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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Braga é a cidade portuguesa capital do Distrito de Braga e da sub-região do Cávado

 Braga é a cidade portuguesa capital do Distrito de Braga e da sub-região do Cávado



Braga
Em cima: Banco de PortugalSantuário do Sameiro; meio: Basílica dos CongregadosBom Jesus do MonteMosteiro de Tibães; em baixo: Arco da Porta NovaPaço Arquiepiscopal Bracarense.
Brasão de BragaBandeira de Braga
Localização de Braga
Mapa de Braga
Gentílicobracarense, bracaraugustano, brácaro, braguês
Área183,4 km²
População193 324 hab. (2021[1])
Densidade populacional1 054,1  hab./km²
N.º de freguesias37
Presidente da
câmara municipal
Ricardo Rio (PPD/PSD.CDS-PP.PPM.A2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
16 a.C. (Imperador Otávio César Augusto)
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Cávado
DistritoBraga
ProvínciaMinho
OragoSão Geraldo
Arcebispo Primaz de Braga
Feriado municipal24 de Junho (São João)
Código postal4700 Braga
Sítio oficialhttp://www.cm-braga.pt
Município de Portugal 

Braga é a cidade portuguesa capital do Distrito de Braga e da sub-região do Cávado (NUT III), pertencendo à região do Norte (NUT II).

É sede do Município de Braga que tem uma área total de 183,40 km2,[2] 193 324 habitantes[3] em 2021 e uma densidade populacional de 1 054 habitantes por km2, subdividido em 37 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município de Amares, a leste pela Póvoa de Lanhoso, a sudeste por Guimarães, a sul por Vila Nova de Famalicão, a oeste por Barcelos e a noroeste por Vila Verde.

Braga possui uma história bimilenar que se iniciou na Roma Antiga, quando foi fundada em 16 a.C. como Bracara Augusta em homenagem ao imperador romano Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.).

Braga possui um vasto património cultural, cujo ex-líbris é o Santuário do Bom Jesus do MontePatrimónio Mundial da UNESCO. Em 2012 foi distinguida como Capital Europeia da Juventude e em 2018 foi Cidade Europeia do Desporto. Desde 2017 pertence à rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria Media Arts, e em 2021 foi eleita Melhor Destino Europeu do Ano, depois de ter ficado em 2º lugar em 2019.

Outras designações

Na gíria popular é conhecida como "Cidade dos Arcebispos". Durante séculos o seu Arcebispo foi o mais importante na Península Ibérica; é ainda detentor do título de Primaz das Espanhas. A ação dos arcebispos ao longo da história é, de longe, o maior factor no desenvolvimento da cidade e região. Conta com figuras como São Pedro de Rates, (? -45 d.C.), São Martinho de Dume, São Geraldo e São Frutuoso de Montélios (os patronos da cidade, assinalados a 5 de Dezembro, dia da cidade), os registos são mantidos fielmente a partir da reconquista em 1071 até hoje.

"Roma Portuguesa": no século XVI o arcebispo D. Diogo de Sousa, influenciado pela sua visita à cidade de Roma, desenha uma nova cidade onde as praças e igrejas abundam tal como em Roma. A este título está também associado o facto de existirem inúmeras igrejas por km² em Braga. É, ainda, considerada como o maior centro de estudos religiosos em Portugal.

O "Paiz Bracarense":[5] assim chamada no século XVIII, devido a um particularismo legal remontando ás origens de Portugal sobre o domínio temporal da cidade de Braga. Na prática a cidade pertencia á Sé Primacial mas legalmente estava aberta a questão se a cidade estava ou não sujeita a correção régia até á 1º República.

"Cidade Barroca": durante o século XVIII, com a investidura de D. José de Bragança, iniciou-se um processo de cosmopolitização para promover o estatuto da cidade.[5] Nesta renovação urbana destacou-se o arquiteto André Soares que transformou Braga no Ex-Libris do Barroco em Portugal.

"Cidade Romanaque no tempo dos romanos era a maior e mais importante cidade situada no território onde seria Portugal. Ausónio, ilustre letrado de Bordéus e prefeito da Aquitânia, incluiu Bracara Augusta entre as grandes cidades do Império Romano.[6]

"Capital do Minho" ou o "Coração do Minho", por estar localizada no centro desta província. Braga reúne um pouco de todo o Minho e todo o Minho tem um pouco de Braga. A cidade está estreitamente ligada a todo o Minho: a Norte situa-se o tradicional Alto Minho, a Este o Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Sul as terras senhoriais de Basto e o industrial Ave e a Oeste o litoral marítimo Minhoto.

"Cidade dos Três Sacro-Montes": são santuários situados a Sudeste da cidade numa cadeia montanhosa, e são pela ordem Este a Sul: O Bom JesusSameiro e a Falperra (Sta. Maria Madalena e Sta. Marta das Cortiças).

A “cidade da Juventude", que apesar de ser das cidades mais antiga de Portugal (desde 32 a.C.) é um município com uma percentagem significativa de jovens. Em 2012, celebrou-se a "Braga 2012 - Capital Europeia da Juventude".

Braga - A Cidade Encantadora, foi eleita pelo jornal 'The Guardian' a "cidade mais encantadora" de Portugal. A cultura e a gastronomia estão entre as qualidades destacadas pela publicação britânica.[7]

História

Ver artigo principal: História de Braga

Os vestígios da presença humana na região vêm de há milhares de anos, como comprovam vários achados. Um dos mais antigos é a Mamoa de Lamas, um monumento megalítico edificado no período Neolítico. No entanto, apenas se consegue provar a existência de aglomerados populacionais em Braga na Idade do Bronze. Caracterizam-se por fossas e cerâmicas encontradas em Alto da Cividade, local onde existiria uma povoação e por uma necrópole que terá existido na zona dos Granjinhos.[8]

Na Idade do Ferro, desenvolveram-se os chamados "castros". Estes eram próprios de povoações que ocupavam locais altos do relevo. Os celtas eram os seus habitantes e, nesta região em particular, habitavam os Brácaros (em latimBracari), que dariam nome à cidade, após a sua fundação e os romanos terem forçado as populações descerem ao vale.

Bracara Augusta

Ver artigo principal: Bracara Augusta
Fonte do Ídolo

No decurso do século II a.C., a região foi percorrida pelas legiões romanas. Após a conquista definitiva do noroeste peninsular pelo imperador Augusto, esse manda edificar a cidade de Braga em 16 a.C., com a designação de Bracara Augusta, em homenagem a aliança entre o imperador romano Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) e o povo indígena os Bracari.[8] A cidade tornar-se-ia capital da província da Galécia e integraria os três conventos do Noroeste peninsular e parte do Convento de Clúnia, com uma população de aproximadamente 285 000 tributários livre nas 24 cividade no ano 25.[9]

Desta época data também a criação do bispado de Bracara Augusta, segundo a lenda, São Pedro de Rates foi o primeiro bispo bracarense entre os anos 45 e 60, ordenado pelo apóstolo Santiago Maior que teria vindo da Terra Santa e foi martirizado quando convertia povos aderentes à religião romana no noroeste da Península Ibérica. Mas, só no ano 385 é que o papa Sirício faz referência à metropolitana de Bracara Augusta.

Da Antiguidade Tardia à Islamização

Ver artigo principal: Reino Suevo

A cidade foi descrita como próspera pelo poeta Ausónio, no século IV.[10] Entre 402 e 470 ocorreram as Invasões Germânicas da Península Ibérica, e a área foi conquistada pelos Suevos, povo germânico da Europa Central. De acordo com os registros, a cidade foi protegida por uma muralha, em uso desde o século III, e o antigo anfiteatro romano foi reaproveitado para a construção de uma fortaleza.[10] Em 410, os suevos estabeleceram um reino que englobava a extinta região da Galécia (hoje Galiza, norte de Portugal, parte das Astúrias e das províncias de Leão e Zamora, e se prolongava até ao rio Tejo) e fizeram de Bracara capital. Este reino foi fundado por Hermerico e durou mais de 150 anos. No entanto, a partida dos Vândalos e a chegada dos Visigodos trouxeram uma nova instabilidade à região. Entre 419 e 422, Braga foi ameaçada pelos vândalos e começou a preparar-se para um cerco, fechando as suas portas e recusando-se a abri-las; isso levou à destruição dos campos circundantes.[10] No entanto, entre 429 e 455, os suevos recuperaram a sua força militar, reforçando o seu domínio na Galécia e na Lusitânia. Em 455, enquanto o rei visigodo Teodorico II saqueava Braga, destruindo por completo muitos registos históricos e arqueológicos,[10] o rei suevo Requiário I escapava da cidade, ferido, para o Porto.[11] Ainda temos registos de uma lista de dioceses e paróquias de Braga, feita em 570, no entanto.[10] Por volta de 584, os visigodos assumiram o controlo permanente da Galécia dos suevos, e Braga tornou-se somente uma capital de província, sendo dominada pelo Reino Visigótico durante 130 anos.

A Península Ibérica no século V

Os registos históricos mostram, até agora, que o primeiro bispo conhecido de Braga se chamava Paternus, que viveu no final do século IV,[10] e temos também registos de um bispo chamado Balconius (415-447), que esteve presente quando o clero ibérico recebeu, em 435, um padre germânico da Arábia Petreia acompanhado de vários gregos com notícias do Concílio de Éfeso (431).[10] Balconius também foi contemporâneo e correspondente do Papa Leão I.[10] A tradição, no entanto, afirma que São Pedro de Rates foi o primeiro bispo de Braga.

