HISTÓRIA DO CONJUNTO CARMELA DUTRA DE CURITIBA
Foto de Domingos Foggiato, de 1948
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Em 1946, foram vendidos 120 lotes da Prefeitura, no bairro Santa Quitéria, à Caixa Econômica Federal, para construção de casas populares.
Mader, prefeito municipal de Curitiba, facilitou a negociação daquela área de terras à Caixa Econômica Federal, assim como se comprometeu a pavimentar as vias de acesso ao citado bairro. Na imprensa essa parceria foi anunciada como uma importante realização na área de habitação de interesse social. “A Prefeitura de Curitiba enfrenta o problema da casa própria. Uma grande Vila Operária em Santa Quitéria com a colaboração da Caixa Econômica” (DIÁRIO DO PARANÁ, 15/06/1946).
O conjunto habitacional possuía 120 casas com quatro tipos diferentes de plantas, variando entre 50 m2 e 72 m2, e 14 tipos diferentes de fachadas. As casas eram de alvenaria com divisões internas de madeira, contando com sala, cozinha, banheiro, e dois ou três quartos.
As obras foram realizadas pelas empresas Gutierrez, Paula e Munhoz, Barbosa e Giglio e Iwersen, Pierre e Loyola, com início em 1947 e conclusão em 1948. A inauguração contou com a presença do presidente Eurico Gaspar Dutra, e em homenagem à sua esposa, o conjunto habitacional recebeu o nome de Carmela Dutra.
Na ocasião, a vila operária de Santa Quitéria foi a "maior obra construída pelas Caixas Econômicas em todo território nacional. Daí a importância de que se reveste a inauguração, que contará com a presença do Presidente da República”, registrou assim o jornal O Dia, de 09/12/1948.
(Foto: Curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani