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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Zezé Ribas (1922-2003)

Regional Santa Felicidade
Bairro: Orleans (Rua José Michna Filho)
Logradouro: jardinete

Lysette Ribas Puglielli nasceu em Jaguariaíva a 24 de janeiro de 1922. Era filha de Alfredo Puglielli e Adelaide Ribas Puglielli. Também conhecida como Zezé Ribas, foi um dos nomes mais marcantes da época de ouro do rádio brasileiro, com passagens pelas Rádio Nacional, Tupy e Mayrink Veiga. Antes disso, já era conhecida no Paraná, por suas participações como cantora e apresentadora em rádios como Marumby, Cultura e a Rádio Clube Paranaense. Por esta última, apresentou o programa Zezé Ribas, a Rainha do Samba.
Além das suas atividades artísticas, Zezé Ribas também foi funcionária pública. Trabalhou mais de trinta anos na Secretaria de Saúde, quatro anos no Tribunal de Contas do Estado, dez anos na Assembléia Legislativa e dois anos no cerimonial do Palácio Iguaçu. Também foi ativa em trabalhos assistenciais. Casada com Jacinto Cunha, o primeiro locutor de rádio do Paraná, faleceu em 3 de janeiro de 2003, em Curitiba.

Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Vicente Machado (1860-1907)

Regional Matriz
Bairro: Centro

Vicente Machado da Silva Lima nasceu no dia 09 de agosto de 1860 na cidade de Castro, Paraná. Era filho do capitão José Machado da Silva Lima. Em 1881 graduou-se em Direito pela Academia de Direito de São Paulo, tornando-se promotor público em Curitiba. Lecionou filosofia no Instituto Paranaense e, em 1883, tornou-se juiz em Ponta Grossa, atividade que exerceu por um breve período. No ano seguinte, seus artigos sobre política chamaram atenção nos jornais Dezenove de Dezembro e A Província do Paraná. Em 1885 assumiu uma cadeira na Assembléia Provincial pelo Partido Liberal. Aos poucos revelou suas simpatias republicanas, participando do pequeno grupo que elaborava o semanário A República. Tentou a reeleição naquele ano, mas não obteve respaldo popular. Apesar disso, com a proclamação da República em novembro de 1889, ocupou uma série de cargos que o projetaram politicamente: chefia de polícia do governo provisório, superintendência da instrução pública do estado e a presidência da Câmara Municipal de Curitiba. Foi também relator da conturbada assembleia constituinte do estado do Paraná, em 1892. No ano seguinte, com o afastamento de Xavier da Silva da Presidência do Estado por motivos de saúde, Vicente Machado assume o cargo, com a aprovação do Marechal Floriano Peixoto.
Ainda em 1893, eclode a Revolta Federalista no Rio Grande do Sul. Os revolucionários que se opunham ao governo do Marechal Floriano, precisavam passar pelo Paraná para atingir o Rio de Janeiro (capital federal à época). O conflito gerou episódios sangrentos como o Cerco da Lapa. A inevitável aproximação dos revoltosos fez com que Vicente Machado se refugiasse na cidade de Castro (transformada em capital do estado). Quando Curitiba foi invadida, Machado já estava em São Paulo. A duração do Cerco da Lapa permitiu que as forças governistas se organizassem e os revolucionários retornaram para o Rio Grande do Sul. 
Apesar de ser acusado de abusos no exercício do poder, Vicente Machado conseguiu se eleger senador em 1895, substituindo Generoso Marques. Foi de sua autoria a polêmica lei 409 que equiparava o imposto de exportação da erva-mate bruta e da beneficiada. Em 1903, Vicente Machado era o único candidato à presidência do estado. Neste cargo, revitalizou os serviços de colonização, implantou a rede de fornecimento de água e os esgotos da capital, entre outras iniciativas. Já doente, esteve na Europa em 1906, mas o tratamento não gerou resultados e o então governador veio a falecer em março de 1907. Era descendente de Mateus Leme e de Baltazar Carrasco dos Reis

Fontes:
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 197.