São Martinho de Dume

Braga teve um papel importante na cristianização da Península Ibérica. No início do século V, Paulus Orosius (amigo de Agostinho de Hipona) escreveu várias obras teológicas que expunham a fé cristã. Enquanto graças à obra de São Martinho de Braga, os suevos da Península Ibérica renunciaram às heresias arianas e priscilianas durante dois sínodos aqui realizados no século VI.[10] Também vale a pena notar que Requiário, o rei suevo, também foi o primeiro rei germânico na Europa a se converter ao cristianismo calcedônio, anterior à conversão de Clóvis dos Francos. Outras tentativas de elevar o estatuto religioso de Braga fora realizadas, nomeadamente a tentativa de levar relíquias de S. Estevão, da Terra Santa até Braga, por Avito de Braga e Paulus Orosius.[12] Por ordem do rei Ariamiro foi realizado o concílio de Braga, entre 1 de Maio de 561 a 563, tendo sido presidido por Lucrécio,[13] bispo titular de Bracara. Seguido em 572, no reino de Miro, pelo segundo concílio de Braga, presidido por São Martinho de Dume, bispo de Dume e de Braga.[13] Destes concílios resultaram grandes reformas, principalmente no mundo eclesiástico e linguístico, destacando-se a criação do ritual bracarense e a abolição de elementos linguísticos pagãos, como os dias da semana Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, por Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies, donde derivam os modernos dias em língua portuguesa e galega.

A transição dos reinados visigóticos para a conquista muçulmana da Península Ibérica foi muito obscura, representando um período de declínio para a cidade. Os mouros capturaram brevemente Braga no início do século VIII, mas foram repelidos pelas forças cristãs sob Alfonso III das Astúrias em 868 com ataques intermitentes até 1040, quando foram definitivamente expulsos por Fernando I de Leão e Castela. Como consequência, o bispado foi restaurado em 1070: o primeiro novo bispo Pedro, começou a reconstruir a Catedral (que foi modificada muitas vezes durante os séculos seguintes).

Da Islamização à Reconquista (século VIII a X)

Califado Omíada em 716

A entrada dos mouros na Península ocorreu com o desembarque em Gibraltar a 27 de abril de 711 de Tárique - general do governador de Tánger (Muça ibne Noçáir) - liderando um exército de 9 000 homens. Quatro anos depois, em 715, os mouros atingem e tomam Braga provocando grande destruição, dada a sua importância religiosa.[carece de fontes] Segundo o estudioso Adalberto Alves, provavelmente o nome árabe de Braga era Saquiate (em árabeساقيةromaniz.: Sâqiyât).[14] Após alguns avanços e recuos, a diocese bracarense foi transferida para Lugo. A resistência cristã recuou de forma mais permanente até ficar confinada numa pequena zona montanhosa das Astúrias.

No ano 868, com o rei das Astúrias Afonso III, o processo da reconquista cristã ganha novo ímpeto e a cidade de Braga é integrada durante alguns anos no Reino das Astúrias, tal como o Porto e mais tarde - em 878 - Coimbra. Quando, após a sua morte, Afonso III o Grande do Reino das Astúrias dividiu o seu reino entre os seus filhos em 908, ele atribuiu o Reino da Galiza a Ordonho da Galiza, que estabeleceu a sua capital em Braga.[15] O século seguinte é marcado, após um período de paz, por diversas destruições sangrentas de Almançor, governador mouro de Córdova, para tentar inverter o avanço da reconquista cristã até Coimbra e Toledo. Verifica-se uma vasta destruição muçulmana, em 985, por Almançor e seu exército, que arrasou até às fundações e saqueou as cidades, e outros territórios, do Porto e Braga,[16] retirando para sul do Douro nesse ano, uma razia semelhante às realizadas em todo o norte da Península, e que incluiu a destruição e ocupação por vários meses de Barcelona, Leon, Astorga, e depois Santiago de Compostela em 997, esta com milhares de escravos, obrigados a carregar a pé os grandes sinos da basílica demolida, colocados depois como candeeiros na mesquita de Córdova. É nesta época que o domínio cristão se torna mais permanente no norte do actual território português, fechando a página da islamização.

Braga, c. 1600, retirado da obra Civitates orbis terrarum

Braga Medieval à Braga Contemporânea

No século XI a cidade é reorganizada, provavelmente com a nova designação de "Braga". É iniciada a construção da muralha citadina e da , por ordem do bispo D. Pedro de Braga, sobre restos de um antigo templo romano dedicado à deusa Ísis, que teria mais tarde sido convertido numa igreja cristã. A cidade desenvolve-se em torno da Sé, ficando restringida ao perímetro amuralhado.

Na fundação do segundo Condado Portucalense, Braga foi oferecida como dote, por Afonso VI de Leão e Castela, à sua filha D. Teresa, no seu casamento com D. Henrique de Borgonha. Estes últimos foram senhores da cidade entre 1096 a 1112. Em 1112, doam a cidade aos Arcebispos. Esta doação foi, mais tarde reiterada quando D. Afonso Henriques agradece o suporte diplomático pelo Arcebispo D. Paio Mendes no Vaticano, com o Papa Alexandre III, que levou à promulgação da Bula Manifestis Probatum, em 1179, reconhecendo Portugal como um Reino independente.

Deste modo, o novo rei concedeu grandes privilégios à cidade de Braga entregando-a ao controlo direto da Igreja, tornando-a basicamente num feudo pessoal do Arcebispo.[5] Este particularismo legal dava grande independência á cidade, sendo que, na prática, a cidade pertencia á Sé Primacial mas legalmente a questão se a cidade estava ou não sujeita a correção régia ficou sem resolução até á 1º República. Por exemplo, quando as Ordenações Filipinas aboliram o ofício de Tabeliães Gerais, ficou explicito que havia a exceção de Braga[17] deixando o notariado de Braga sobe o controlo do Arcebispado.

Com a elevação do bispado bracarense a arcebispado, a cidade readquire uma enorme importância a nível Ibérico. O arcebispo Diego Gelmírez de Santiago de Compostela, com medo da ascensão da Sé de Braga, rouba as relíquias dos santos bracarenses, incluindo o corpo de S. Frutuoso,[18] na tentativa de diminuir a importância religiosa da cidade, as relíquias só retornaram a Braga no século XX. Tradição oral remete que Gelmírez saiu da cidade de noite numa carroça conduzida por um burro.

Mapa da Batalha do Carvalho d'Este entre tropas portuguesas e napoleónicas

Sob o reinado de D. Dinis, a muralha citadina é requalificada, começando a construção da torre de menagem. Mais tarde, foram adicionadas nove torres, de planta quadrangular, à muralha existente, concluindo-se também o Castelo de Braga em torno da torre de menagem existente. Já no reinado de D. João I foi realizada na cidade uma reunião das Cortes Gerais do Reino, em 1387, onde são instituídas sisas gerais em todo o reino para cobrir as despesas com a guerra contra Castela e explicita a forma de pagamento do imposto. Este monarca foi o último a requalificar a muralha, apesar de ainda haver várias modificações ao longo dos tempos, nomeadamente quando se rasgou várias novas portas para dentro da cidade culminando com a 7 portas que subsistiram até a muralha ser demolida.

No século XVI, o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa modifica a cidade profundamente, introduzindo-lhe ruas, praças, novos edifícios, provocando-lhe também o crescimento para além do perímetro amuralhado. Do século XVI ao XVIII, por intermédio de vários arcebispos, os edifícios de traça medieval vão sendo apagados e substituídos por edifícios de arquitetura religiosa da época. D. Luís de Sousa foi outro principal arcebispo que, entre outros méritos, mandou reconstruir a Igreja da Paróquia de São Victor, mandou ampliar o Campo de S. Ana, a reconstruir a Igreja de S. Vicente, reedificar a Capela de S. Sebastião e, por ultimo, construir da Igreja dos Congregados que seria mais tarde monumentalizada para a versão atual da Basílica dos Congregados. Igualmente, sobre os seus auspícios deste arcebispo diplomata, o cónego do Cabido de Braga, João Meira Carrilho, mandou construir a Capela da Congregação do Oratório que existia dentro do Campo de S. Ana[19]. Esta antiga capela seria de particular interesse, não só pela sua planta arquitetónica (seria totalmente circular), mas também por possuir toda uma arcada circundante cujas colunas seriam de origem romana [19]. A antiga fortaleza construída no topo do anfiteatro romano ainda existia no século XVIII (uma descrição deste foi feita no reinado de D. Maria I), na parte sul de Maximinos,[10] mas o tempo cobrou o seu preço e os vestígios acima do solo foram desaparecendo e agora é um sítio arqueológico.

No século XVIII, Braga por intermédio da inspiração artística de André Soares transforma-se no Ex-Libris do Barroco em Portugal. Nos fins deste século, surge em várias edificações o Neoclássico com Carlos Amarante. Mais uma vez, por intermédio de vários arcebispos, principalmente D. Rodrigo de Moura Teles, os edifícios religiosos são novamente alterados com a introdução do Barroco e o Neoclássico e é iniciada a construção do Santuário do Bom Jesus do Monte, em 1722.[20]

Em 1758, Braga, como muitos outros lugares, foi incluída no censo solicitado pela monarquia, sob o 1º Marquês de Pombal. Esses registros são conhecidos como Memórias Paroquiais que podem ser consultadas através de várias fontes[21].

Rua Júlio Lima, a 3 de abril de 1937, na inauguração da luz elétrica

Nos cem anos que se seguem, irrompem conflitos devidos às invasões francesas e lutas liberais. Em 20 de março de 1809 a cidade é palco da Batalha do Carvalho d'Este e vítima de vários saques realizados pelas tropas napoleónicas. A cidade viria a ser reocupada a 5 de abril pelo general José António Botelho de Sousa, comandante das forças portuguesas no Minho. Em 1834, com o fim das lutas liberais, são expulsas várias ordens religiosas de Braga, deixando o seu espólio para a cidade. Em consequência da Revolta da Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso, área sob jurisdição do quartel militar bracarense, a cidade é palco de importantes confrontos entre o povo e as autoridades. No final do século XIX, o centro da cidade deixa a área da Sé de Braga e passa para a Avenida Central. Em 1875, é inaugurado pelo rei D. Luís a linha e estação dos comboios de Braga.

