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quinta-feira, 30 de junho de 2022

HISTORIANDO A LIVRARIA ECONÔMICA Foto da Livraria Econômica, de Curitiba, publicada no Almanach do Paraná, edição de 1901.

 HISTORIANDO A LIVRARIA ECONÔMICA
Foto da Livraria Econômica, de Curitiba, publicada no Almanach do Paraná, edição de 1901.

HISTORIANDO A LIVRARIA ECONÔMICA
Foto da Livraria Econômica, de Curitiba, publicada no Almanach do Paraná, edição de 1901.
A Livraria Econômica foi fundada por Annibal Requião, um sonhador e um pioneiro. Annibal instalou a livraria na Rua XV de Novembro na década de 1890, onde se desenvolvia uma gama variada de atividades dentro das artes gráficas. Entre elas, a produção de postais, livros, álbuns e anuários.
Em 1896, Annibal lançou através da sua livraria a primeira edição do Almanach do Paraná, um anuário de variedades que apresentava assuntos diversos: indicadores para comércio e indústria, história, literatura, tarifas, estatísticas, tabelas de câmbio, serviços de transporte, agricultura, entretenimento, calendários e notas cronológicas, informações geográficas e sobre a organização política brasileira, orientações sobre questões jurídicas e burocráticas em geral, notícias gerais, informes de utilidade pública, homenagens e perfis, curiosidades, charadas, anedotas e publicidade, entre outras coisas.
Apreciador de novidades, Annibal foi pioneiro em cinematografia no Paraná. Filmou todos acontecimentos importantes que ocorriam e os projetava na tela de seu cinema, o Cine Smart, frequentado pelos curitibanos que muitas vezes iam para se ver participando dos fatos registrados. [...]
Annibal Requião, amante das artes, não perpetrou o seu maior sonho, o de possuir uma casa de espetáculos além do seu Cine Smart, um teatro. Lidou ele com imagens estáticas e em movimentos e inclusive com som.
A sua Livraria Econômica foi à pioneira em trazer para Curitiba o fonógrafo, em 1900. À frente de sua loja ficava repleta de curiosos para ver e ouvir a novidade. Posteriormente, montou uma casa especializada em discos e vitrolas junto ao seu cinema. Era a Casa Victrix, que existiu nas duas primeiras décadas do século passado.
Em 1929, com apenas 56 anos de idade, Annibal Requião faleceu, deixando, entretanto, suas obras, as que foram salvas, para lembrar a sua história de vida e a da própria Curitiba durante sua existência.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani

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