Verônica Mikosz Kucek, a "Tekla" (1914-1997)

Regional Boa Vista
Bairro: Abranches

Verônica Mikosz Kucek - mais conhecida pelo apelido de \'Tekla\', nasceu em Curitiba, no dia dez 10 de janeiro de 1914. Era filha de Ladislau Mikosz e Cecília Stensowski Mikosz. Em maio de 1936 casou com o Sr. Estanislau Kucek na Paróquia de Santa Ana de Abranches, entretanto o casal fixou residência na região que posteriormente ficou conhecida como Novo Mundo. Em 1962, Verônica e o esposo conseguiram oficializar a proposta para a construção da paróquia da sagrada Família, no Novo Mundo. 
Sua dedicação ao lugar e sua preocupação com o bem-estar da comunidade fez com que o então arcebispo de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, a chamasse de "vigária do Novo Mundo". Em 74 voltou para o bairro Abranches com o intuito de atender as necessidades de seus pais, já idosos. Mãe de seis filhos, em 1986 festejou Bodas de Ouro em cerimônia realizada na mesma paróquia de Santa Ana de Abranches. Permaneceu neste bairro até sua morte, em 1997.

Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC) 

Ubaldino do Amaral (1842-1920)

Regional Matriz
Bairro: Alto da XV

Ubaldino do Amaral Fontoura era filho de Francisco das Chagas do Amaral e Gertrudes Pilar do Amaral. Nasceu na vila da Lapa, então pertencente à Província de São Paulo a 27 de agosto de 1842. Formado em direito em 1867, passou a exercer a advocacia no escritório do advogado e político Saldanha Marinho. Foi o primeiro paranaense a assumir simpatia pública pelo movimento republicano.
Exerceu vários cargos públicos na capital federal entre os anos de 1884 e 1891, quando foi eleito senador pelo Paraná. Presidiu a comissão encarregada de reavaliar a constituição vigente à época. Foi também Vice-Presidente e 1o Secretário do Senado. Entre 1895 e 1896 foi ministro do Supremo Tribunal Federal e, no ano posterior, foi nomeado prefeito do Rio de Janeiro. Exerceu também a direção do Banco da República e participou do Conselho da Junta Administrativa da Caixa de Amortização. Em 1909 presidiu o Banco do Brasil. 
Entre outras atividades exercidas por Ubaldino do Amaral, foi árbitro do Brasil nas questões territoriais envolvendo Brasil, Bolívia e Peru.
Em 1902 candidatou-se à presidência, mas foi preterido em favor do candidato Rodrigues Alves. Cinco anos depois foi embaixador da Comissão Permanente de Arbitramento do Tribunal de Haia, ao lado de Ruy Barbosa em 1907. Alves. Ubaldino do Amaral faleceu em 22 de janeiro de 1920 e seu nome hoje batiza uma das vias mais importantes do bairro Alto da XV, em Curitiba.

Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC) 

Toaldo Túlio (1918-1957)

Regional Santa Felicidade
Bairros: Santa Felicidade, São Brás e Orleans

Nascido em Curitiba a 6 de julho de 1918, Toaldo Túlio era filho de Bortolo Túlio e de Ângela Toaldo Túlio. Profissionalmente desempenhou as funções de serventuário da justiça e de oficial do 6o cartório de registros de Curitiba. Além de ter sido presidente da Sociedade Beneficente Iguaçu, em Santa Felicidade, foi também membro da diretoria do Flamengo Futebol Clube (categoria amadora), da Sociedade Tiro ao Alvo e da Sociedade Filantrópica Pio X.
Foi eleito vereador por Curitiba em 1950 com votos apenas da região de Santa Felicidade. Quase no final do mandato, Túlio esteve no olho-do-furacão de uma crise política. O então prefeito José Luis Guerra Rego não pôde transmitir o cargo ao presidente da Câmara, Roberto Barroso Filho que, caso aceitasse, tornaria inviável a candidatura de seu pai, o jornalista Roberto Barroso, proprietário do jornal O Dia, ao Senado. Barroso Filho deu posse ao vice-presidente da Casa, Toaldo Túlio que assumiu a Prefeitura de Curitiba em 31 de março daquele ano. O governador Bento Munhoz da Rocha, que também era candidato ao senado ignorou a posse de Túlio e nomeou para a prefeitura Ernani Santiago de Oliveira. O problema era jurídico pois alguns entendiam que o governador não tinha mais legitimidade pra fazer a indicação a prefeito após janeiro de 1954. O próprio governador entendia que sim. Diante dessa situação, Curitiba teve dois prefeitos por alguns dias, mas o entendimento do judiciário foi favorável ao governador e Toaldo Túlio retornou à Câmara. Faleceu dois anos depois, a 11de abril de 1957.
Fontes:
http://www.revistasantafelicidade.com.br/SantaFelicidade-orleans.php

Therezita Faria dos Santos Lima (1896-1950)

Regional: Boa Vista
Bairro: Pilarzinho

Filha de João Maximiano de Faria e Carlota Monteiro, Therezita nasceu em oito de junho de 1896, na cidade da Lapa. Iniciou seus estudos em Paranaguá, onde travou contato com música e línguas estrangeiras, particularmente espanhol e francês. Em 1918 foi nomeada professora-adjunta no Grupo Escolar Tiradentes e, no ano posterior, nomeada para o grupo Escolar de Antonina. Seu destino seguinte foi o Grupo Escolar Dona Izabel Branco, em Jaguariaíva, onde ficou até 1945. Nesse ano assumiu uma das turmas noturnas do grupo escolar Doutor Xavier da Silva, em Curitiba. 
Quando jovem, foi presidente do Grêmio das Violetas, grupo feminino ligado ao Clube Curitibano (nos seus primórdios), e que acompanhava o escritor simbolista Dario Velozzo e seus companheiros literatos em encontros e festejos (como a Saudação à Primavera, no Passeio Público em 1911). Outra atividade a que se dedicou por muitos anos, foi o coro da Catedral Metropolitana. Casada com Eurides dos Santos Lima, Theresita faleceu em Curitiba, a 24 de janeiro de 1950. 

Fonte:
Nicolas, Maria. Almas das Ruas, Cidade de Curitiba. 3º Volume. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/Casa Romário Martins. 1981. Página 169.

Sebastião Francisco Correia (1926-1948)

Regional Cajuru
Bairro: Capão da Imbuia

Nascido em 13 de setembro de 1926, Sebastião Francisco Correia era filho de Eduardo Francisco Correia e Catharina Correia de Jesus. Integrou o corpo de bombeiros de Curitiba na condição de voluntário. Dedicado, faleceu no dia 8 de junho de 1948, ao tentar salvar um funcionário da Companhia Força e Luz que estava preso a um cabo de alta-tensão. No ano seguinte, o Corpo de Bombeiros foi instituído como serviço público no estado do Paraná. Sebastião Francisco Correia recebeu homenagens póstumas e uma delas foi a atribuição de seu nome a um dos logradouros da cidade.

Fontes:
Nicolas, Maria. Almas das Ruas. Vol. 2 Curitiba, 1974

Rodolpho Zaninelli (1898-1941)

Regional Santa Felicidade
Bairro: Mossunguê

Rodolpho Zaninelli nasceu a 19 de agosto de 1898. Filho de José Zaninelli e Eliza Zaninelli, passou a infância e a juventude na rua José Loureiro. Casou-se com Joana Daldegan, união que gerou 11 filhos. Instalou uma sapataria na Rua Monsenhor Celso e conseguiu reunir uma clientela fiel. Foi a primeira pessoa a produzir calçados com preparação específica para deficientes físicos em Curitiba. Faleceu no dia 19 de setembro de 1941. Seu nome foi dado a uma rua que passa no bairro do Mossunguê, que em Tupi significa "milho que pula", isto é, pipoca. O aumento de condomínios de luxo na região - que agora também é chamada de Ecoville - fez com que o Mossunguê se tornasse o um dos três bairros com maior índice de renda em Curitiba.

Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Remo de Persis (1881-1967)

Regional Cajuru
Bairro: Jardim das Américas

Remo de Persis nasceu na cidade de Roma, a oito de agosto de 1881. Desde cedo, o italiano se dedicou à música. Em 1928, Persis esteve no Brasil junto a uma companhia lírica que se apresentou em várias cidades. Depois das passagens por Rio e São Paulo, houve a apresentação em Curitiba e Remo de Persis resolveu permanecer na cidade. 
Tornou-se professor de música no Ginásio Belmiro César, no Instituto Paranaense de Música e de Belas Artes e foi o fundador da renomada Academia Santa Cecília. Entre os muitos nomes que se destacaram com os ensinamentos de Persis, a pesquisadora Maria Nicolas destaca Túlio Lemos, Humberto Lavalle, Maria Jurandir e Francisco Bertoletti. O professor Remo de Persis faleceu em Roma, a 13 de junho de 1967.

Fontes:
Sistema de Proposições legislativas (SPL-CMC)

Rocha Pombo (1857-1933)

Regional Matriz
Bairro: Juvevê

José Francisco da Rocha Pombo nasceu no vilarejo de Anhaia em Morretes, a 4 de dezembro de 1857. Era filho de Manoel Francisco Pombo e de dona Angélica Rocha Pombo. Aos vinte anos publicou seu primeiro artigo em "A Escola", periódico do Rio. No ano de 1879, escreveu e editou O Povo, ainda em Morretes e, posteriormente, na cidade de Castro, dirigiu O Eco dos Campos. Ambas as publicações eram de franca tendência republicana e abolicionista. Em 1886 foi eleito deputado estadual. Atuou ainda em 1892 no jornal Diário do Comércio, do qual se tornou proprietário. 
Exerceu alguns mandatos parlamentares na condição de deputado estadual, mas desgostou-se da política em virtude dos excessos decorrentes da Revolução Federalista. Em 1900 foi aceito como membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Foi professor, deputado estadual, escritor e um dos primeiros entusiastas de uma Universidade do Paraná, mais de vinte anos antes do projeto ser concretizado.
Entre seus escritos, destacam-se: Nova crença, 1889; A supremacia do ideal, 1889; Visões, 1891; A Guairá, 1891; In Excelsis, 1895; Marieta, 1896; No hospício, 1905; O Paraná no Centenário, 1900; História da América, 1900 e Para a História, lançado oficialmente na década de 1980. Neste livro, Rocha Pombo esclarece os eventos relativos à morte do Barão do Serro Azul. Faleceu a 26 de junho de 1933, no Rio de Janeiro, antes de assumir a cadeira 39 da Academia Brasileira de Letras.

Fontes:
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 24.

Pórcia Guimarães Alves (1917-2005)

Regional Santa Felicidade
Bairro: Santa Felicidade (Ruas Augusto Comte e Terra Boa)
Logradouro: Jardinete

Pórcia Guimarães Alves nasceu em Curitiba, no ano de 1917. Filha de Orestes Augusto Alves, Pórcia era uma "nacarina", isto é, descendente do Visconde de Nácar (Manoel Antônio Guimarães, 1813-1891). Estava entre os formandos de 1940 do curso de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná. Inicialmente lecionou nos colégios Novo Ateneu e Nossa Senhora de Sion. 
Em companhia do educador Lourenço Filho, Pórcia apresentou um projeto para a implantação dos cursos de psicologia no Brasil. Em 1954, Anísio Teixeira, então diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, auxiliou Pórcia na criação do Centro de Educação Guaíra, instituição pública que foi dotada da primeira clínica psicológica do estado, da primeira classe especial para crianças com limitações e do primeiro Pavilhão de Artes Industriais. Em 1961, Pórcia trabalhou na Escola Mercedes Stresser. No ano seguinte, Pórcia criaria o Instituto Decroly (particular), que oferecia assistência educacional a crianças super-dotadas. 
Foram mais de 45 anos dedicados ao trabalho em prol da educação com vários artigos e livros publicados. Sua experiência no ensino foi solicitada para o assessoramento de três secretários de educação do estado. Professora Pórcia mantinha contatos com nomes como Jean Piaget, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, entre outros. Em 1997, lançou o livro Memórias da Psicologia no Paraná. Faleceu em 25 de junho de 2005.

Em companhia do educador Lourenço Filho, Pórcia apresentou um projeto para a implantação dos cursos de psicologia no Brasil. Em 1954, Anísio Teixeira, então diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, auxiliou Pórcia na criação do Centro de Educação Guaíra, instituição pública que foi dotada da primeira clínica psicológica do estado, da primeira classe especial para crianças com limitações e do primeiro Pavilhão de Artes Industriais. Em 1961, Pórcia trabalhou na Escola Mercedes Stresser. No ano seguinte, Pórcia criaria o Instituto Decroly (particular), que oferecia assistência educacional a crianças super-dotadas. 
Foram mais de 45 anos dedicados ao trabalho em prol da educação com vários artigos e livros publicados. Sua experiência no ensino foi solicitada para o assessoramento de três secretários de educação do estado. Professora Pórcia mantinha contatos com nomes como Jean Piaget, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, entre outros. Em 1997, lançou o livro Memórias da Psicologia no Paraná. Faleceu em 25 de junho de 2005.

Foram mais de 45 anos dedicados ao trabalho em prol da educação com vários artigos e livros publicados. Sua experiência no ensino foi solicitada para o assessoramento de três secretários de educação do estado. Professora Pórcia mantinha contatos com nomes como Jean Piaget, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, entre outros. Em 1997, lançou o livro Memórias da Psicologia no Paraná. Faleceu em 25 de junho de 2005.

Fontes:
Nicolas, Maria. Almas das ruas. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/ Casa Romário Martins. 1981.

Pórcia, uma educadora do Paraná, texto de Aramis Millarch publicado em 04/01/91 no jornal Estado do Paraná.

Petit Carneiro (1876-1940)

Regional Portão-Fazendinha
Bairro: Água Verde

Filho de Manoel Ricardo Carneiro e Délphica Guimarães Carneiro, Abdon Guimarães Petit Carneiro nasceu no dia 29 de outubro de 1876, na cidade de Paranaguá. Formou-se na Academia de Medicina do Rio de Janeiro em 1898 e, em seguida já atuou na epidemia de varíola que dominou Paranaguá na virada do século.
Em 1901, trabalhou na Santa Casa de São Paulo e também prestou serviços no Instituto Bacteriológico, sob a direção de Adolfo Lutz. A epidemia de peste bubônica que irrompeu nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro naquele mesmo ano de 1901, motivou a criação do Instituto Butantan, sob a liderança do médico e pesquisador Vital Brasil. Petit Carneiro novamente foi atuante para a contenção de mais essa crise epidemiológica.Em 1902, retornou à Paranaguá, onde além de manter um consultório particular, foi responsável pelo Hospital Público e pelo Serviço de Higiene Municipal. Em 1905, Petit Carneiro mudou-se para Ponta Grossa, onde exerceu a medicina até 1910. 
Instalou-se permanentemente em Curitiba a partir de 1911. Foi figura proeminente na criação da Universidade do Paraná, onde, por quase 30 anos, lecionou diversas disciplinas, com destaque para a histologia (estudo dos tecidos biológicos). De forma paralela a todas essas atividades, Petit Carneiro também dirigiu os serviços médicos da Caixa de Aposentadorias e Pensões dos Ferroviários da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (R.V.P.S.C.). Faleceu em Curitiba, a 24 de fevereiro de 1940.

