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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Almirante Tamandaré – Antiga Prefeitura

 

Almirante Tamandaré – Antiga Prefeitura


A Antiga Prefeitura de Almirante Tamandaré – PR foi construída no início do século XX, em alvenaria de tijolos, esquadrias de madeira.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Antiga Prefeitura de Almirante Tamandaré
Localização: R. Coronel João Cândido de Oliveira, nº 268 – Centro – Almirante Tamandaré-PR
Número do Processo: 01/93
Livro do Tombo: Inscr. Nº 119-II, de 25/03/1994

Descrição: O edifício de um pavimento com sótão tem singelas características arquitetônicas, representando construções do início do século XX.
Construída em alvenaria de tijolos, esquadrias de madeira, janelas em guilhotina e uma varanda na parte superior frontal. Cobertura em duas águas, recoberta com telhas capa e canal, foi restaurada pelo município sob a assessoria técnica da CEPHA, hoje sedia a Casa de Cultura Municipal.
O povoado de Almirante Tamandaré iniciou por volta de 1631. Posteriormente, em 1680, garimpeiros paulistas vieram conquistar os sertões de Curitiba, entre eles estava o Capitão Salvador João Velho cujas pesquisas auríferas resultaram no Descoberto da Conceição, no Quarteirão da Conceição, distrito de Campo Magro. Após a decadência da mineração, famílias estabeleceram-se no local com uma agricultura de subsistência e criação de gado.
O Presidente da Província, Adolpho Lamenha Lins, em 10 de maio de 1875, por meio da lei n.º 438, criou a freguesia de Pacotuba que em 6 de setembro de 1888 passou à denominação de freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Cercado.
A Lei Provincial n.º 957 de 28 de outubro de 1889 a tornou vila independente da administração de Curitiba. O Decreto Estadual n.º 15, do dia 9 de janeiro de 1890, deu o nome de Almirante Tamandaré, patrono da Marinha Brasileira, à nova vila. Na mesma data o decreto n.º 16 estabeleceu a Câmara e empossou os primeiros governantes do município. O primeiro prefeito de Tamandaré foi João Alberto Munhoz que governou de 25/01/1890 a 19/06/1892).
Até 1912, quando iniciou-se o governo municipal do Sr. Prefeito Cel. João Cândido de Oliveira o município não tinha uma sede administrativa, de modo que os prefeitos anteriores utilizavam suas casas para tal fim. Assim foi até 26 de março de 1916 quando ocorreu a inauguração da edificação construída para sediar a Prefeitura de Almirante Tamandaré.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Prefeitura Municipal
Wikipedia

Almirante Tamandaré – Oratório de São Carlos Borromeo

 

Almirante Tamandaré – Oratório de São Carlos Borromeo


O Oratório de São Carlos Borromeo, em Almirante Tamandaré – PR, foi construído em 1939 próxima à Igreja de São Francisco Xavério, na Colônia Gabriela.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Oratório de São Carlos Borromeo
Localização: Rua das Laranjeiras, nº 60 – Colônia Gabriela – Taboão – Almirante Tamandaré-PR
Outros Nomes: Oratório da Estrada da Cachoeira
Número do Processo: 71/79
Livro do Tombo: Inscr. Nº 70-II, de 13/03/1979

Descrição: Se nos reportarmos à Baixa Idade Média européia, temos que pensar num mundo agrícola regido pelo ritmo das estações, pelos dias santos, pelas badaladas das Igrejas que informavam com seus dobres os acontecimentos importantes e pelas seguidas procissões que pediam desde chuva até a saúde do soberano ou agradeciam por um milagre. Os passos das procissões eram pequenos oratórios, cruzes e uma vasta iconografia religiosa edificada em cada local de parada para descanso e orações. Pequenos oratórios e capelas dedicadas a este ou àquele santo também faziam parte desta iconografia e se tornavam locais de romarias ligadas a um determinado santo e milagre. Mesmo com o advento do mundo capitalista as milenares tradições de um mundo rural cíclico e religioso perduraram como arrasto histórico para os camponeses.
Os imigrantes que vieram para as colônias em volta de Curitiba trouxeram consigo uma forte religiosidade que tornava a igreja o centro social de cada comunidade. As pequenas capelas, os oratórios e “passos” de procissões distribuídos ao longo dos caminhos marcavam os pontos altos de devoção onde as procissões paravam para cultuar um santo ou uma estação da Via Sacra de Cristo.
O Oratório de São Carlos Borromeo foi construído em 1939 numa encruzilhada próxima à Igreja de São Francisco Xavério, na Colônia Gabriela. Quem sugeriu a construção do Oratório aos colonos foi o Padre Natal para que desta maneira agradecessem o fim de uma praga de gafanhotos que nos dois anos anteriores tinham dizimado as lavouras.
Segundo o testemunho do Sr. David Gasparim, o padre fez uma procissão da igreja até a encruzilhada, garantindo que se o povo rezasse com fé os gafanhotos iriam embora. A plantação estava tão carregada de gafanhotos que os galhos pendiam. Ao fim da cerimônia, a nuvem de gafanhotos se foi de uma vez só. O padre, então, pediu ao irmão de David, Primo Gasparim e a Angelo Girardello que fizessem um oratório consagrado a São Carlos, Bom Jesus e à Virgem Maria. Quem deu a ideia ao padre foi um pedreiro de nome Martin Rolenski que também forneceu o projeto.
Fonte: CPC.

BENS RELACIONADOS:
Almirante Tamandaré – Capela de São Francisco Xavério [demolido]
Almirante Tamandaré – Oratório de São Carlos Borromeo

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Almirante Tamandaré 1928, uma colonia polonesa / Photo Progresso

 Almirante Tamandaré 1928, uma colonia polonesa / Photo Progresso



sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Primeiro comércio de Almirante Tamandaré, Sr. Domingos Scucato, 1928 Hoje Rua Cel. João Cândido de Oliveira.

 Primeiro comércio de Almirante Tamandaré, Sr. Domingos Scucato, 1928 Hoje Rua Cel. João Cândido de Oliveira.


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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

A estação de Almirante Tamandaré, ou de Tamandaré, como também foi chamada, em 1910, com o trem de passageiros e, ao chão do pátio, toras de pinheiro-do-Paraná. *** (*fonte: foto Benedicto Severino publicado no periódico carioca "O Malho", 14 de maio de 1910)./Curitiba antigamente e região.

 A estação de Almirante Tamandaré, ou de Tamandaré, como também foi chamada, em 1910, com o trem de passageiros e, ao chão do pátio, toras de pinheiro-do-Paraná.
*** (*fonte: foto Benedicto Severino publicado no periódico carioca "O Malho", 14 de maio de 1910)./Curitiba antigamente e região.


Pode ser uma imagem de em pé e ao ar livre

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Iluminação pública em Almirante Tamandaré-PR

 Antes da iluminação pública ser elétrica, segundo relatos de seu Generoso Candido de Oliveira e informações presentes na obra do Dr. Harley Clovis Stocchero “Raízes Históricas de Almirante Tamandaré”, p. 198, na gestão do Engenheiro Agrônomo Pedro Moacyr Gasparello (1938) foram instalados pequenos postes de lampiões ao longo da Rua Coronel João Candido de Oliveira.

Este fato também foi relatado em 1984 pelo Sr. Hermenegildo de Lara e o texto publicado em 2012 na obra “Município de Almirante Tamandaré, PR: uma história em constante construção”, p. 288:
“Por volta dos anos de 1937 a 1945 eram os lampiões a querosene que iluminavam as noites da Vila Tamandaré. Na gestão do então Prefeito Dr. Pedro Moacyr Gasparello, foi criada a iluminação pública para a sede da Vila.
À noite, a referida Vila era iluminada por meio de lampiões à querosene, os quais eram colocados nas respectivas lanternas, feitas com metal de vidro, em postes de madeira, com a altura mais ou menos de três metros.
O horário da iluminação era das 19 às 24 horas todas as noites. Os referidos postes se achavam colocados em linha reta, e o trecho da referida iluminação era da Igreja de Nossa Senhora da Conceição até a casa comercial do Sr. Domingos Scucato.
Havia mais ou menos 30 postes, sendo 15 postes de cada lado da rua principal, hoje Rua Coronel João Candido de Oliveira. Era encarregado de acender os mencionados lampiões o saudoso Sr. Catharino Natal, o qual, munido de uma alta escada, fazia esse trabalho todas as noites.
Diga-se de passagem, a iluminação não era satisfatória, mas dava para quebrar o galho.”
Com a implantação da energia elétrica aconteceu uma nova fase da iluminação pública, a qual primeiramente atendeu a Rua 1 (atual Av. Emilio Johnson) e a Coronel João Candido de Oliveira. A inauguração desta contou com a presença do Governador Ney Braga, que auxiliou o Prefeito Ambrósio Bini a ligar a primeira luminária. Há de se ressaltar que, nesta época, as luminárias tinham que ser ligadas manualmente uma por uma, pois a rede de iluminação não possuía o sistema de relé fotoelétrico (acende e apaga automaticamente conforme a luminosidade do ambiente). O funcionário responsável por este serviço foi o Sr. Zé Barbeiro (José Nery).
Atualmente, a instalação de luminárias públicas colaboram com a segurança. No entanto, apesar de seus benefícios, estas são alvos de vândalos que costumam jogar pedras para quebrar a lâmpada, o que torna a manutenção da iluminação pública onerosa. 
Luminária de lampião em frente à cerca às margens da Rua Coronel João Candido de Oliveira (não existe mais) em 1938/Foto: Acervo de Harley Clóvis Stocchero, publicado no livro Raízes Históricas de Almirante Tamandaré, p. 198.