No século XX, dá-se a revolução dos transportes e das infraestruturas básicas, reformula-se a Avenida da Liberdade, de onde se destaca o Theatro Circo e os edifícios do lado nascente. Em 28 de Maio de 1926, o general Gomes da Costa inicia nesta cidade a Revolução de 28 de Maio de 1926. Por fim, no final deste século, Braga sofre um grande desenvolvimento e cresce a um ritmo bastante elevado. É também conhecida por muitos por Capital do Minho.

Geografia

Relevo do município
Map
Mapa dos limites do município de Braga

Situada no coração do Minho, a cidade de Braga encontra-se numa região de transições de Este para Oeste, entre serrasflorestas e leiras aos grandes valesplanícies e campos verdejantes. Terras construídas pela natureza e moldadas pelo Homem.

Físicamente situa-se a 41° 32' N 08° 25' O,[22] no Noroeste da Península Ibérica, precisamente entre o Rio Douro e o Rio Minho. Ocupando 183,51 km², e variando entre 20 a 572 metros de altitude, o município é bastante diversificado. O terreno a Norte situado na margem esquerda do Rio Cávado, é semi-plano, graças ao grande vale do Rio Cávado. A parte Este caracteriza-se por montanhas, tais como a Serra do Carvalho (479 m), Serra dos Picos (566 m), Monte do Sameiro (572 m) e o Monte Sta Marta (562 m). Entre a Serra do Carvalho e a Serra dos Picos nasce o Rio Este, formando o vale d'Este, já a Sul da Serra dos Picos desenvolve-se o planalto de Sobreposta-Pedralva. A Sul, como a Oeste o terreno é um misto de montanhascolinas e médios vales. O centro da cidade situa-se no alto da colina de Cividade (215 m), desenvolvendo-se para o vale do Rio Cávado a Norte e Oeste, e para o vale do Rio Este a Este e Sul.

O território bracarense pertence a duas bacias hidrográficas, a bacia hidrográfica do rio Cávado a Norte e a bacia hidrográfica do rio Ave a Sul. O rio Cávado, de caudal médio, é o elemento hidrográfico predominante a Norte, existindo também diversas ribeiras que desaguam neste. O território a Sul é marcado pelo rio Este e seus diversos afluentes, como o rio Veiga, todos de pequeno caudal. O solo, dado pertencer ao sistema montanhoso do Gerês e a sua proximidade ao Oceano Atlântico, é bastante rico em água.

O município é predominantemente urbano,[23] principalmente em torno da cidade. As áreas rurais que outrora predominavam, hoje, confinam-se aos limites do município. É ainda de salientar que as colinas de maior cota e as montanhas encontram-se cobertas por manchas florestais, apesar da pressão urbana e dos fogos florestais que sucederam nos últimos anos.

Clima

clima em Braga, pelo facto de se situar entre serras e o Oceano Atlântico, é tipicamente atlântico temperado,[24] ou seja, com quatro estações bem definidas. Os Invernos são amenos e pluviosos , e geralmente com ventos moderados de Sudoeste. O vento pode também soprar do Norte, normalmente forte, o que geralmente provoca uma grande descida da temperatura, estes ventos são designados como Nortadas. Em anos frios ocorre a queda de neve, havendo temperaturas mínimas médias de -3 °C. O último nevão na cidade foi em 9 de Janeiro de 2009. As Primaveras são tipicamente amenas, com grandes aberturas e ventos suaves. As brisas matinais ocorrem com maior frequência, principalmente nas maiores altitudes. No vale do Cávado, a baixa altitude, é normal existirem os nevoeiros matinais. De salientar o mês de Maio que é bastante propício às trovoadas, devido ao aquecimento do ar húmido com a chegada do Verão. Os verões são quentes e soalheiros com ventos suaves d'Este. Nos dias mais frescos, podem ocorrer espontaneamente chuvas de curta duração, estas chuvas são bastante importantes para a vegetação da região, pois reabastece os lençóis de água o que torna a região rica em vegetação durante o ano inteiro, pela qual é conhecida por Verde Minho. Os Outonos são amenos e pluviosos, geralmente com ventos moderados. As maior e menor temperaturas registadas em Braga no período 1971-2000 foram 39,4 °C e -4,1 °C. Porém, há registos de -6,3 °C em 2001 e 41,3 °C em 1943 (fonte: Instituto de Meteorologia). Enquanto a temperatura desce, aumenta a pluviosidade. Existe uma maior frequência de nevoeiros, principalmente no vale do Cávado onde ocorrem os nevoeiros matinais mais densos.

[Esconder]Tabela climática de Braga
Temperatura
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezMédia
Máxima registada °C24,023,529,531,035,538,538,539,538,533,528,524,1
Média Máxima °C13,714,817,618,321,125,427,828,025,520,916,814,420,4
Média °C9,09,912,313,215,819,521,421,419,415,912,310,215,0
Média minima °C4,34,97,07,910,413,514,914,713,210,87,76,09,6
Mínima registada °C-6,4-4,5-5,0-1,2-0,53,37,56,73,82,5-1,7-2,5
Precipitação
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezTotal
Total mm176,4114,8121,6130,8112,948,622,034,081,7191,7193,9220,21448,6
Dados referentes entre 1981 até 2010. Fonte: Instituto de Meteorologia, IP Portugal

Demografia

Evolução da População do Município

Número de habitantes[25]
1864187818901900191119201930194019501960197019811991200120112021
48 42050 96255 42458 33960 83657 01960 76175 84684 14292 93896 918125 472141 256169 192181 494193 324

(Número de habitantes que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[26]
1900191119201930194019501960197019811991200120112021
0-14 Anos19 43920 06918 36222 55526 43028 02834 10536 18039 00533 45930 73329 66726 753
15-24 Anos10 97111 89011 50713 22414 66917 59315 46917 51525 65127 48326 64222 09821 976
25-64 Anos24 51825 40923 98927 00630 47133 25437 43036 01050 97368 01689 053105 835109 422
= ou > 65 Anos3 0883 2412 9173 6174 1674 9025 9346 5159 84312 29817 76423 89435 173

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população presente no município à data em que eles se realizaram Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

População estrangeira (2021) no município de Braga: 12 718 (6,57% da população).

Paises de origem: Brasil: 7 773; Itália: 980; Ucrânia: 443.[27]

O município é densamente povoado, com 989,6 hab/km² e 193349 habitantes (2021), é um dos mais populosos de Portugal e é um dos mais jovens da Europa. A maioria da população concentra-se na área urbana, onde a densidade atinge cerca de 10 000 hab/km².

A população bracarense é constituída por 78 954 indivíduos do sexo masculino e 85 238 indivíduos do sexo feminino. O grupo etário dos 0 aos 25 anos representava 35% da população total, enquanto 54% da população tinha entre 26 a 64 anos, o grupo etário dos idosos representava 11%. A população é maioritariamente portuguesa, mas existem também comunidades imigrantes, nomeadamente brasileirosafricanos principalmente oriundos das antigas colónias portuguesas, chineses e europeus de leste.

No que diz respeito a habitação, em Braga há 70 268 alojamentos (Censos de 2001), valor excedentário se tivermos em consideração o conceito clássico de família (51 173 agregados).

No entanto, estas 19 095 habitações sobrantes não estão todas em excesso na realidade, muitas delas destinam-se a residência temporária, normalmente associadas a estudantes, a trabalhadores temporários e a estrangeiros que exercem a sua actividade profissional na cidade. Existe também um grande número de habitações que pertencem a cidadãos residentes no estrangeiro que as utilizam quando regressam periodicamente a Portugal. O constante crescimento populacional e o aumento da habitação individual associado à não constituição de uma família clássica são também realidades que justificam este facto na sociedade bracarense.

As 19 095 habitações atrás referidas, representam em média uma capacidade para 60 000 indivíduos, o que faz com que a população real de Braga esteja próxima de um valor intermédio situado entre os 174 000 indivíduos e os 230 000 indivíduos.

O município cresceu 16,2% entre 1991 a 2001, o maior crescimento registou-se nas antigas freguesias suburbanas (hoje urbanas), por exemplo: Nogueira 124,6%, Frossos 68,4%, Real 59,8%, Lamaçães 50,9%. As previsões apontam para que Braga seja um dos municípios com maior crescimento nos próximos anos.

A evolução demográfica entre 1801 a 2021:[28]

Município e organização administrativa

Edifício da Câmara Municipal na Praça do Município, datada do século XVIII.

Administrativamente o município de Braga, de código administrativo 03 03, fica no distrito de Braga de código administrativo 03, e é capital do mesmo. É limitado a norte pelo município de Amares, a leste pela Póvoa de Lanhoso, a sueste por Guimarães, a sul por Vila Nova de Famalicão, a oeste por Barcelos e a noroeste por Vila Verde.

Possui uma Câmara Municipal, presidida por Ricardo Rio desde 2013. A Câmara Municipal é composta, para além do presidente, por nove vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por um presidente e dois secretários, sessenta e três deputados e os Presidentes de junta de freguesia.

