Título: "Curitiba em 1923: Quando os Anúncios Contavam a História da Cidade"
Imagina abrir um jornal de 1923 e sentir o cheiro do papel antigo, ver as letras em tipografia clássica e descobrir como as pessoas viviam, compravam e sonhavam? 📜✨ Pois é exatamente isso que vamos fazer hoje!
A imagem que ilustra este post é uma página da revista “A Divulgação” , publicada em Curitiba no ano de 1923 . Ela é um verdadeiro tesouro do tempo , cheio de anúncios que revelam o cotidiano da cidade: moda, calçados, comércio popular, dicas de economia… e até uma pitada de humor!
Vamos juntos explorar cada cantinho dessa página e descobrir como era viver em Curitiba há mais de 100 anos?
🧥 Agasalho: Moda para Toda a Família
No canto superior esquerdo, o anúncio de “Agasalho” já chama atenção pelo nome direto e funcional. A loja, chamada Casa Alvaro , ficou na badalada Avenida Sete de Setembro — endereço nobre da época.
Ela oferece roupas para homens, mulheres e crianças , com destaque para tecidos de qualidade e “técnicas modernas” de confecção. Isso mostra que, mesmo em 1923, já se falava em moda funcional e conforto .
O que é mais interessante? Eles já tinham um olhar voltado para o mercado infantil — algo raro para a época — e também valorizavam o público feminino, oferecendo peças elegantes para “senhoras”. Um sinal de que as mulheres começavam a ocupar mais espaço na vida urbana.
👞 Chapelaria Modelo: Calçados com Estilo… e Sensibilidade!
Logo abaixo, um dos anúncios mais surpreendentes: a Chapelaria Modelo . Apesar do nome — que hoje remete a chapéus —, na época, “chapelaria” também podia se referir a lojas de calçados finos (um uso regional ou histórico da palavra).
E olha só a lista de clientes que eles atenderam:
“Para homens, senhoras, crianças, cozinheiras, grávidas, etc.”
Sim! Eles fizeram sapatos até para grávidas e cozinheiras — profissões que proporcionam conforto e durabilidade. Isso revela uma preocupação social incrível para a época: adaptar o produto à necessidade real das pessoas .
A ilustração mostra um sapato masculino fino, com cadarço e biqueira alongada — puro estilo anos 20. E os serviços? Feito sob medida, com reparos, envernizados e trocas. Um atendimento personalizado que muitas lojas de luxo hoje tentam copiar!
🏪 Casa Chaves: O “Mercadão” de 1923
No centro da página, o anúncio mais chamativo: a Casa Chaves , localizada na Praça Tiradentes, nº 85 — coração comercial de Curitiba.
Ela era o que hoje chamaríamos de “loja de tudo” : vendia desde tecidos e mantas, sabonetes até velas, cigarros, açúcar, arroz, café e farinha. Tudo isso por atacado e varejo !
Mas o mais impressionante? Ela tinha filial em Ponta Grossa e agência em Castro — ou seja, já operava como uma rede regional. E ainda oferece “embarques regulares” , demonstrando que recebeu mercadorias de fora com frequência.
Ó lema? “Compre aqui e ganhe mais!” — um precursor dos descontos e promoções que amamos até hoje. 💸
🛋️ Campon & Co. Del Carmen: A Loja que Pensava no Lar
Mais à direita, a Campon & Co. Del Carmen se apresenta como uma “loja moderna” — e a ilustração prova isso! Mostra o interior da loja com vitrines, prateleiras organizadas e clientes sendo atendidos.
Eles vendem roupas, tecidos, móveis e artigos para casa , com foco em preços baixos e atendimento rápido . Era o conceito de “loja de departamento” antes mesmo de existir o termo.
O detalhe que encanta? A ilustração transmite experiência de compra — não só o produto, mas o ambiente, o atendimento, o conforto. Já se pensou em vender sensações , não apenas objetos.
💰 “Tudo pela economia!” — Um Conselho que Ainda Vale
No topo direito, um bloco pequeno, mas poderoso: “Tudo pela economia!” . O anúncio da Casa Bacharach incentivou o consumidor a comprar em quantidade para economizar:
“Você economizou dinheiro e ainda ajuda o comerciante!”
Uma mensagem inteligente, que é de interesse pessoal e coletivo . E tem mais: o texto menciona “manutenção de 'CAS-BACHAR' à sua seleção frequente” — o que pode ser um erro de digitação... ou talvez um sistema de fidelidade? Sim, programas de pontos já existiam em 1923 — só não tinham cartão!
😄 “O lar em casa!” — Humor e Ironia no Jornal
E no canto inferior esquerdo, a cereja do bolo: um quadro com o título “O lar em casa!” eo texto:
"O lar em casa é o lugar onde se vive feliz. Mas... se você não tem lar, venha para cá!"
É ou não é um toque de humor fino e irônico ? Parece um convite de imobiliário, mas também pode ser uma piada sobre pertencimento, segurança ou até solidão. Mostra que, mesmo em 1923, o jornal já usava leveza e criatividade para prender a atenção do leitor.
🎉 Conclusão: Um Retrato Vivo do Brasil dos Anos 20
Essa página de jornal não é só papel e tinta. É memória viva . É o retrato de uma Curitiba em transformação — onde o comércio florescia, a moda se modernizava, o consumidor era valorizado e até o humor tinha espaço.
Cada anúncio conta uma história. Cada ilustração revela um desejo. Cada slogan ecoa até hoje.
Se você ama história, cultura, design vintage ou só gosta de viajar no tempo, este post é um presente. Curitiba já era moderna, acolhedora e cheia de charme — e esses anúncios provam isso com estilo!
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