BAIRRO BOMFIN

 


Capela de São Sebastião (foi substituída por uma de alvenaria no mesmo local), comemorando o dia de festa do padroeiro, em 18 de janeiro de 1970/Foto: Tribuna dos Minérios, nº 29, fevereiro de 1970. 

Descrição da Cachoeira do Bomfin feita pela Tribuna dos Minérios, nº 29, de fevereiro de 1970, no contexto da manchete “Festa do Bonfim”:
“CACHOEIRA DO BONFIM está localizada próxima da Rodovia dos Minérios que liga Curitiba a Rio Branco do Sul. Pertence a Almirante Tamandaré porém, Paróquia do Abranches (Curitiba).
Lugarzinho humilde mas, calmo e com um pequeno bosque tão aprazível que vale a pena marcar em nossa “anotações” as épocas de festas para não perdermos a oportunidade de conhecer e frequentar sempre as festividades ali realizadas todos os anos duas ou três vezes”.
Cachoeira do Bomfin era a denominação conhecida que corresponde a localidade do atual Bairro do Bomfin, que é uma região recente que surgiu em meados do século XX, cuja denominação se liga aos antigos donos da área que pertencia à família Bomfin, o qual é cortado pelo rio Barigui, um ribeiro de planalto onde, naturalmente em seu trajeto, se encontram cachoeiras. Por causa de uma cachoeira aonde as pessoas iam se divertir somado ao fato relatado por Valter Johnson Bomfin em abril 2011, que antes da construção da Rodovia Estratégica, as pessoas para encurtar o caminho entre a Lamenha e a Cachoeira, expressavam “vamos varar pelos Bomfin”, a região foi popularmente denominada pelo topônimo de “Cachoeira do Bomfin”. Porém, com o tempo passou a ser só Bomfin. Este bairro possui uma área de 3,02 km².
Porém, merece ressaltar que o seu território pertencia a Colônia São Venâncio e Lamenha como é possível observar nos mapas das mesma se pegar como referência o Rio Barigui (limite natural das duas áreas). Diante do exposto, temos que a área já era conhecida e possuía um dono desde o século XVIII.         
O nome da localidade também possui outra curiosidade. Segundo o Sr. Valter Johnson Bomfin, existe um erro que é cometido no contexto do sobrenome Bomfin. Pois, o certo é Bomfin e não Bonfim ou Bonfin.

