quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A FAMÍLIA PRADO Foi progenitor desta família na capitania de São Vicente e São Paulo João do Prado, natural da praça de Olivença da província do Alentejo de Portugal e atual território espanhol, de nobreza aí muito conhecida, que veio nos princípios da povoação de São Vicente com muitos outros nobres povoadores na companhia do donatário Martim Affonso de Sousa pelos anos de 1531.

 A FAMÍLIA PRADO

Foi progenitor desta família na capitania de São Vicente e São Paulo João do Prado, natural da praça de Olivença da província do Alentejo de Portugal e atual território espanhol, de nobreza aí muito conhecida, que veio nos princípios da povoação de São Vicente com muitos outros nobres povoadores na companhia do donatário Martim Affonso de Sousa pelos anos de 1531.

Pode ser arte de 1 pessoa
Pode ser uma imagem de mapa e texto que diz "FAMÍLIA PRADO INCIDÊNCIA POR SUB-REGIՖES DO BRASIL, URUGUAI E PARAGUAI. FONTE: FOREBEARS.IO"
Casou-se nessa vila com Filippa Vicente filha de Pedro Vicente e de Maria de Faria naturais de Portugal, que foram também dos primeiros povoadores e que em 1554 eram lavradores de grandes canaviais e tinham parte no engenho de açúcar de São Jorge dos Erasmos. João do Prado, sendo um dos primeiros bandeirantes, fez entradas no sertão onde conquistou muitos índios e com eles se estabeleceu em São Paulo onde serviu os cargos do governo, inclusive o de juiz ordinário em 1588 e 1592. Depois de fazer seu testamento, em 1594 resolveu-se a fazer nova entrada ao sertão para aumentar o numero de índios a seu serviço e efetivamente o fez, vindo a falecer em 1597 no arraial do capitão-mor João Pereira de Sousa Botafogo, e sua mulher faleceu em 1627 em São Paulo. João do Prado e sua mulher tivera mais de 11 filhos.
Sua filha, Izabel do Prado natural de São Vicente, casou-se com Paschoal Leite Furtado, natural da ilha de Santa Maria dos Açores, filho de Gonçalo Martins Leite e de Maria da Silva. Veio a São Vicente em serviço da coroa em 1599 com dom Francisco de Sousa. Foi neto paterno de Jorge Furtado de Sousa, fidalgo da casa real e de Catharina Nunes Velho. A nobre ascendência de Paschoal Leite Furtado consta do brasão de armas passado em 1707 pelo rei de armas aos padres Gaspar de Andrade Columbreiro, e Francisco de Andrade.
A Família Prado, de origem nobre, possui vasta descendência em grande parte do Brasil, e sua genealogia funde-se a outras famílias, sendo assim, grande parte descendentes também de João Ramalho, Bartira e Tibiriçá.
De sua descendência, houvera inúmeras pessoas importantes, dos mais pobres aos mais abastados: bandeirantes, tropeiros, boiadeiros, barões, industriais, políticos e outros.
Dos bandeirantes mais conhecidos, temos como exemplo:
-Domingos Rodrigues do Prado, alcunhado de "O Longo", foi um bandeirante paulista nascido em Taubaté, um dos primeiros descobridores de ouro em Minas Gerais. Foi ele uma das mais características figuras do paulista antigo, altivo, insubmisso e desassombrado, Domingoscasou com Leonor Bueno da Silva, filha do segundo Anhanguera.
Na busca das minas em sertões do São Francisco, partiu em bandeira com José dos Campos Bicudo e seu irmão Bernardo, entre outros cabos, seguindo um roteiro (seriam as minas de ouro de Paracatu, reveladas em 1744?) conhecido pelo velho que os guiava, mas morreu, picado de cobra, nas margens do rio Cajeru. A terra, ali revolvida pelos tatus, brilhava com folhetas de ouro; provas de excelente resultado entre os córregos do Cajuru e Veríssimo. Espalha-se a bandeira. Os irmãos Bicudo encontraram rico aluvião à flor da terra, grossas folhetas de ouro, daí que batizam o local de Batatal; acharam-se depois aluviões importantes no Morro do Descoberto, ribeiros do Brumado, São João, Guarda, São Joanico, etc. E a zona encheu-se de Paulistas, denominando-se Pitangui.
Neste arraial do Pitangui passou a dominar Domingos Rodrigues do Prado, em luta incessante com autoridades de Sabará a que se recusou submissão. Acabaria fugindo em 1719 para o sertão, reaparecendo nas descobertas de Goiás.
-Antônio do Prado da Cunha: paulista, foi um bandeirante, alferes e depois Capitão de uma das companhias que criou Fernão Dias Paes Leme em sua famosa bandeira de 1674 para o descobrimento das esmeraldas.
-Bartolomeu Bueno do Prado, Foi Bandeirante, Tropeiro e Capitão-Mor Ajudante das Minas do Jacuí, nasceu em São Paulo em data incerta e morreu em Minas, 1768, neto de Anhanguera, foi um dos mais temidos homens de Minas Gerais
Ainda adolescente, matou um Capitão português, no seu sítio em Catalão, Goiás, o qual, pousou em sua propriedade para descanso e reabastecimento da tropa, xingou o seu pai e injuriou os brasileiros. Pedro Taques de Almeida Paes Leme conta que, tendo feito assento em uma fazenda no sítulo além do rio Parnaíba (na estrada geral que ligava Goiás a São Paulo) esse capitão de infantaria Português com a sua companhia de 50 soldados infantes do presídio da vila de Santos, sendo ele arrogante por natureza e oposto por inclinação aos filhos do Brasil, descomediu-se nas palavras de tratamento com Domingos Rodrigues do Prado sobre não ter este as farinhas prontas para o fornecimento do pão à infantaria, não admitindo o motivo que Prado lhe deu na ocasião de que não tinha as tais farinhas prontas, mas que elas seriam feitas com toda a presteza, já que não tinha sido avisado de nada. O tal capitão português, tomado de um furor fanático, se alterou em vozes xingou o seu pai Domingos Rodrigues do Prado. Embora tenha inicialmente tolerado as primeiras injúrias, Domingos Rodrigues do Prado não suportou a arrogância do capitão, e a isso se seguiu uma troca de vozes alteradas. Então o filho de Domingos Rodrigues do Prado disparou uma arma de fogo e matou o capitão Português, o qual caiu morto em seguida.
Atualmente os Prado estão espalhados por todo o Brasil além da Paulistânia: São Paulo, Minas Gerais, todo o Centro-Oeste, Sul do Brasil, além de partes do Sul da Bahia, Rio de Janeiro, Uruguai e Paraguai.
Fonte para consulta:
-Genealogia Paulistana de Luiz Gonzaga da Silva Leme
-Nobiliarquia Paulistana, Histórica e Genealógica, de Pedro Taques de Almeida Paes Leme, séc. XVIII

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