Fonte:
Museu Maçônico Paranaense. Abdon Petit Carneiro
http://www.museumaconicoparanaense.com/mmpraiz/autoridades_pr/deleg_919_petit_carneiro.htm

Repensando a história do Instituto Butantan (Luiz Antônio Teixeira)
http://www.lteixeira.Pórcia Guimarães Alves (1917-2005)Pórcia Guimarães Alves nasceu em Curitiba, no ano de 1917. Filha de Orestes Augusto Alves, Pórcia era uma "nacarina", isto é, descendente do Visconde de Nácar (Manoel Antônio Guimarães, 1813-1891). Estava entre os formandos de 1940 do curso de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná. Inicialmente lecionou nos colégios Novo Ateneu e Nossa Senhora de Sion. 
Em companhia do educador Lourenço Filho, Pórcia apresentou um projeto para a implantação dos cursos de psicologia no Brasil. Em 1954, Anísio Teixeira, então diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, auxiliou Pórcia na criação do Centro de Educação Guaíra, instituição pública que foi dotada da primeira clínica psicológica do estado, da primeira classe especial para crianças com limitações e do primeiro Pavilhão de Artes Industriais. Em 1961, Pórcia trabalhou na Escola Mercedes Stresser. No ano seguinte, Pórcia criaria o Instituto Decroly (particular), que oferecia assistência educacional a crianças super-dotadas. 
Foram mais de 45 anos dedicados ao trabalho em prol da educação com vários artigos e livros publicados. Sua experiência no ensino foi solicitada para o assessoramento de três secretários de educação do estado. Professora Pórcia mantinha contatos com nomes como Jean Piaget, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, entre outros. Em 1997, lançou o livro Memórias da Psicologia no Paraná. Faleceu em 25 de junho de 2005.

Pedro Viriato Parigot de Souza (1916-1973)

Regional Santa Felicidade
Bairro: Campina do Siqueira

Pedro Viriato Parigot de Souza, nasceu em Curitiba, Paraná, a 26 de fevereiro de 1916, filho de Luiz Parigot de Souza e Aline Cordeiro Parigot de Souza. Concluiu seus estudos elementares em Curitiba. Formado em engenharia pela UFPR especializou-se em Hidráulica e hidrologia na França. Quando retornou ao país, passou a integrar a Secretaria de Viação e Obras públicas e, posteriormente, o Departamento Nacional de Rios e Canais. Nestas entidades, participou da regularização do rio Iguaçu e da construção do cais de atracação do Porto de Paranaguá. 
Teve expressivo destaque à frente da Copel, órgão pelo qual pode viabilizar a construção de usinas e a implantação de energia elétrica em regiões de difícil acesso. Foi também membro do Conselho de Hidráulica e Hidrologia da UFPR. Em 1971 assumiu o governo do estado, em virtude da renúncia de Leon Peres. 
Apesar de, já nesta época, estar acometido de grave enfermidade, conseguiu concretizar relevantes contribuições, como a criação da CEXPAR (Instituto de Comércio Exterior do Paraná). Casado com a senhora Egipcialinda Parigot de Souza, faleceu a 11 de julho de 1973. Parigot de Souza foi homenageado com a atribuição de seu nome a uma das ruas de Curitiba e também a uma usina de força em Antonina. Além da rua que leva seu nome em Curitiba, Parigot de Souza também nomina uma usina de força em Antonina

Fontes:
http://www.casacivil.pr.gov.br/casacivil/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=78 (texto feito com base no livro História biográfica da república no Paraná, de David Carneiro e Túlio Vargas, 1994.)

Pedro Luiz Scroccaro (1926-1976)

Regional Santa Felicidade
Bairro: Ganchinho

Pedro Luiz Scroccaro era filho de Aurélio Scroccaro e Domingas Margarida Scroccaro. Nasceu no bairro Umbará, em 27 de dezembro de 1926. Aos 13 anos, mudou para a casa que seu pai construiu na localidade do Ganchinho. Sempre esforçado, desde criança esteve envolvido com o trabalho na lavoura, mas também exerceu a função de motorista. Prestativo com os demais moradores, Scroccaro é um exemplo de cidadão cuja vida humilde e simples lhe valeu a homenagem de batizar um logradouro. Faleceu em 7 de março de 1976, deixando viúva e sete filhos.

