segunda-feira, 16 de junho de 2025

Michael Jackson, o eterno rei do pop e um dos artistas mais idolatrados da história, morreu no dia 25 de junho de 2009, tendo apenas 50 anos de idade. A causa foi uma intoxicação aguda causada por medicamentos para que pudesse dormir

 Michael Jackson, o eterno rei do pop e um dos artistas mais idolatrados da história, morreu no dia 25 de junho de 2009, tendo apenas 50 anos de idade. A causa foi uma intoxicação aguda causada por medicamentos para que pudesse dormir.


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Na época, o cantor estava prestes a iniciar uma série de apresentações em Londres, que recebeu o nome de “This is It”, e vinha ensaiando bastante para aqueles que seriam seus últimos shows como artista. No entanto, por mais que estivesse determinado a fazer de “This is It” um sucesso, a verdade é que Michael Jackson não vinha muito bem, seja do ponto de vista pessoal, profissional e financeiro.
Michael Joseph Jackson estreou no showbiz quando era criança, cantando com os irmãos dele no grupo Jackson 5, que fez sucesso nas décadas de 1960 e 1970, lançando hits como "ABC" e "I'll be there". Muita gente não sabe, mas o Jackson 5 esteve no Brasil em 1974, eles fizeram shows no Rio, em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Na capital federal, um cancelamento repentino levou a quebradeira. Na época com 16 anos, Michael já era o rosto mais conhecido do grupo e tinha uma carreira solo bastante produtiva, mas continuava cantando, paralelamente, com os irmãos.
Foi em 1979, com o álbum "Off the wall", que a trajetória dele fora dos Jackson 5 explodiu. A partir daí, o cantor emplacou uma série de megahits como "Rock with you", "Billie Jean" e "Beat it". Impossível não citar a música "Thriller", lançada em 1982, no álbum de mesmo nome, que teve algo em torno de 70 milhões de cópias comercializadas até hoje, tornando-se o disco mais vendido de todos os tempos. "Thriller" e outros vários sucessos dos anos 1980 elevaram Michael Jackson ao olimpo da indústria do entretenimento e, com milhões de discos vendidos, ele virou o rei da música pop. Só que, com o passar do tempo, o artista americano se tornou uma figura cercada de controvérsias. As mudanças na sua aparência, o estilo de vida polêmico e os relacionamentos do cantor ganharam destaque no noticiário. Pouco antes de fazer uma turnê inesquecível no Brasil, em 1993, o popstar de então 34 anos foi acusado pela família de Wade Robson de abusar do menino, que na época tinha 11 anos. O processo caiu como uma bomba em sua carreira. Denúncias similares surgiriam depois, e durante anos, parecia que o nome Michael Jackson estava sempre envolto por escândalos.
Até que em junho de 2005, cantor foi absolvido de todas as acusações de abuso infantil. Àquela altura, o artista já tinha se tornado uma pessoa avessa a aparições públicas. Ele deixou o tribunal sorrindo e acenando para seus fãs e os fotógrafos, mas, depois, ficou ainda mais recluso. Michael foi morar no Bahrein, no Golfo Pérsico, a convite do príncipe Abdullah bin Hamad bin Isa Al Khalifa. Em maio de 2006, ele se mudou com os filhos para uma zona rural da Irlanda, onde viveu por seis meses. Apenas pessoas muito próximas à família e os moradores locais sabiam que o rei do pop estava lá.
Mas o artista retomou as rédeas da carreira e, em março de 2009, depois de quase oito anos sem fazer um show e 12 anos sem fazer turnês, Michael anunciou a série de 50 grandes apresentações na Arena O2, em Londres. Todos os 750 mil ingressos à venda se esgotaram em menos de quatro horas. Nos ensaios, várias pessoas da produção e do elenco de artistas diziam que o cantor parecia bem disposto e totalmente focado, perfeccionista como sempre foi quando o assunto era sua música e a forma de apresentá-la em cima de um palco. Ninguém via motivos pra suspeitar de uma tragédia iminente.
Na noite de 24 de junho de 2009, o cantor se mostrou bem-humorado quando liderou uma sessão de ensaios no estádio do Staple Center, em Los Angeles, e chegou em casa, no bairro de Holmby Hills, por volta da meia noite, junto com o cardiologista Conrad Murray, que era o médico particular do artista. Michael tinha um histórico longo de insônia e, com frequência, usava diversas drogas para conseguir dormir. Ao longo daquela madrugada, Murray administrou remédios de uso restrito, mas as horas se passaram, e o atormentado artista americano não pegava no sono de jeito nenhum.
Assim que chegou em sua residência, o astro ainda tirou um minuto para conversar com um pequeno grupo de fãs que o esperava do lado de fora. Em seguida, foi escoltado por seus seguranças para seu quarto, onde Conrad Murray o aguardava. Jackson logo reclamou para o médico que estava cansado e precisava dormir, mas que não estava conseguindo. Murray, então, deu ao astro um coquetel de medicamentos para ajudá-lo a pegar no sono e ficou ao seu lado para monitorá-lo. Mesmo assim, o astro não conseguiu dormir e passou a implorar a Murray para que lhe desse “leite”, termo usado para o poderoso sedativo propofol, pois se assemelha bastante com a bebida. O médico já havia usado o medicamento no cantor nas noites anteriores – o que explica sua atitude diferente nos ensaios finais – e não estava disposto a aplicá-lo novamente.
No entanto, quando já eram 10h40 da manhã, Jackson ainda não havia conseguido dormir. Murray acabou cedendo ao pedido do seu cliente e injetou 25 miligramas de propofol, diluídos em lidocaína. Ao notar que Jackson havia pegado no sono, Murray o deixou rapidamente para ir ao banheiro. No entanto, assim que retornou, notou que o cantor não respirava e estava com o pulso fraco. O médico passou a fazer ressuscitação cardiopulmonar por 10 minutos e aplicou flumazenil – droga que elimina os efeitos do propofol – antes de chamar ajuda dos demais funcionários da residência.
Apenas às 12h21 – mais de uma hora e meia após o médico nottar que o cantor não respirava – que um segurança da residência ligou para a emergência. Os paramédicos chegaram cinco minutos mais tarde e notaram que Jackson já estava sem pulso. O rei do pop foi encaminhado ao Hospital Ronald Reagan, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, onde chegou às 13h14. Médicos tentaram ressuscitá-lo por mais de uma hora, mas sem sucesso. Michael Jackson teve sua morte confirmada às 14h26 e nos deixou com apenas 50 anos de idade, gerando uma enorme comoção em todo o planeta.
A autópsia foi realizada no corpo de Michael Jackson no dia seguinte de sua morte e a família do cantor chegou a solicitar uma segunda. Os resultados só foram divulgados no dia 28 de agosto de 2009. Segundo o laudo, o astro morreu por conta de uma intoxicação aguda causada pelo propofol, que foi agravada pela presença de outras drogas em seu corpo, como lorazepam, midazolam e diazepam. O documento destaca que ele estava saudável.
Neste mesmo dia, a polícia afirmou que considerou a morte de Michael Jackson como homicídio. Por conta disso, em novembro de 2011, Conrad Murray foi julgado e condenado por homicídio culposo e ainda teve sua licença médica revogada. Murray foi sentenciado a ficar quatro anos detido, mas foi liberado em 2013 por conta da alta população carcerária da Califórnia e bom comportamento.
O funeral de Michael Jackson ocorreu em 7 de julho. Primeiro, sua família e amigos próximos realizaram uma cerimônia privada no cemitério Forest Lawn antes do evento público, que ocorreu no ginásio Staples Center e teve a presença de grandes artistas, como Mariah Carey, Stevie Wonder, Lionel Richie, Jennifer Hudson, entre outros.
O funeral público ficou marcado pela tocante e emocionante fala da filha de Michael Jackson, Paris, que tinha apenas 11 anos na época. “Eu só queria dizer, desde que nasci, papai sempre foi o melhor pai que vocês poderiam imaginar e eu só queria dizer que eu amo ele… demais.”

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