Certa vez, o italiano Dino Chiumento resolveu reformar o velho Bar Stuart. Não podia ter tido pior ideia. Logo que reabriu, com piso e mesas novas, os clientes já começaram a reclamar. Por sorte, conta Dino, ele havia guardado as mesas antigas e trocou tudo novamente. Quem frequenta o Bar do Stuart gosta do que é tradicional no lugar: o ambiente, os garçons, a bebida e os aperitivos exóticos, como o coelho a passarinho, o bucho ao molho e os testículos de touro. Este último, sugestão trazida por um cliente fazendeiro em 1973. O bar é o mais antigo da cidade, data de 1904, mas Dino o adquiriu na década de 1970. Era lá que ele tinha começado a trabalhar como garçom, com apenas 14 anos, e de onde nunca mais saiu. Em 2008, vendeu o bar para o empresário Nelson Ferri, porém manteve uma pequena parte na sociedade, afinal não queria abrir mão do dia a dia no estabelecimento. “Eu cresci aqui, não consigo ficar longe. Vendi porque meus filhos não quiseram continuar a me ajudar e sozinho era muito trabalho”, conta. A clientela é antiga, a maioria já de uma segunda geração de frequentadores, mas o ponto não deixa de ser um atrativo na cidade, seja para turistas, novos ou antigos curitibanos. Nas palavras do poeta Leminski, cliente assíduo na década de 1980: “O Rio é o mar. Curitiba o bar”.https://tutanogastronomia.com.br/restaurantes-tradicionais-de-curitiba/
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