar o seu enterro.
Em 1975, a Travessa do Paissandu, onde os circos eram armados, passou a se chamar Rua Abelardo Pinto Piolin. E em 1978 tornou-se realidade o grande sonho de Piolin: a criação da primeira escola de circo no Brasil, que, numa justa homenagem, recebeu o nome de Academia Piolin de Artes Circenses. Sem apoio dos poderes públicos, encerrou suas atividades em 1983. Mas serviu de exemplo e inspiração para a criação das muitas escolas de circo que hoje existem no Brasil. E, atualmente, o Dia do Circo, 27 de março,é comemorado em todo o país.
(Fontes/Fotos: recanto caipira, prefeitura.sp.gov.br, gazetadopovo.com.br, Wikipedia, Mercado Livre, periodicos.unespar.edu.br).
Paulo Grani

Pode ser uma imagem de 1 pessoa

Nenhuma descrição de foto disponível.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Nenhuma descrição de foto disponível.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Nenhuma descrição de foto disponível.