Freguesias

O Município de Braga está subdividido em 37 freguesias:

NomePopulação (2021)Área (km²)Densidade (hab/km²)
Adaúfe3 58710,81331,8
Arentim e Cunha1 4065,72245,8
Braga (Maximinos, Sé e Cividade)15 0922,575872,4
Braga (São José de São Lázaro e São João do Souto)14 7932,446 062,7
Braga (São Vicente)13 9762,555 480,8
Braga (São Vítor)32 8774,088 058,1
Cabreiros e Passos (São Julião)2 0824,8433,75
Celeirós, Aveleda e Vimieiro6 7437,56891,9
Crespos e Pousada1 2317,34167,7
Escudeiros e Penso (Santo Estêvão e São Vicente)1 8238,04226,7
Espinho1 0574,48235,9
Esporões1 7134,74361,4
Este (São Pedro e São Mamede)4 0679,8415
Ferreiros e Gondizalves9 9784,262 342,3
Figueiredo1 1502,03566,5
Gualtar6 7612,742467,5
Guisande e Oliveira (São Pedro)1 0724,71227,6
Lamas8521,25681,6
Lomar e Arcos7 2664,021807,5
Merelim (São Paio), Panóias e Parada de Tibães5 2585,36981
Merelim (São Pedro) e Frossos3 8453,151 220,6
Mire de Tibães2 3444,36537,6
Morreira e Trandeiras1 3644,54300,4
Nogueira, Fraião e Lamaçães15 0178,41787,7
Nogueiró e Tenões5 9474,431342,4
Padim da Graça1 4183,39418,3
Palmeira5 7008,88641,9
Pedralva1 0608,07131,4
Priscos1 2563,65344,1
Real, Dume e Semelhe13 6868,461617,7
Ruilhe1 1102,2504,5
Santa Lucrécia de Algeriz e Navarra9096,22146,1
Sequeira1 7414,35400,2
Sobreposta1 2675,98211,9
Tadim1 2672,68472,8
Tebosa1 0822,59417,8
Vilaça e Fradelos1 5522,8554,3
Mapa com as freguesias de Braga

Desde a reorganização administrativa de 2013, o município de Braga está subdividido em 37 freguesias.[29]

Geminações

Braga possui onze protocolos de cooperação.[30]


Cultura

Artesanato

Cavaquinho ou braguinha, instrumento criado pelos Biscainhos que chegou ao Hawai, dando origem ao ukelele

O artesanato bracarense há muito que ultrapassou as fronteiras do país. Na música, os cavaquinhos, violas, guitarras (nomeadamente a Viola Braguesa). É interessante notar que será este instrumento a dar origem ao famoso ukelele ao ser levado por emigrantes portugueses para o Hawai. Na Arte Sacra as representações bíblicas e a Vela Votiva de Braga são os ex-libris. Embora estes quatro sejam famosos, o artesanato Bracarense é mais diversificado, os artigos de linho (panos, colchas, cortinados…), os bordados, a cestaria, miniaturas em madeira, farricocos [(também em cêra)], bijuteria, ferro forjado (sinos, miniaturas, material para agricultura…), as louças típicas de Braga coloridas e de forma atractiva, entre outros, são artigos tradicionais que facilmente se encontram nas ruas, ruelas ou nas zonas rurais nas imediações.

Gastronomia

Braga, como o resto do Minho tem uma gastronomia riquíssima. O bacalhau assume-se como o prato de peixe favorito, a cidade é famosa pelas suas inúmeras receitas de bacalhau (bacalhau à Narcisa,[34] bacalhau à Minhota (Braga), bacalhau à moda de Braga…). O arroz de Pato, as papas de sarrabulho com rojões, a tripa enfarinhada, os farinhotes, os enchidos de sangue, o cabrito à moda de Braga, as frigideiras do Cantinho ou as da Sé, os rojões à moda do Minho, o frango "pica no chão", o vinho verde, o Pudim Abade de Priscos, o toucinho do céu, o bolo rei escangalhado, fidalguinhos, pederneiras, suplícios, paciências, entre muitos outros, fazem de Braga uma cidade de sabores.

Tradições e Festividades

Iluminação da Arcada durante as festividades do S. João
  • Festa de São João em Braga[35][36]— Os primeiros registos do S. João de Braga datam de 1515, data que pela primeira vez a Câmara Municipal assume a sua realização, mas que agregam muitos elementos comprovadamente mais antigos, como por exemplo a Procissão dos Santos do Mês de Junho, onde tradicionalmente aparece o carro com a Dança do Rei David, que apesar do nome, é de inspiração moçárabe. De salientar também, a presença de "lavradeiras" ostentando as Velas Votivas de Braga (cumprindo a tradição de a oferecer ao São João pela graça concedida). Estas festas repetem-se anualmente no mês de Junho.
  • Semana Santa  Páscoa[35]— Durante toda essa semana os altares das Igrejas, cada um invocando uma cena da Paixão de Cristo, encontram-se decorados com flores e velas. Esta semana atrai muitos turistas à cidade. Os visitantes procuram essencialmente as grandes procissões nocturnas que se caracterizam pelas centenas de figurantes. Na quarta-feira realiza-se a tradicional Procissão da burrinha, na quinta-feira a procissão de Ecce Homo e, na Sexta-feira Santa, a solene Procissão Teofórica do Enterro do Senhor. Em todas elas se recriam quadros da história religiosa. No sábado à noite, é habitual uma sessão de fogo-de-artifício, onde rebenta uma figura de homem, simbolizando o suicida Judas, que traíra Jesus. Após a Vigília Pascal da madrugada de Domingo de Páscoa, conjuntos de pessoas saem de todas as igrejas da cidade para anunciarem a todas as casas a Ressurreição de Jesus, dando uma Cruz especialmente decorada a beijar aos residentes.
  • Dia da Cidade — Celebra-se no dia de São Geraldo, padroeiro da cidade de Braga, a 5 de Dezembro. É uma celebração de cariz oficial, com sessão solene e entrega de medalhas da cidade, não havendo festa popular. De salientar ainda a especial decoração da Capela de São Geraldo na Sé Catedral, que neste dia é enfeitada com fruta.
  • Festas dos Patronos — Por toda a cidade, cada paróquia celebra a festa do seu patrono. São particularmente conhecidas as de São Vicente e da 'Cónega' (nome dado à zona ao fundo do Campo da Vinha e Rua da Boavista), bem como as de Nogueiró e Nogueira, com festividades e costumes significativos, como por exemplo os “moletinhos” no dia de São Vicente e São José (de São Lázaro), a 22 de janeiro e 19 de março, respetivamente.
  • Festas Académicas do Enterro da Gata — A primeira referência na imprensa relativamente ao "Enterro da Gata" reenvia-nos ao distante ano de 1889 e vem publicada no jornal "Aurora do Minho" com o título pomposo de "Enterro Xistoso". Lá se conta como um grupo de estudantes "para festejar o fim do ano e enterrar a gata" fizeram um "enterro xistoso e novo na espécie". A academia bracarense era então representada pelos estudantes do Liceu Nacional (hoje Escola Secundária Sá de Miranda), que estava sediado no Convento dos Congregados. No estudo solicitado em 1989 pela Associação Académica da Universidade do Minho ao director da Biblioteca Pública de Braga, Dr. Henrique Barreto Nunes, concluiu-se que o 1.º Enterro da Gata se havia realizado em Maio de 1889. Assim, e passados exactamente 100 anos sobre o seu nascimento, era retomada a tradição, agora nas mãos dos estudantes da jovem Universidade do Minho. A "gata" representa o indesejado insucesso escolar. É feito um velório em que a "Gata" é transportada pelas artérias da cidade seguida por um séquito que não pára de chorar a "finada". As festas têm a duração de uma semana e realizam-se todos os anos no início do mês de Maio.
  • Festas Académicas do 1.º de Dezembro — os Estudantes da Cidade de Braga no ano de 1640, com o intuito de comemorar a restauração da independência, saíram à rua. No meio da folia, estes jovens assaltaram galinheiros e celebraram o acontecimento bebendo e comendo um prato típico de frango, o “Pica No Chão" (vulgo, cabidela). A tradição do jantar do 1.º de Dezembro é ainda seguida pelos estudantes da cidade, juntamente com uma Récita que conta com a participação dos Grupos Culturais da Universidade do Minho.
  • Procissão dos Passos —A Procissão dos Passos, organizada anualmente no Domingo de Ramos pela Irmandade de Santa Cruz, é o primeiro grande cerimonial da Semana Santa de Braga. Instituída no ano de 1597 pelo Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, é plausivelmente a segunda mais antiga do género em Portugal. O objetivo desta procissão é reconstituir o caminho (os passos) de Jesus Cristo desde o Pretório até ao Calvário. Por isso mesmo, ainda hoje, a procissão cumpre o itinerário dos Passos (calvários) espalhados no centro histórico. O ponto alto ocorre quando o préstito atinge o largo Carlos Amarante, defronte da igreja de Santa Cruz, onde é pronunciado o sermão do Encontro, momento catequético-devocional introduzido em 1946. Após esta encenação, a procissão prossegue a sua marcha, agora com o andor de Nossa Senhora da Soledade incorporado. Num passado não muito distante, a procissão era antecedida por grupos de farricocos, vestidos de túnicas roxas, e hordas de penitentes que se flagelavam em público. Em memória destas figuras, abre a procissão um farricoco, carregando uma trompeta.[1] Realiza-se em: Real (terceiro Domingo antes da Páscoa), Celeirós (segundo Domingo antes da Páscoa), Cabreiros (terceiro Domingo de Quaresma) e Braga (Domingo de Ramos).
  • Procissão do Corpo de Deus — A primeira "manifestação" pública, é uma forma de afirmarem publicamente a sua crença no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, isto é, que o pão e vinho se transubstancian efectivamente no Corpo e Sangue de Cristo. É, por isso, uma procissão diferente das restantes: aqui não há quadros explicativos da história religiosa, apenas a expressão do culto ao Santíssimo Sacramento, transportado pelo Arcebispo. Foi nesta procissão em Braga que, em 1923, pela primeira vez se mostraram ao público os Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas, pelo que é tradicional que nesta procissão os Escuteiros apenas constituam corpo participativo, ao invés de apenas contribuírem para a sua organização como na Semana Santa.
  • Braga Romana  
    Guarda prétoriana de patrulha na Braga Romana
    Nestas festividades, inventadas já no século XXI, que decorrem anualmente no início do mês de Junho, são recriados alguns aspetos da vida no tempo da República Romana, com representações e simulações variadas.
  • Peregrinações ao Sameiro — Realizam-se no primeiro Domingo de Junho, último Domingo de Agosto e 8 de Dezembro.
  • Festa em Honra do Divino Espírito Santo - Uma das festas mais antigas da cidade de Braga, realizada na freguesia de Nogueira.
  • Peregrinação à Sra. da Cabeça  Mire de Tibães (segundo Domingo de Julho)
  • Romaria de Santa Marta — Realiza-se nos Montes da Falperra e Santa Marta, dia vinte e nove de Julho.
  • As festas e eventos culturais são uma constante quase semanal por toda a região e Braga não escapa a isso, com o barulho de sinos, foguetes e música a sinalizar a festa mais próxima.