O bairro: Inicia-se na Rodovia Vereador Admar Bertolli (Rodovia do Contorno Norte) no ponto onde cruza o Rio Barigui; segue em sentido anti-horário pelo Rio Barigui até encontrar o córrego que faz divisa com o município de Curitiba; pende à esquerda e segue pela referida divisa até encontrar o ponto que corresponde ao prolongamento da Rua Sebastiana P. Ribeiro; pende à esquerda e segue por essa linha e depois pela referida Rua até encontrar a Rua Antônio Rodrigues Dias; pende à direita e segue pela referida rua até encontrar a Rua Rosalina de Lara Prodocimo; pende à esquerda e segue pela referida rua por aproximadamente 100,00 (cem metros); pende à direita e segue por um fundo de vale até encontrar um córrego, afluente do Rio Barigui; pende à esquerda e segue pelo referido córrego até encontrar o leito do Rio Barigui; pende à direita e segue pelo Rio Barigui até encontrar a Av. São Jorge no limite do loteamento Parque São Jorge; pende à esquerda e segue pela Av. São Jorge até encontrar a PR-092 (Rodovia dos Minérios); pende à esquerda e segue pela referida rodovia até aproximadamente 1.200 m (um mil e duzentos metros); pende à esquerda e segue por uma linha reta até encontrar a Rua João Vicki na divisa entre os loteamentos Jardim São Caetano e Jardim Marrocos; pende à esquerda e segue pela Rua João Vicki até encontrar a Rua Santos Dumont no loteamento Jardim São Carlos; segue pelo limite do referido loteamento até o final da Rua Visconde de Mauá onde encontra um córrego, afluente do Rio Barigui; pende à esquerda e segue pelo referido córrego até encontrar a Rua Rio Branco no loteamento Jardim Nápolis; pende à direita e segue pela Rua Rio Branco até o final da Rua Rio Negro no loteamento Jardim Amazonas; segue pelo prolongamento da Rua Rio Branco até encontrar a Rua Rio Paraná no loteamento Jardim Valma; segue pela Rua Rio Paraná e depois pelo seu prolongamento no limite do loteamento Jardim Dragão Verde até encontrar um córrego; pende à esquerda e segue por este córrego até encontrar outro corpo d`água; pende à direita e segue pelo referido corpo d`água até encontrar a Rodovia Vereador Admar Bertolli (Rodovia de Contorno Norte); pende à esquerda e segue pela referida rodovia até encontrar o cruzamento com o Rio Barigui, ponto inicial desta descrição, perfazendo uma área aproximada de 3,02 km²”.

TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR que pode ser visualizado nos links:

Igreja Nossa Senhora do Rocio no Bairro do Juruqui

 A partir de informações colhidas junto à Escola Estadual Lamenha Pequena no contexto do Projeto: A evolução do Bairro Lamenha Pequena/Professora Paula Fabiane Manfron. 1999, uma realidade que fazia parte das comunidades tamandareenses até meados da década de 1960, era a falta de capelas. A celebração de Eucaristia geralmente era feita na casa de algum morador da comunidade local. Uma dessas localidades que conviveu com esta situação foi o Juruqui. No entanto, toda vez que as celebrações terminavam ocorria a ideia de se construir uma capela. Porém, foi no meio de um jogo de cartas, que começou a se discutir um projeto para concretizar aquele sonho da localidade. Neste contexto, um grupo de moradores foi falar com o pároco que na época era o tamandareense Frei Vital Basso.

Tal ideia repercutiu bem, e de imediato os Srs. Francisco Meguer e José Júlio Meguer, doaram o terreno para a construção. Após este fato, foi realizado no local, na data de 22 de setembro de 1962, a 1ª Missa e a bênção solene da pedra fundamental. A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi doada pelo Sr. Atílio Bini que saiu em procissão da Sede até o Juruqui.
Foram os pioneiros idealizares e fundadores da Igreja Nossa Senhora do Rocio no Juruqui: Presidente, Francisco Sandri; Vice-Presidente, Francisco Meguer; Tesoureiro, Francisco Manfron; Conselheiros: Antonio Bernardo, Antonio Straiotto, Antonio Sandri, Abílio de Moraes, Lício de Moraes e outros.

A Igreja Nossa Senhora do Rocio ficou pronta em 1965.
Atual Capela Nossa Senhora do Rocio no Bairro do Juruqui, estando à frente o Frei Lourenço Kachuba/Foto: Albino Milek, 1982.


TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR que pode ser visualizado nos links:
http://issuu.com/kotovski/docs/considera__oeshistoricasdetamandare (PARTE 1)

http://issuu.com/kotovski/docs/consideracoeshistoricasdetamandarer (PARTE 2)

CAPELA DO HUMAITÁ

 


Capelinha do Humaitá (não existe mais), provavelmente de 1882.
Foto: Correio de Notícias, 1979. 