Fonte:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Paulo José Friebe (1962-2006)

Regional Boa Vista
Bairro: Bairro Alto

Nasceu em 24 de abril de 1962. Em 1980 resolveu investir na carreira dramática e frequentou o curso permanente de teatro, do Teatro Guaíra, por quatro anos. Em 1988, dirigiu o grupo de teatro "Vida e Sonho", constitído por jovens entre 16 e 20 anos, moradores do Bairro Alto, que ensaiavam e encenavam suas peças no espaço do colégio Madalena Sofia.
Entre os diversos trabalhos como ator em cinema e vídeo, destacam-se: "A Ervilha da Fantasia" (1985), de Werner Schumann; "Muiraquitã" (1986), de Willy Schumann e Eloi Pires Ferreira; "A Guerra do Pente" (1986), de Nivaldo Lopes; "Sr. Power" (1990), de Ozualdo Candeias; "Cronicamente Inviável" (2000), de Sérgio Bianchi. Entre seus trabalhos no teatro, destaca-se a participação durante anos na peça "O Vampiro e a Polaquinha", baseada em contos do escritor Dalton Trevisan. Figura popular do meio cênico paranaense, Paulo Friebe morreu em 12 de maio de 2006.

Fontes:
Sistema de Proposição Legislativa (SPL-CMC)

Paulo Groetzner (1873-1933)

Regional Cidade Industrial
Bairro: Cidade Industrial (nas proximidades do Bosque do Trabalhador)

Nascido em São Paulo a 15 de maio de 1873, Paulo Groetzner morou no Paraná até os oito anos, quando a família retornou para aquele estado. Posteriormente, Groetzner instalou-se definitivamente em Curitiba, onde inaugurou uma padaria na Avenida João Pessoa (atual Luiz Xavier). O sucesso desse empreendimento foi ampliado com a incorporação da fábrica Lucinda, localizada na divisa entre os bairros Ahú e Cabral. Os produtos da Fábrica Lucinda marcaram época, e Paulo Groetzner se tornou um dos nomes mais expressivos do cenário industrial em Curitiba. A Fábrica de Biscoitos Lucinda funcionou sob este nome até 1980, ao ser incorporada pela indústria de alimentícios Tip Top. Paulo Groetzner faleceu no ano de 1933, em Curitiba e sua importância enquanto empreendedor foi reconhecida com a escolha de seu nome para o batismo de uma via da Cidade Industrial.

Fonte:
Memória da Indústria Paranaense

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Ottoni Ferreira Maciel (1870-1944)

Regional Portão Fazendinha
Bairro: Vila Izabel 

Nascido em 28 de outubro de 1870, na cidade de Palmeira a 70 Km de Curitiba, Ottoni Ferreira Maciel era filho do "coronel" Pedro Ferreira Maciel, líder político regional. Advogado e promotor público na sua cidade natal, também foi presidente da Câmara Municipal daquela localidade. Mais jovem deputado estadual a integrar a constituinte estadual de 1892, Ottoni Ferreira defendeu a República por ocasião da Revolta Federalista, em 1894. Entre os anos de 1896 e 1901, foi eleito deputado estadual por três vezes .
No ano de 1907, foi eleito vice-presidente do estado do Paraná, ao lado do médico João Cândido Ferreira. Foram destituídos por uma articulação descrita pelo próprio Ottoni Ferreira no livro Bastidores Políticos, lançado em 1925. Entre 1914 e 1915, retornou ao Legislativo Estadual. Em 1918, foi eleito deputado federal. Já no final da década de 20, foi um dos líderes da chamada Aliança Liberal. Sua participação foi decisiva para que as tropas revolucionárias do general Miguel Costa alcançassem o território paulista, tornando-se, portanto, figura estratégica para a vitória da Revolução de 1930, no estado. Exercendo, também, influência junto ao interventor Manuel Ribas. Faleceu em29 de outubro de 1944, foi homenageado por Curitiba com o empréstimo de seu nome a uma das ruas do bairro Vila Izabel.