Música

Ao longo dos séculos a música em Braga foi profundamente marcada pela música popular, folclore e música religiosa ou Sacra. Em 1961, a instalação do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian abre os horizontes musicais da cidade. Nas décadas seguintes assiste-se a uma expansão musical, que continua a crescer nos nossos dias com o surgimento da Licenciatura em Música na Universidade do Minho. Na cidade existem ainda várias instituições de referência nomeadamente a Orquestra Câmara do Minho, Orquestra Câmara de Braga, a Orquestra Filarmónica de Braga, o Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, o Orfeão de Braga, o Coro da Sé de Braga, o Coro de Pais do Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, o Coro Gregoriano de Braga, a Banda de Musical de S. Miguel de Cabreiros, o Coro Académico da Universidade do Minho, a escola de música Conservatório Bomfim, cerca de 23 ranchos folclóricos, entre outros.

Braga, tem-se também afirmado no panorama da música moderna portuguesa com o surgimento desde os anos 1980 de várias bandas de referência. Como incentivo a este tipo de música, a Câmara Municipal de Braga criou no estádio 1.º de Maio várias salas de ensaio. Simultâneamente existem também inúmeros concursos musicais dos quais se destaca por exemplo o "Concurso de Bandas Amadoras" do Braga Parque.

Património imóvel

No município de Braga existem 15 imóveis classificados como Monumentos Nacionais, 33 como Edifícios de interesse público e 20 em vias de classificação.

Arco da Porta Nova

Arqueologia

Arquitectura religiosa

Ver artigo principal: Igrejas de Braga
Interior do Santuário de Nossa Senhora do Sameiro

A cidade de Braga, por ser uma das cidades cristãs mais antigas do mundo, possui um vasto património religioso. As igrejas abundam no seu centro Histórico à semelhança de Roma. Do seu património evidencia-se o Santuário do Sameiro e, pela antiguidade, a Basílica de São Martinho de Dume (ver arqueologia), datada do século VI e a Capela de São Frutuoso do período Visigótico, classificada como Monumento Nacional. No entanto, foi no século XI que se construiu o ex-libris da cidade, a Sé Catedral de Braga. A Sé está estritamente ligada a Braga e faz parte da sua História, reúne uma grande diversidade de estilos arquitectónicos, o estilo românico (estilo inicial), o estilo gótico (capela dos Reis), estilo manuelino (exterior da cabeceira da igreja principal), o estilo renascentista (Igreja da Misericórdia de Braga), o estilo Barroco (altares de algumas capelas e os órgãos e coro da Igreja principal), o Neoclássico (Claustro), entre outros de menor expressão. Outro conjunto urbano multi-arquitectónico de enorme valor é o Paço Episcopal Bracarense, palácio dos Arcebispos de Braga situado nas proximidades da Sé. Com arquitectura medieval, destaca-se ainda a Igreja de Santa Eulália, a Igreja de São Sebastião, a Igreja de São João do Souto e a Capela dos Coimbras.

Do estilo renascentista, a maior referência é a Igreja de São Paulo, de fachada alta e sóbria, terminada em frontão triangular, vazada por uma só porta em arco redondo, por duas janelas e um óculo. Ainda no mesmo período, o Arcebispo Diogo de Sousa altera a arquitectura da cidade, com a abertura de novos espaços urbanos e a construção de vários edifícios religiosos. Pelo facto de muitos desses edifícios só terem sido concluídos nos séculos seguintes, surgiram na sua arquitectura influências de outros estilos, como o barroco ou neoclássico, cujos trabalhos são em grande parte são da autoria de Carlos Amarante e de André Soares. Da autoria do Arquitecto e Engenheiro Carlos Amarante são o Convento do Pópulo, a Igreja de São Vicente, repleta de elementos do barroco, e a Igreja de São Marcos onde se destacam as estátuas dos apóstolos. O arquitecto André Soares projectou o magnífico Convento dos Congregados, "a obra mais emocionada" palavras do especialista Robert Smith, e a Igreja de Santa Maria Madalena de estilo rocaille.

Interior da igreja do Mosteiro de Tibães ornamentada com talha de José de Santo António Vilaça

Já o Santuário do Bom Jesus do Monte, uma das referências do barroco europeu e Património Cultural Mundial da Unesco, é da autoria destes dois grandes arquitectos bracarenses. Desta época datam também a actual igreja do Mosteiro de Tibães, casa mãe da Congregação Beniditina para Portugal e Brasil, e a Igreja da Santa Cruz em estilo barroco maneirista. Das obras do século XIX, sobressai a Basílica do Sameiro, templo central do trio dos Sacro-Montes (Bom Jesus-Sameiro-Falperra), de estilo neoclássico que possui no seu interior um altar-mor em granito branco polido, e o sacrário em prata.

Dos grandes artistas bracarenses de arte religiosa, destaca-se José de Santo António Vilaça, grande mestre da talha dourada. A sua obra é marcada por traços pessoais e decorada a ouro. Grande parte dos ornamentos em talha que se encontram nas igrejas bracarenses são da sua autoria. Dada a importância da sua obra, certas figuras ligadas à arte defendem a candidatura da sua obra a património da humanidade. E Marceliano de Araújo que trabalhou tanto a madeira como a pedra (Fonte do Pelicano), sendo conhecido pelo seu trabalho em talha dourada da Igreja da Penha, famosa também pelos seus azulejos do século XVIII da autoria de Policarpo de Oliveira Bernardes.

Em termos de cruzeiros, o mais imponente é o Cruzeiro de Tibães, de estilo renascentista erudito, possui também traços típicos dos restantes cruzeiros bracarenses e está classificado como Monumento Nacional desde 1910. Além destes, refere-se ainda pela monumentalidade, o Cruzeiro do Campo das Hortas e o Cruzeiro de Sant'Ana, também classificados como Monumento Nacional.

Vista panorâmica do Santuário do Bom Jesus do Monte

Arquitectura civil

Palácio do Raio
Largo do Paço
Datada da Alta Idade Média, a Ponte do Porto que nos chega aos nossos dias sofreu várias reconstruções, devido às cheias do rio Cávado. É visível na parte mais sensível às cheias a reconstrução em estilo gótico da Baixa Idade Média (última reconstrução)

Arquitectura militar

Castelo da D. Chica. O imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação

O Castelo de Braga e as muralhas medievais, são as maiores expressões arquitectónicas militares da cidade. A Torre de menagem do antigo Castelo de Braga, que foi ingloriamente demolido em 1906, é o principal remanescente desta construção erguida sob o reinado de D. Dinis. De planta quadrada, esta torre em estilo gótico, ergue-se a aproximadamente trinta metros de altura, dividida internamente em três pavimentos. No alto, uma janela geminada e matacães nos vértices. No topo uma coroa de ameias. Na torre e no alçado oeste, as pedras-de-armas de D. Dinis. Destaca-se ainda a enorme quantidade de símbolos inscritos nas faces das paredes internas e externas. Estes símbolos, segundo o povo medieval, protegeria a cidade de invasores. Da muralha medieval constituída por nove torres, subsistem ainda três torres, a Torre de Santiago, a Torre de São Sebastião e a Torre da Porta Nova.

O Castelo do Bom Jesus e o Castelo da D. Chica são edifícios apalaçados com alguma influência arquitectónica militar, de características eclécticas sobre um estilo romântico. O Castelo da D. Chica, projectado pelo arquitecto Ernesto Korrodi, é um exemplar inspirado nos castelos apalaçados bávaros.

Museu da Imagem

Espaços de cultura

Museus

Museu Pio XII

A cidade bimilenar de Braga, que atravessou épocas distintas, é detentora de um património rico e variado de tradições e costumes seculares, de artes antigas, marcadas profundamente pela presença do clero. Parte deste acervo está exposta nos museus, e é fruto de anos investigação e preservação.

O Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa e o Museu Pio XII possuem uma enorme colecção arqueológica. As colecções, na grande maioria, são provenientes de escavações realizadas em Braga, de acordo com critérios científicos actuais. No Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa destaca-se a colecção de "miliários", considerada a melhor de toda a Europa. Existem também núcleos museológicos (com o objectivo de expor ruínas arqueológicas), entre os quais o Núcleo Museológico de Lamas, a Fonte do Ídolo ou as Termas romanas de Maximinos são exemplo disso (ver secção de Arqueologia).

Os museus Museu Pio XII, Tesouro-Museu da Sé Catedral e Museu do Mosteiro de Tibães são museus mistos. Estes museus de origem religiosa expõem de uma maneira geral o património religioso, arqueológico, histórico, cultural, e artístico da região.

O Palácio dos Biscaínhos convertido em museu, é um espaço onde se pode apreciar o quotidiano da nobreza setecentista.

As artes, ao longo das últimas décadas, foram o tema principal para abertura de novos museus na cidade. O Museu Nogueira da Silva, gerido pela Universidade do Minho, detém variadas colecções de arte. O Museu Medina expõe a maior colecção de obras, mais de uma centena, de Henrique Medina. O Museu dos Cordofones está ligado à arte dos cordofones. Na área da fotografia, o Museu da Imagem reúne uma vasto espólio herdado das antigas casas fotográficas da cidade sobre Braga e tem exposições regulares de fotógrafos conceituados. O Theatro Circo, reconstruído recentemente, possui também uma zona museológica.

A cidade de Braga possui um património de valor incalculável, mas só parte deste se encontra nos seus museus. Durante o século XX, com a extinção de vários conventos, casas senhoriais, entre outros por parte do governo da época, deu-se a deslocalização deste espólio bracarense para vários museus de Lisboa. Segundo o governo de então: "Braga não tinha condições para acolher e preservar este legado, mas se num futuro as possuísse, este seria devolvido à cidade". Actualmente a cidade já possui equipamentos para o seu acolhimento e é unânime entre os bracarenses que o mesmo deverá retornar a Braga.

