PR-340, LIGAÇÃO RODOVIÁRIA ENTRE ANTONINA E BR-277:
A rodovia PR-340 — ligação entre Antonina (com início na região do complexo portuário antoninense) e a BR-277 (Marta) — é um projeto que perdura por quase 30 anos.
O projeto foi idealizado em 1995.
A obra seria um prolongamento de 10,3 quilômetros interligando a BR-277 à cidade de Antonina. Haveria uma ponte entre 1,5 km e 2,1 km sobre o Rio Nhundiaquara, em Morretes. Além da ponte, o novo acesso teria ciclovia ao longo de todos os 10,3 km da PR-340. O investimento na obra seria em torno de R$170 milhões.
A criação da rodovia se tornaria o Corredor Rodoviário do Porto de Antonina, trazendo benefícios visíveis às regiões de Antonina e Morretes, desafogando, sobretudo, o trânsito de veículos pesados nas vias sinuosas entre os dois municípios, que por muitas vezes é motivo de acidentes e é causa de prejuízos às construções.
Com a nova rodovia, a expectativa seria que o fluxo de caminhões mais que duplicasse com o acesso mais viável, subindo dos atuais cerca de 420 por dia para em torno de mil veículos diariamente, trazendo desenvolvimento para a região. Porém, o projeto de construção não saiu do papel devido aos danos que seriam gerados ao meio ambiente, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em julho de 2020, o STJ vetou a construção da rodovia, em julgamento de recurso acionado pelo MP-PR.
Na decisão, o STJ destacou que "no aspecto de interesse público (benefícios aos municípios de Antonina e Morretes e aos seus habitantes), não foi demonstrada a necessidade tão urgente e imprescindível de obra de tamanho porte em oposição às suas consequências nocivas ao meio ambiente".
A decisão foi proferida em julgamento de agravo de instrumento interposto pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).
Em 2010, o STJ já tinha proibido a construção da estrada pela inviabilidade ambiental do projeto. Além disso, foi considerado que a obra não era indispensável para o desenvolvimento da região. Contudo, em 2016, o DER apresentou novos documentos, presentes no EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente), não obtendo êxito na decisão proferida em 2020.
Desde então, não houve boas novas a respeito da aprovação total do projeto e subsequente processo licitatório para início das obras.