Sancho I de Portugal, o Povoador
- Nascido cerca 11 de novembro de 1154 - Coimbra, Leiria, Portugal
- Falecido cerca 26 de março de 1211 - Santarém, Leiria, Portugal, com cerca de 56 anos
- Rei de Portugal (1185)
Sosa : 9.665.832 - Nascido cerca 11 de novembro de 1154 - Coimbra, Leiria, Portugal
- Falecido cerca 26 de março de 1211 - Santarém, Leiria, Portugal, com cerca de 56 anos
- Rei de Portugal (1185)
Pais
- Afonso Henriques 1109-1185
- Dona Mafalda de Savóia ca 1125-1157
Casamento(s) e filho(s)
- Casado com Dulce Berengária de Aragão ca 1160-ca 1198 tiveram
- Afonso II de Portugal, o Gordo 1185-1223
Irmãos
- Urraca de Portugal e Leão 1151-1211
- Sancho I de Portugal, o Povoador ca 1154-ca 1211
Meios irmãos e meias irmãs
Pelo lado de Afonso Henriques 1109-1185 - com Elvira Gualter †
- Thereza Soares 1020-1114
- Urraca Afonso Henriques †
Notas
Notas individuais
Sancho I (Coimbra, 11 de novembro de 1154 – Santarém, 26 de março de 1211), apelidado de Sancho, o Povoador, foi o Rei de Portugal de 1185 até sua morte. Era filho do rei Afonso I de Portugal e sua esposa Mafalda de Saboia. Ele promoveu e apadrinhou o povoamento dos territórios do país — destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), São Vicente da Beira (1195) ou Belmonte (1199),[1] povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e da Borgonha.
Quinto filho do monarca Afonso Henriques, foi batizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo Martinho de Tours,[2][3] e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando Martinho contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.
Em 15 de agosto de 1170 Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai[4] logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz, que teria ficado gravemente afetado em resultado de uma ferida numa perna.[5] É nesta altura instaurado um conselho de regência para governar em nome do rei incapacitado. A regência ficou a cargo dos filhos do rei que ainda se encontravam, àquela data, no reino: Sancho e a sua irmã Teresa (que surge com este papel a partir de 1173). Também surge com bastante frequência na documentação desta altura, com eles, um bastardo, que adquiria aqui um estatuto equivalente ao de infante legítimo:Fernando Afonso. Apesar de ser Sancho a cabeça da regência, várias confirmações deste ainda em vida de Afonso Henriques denunciam a presença forte deste bastardo e o desejo, por parte da nobreza de corte, de inutilizar Fernando e consolidar a regência de Sancho.[6]
Em setembro de 1172 Fernando passa a servir o regente, segundo uma doação a Monsanto nessa data, na qual Afonso I sugere pela primeira vez uma sucessão por via feminina na irmã, Teresa, caso Sancho não tivesse descendência.[7] A partir de 1173, Afonso parece concretizar esta possibilidade ao entregar parte das funções da regência de Sancho a Teresa, declarando-os co-herdeiros e com casa própria.[8]. Teresa aparece constantemente na documentação desde esta data, chegando a fazer doações sozinha.
Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo Reino de Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.[9]
Também a partir de 1174, Afonso afasta-se definitivamente dos assuntos do reino, muito provavelmente por doença, sobressaindo ainda mais a partir desta altura o papel dos corregentes. Teresa e Sancho partilhavam o governoː Teresa desempenhava funções administrativas e Sancho encarregava-se da atividade bélica. E é esta atividade de rainha que a infanta filha de Afonso Henriques desempenhava quando chegaram a Portugal os emissários de Filipe, Conde da Flandres, para obter de Sancho o consentimento para o casamento da irmã com um dos mais importantes nobres franceses.[10] O seu casamento com qualquer príncipe peninsular poderia significar a perda da independência de Portugal, mas mesmo para esta proposta vinda de fora do ambiente peninsular fez acordo com Sancho para o deixar como único sucessor.
No ano de 1178, Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os perto de Sevilha e do rio Guadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa ação, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na Sé de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves (Portugal),[11] um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves (Portugal) com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), São Vicente da Beira (1195), Guarda (1199), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao mosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
Outorgou o seu primeiro testamento em 1188/89 no qual doou a sua esposa os rendimentos de Alenquer, terras do Vouga, Santa Maria da Feira e do Porto.[12] Seu último testamento foi feito em outubro de 1209 quase dois anos antes de sua morte.[13] O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.