Salas de espectáculos

Theatro Circo

O Theatro Circo, inaugurado em 1911, é a mais prestigiada sala de espectáculos bracarense. A sala principal do Theatro Circo, de estilo italiano, possui mil lugares e um dos melhores sistemas de som da Europa.[37] O Espaço Alternativo, teatro da Portugal Telecom, e o Teatro de bolso do TUM (Teatro da Universidade do Minho) são também salas de espectáculos ligadas ao teatro.

Ao longo das últimas décadas, face ao crescimento de cidade, foram construídos vários auditórios. Estes teatros multiusos modernos têm um grande impacto na sociedade bracarense, não só como espaços culturais, mas também como espaços aptos para a realização de conferências, congressos, palestras e apresentações. Dos grandes auditórios bracarenses, destaca-se o Grande Auditório do PEB (Parque de Exposições de Braga) com 1200 lugares, o Auditório de Estádio Municipal de Braga e o Auditório A1 da Universidade do Minho. Existem também outros auditórios na cidade, que embora de menor dimensão têm grande actividade ao nível cultural, destes destaca-se o auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, o Auditório Municipal Galécia, o Auditório Instituto Português da Juventude, o Auditório Adelina Caravana do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, o Auditório do Museu D. Diogo de Sousa e os vários auditórios da Universidade do Minho e da Universidade Católica.

O cinema São Geraldo, inaugurado em 1 de junho de 1950, uma das primeiras salas do país, com vocação exclusiva para a projeção de filmes, foi ao longo de décadas a sala de cinema dos bracarenses. Esta mítica sala está fechada. O antigo cinema vai ser requalificado. As obras devem começar em Abril de 2016 e o espaço vai passar a contar com um mercado urbano, um hotel e uma zona que poderá acolher os serviços da Junta de Freguesia de São Lázaro.

Hoje em dia, os espaços a funcionar na cidade são os cinemas Cinemax com sete salas de projecção e os cinemas Lusomundo com nove. Existe também o cinema GoldCenter, mas possui apenas uma sala.


Espaços urbanos

Largos, jardins e praças

Bom Jesus: jardim envolvente da gruta

Estátuas e monumentos comemorativos

Ver também Lista de estátuas de Braga

Francisco Sanches
  • Conde de Agrolongo — Busto na Praça Conde de Agrolongo (Campo da Vinha)
  • D. João Peculiar  Estátua no Lago de São Paulo
  • Domingos Pereira — Busto no Largo de Infias.
  • Francisco Sanches — Estátua do escultor Salvador Barata Feyo, inaugurada em Março de 1955, no Largo São João do Souto.
  • Santos da Cunha — Estátua na Praça do Condestável.
  • Irmãos Roby — Monumento Comemorativo em granito da autoria do escultor Zeferino Couto (com a forma do mapa de África) com altos relevos em bronze dos dois irmãos, na Avenida Central, inaugurado no dia 3 de Julho de 1955.
  • João Penha — Monumento Comemorativo com busto, no Largo João Penha (Largo do Rechicho).
  • Marchal Gomes da Costa — Estátua do escultor Salvador Barata Feyo, inaugurada em 28 de Maio de 1966, na Praça Conde de Agrolongo (Campo da Vinha).
  • Papa Pio XII — Estátua no Largo da Senhora-a-Branca. Inaugurada em 15 de Maio de 1957. Escultura de Raul Xavier.
  • D. Pedro V — Estátua da Praça de Mouzinho de Albuquerque (Campo Novo) da autoria do escultor Teixeira Lopes, pai.
  • Monumento evocativo à Santidade Papa João Paulo II — Situado na avenida Central, assinala a vinda do Papa a Braga em 1982. É constituído por três elementos: uma placa circular, um muro que significa a linha do olhar, e a cripta constituída por três pirâmides que significa os três sacro-montes de Braga (Bom Jesus, Sameiro e Falperra).
  • Monumento evocativo ao 25 de Abril — Celebra a liberdade e democracia. Situa-se na entrada do Parque da Ponte.
  • Monumento bimilenário de Braga — Comemoração dos dois mil anos da cidade de Braga.
  • Monumento a Santa Maria de Braga — Situa-se na avenida Porfírio da Silva, o monumento é constituído pela imagem embutida numa espécie de capela, e os brasões dos concelhos da Arquidiocese de Braga.
  • Monumento aos Arcebispos de Braga — Localiza-se no Rossio da Sé.
  • Monumento evocativo à Força Aérea Portuguesa — Monumento oferecido pela Força Aérea Portuguesa à cidade de Braga, nas comemorações dos 54 anos da instituição realizadas em Braga (2006). O monumento foi concebido sobre o lema "O querer voar", e simbolicamente "águia institucional e os três eixos fundamentais da vida: céu, mar e terra". Localiza-se na avenida General Carrilho da Silva Pinto, o General Carrilho da Silva Pinto foi um militar bracarense de grande honra na Força Aérea Portuguesa.
  • Monumento evocativo das seis vias romanas que saíam da Bracara Augusta - Localizado na praça de Santiago, junto ao Museu Pio XII. Inaugurado em 30 de Maio de 2008. O monumento é uma réplica de um marco miliário, em aço corten, produzida pelo arquitecto Pedro Nogueira.

Transportes

Vista do Elevador do Bom Jesus

Braga no tempo dos romanos era conhecida por ser a cidade com mais estradas na Península. Nessa época possuía uma via com características de auto-estrada, a Geira, projectada para ser um percurso rápido e sem grandes desníveis, tinha várias portagens ao longo do trajecto, albergues e troca de cavalos (verdadeiras estações de serviço).[38] Muitos séculos mais tarde, a cidade volta a estar na vanguarda com a inauguração em 1875, pelo Rei D. Luís, da linha e estação dos caminhos de ferro de Braga. Sete anos depois, em 25 de Março de 1882, é inaugurado também o Elevador do Bom Jesus que juntamente com uma linha de um pequeno comboio a vapor ligava o elevador à avenida Central na cidade. Nessa época foi também introduzido o Carro Americano. Mais tarde, em 5 de Outubro de 1914, tanto a linha do pequeno comboio a vapor como o Carro Americano foram substituídos pelos Elétricos de Braga.

[Esconder]Ramal de Braga
Unknown route-map component "CONTfq"Unknown route-map component "vABZq+rxl"Unknown route-map component "CONTgq"
Linha do Minho
Unknown route-map component "vBHF-exBHF"
0,0Nine
Unknown route-map component "xSPLe"
C.ª Nine(desactivada)
Stop on track
3,4Couto de Cambeses
Underbridge
3,6
Transverse waterUnknown route-map component "hKRZWae"Transverse water
4,6Ribeira de Cunha
Underbridge
4,9
Station on track
5,5Arentim
Stop on track
6,8Ruilhe
Station on track
8,5Tadim
Underbridge
8,8EN103-2
Unknown route-map component "STR+l"Unknown route-map component "ABZgr"
8,9
Unknown route-map component "SKRZ-Au"Unknown route-map component "SKRZ-Au"Unknown route-map component "RMq"
9,5A3
Non-passenger end stationStraight track
9,8Terminal de mercadorias Aveleda/Tadim
Underbridge
10,2
Stop on track
10,4Aveleda
Stop on track
11,5Mazagão
Underbridge
11,8Ponte da Misericórdia
Unknown route-map component "RMq"Unknown route-map component "SKRZ-Au"Unknown route-map component "RMq"
12,8Circular de Braga / A11
Stop on track
13,3Ferreiros
Underbridge
13,5antiga EN103
Underbridge
14,2Ponte dos Falcões - EN103
Unknown route-map component "KXBHFe-L"Unknown route-map component "uexKXBHFa-R"
15,0Braga
Unused urban continuation forward
Linha 1 do Eléctrico (desactivada)

Hoje a nível rodoviário a cidade possui um conjunto de largas avenidas que diluem o trânsito nas várias direcções, é de salientar a Rodovia (Praça do Condestável, avenida da Imaculada Conceição, avenida João XXI, avenida João Paulo II) que atravessa a cidade de Oeste para Este. Braga possui também uma circular importante que distribui o trânsito citadino. A circular conecta importantes vias: a via-rápida de Prado (variante à EN101) liga as populações a norte, Prado e Vila Verde, a variante do Fojo liga a zona Este e posteriormente pela EN103 à Póvoa de Lanhoso e a Vieira do Minho, a sul conecta a variante à EN14 que liga à A11 para Guimarães (e posteriormente todo o vale do Ave, vale do Sousa e Terras de Basto) e à A3 para Vila Nova de Famalicão e Porto, a Oeste liga a A11 para Barcelos e Apúlia (Esposende) e à A3 para Valença e Galiza. Está igualmente projectada a variante do Cávado que ligará as populações do Noroeste e Amares, e a variante de Gualtar que ligará o novo hospital da cidade à zona Este e Póvoa de Lanhoso. Diariamente circulam milhares de automóveis na circular urbana e variantes de acesso à cidade, o que resulta em alguns congestionamentos principalmente nas horas de ponta.

Na área dos transportes em massa, o município é servido pelos transportes públicos TUB. A TUB possui uma frota de 116 viaturas, de cor azul e branca. A rede cobre todo o município com 1553 paragens, e 277,6 km em 76 linhas onde anualmente se percorre 5.089 milhões de quilómetros com 22.556 milhões de passageiros.[39] Está previsto a curto prazo o alargamento desta rede aos municípios vizinhos de Vila Verde e Amares.[40] Braga possui também uma central de camionagem junto à circular urbana, onde existem ligações regionais diárias para todo Minho, ocidente de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Douro Litoral. Na central podem também ser encontradas ligações diárias pela rede Expresso e Renex para todo país e semanais para a Europa.