CAPELA DO HUMAITÁ

Na data de 16 de outubro de 1979, o Correio de Notícias publicou uma curiosa matéria: “Almirante Tamandaré na trilha do ouro”, o qual no seu contexto informava que a Capela do Monte Santo estava sendo destruída por “caçadores de tesouros”. Segundo consta, existiu no passado a prática de se colocar dinheiro, ouro e joias em panelas de ferro e enterrá-las para proteger do confisco forçado na época das Revoluções. Porém, algumas panelas foram esquecidas. Diante deste fato, muitas histórias e estórias se criaram sobre as ditas cujas “panelas de ouro”, a ponto de pessoas da cidade e da capital perderem o seu tempo na busca por elas.
Por destino, existia uma lenda que debaixo da Igrejinha do Humaitá existia uma panela de ouro. Em abril de 1979, ela foi fechada pela Cúria Metropolitana, o que resultou no seu abandono resultando maiores facilidades para a sua derradeira destruição. Só para constar, os “caçadores de tesouros”, antes de seu fechamento, chegaram a arrombar, quebraram o assoalho e fizeram um buraco dentro da mesma!
Com o fim da capelinha, a comunidade do Jardim Monte Santo só conseguiu construir outra em 12 de outubro de 2005 quando foi inaugurada a Capela Nossa Senhora Aparecida construída em terreno comprado com esforços da comunidade junto a Rua São Bartolomeu, com missa realizada pelo frei Darci Roberto Catafesta. Realizou-se, então, neste dia um antigo sonho da comunidade católica, a qual se expressava desde o ano de 1985. Antes da construção da capela, as missas eram realizadas nas casas de moradores. 

Fundação da Vila de Tamandaré

 



PUBLICAÇÃO NO JORNAL "A REPUBLICA" DE 28/01/1890, p.02, referente a solenidade de fundação da cidade de Tamandaré  (Vila Tamandaré) realizada em 25 de janeiro de 1890.

Almirante Tamandaré Prefeitura Velha década de 1920 /Foto: ESTADO DO PARANÁ. Estado do Paraná, 1923. São Paulo: Capri & Olivero, Empreza Editora Brasil, 1923.

 


Casa e armazém da família de Domingos Scucato, em Almirante Tamandaré, 1928. Arredores da Estrada do Assungui. Acervo: Zélia Virgínia Vianna

 


quarta-feira, 7 de abril de 2021

Estação [Ferroviária de Almirante Tamandaré da Estrada de Ferro Norte do Paraná] : Almirante Tamandaré, PR

 

A Estação Ferroviária de Almirante Tamandaré da Estrada de Ferro Norte do Paraná, também chamada apenas de Tamandaré, foi aberta com o Ramal de Curitiba-Rio Branco do Sul, em 1909. Por algum tempo, nos anos 1940, a estação se chamou Timoneira, retomando o nome original.
Esta Ferrovia passou pelas mãos da concessionária Brasil Railway, foi encampada nos anos 1930 e finalmente incorporada à Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, RVPSC. Nenhuma dessas gestões levou a cabo o projeto inicial que pretendia ligar Curitiba a Assungui.
A Estação de Almirante Tamandaré foi ativa até a parada dos trens de passageiros no ramal, isso em janeiro de 1991. Em 2002, apesar de deteriorada, funcionava como moradia. No início de 2007, um incêndio destruiu a estação.
Disponível em: http://www.estacoesferroviarias.com.br/pr-riobranco/almtamandare.htm. Acesso em: abr. 2017.
Disponível em: http://vidadmaquinista.blogspot.com.br/2012/04/quatro-horas-da-madrugada.html. Acesso em: abr. 2017.

segunda-feira, 5 de março de 2018

ALMIRANTE TAMANDARÉ

Campos do Coritiba era assim que os desbravadores ibéricos se referiam ao território que encontraram no primeiro planalto paranaense e onde consequentemente se encontra a cidade antes do povoamento. A região ganhou importância em virtude da Descoberta da Conceição, atualmente em território campo magrense o qual inspirou a denominação que até hoje persiste na região. Porém, por efeito da descoberta, muitos fidalgos solicitaram terras próximas ao caminho que levavam a descoberta que estavam vinculadas as sesmarias do Botiatuba, Barigui, Boixinga,... pois muitos estavam arraias surgindo dando a impressão que era terra de ninguém como teceu Sebastião Paraná.

Estes arraias posteriormente tornaram-se quarterões. Entre eles, o qual se liga diretamente a evolução autônoma do município em termos oficiais de denominação é o atual Bairro do Pacotuba, que inicialmente foi a Sede Distrital já que ali era uma sede paroquial e também se encontravam algumas famílias de prestigio político provincial na época. Também colaborou para evolução da localidade em município o projeto de desenvolvimento das colônias de imigrantes no Paraná, sendo algumas estabelecidas na região norte de Curitiba, diante disso ocorreu à necessidade de elevar o status administrativo da região. Foi nesta minirreforma política/geográfico-administrativa, que a localidade curitibana de “Pacotuva”, foi elevada a categoria de Freguesia em 10 de maio de 1873, por intermédio da Lei nº 438.