Este testamento de 1209 viria a provocar um conflito num Portugal que já à sua morte atravessava um período de turbulência. Sancho deixara às filhas Mafalda, Teresa e Santa Sancha de Portugal, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país - Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer -, com as respectivas vilas, termos, alcaidarias e rendimentos). O seu filho e sucessor, Afonso II, recusando cumprir o testamento pois ia contra a sua política invoadora de centralização régia, acaba por ver arrastar este problema ao longo do seu reinado, marcado também por disputas nobiliárquicas entre fações que apoiavam ora o rei ora as infantas. É nesta altura que também sairão os seus filhos Fernando e Berengária para irem ao encontro da tia, Teresa, na Flandres.
Genealogia Descendência De sua mulher a infanta Dulce de Aragão, filha da rainha Petronilha de Aragão e Raimundo Berengário IV, conde de Barcelona, com quem casou em 1174:[14]
Beata Teresa de Portugal, infanta de Portugal (1175/76-1250),[15][14] casou com o rei Afonso IX de Leão.[16]Foi beatificada em 1705; [17] [18] Beata Sancha de Portugal,[16] (1180-1229),[19], infanta de Portugal, fundou o Mosteiro de Celas, nas proximidades de Coimbra, no qual viveu até à sua morte, e quem a levou para o Mosteiro de Lorvão, onde recebeu sepultura, foi sua irmã Teresa.[20] Foi beatificada em 1705, no mesmo ano que sua irmã Teresa, pelo papa Clemente XI.[20][17] Constança de Portugal (1182-antes de 1186).[20][17] Afonso II de Portugal (1186[21]-1223), casou com Urraca de Castela, rainha de Portugal. Pedro (1187[21]-1258), infante de Portugal e conde de Urgel pelo casamento com Aurembiaix Armengol; foi também rei de Maiorca.[16] Fernando, infante de Portugal (1188[21]-1233), viveu no estrangeiro, casou com Joana, Condessa de Flandres.[16] Henrique de Portugal (?-1191), morreu em criança.[21] Raimundo de Portugal (1195-?), morreu em criança.[21] Beata Mafalda de Portugal (1195/96-1256), infanta de Portugal, casada com o rei Henrique I de Castela,[16][22] depois fundadora do mosteiro cisterciense de Arouca e sua primeira abadessa. Branca,[16] (1196/98-1240), infanta de Portugal, foi freira num convento em Guadalajara.[23] Berengária, infanta de Portugal (1196/98-1221), casada com o rei Valdemar II da Dinamarca.[24] Realeza Portuguesa Casa de Borgonha Descendência PortugueseFlag1185.svg Afonso I[Expandir] Sancho I[Expandir] Afonso II[Expandir] Sancho II[Esconder] Afonso III[Expandir] Dinis I[Expandir] Afonso IV[Expandir] Pedro I[Expandir] Fernando I[Expandir] Filhos naturais:
O rei teve dois filhos com Maria Aires de Fornelos, primeira mulher de Gil Vasques de Soverosa, filha de Aires Nunes de Fornelos e de Maior Pais de Bravães e neta de Soeiro Mendes da Maia o Bom. Em abril de 1207, D. Sancho fez doação perpétua da Vila Nova dos Infantes e de Golães para os filhos que tive com Maria com a faculdade de os vender a quem quisessem.[25] Em 1175, Maria com seu esposo Gil Vasques de Soverosa, e seus filhos Martim e Urraca, doou umas casas a seus parentes Marina Pais e Vasco Pires.[26]
Martim Sanches de Portugal (n. antes de 1175),[27] casado com Eylo Pérez de Castro,[28] filha de Pedro Fernandes de Castro "o Castelhano" e de sua mulher Jimena Gomes de Manzanedo, filha do conde Gomes Gonçalves de Manzanedo e Milia Peres de Lara, sem geração. Eylo divorcio-se de Martim e em 1205 casou como Guerau IV de Cabrera, visconde de Cabrera, com descencência.[29] Urraca Sanches de Portugal (n. antes de 1175),[27][28] solteira e sem geração Havidos de Maria Pais Ribeira, dita a Ribeirinha, filha de Paio Moniz de Ribeira e de Urraca Nunes de Bragança, filha de Vasco Pires de Bragança.