A nível de transportes aéreos possui um aeródromo,[41] constituído por um heliporto e uma pista (950x25 metros) utilizada por aviões com capacidade máxima de 25 passageiros. Os aeroportos internacionais mais próximos são: Aeroporto Francisco Sá Carneiro (50 km), Aeroporto da Portela (350 km), e na vizinha Galiza o Aeroporto de Vigo (125 km)

Os dois grandes portos marítimos nas proximidades são o Porto de Viana (50 km) e o Porto de Leixões (50 km).

Em termos de transportes ferroviários existem três estações de passageiros, a estação principal com seis linhas em Maximinos, a estação de Tadim e a estação de Arentim, ambas de linha dupla; e um Terminal de Mercadorias em Aveleda.[42] As estações de passageiros fornecem ligações entre si e até ao Porto em comboio urbano (eléctrico), para a restante linha do Minho é em comboio regional (diesel). A estação principal fornece ainda ligações diárias em Alfa Pendular[43] para várias cidades de Portugal. Está confirmado pela Rede Ferroviária de Alta Velocidade a instalação de uma estação do TGV na cidade,[44] que fará ligações directas ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e a Vigo na Galiza, ligando também às cidades do Porto e de Lisboa e à futura linha Lisboa-Madrid.

 AutoestradasDestinos
 A 3   IP 1   E-1  Porto -  A 7  Vila Nova de Famalicão - Braga -  A 27  Ponte de Lima - Valença -  Espanha
 A 11   IC 14   A 28  Apúlia (Esposende) - Barcelos - Braga
 A 11   IP 9  Braga -  A 7  Guimarães -  A 42  Lousada -  A 4  Penafiel
 CSB Celeirós - Nogueira
 Via rápidasDestinos
 EN 101 São Vicente - Vila de Prado
Estradas NacionaisDestinos
 EN 14 Porto - Vila Nova de Famalicão - Braga
 EN 101 Valença - Monção - Arcos de Valdevez - Ponte da Barca - Vila Verde - Braga - Guimarães - Felgueiras - Amarante - Mesão Frio
 EN 103 Viana do Castelo - Barcelos - Braga - Póvoa do Lanhoso - Vieira do Minho - Montalegre - Boticas - Chaves - Vinhais - Bragança
 EN 201 Valença - Ponte de Lima - Vila de Prado - Braga

Economia

Edifício do Banco de Portugal do arquitecto Moura Coutinho

Braga é uma cidade extremamente dinâmica, com uma intensa actividade económica nas áreas do comércio e serviços, ensino e investigação, construção civil, informática e novas tecnologias, turismo e vários ramos da indústria e do artesanato.

A população economicamente activa em 2001 foi 51,9%, ou seja, 85 194 indivíduos. Distribuído nos seguintes sectores: 893 indivíduos no sector primário, 31 374 sector secundário, 47 031 sector terciário dos quais 24655 indivíduos estavam ligadas a actividades económicas.

O sector primário, tem vindo a diminuir gradualmente devido à expansão urbana. Hoje subsistem as viniculturas, floricultura, empresas ligadas à floresta e extracção de pedra, a agricultura tradicional é algo em vias de extinção, uma vez que se limita a ser uma actividade caseira e é mantida essencialmente por pessoas de idade avançada.

O sector secundário é bastante diversificado, mas é marcado por empresas ligadas à tecnologia, à indústria metalúrgica, à construção civil e à transformação de madeira. A indústria do software é a nova força industrial Bracarense, considerada por muitos a Silicon Valley Portuguesa. Este sucesso deve-se especialmente à Universidade do Minho, que desde 1976 forma profissionais nesta área. Também são importantes as indústrias ligadas à religião, Braga é um importante centro produtor de imagens de santos, paramentaria e sinos. Os sinos de Braga estão espalhados um pouco por todo o mundo, de todos esses locais destaca-se, por exemplo, a Catedral de Notre-Dame de Paris.

Existem vários parques industriais e centros empresariais na periferia da cidade, tais como Complexo Grundig/Blaupunkt, centro empresarial de Ferreiros, centro empresarial e parque industrial de Frossos, centro empresarial e parque industrial de Celeirós e parque industrial de Adaúfe. Com a construção em Braga do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) (ver Investigação & Tecnologia) e a implantação do Instituto de Desenvolvimento Empresarial do Atlântico, empreendimento da Ideia Atlântico, onde estão a instaladas várias dezenas empresas de base tecnológica, prevê-se um grande impulso no crescimento deste sector na economia bracarense.

Rua do Souto

O sector terciário é o sector económico mais forte, razão pela qual Braga é designada como a capital do comércio em Portugal. Do seu Centro Histórico foi retirado o trânsito e pode desfrutar-se da maior área pedonal do país, onde convivem lado a lado as esplanadas, os serviços, o comércio local e as lojas das grandes cadeias internacionais, formando todo este conjunto um centro comercial gigante ao ar livre. Na periferia da cidade existe uma enorme variedade de superfícies comerciais, que vão desde os comuns hipermercados e lojas, às mega-lojas de música e filmes, electrodomésticos, bricolage e construção, entre outros. Está também implantado em Celeirós o Mercado Abastecedor da Região de Braga(MARB).

População economicamente activa em 2001
CAE 0: sector primário

1 %

CAE 1 a 4: sector secundário

37 %

CAE 5 a 9: sector terciário

55 %

CAE 5 a 9: actividade económica

29 %

A Associação Comercial de Braga e Associação Industrial do Minho (AIM) sedeadas em Braga, são órgãos relevantes no apoio e desenvolvimento das empresas Bracarenses e empresas da região do Minho. Já o PME Portugal (Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Portugal) é uma associação, sedeada em Braga, de apoio às micro, pequenas e médias empresas, a nível nacional. O Parque de Exposições de Braga (PEB) com 45 000 m² oferece infra-estruturas para feiras, exposições e congressos a nível nacional e internacional.[carece de fontes]


Investigação & Tecnologia

A investigação e a tecnologia são áreas em franco desenvolvimento na cidade de Braga. Desde a criação da Universidade do Minho, instituição que se tem destacado pela sua juventude e inovação, a cidade de Braga passou de cidade conservadora, a cidade dinâmica, criativa e tecnologica. Tal facto obrigou à criação de grandes infraestruturas de suporte, nomeadamente redes de fibra óptica (Braga possui actualmente a mais extensa rede de fibra óptica do país [carece de fontes]) e parques tecnológicos. Estando em fase de implementação o projecto TechValley, que inclui a construção de um parque tecnológico de excelência para Braga, na região estão previstos ainda mais dois parques nas proximidades desta cidade, o Parque da Inovação e Conhecimento[45][46][47] (Vila Verde) a Norte, e o AvePark (Caldas das Taipas) a Sul, todos em parceria com a Universidade do Minho.

Do projecto TechValley, destaca-se ainda o Instituto de Desenvolvimento Empresarial do Atlântico, empreendimento da Ideia Atlântico, localizado na Variante do Fojo, que contem várias valências, entre elas um Centro de Incubação, um Centro de Negócios, uma infra-estrutura de Escritório Virtual e um espaço onde estão alojadas várias dezenas de empresas de Base Tecnológica[carece de fontes]. A Agência Portuguesa de Investimento classificou-o como Projecto de Interesse Nacional (PIN), o primeiro da região[carece de fontes].

As instituições de ensino universitário bracarenses são grandes estruturas de investigação. A Universidade do Minho possui vários centros, núcleos e institutos de investigação nas áreas de Informática, Ciências da Saúde, Biomédica, Biologia, Física, Química, Matemática, Engenharia, Arqueologia e nas ciências socioculturais em áreas como Direito, Estudos da Criança, entre outros. A Universidade Católica Portuguesa possui também, nos seus campi, várias Unidades de Investigação na área das ciências socioculturais.

A cidade de Braga é considerada por muitos como a Silicon Valley Portuguesa[48] devido às inúmeras empresas ligadas ao software, algumas delas de grande renome como a Primavera Software (empresa portuguesa líder na produção de software em Portugal[49] e entre as 500 empresas europeias com maior potencial de crescimento[50][51]), Mobicomp (empresa portuguesa líder no desenvolvimento de soluções de negócio assentes em tecnologias de computação e comunicações móveis[52]) ou a Edigma (empresa portuguesa líder na gestão de projectos digitais e interactividade[53]). Existem também grandes centros tecnológicos e de investigação noutras áreas, a BOSCH CM Portugal, que é a maior fábrica de produção de auto-rádios, sistemas de navegação e derivados da Europa, está nas dez maiores empresas exportadoras nacionais, é também um grande centro de investigação e desenvolvimento de engenharia electrónica. Esta unidade da BOSCH CM desenvolve todos os seus produtos desde o protótipo até ao produto final, ou seja desde do layout da placa de circuito impresso (PCB) até ao design do produto. A Cachapuz, do Grupo Bilanciai, é também uma empresa de excelência em termos de desenvolvimento e inovação. O Grupo Bilanciai é o maior grupo mundial de balanças e sistemas de pesagens. O maior grupo português de alumínios,[53] o Grupo Navarra, em homenagem à freguesia que viu crescer a empresa, é um importante grupo que aposta na investigação e no progresso tecnológico no seu sector. Estas empresas, como muitas outras, são o motor da tecnologia e investigação privada na cidade de Braga.

O mais recente investimento na área da investigação em Braga é o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), também conhecido por Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento. A implantação deste mega instituto deveu-se às características singulares da cidade, atrás referidas, e é o resultado de um acordo de cooperação entre os governos português e espanhol na área de investigação e tecnologia[carece de fontes]. Com um investimento anual de 30 milhões de euros, esta estrutura irá dedicar-se à investigação na área das nanotecnologias e possuirá várias oficinas, laboratórios, uma biblioteca, auditórios e um espaço para instalar visitantes de curta duração[carece de fontes]. Será também dotado com um centro de ciência viva para que seja mostrado à população o trabalho que lá será desenvolvido[carece de fontes].