Devido ao seu desenvolvimento, em relação às perspectivas da época (final do século XIX). A Freguesia de Santana do Pacotuva é elevada a categoria de distrito de Curitiba com a denominação de Nossa Senhora da Conceição, pela Lei Provincial n° 924 de 6 de setembro de 1888 e sua sede é transferida para o povoado vizinho de Conceição do Cercado.

Almirante Tamandaré em sua gênese teve seu território desmembrado da Capital do Estado em 1889 inicialmente e efemeramente com a denominação de Conceição do Cercado estabelecida pela Lei Provincial n° 957 de 28 de outubro de 1889. Esta denominação estava vinculada a uma concessão de terras que se dispunha onde contemporaneamente se localiza o Jardim Santa Terezinha na Sede. Esta área de terra que margeava Estrada do Assungui (atual trecho da rua Rachel Candido de Siqueira), curiosamente foi cercada para evitar invasões de aventureiros ainda  no período que existia a exploração aurífera no rio Pacotuba. Porém foi confiscada pela Província, e permaneceu nesta condição até a intervenção do Sr. Ambrósio Bini em meados da década de 1950 junto ao Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, que possibilitou que o Estado do Paraná doasse a área para o município para fins de parcelá-la para seu povoamento.

Porém, a denominação Conceição do Cercado soava estranho e por esse fato em 09 de janeiro de 1890 pelo Decreto nº 15 baixado pelo Capitão de Mar e Guerra José Marques Guimarães, então Governador do Estado do Paraná, o território da Villa Conceição do Cercado, é agraciado com a denominação de “Tamandaré”. Homenagem prestada em vida ao “Velho Marinheiro” e Patrono da Marinha do Brasil, o Almirante Joaquim Marques de Lisboa (Almirante Tamandaré). Amigo, mentor, e colega de campanhas militares do então governador. Ou seja, a cidade começou a ser conhecida por “Tamandaré” e não de Almirante Tamandaré como é contemporaneamente.

O município manteve-se autônomo até o advento do Decreto Lei nº. 7573, de 20 de dezembro de 1938, quando por força deste foi extinto7573, de 20 de dezembro de 1938, extinguia o municipio mandardivisnha, encontraram ouro na regi e por consequência seu território passou a fazer parte novamente do território de Curitiba até 30 de dezembro de 1943. No entanto só no dia 11 de outubro de 1947 por força da Lei Estadual n° 02, inciso XXI, que o território voltou a ser autônomo novamente, mas sob a denominação de Timoneira estabelecida pelo Decreto-lei de nº 199 de 1943.

No entanto, a localidade já havia construído uma história. E por este motivo, atendendo as reivindicações populares da época, de descontentamento com a denominação hilária de “Timoneira”, expressadas pessoalmente em conversas pelo então prefeito da época João Wolf, junto ao então Governador Moysés Lupion em seu novo mandato (1956/1961), que posteriormente sancionou a Lei nº. 2644, em 24 de março de 1956, que restabelecia a denominação Almirante Tamandaré, sendo esta publicada no Diário Oficial do Estado do Paraná na Segunda Feira do dia 26 de março de 1956. Eis que ao invés de ser denominado simplesmente de Tamandaré, foi acrescentada a palavra “Almirante” ao nome, para se diferenciar da localidade pernambucana de Tamandaré.

Por efeito de conhecimento, “Tamandaré” é uma expressão que possui uma variação em tupi que nasce da expressão “tamanda-ré” e também de outra versão “t’-amana-ri”, mas que significa dentro de uma contemplação ampla: “que veio depois da chuva”. Ou em tupinambá “Tamendonaré”, que possui o mesmo significado e uma variante (que veio depois da chuva ou povoador da terra). Estes significados possuem origem no personagem Tamendonaré (Tamandaré) que faz parte de uma lenda Tupinambá.

Antonio Ilson Kotoviski Filho é professor de História e Geografia, bacharel em História, Geografia e Direito, especialista em História do Brasil e Geografia do Brasil, mestre em Ciências da Educação, historiador, poeta e ciclista de competição.