Fonte: 
Dagostim, Maristela Wessler. A república dos conselhos:  um estudo sobre a transformação da elite política paranaense (1930-1947). Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-graduação em Ciência Política-PPGCP), Universidade Federal do Paraná, 2011
http://www.humanas.ufpr.br/portal/cienciapolitica/files/2011/08/DissertacaoMaristelaTexto.pdf

Osiel Fonseca de Souza (1975-2008)

Regional Cidade Industrial
Bairro: Augusta

Osiel Fonseca de Souza nasceu em 30 de Julho de 1975 em Curitiba. Foi pianista e compositor de renome na cidade. Tecladista da Orquestra a base de Sopro, tocou piano no Vocal Brasileirão e no Coral Brasileirinho, foi arranjador e lecionou música em vários locais, com destaque para o Conservatório de Música de Curitiba. Recentemente foi homenageado pela Orquestra a Base de Sopros com a inclusão de alguns temas de sua autoria no cd/dvd Nossos Compositores. Osiel participou do grupo desde sua fundação em 1993 até seu falecimento, em 2008.

Fonte: 
Sisitema de Proposições Legislativas (SP-CMC)

Nilo Cairo (1874-1928)

Regional Matriz
Bairro: Centro - Alto da XV

Nascido em Paranaguá a 12 de novembro de 1874, Nilo Cairo da Silva mudou-se cedo para a cidade do Rio de Janeiro, onde se incorporou ao Exército. Graduado em engenharia militar, trabalhou nessa seara entre os anos de 1891 e 1904, quando foi vítima de um incidente que lhe custou o rompimento dos tímpanos. Transferido para a reserva, Nilo Cairo se dedicou a estudos diversos obtendo o bacharelado em medicina, ciências físicas e matemática.
Em 1906, mudou-se para Curitiba onde abriu uma clínica especializada em medicina homeopática. Cairo se tornou um entusiasta do tema, tendo publicado várias obras a respeito. Sua mais significativa contribuição enquanto pessoa pública foi a luta em prol do desenvolvimento da Universidade do Paraná, ideia gestada ainda no século XIX por intelectuais como Rocha Pombo. O grupo conseguiu concretizar o projeto e a universidade foi inaugurada em 19 de Dezembro de 1912. Após essa iniciativa, Cairo lecionou disciplinas diversas nos cursos de Medicina, Odontologia e Engenharia. Em 1925 afastou-se das atividades profissionais.
Segundo Wilson Bóia, Nilo Cairo era "dono de risadas homéricas, de piadas mordazes, às vezes irritadiço, caminhava célere, afobado, cumprimentando bruscamente amigos e conhecidos, acenando-lhes com a mão. Impulsivo e franco, arregimentou inimigos e indiferentes. Mostrava-se irônico e impiedoso contra os que se antepunham a ses projetos. Enciclopédico, cérebro privilegiado, casado por três vezes, faleceu no Rio de Janeiro em 6 de junho de 1928". Seus restos mortais encontram-se junto ao seu busto na Praça Santos Andrade, em frente à sede da Universidade federal do Paraná. 

Fontes:
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 263.

Nicola Pellanda (1875-1955)

Regional Bairro Novo 
Bairro: Umbará 

Italiano da cidade de Pádua, em 6 de julho de 1875, Nicola Pellanda chegou ao Brasil com 17 anos em companhia de seus pais Bortolo Pellanda e Domingas Bernardi Pellanda e de três irmãos Miguel Angelo Pellanda, Benvenuto Pellanda e Giovanni Pellanda. Desembarcaram do navio Vapore Nord em Paranaguá, e subiram a serra a pé, instalando-se por seis meses em São José dos Pinhais. Com auxílio do padre Pietro Cobalchini (líder espiritual dos italianos que moravam nas colônias), Bortolo compra um terreno, na região do Umbará, onde passa a dividir o espaço com os filhos.
A família dedicou-se ao plantio (vinhedos duraram de 1894 a 1962), à criação de animais, ao corte da madeira (atividade comum no início do século XX) e, a administração de olarias. Nicola Pellanda não respondeu à convocação das forças armadas italianas e se casou com Paula Miqueletto, com quem veio a ter 15 filhos. O grande marco do bairro ainda é a Igreja de São Pedro, construída com o esforço de imigrantes como os da família Pellanda. 

Fontes:
Blog da Família Bortolo Pellanda (Lezir Pellanda Holaten)
http://familiabortolopellanda.blogspot.com.br/