Educação

Nível de escolaridade da população

A média do nível de ensino na cidade de Braga é superior ao nível nacional. Em 2001 44% da população tinha pelo menos o nono ano (escolaridade mínima obrigatória). Com o nível de ensino superior existiam 23 660 indivíduos (14%), com uma superioridade feminina. A percentagem com menos do nono de escolaridade era de 64%, é de relembrar que 19% da população tinha menos de catorze anos. O analfabetismo em 2001 foi de 5% (8 286 indivíduos), menos 1,9% que em 1991. O analfabetismo Bracarense é maioritariamente feminino, 6007 indivíduos.

Ao nível superior, a cidade possui duas grandes universidades:

  • Universidade Católica Portuguesa — Esta universidade nasceu em Braga em 1967 e foi a primeira Escola Superior não estatal a conferir graus Académicos de licenciatura e doutoramento em Portugal. Braga foi também a sede da primeira escola particular do território que havia de ser Portugal. Já em 1072, segundo Avelino de Jesus da Costa, havia um mestre-escola para ensinar os alunos que quisessem acorrer à Escola do Cabido que funcionava junto da Sé de Braga. É nesta tradição que se coloca a mais prestigiada instituição privada de ensino superior em Portugal.[carece de fontes]
Seminário Arquidiocesano
  • Universidade do Minho — Foi fundada em Braga em 1973 e iniciou a sua actividade académica em 1975/76. É uma das então denominadas "Novas Universidades", que mudaram profundamente o cenário do ensino superior Português. Esta instituição, tem-se distinguido ao longo da sua História também pela singularidade das suas tradições académicas. Os estudantes desta universidade envergam um Traje Académico próprio, designado por "tricórnio" (nome que vem do chapéu que lhe pertence). De origem seiscentista, este traje encontra-se retratado em painéis de azulejos sobre a vida estudantil bracarense, no edifício que alberga actualmente a reitoria da UM, no Largo do Paço em Braga. O privilégio do seu uso foi concedido na época pelo Rei, aos estudantes do extinto colégio S. Paulo de Braga. Estas vestes são compostas por sapatos pretos lisos, meias pretas, bermudas, camisa, casaco, capa e chapéu tricórnio.
  • Escola Superior de Desporto de Braga — Aprovada dia 24 de Setembro de 2010 em Conselho de Ministros, a Escola Superior de Desporto de Braga era uma instituição privada, de "interesse público",[54] que iria funcionar no Parque Municipal de Exposições e Desportos de Braga e utilizará vários equipamentos municipais, designadamente o Estádio 1.º de Maio, a Pista Coberta de Atletismo, o Complexo de Piscinas, e o Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, entre outros.[55] A Declaração de interesse público aprovada pelo Conselho de Ministros não foi confirmada pelo Ministério do Ensino Superior, pelo que a escola não ai abrir.[56]

A cidade possuiu uma longa tradição na formação de pilotos de aeronaves. O Aero Club de Braga, desde a sua fundação em 1935, forma pilotos de aeronaves e pára-quedistas.[57] É uma instituição com uma longa história e com grande contributo para a aviação em Portugal. Em 2012 é criada a Aeronautical Sciences Academy da Universidade do Minho (UMASA), uma academia de ensino superior, com reconhecimento internacional, que tem como objectivo a formação, investigação e desenvolvimento nas ciências aeronáuticas.[58]

Ao nível do ensino básico, secundário e profissional destacam-se também várias instituições de prestígio:

A Academia Bracarense é uma reputada escola de moda a nível nacional. A academia participa em várias feiras, campeonatos, salões de moda internacional, como o Salon Prêt a Porter de Paris (a maior e mais conceituada feira mundial de moda) ou o Mondial Coiffure Beauté de Paris (maior campeonato mundial de cabeleireiros e estética).

O Liceu Nacional Sá de Miranda, que marcou o ensino secundário no século XX, designado hoje em dia como Escola Secundária Sá de Miranda, foi durante grande parte da década de noventa a maior escola do país, com mais de seis mil alunos. A cidade tem no total sete escolas secundárias públicas e algumas escolas privadas.

Existem também várias Escolas Profissionais tuteladas pelo Ministério da Educação, a EsproMinho-Escola Profissional do Minho, a Escola Profissional Profitecla, a Escola Profissional Europeia e a Escola Profissional de Braga.

Ao nível de equipamentos tutelados pelo IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) destaca-se o Centro de Formação Profissional de Braga, mais conhecido por Mazagão.

Ao nível de equipamentos de ensino básico o município está também estrategicamente bem equipado. Conta com treze escolas EB 2,3, noventa e uma escolas do primeiro ciclo e sessenta e três estabelecimentos de ensino pré-escolar.

Em termos de ensino privado, as escolas mais conhecidas são o Colégio João Paulo II, Externato Infante D. Henrique, o Colégio Dom Diogo de Sousa, o Colégio Luso-Internacional de Braga - CLIB e o Externato Paulo VI.

O Município de Braga tem também à disposição da população os seguintes equipamentos educativos:

  • Escola de Educação Rodoviária — A Escola Rodoviária de Braga foi criada com o objectivo de sensibilizar os mais jovens para os perigos da sinistralidade, nas vertentes preventiva e formativa.
  • Quinta Pedagógica de Braga — A Quinta Pedagógica de Braga é uma antiga quinta tradicional minhota, com cerca de dois hectares e meio, que foi reestruturada com o objectivo de reforçar a educação ambiental e o consequente contacto do Homem com a natureza. Esta estrutura tem equipamentos nas áreas da pecuária, agrícola tradicional e vitivínicola. Possui também um bosque, um parque de merendas, uma área de confecção alimentar e um laboratório de experiências ambientais.

Política

Eleições autárquicas[59]

Data%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%VParticipação
PSCDS-PPPPD/PSDFEPU/APU/CDUPCTP/

MRPP

GDUPPPMPCP (m-l)UDP/BEADPRDPSRPSD-CDSPHMPTINDNCCHILPANLA
197630,76327,51319,60210,7911,86-2,14-1,00-0,52-
75,22 / 100,00
197949,31520,66215,9619,2811,00-0,86-
83,38 / 100,00
198252,335ADAD10,2310,99-AD0,72-32,053
79,29 / 100,00
198545,01437,0449,9910,56-0,73-3,80-
74,60 / 100,00
198954,2075,47-29,1446,69-0,56-1,04-
72,10 / 100,00
199350,1876,01-28,56311,6010,93-
70,54 / 100,00
199750,3167,63127,3139,1410,96-0,81-
65,56 / 100,00
200147,726ADAD8,8011,26-AD3,03-35,254BE
64,59 / 100,00
200544,506PPD/PSDCDS-PP7,06-1,01-4,37-38,8650,50-
67,90 / 100,00
200944,716ADAD6,34-AD4,02-41,9950,72-
65,27 / 100,00
201332,8348,7611,36-46,7165,32-
59,89 / 100,00
201727,9339,6114,84-52,0571,17-
57,63 / 100,00
202130,6946,7214,20-42,8964,66-2,92-2,74-0,61-AD
56,94 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
PSCDSPSDPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNBEPANPàFLCHIL
197637,5126,7319,406,131,47
197933,03ADADAPU1,1644,7814,76
1980FRS0,7346,9912,8433,14
198342,6016,4920,630,4614,25
198521,6712,2626,370,7913,5919,96
198727,764,9547,34CDU1,109,604,25
199134,094,6147,707,840,501,08
199545,5810,3432,700,507,440,31
199944,579,0431,628,440,472,33
200239,988,7338,806,432,87
200545,518,1027,936,986,59
200939,149,0028,966,7110,57
201129,8511,2437,207,325,990,76
201531,05PàFPàF7,4810,480,9640,480,75
201934,213,6231,085,7811,173,241,010,901,18
202240,131,631,683,845,081,71,235,735,86

Bracarenses ilustres

Frontispício da Opera Medica de Francisco Sanches

Nascidos em Braga

Não nascidos em Braga, mas com relevo na cidade de Braga

Desporto

Entrada da Maratona do Estádio 1.º de Maio

Alguns dos principais clubes desportivos de Braga são o Sporting Clube de Braga, o Hóquei Clube de Braga e o Académico Basket Clube. Internacionalmente, Braga é conhecido pela equipa de futebol do Sporting de Braga, devido às constantes participações da equipa nas competições europeias. Para além deste, Braga tem também outros clubes de futebol, mas de menor dimensão. A seleção amadora de futebol de Braga conquistou em 2011 a Taça das Regiões da UEFA, juntando-se assim à Taça Intertoto de 2007 conquistada pelo Sporting de Braga no conjunto dos títulos internacionais conquistados pelas equipas de futebol do município. A cidade também possui a Associação de Futebol de Braga.

Para além do futebol, Braga tem equipas e associações de outras modalidades como o hóquei, basquetebol, andebol, atletismo, entre outros.

Espaços de lazer

Estádio Municipal de Braga — Arqº Souto Moura / Eng.º Rui Furtado
Parque Natural do Bom Jesus: lago grande

Fotografias e vistas panorâmicas

Braga no vale do rio Este.
Braga do Monte do Picoto.

Ver também

Bibliografia

  • Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798
  • Silva, Libório Manuel (2016). Sé de Braga – Nove Séculos de História / Braga Cathedral – Nine Centuries of History. V. N. Famalicão: Centro Atlântico. ISBN 9789896152017
  • Silva, Libório Manuel (2015). Azulejo em/in Braga – O Largo Tempo do Barroco / The Baroque Period. V. N. Famalicão: Centro Atlântico. ISBN 9789896152116
  • Oliveira; Silva, Eduardo Pires de; Libório Manuel (2014). Braga de/by André Soares. V. N. Famalicão: Centro Atlântico. ISBN 9789896151942
  • Morais, Rui Manuel Lopes de Sousa (2004). Autarcia e Comércio em Bracara Augusta no período Alto-Imperial (PDF). [S.l.: s.n.]

Referências

  1.  «Resultados preliminares». Informação no separador "Municípios". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 1 de setembro de 2021
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