Rodrigo Sanches de Portugal (m. 1245), teve um filho ilegítimo com Constança Afonso de Cambra, Afonso Rodrigues que foi frade franciscano e "Guardião do Convento de Lisboa".[28][30] Gil Sanches de Portugal (m. 14 de Setembro de 1236), foi clérigo e trovador.[31] Seu pai deixou-lhe em testamento 8.000 morabitinos e em 1213 deu o foral de Sarzedas.[32] Nuno Sanches de Portugal, falecido de tenra idade.[33] Maior Sanches de Portugal, falecida de tenra idade.[34] Teresa Sanches de Portugal (1205-1230), casou cerca de 1212 com Afonso Teles de Meneses, 2.º senhor de Meneses, 1.º senhor de Albuquerque.[35] Constança Sanches de Portugal (1210-8 de Agosto de 1269),[35] a qual a 15 de Janeiro de 1269 («dona Constancia Sancii felicis recordtionis donni Sancii quondam Portugalie Regis Illustris filia») doou a sua sobrinha-neta, a infanta D. Sancha, as metades de Vila do Conde, Aveleda, Pousadela, Parada e Maçãs de Dona Maria,[36] com a condição de seu pai, D. Afonso III, lhe dar anualmente 3.300 libras velhas, em Junho de 1237 comprou uma herdade chamada a Silveira no termo de Alenquer (G.XII,9,38), e em Maio de 1240 escambou com João Pires a herança que tinha na dita vila de Alenquer (ib,9,37) Havido de Maria Moniz de Ribeira, filha de Monio Osórez de Cabrera, conde de Cabrera e Ribera no Reino de Leão, e de Maria Nunes de Grijó, filha de Nuno Soares de Grijó e de Elvira Gomes:[37]
Pedro Moniz, casou com uma senhora cujo nome não é registrado e foi o pai de Maria Pires Cabreira, a esposa de Martim Pires Machado.[38]
Fontes
- Pessoa: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sancho_I_de_Portugal
- Nascimento: https://www.genealogieonline.nl/en/petroucic-genealogy/I319107.php
Ver árvore
Conde Henrique de Borgonha 1066-1112 Teresa de Leão 1080-1130 Amadeus III de Saboia, o Cruzado ca 1100-1148 Matilde de Albon 1105-1145
Afonso Henriques 1109-1185Dona Mafalda de Savóia ca 1125-1157
Sancho I de Portugal, o Povoador ca 1154-ca 1211Cronologia de Sancho I de Portugal, o Povoador
- cerca115411 nov.
Nascimento
11574 nov.~ 2 anosMorte da mãe
118523 abr.~ 30 anosNascimento de um filho
11856 dez.~ 31 anosMorte do pai
NotasMorreu aos 76 anos, em 1185, provavelmente por problemas do coração, senilidade, aterosclerose ou cirrose.[10] O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, em frente ao túmulo do filho D. Sancho I. Foi impressa uma nota de 1.000$00 Chapa 7 de Portugal com a sua imagem.
cerca11981 set.~ 43 anosMorte do cônjuge
cerca121126 mar.~ 56 anosMorte
Antepassados de Sancho I de Portugal, o Povoador
Descendentes de Sancho I de Portugal, o Povoador
Sancho I de Portugal, o Povoador ca 1154-ca 1211 & Dulce Berengária de Aragão ca 1160-ca 1198 | | | Afonso II de Portugal, o Gordo 1185-1223 & Urraca Afonso de Castela ca 1186-1220 | | | | Affonso III Rei de Portugal † Dom Afonso III o Bolonhês 1210-1279 Afonso III Rei de Portugal 1210-1279 & Madragana (Mor) Ben Aloandro (Afonso) 1230-1275 & Beatriz de Castela ca 1242-1303 & Madragana (Mor) Ben Aloandro (Afonso) 1230-1275 | | | | | | | | | Urraca Affonso de Portugal 1263-1281 Dom Dinis I de Portugal 1261-1325 Martim Afonso Chichorro ca 1250-ca 1313 & João Mendes de Briteiros 1250-1329 & Isabel de Aragão 1271-1336 & Inês Lourenço de Valadares ca 1250- | | | | | | | | | | | | Gonçalo Anes De Briteiros 1270-1329 Fernão Anes de Briteiros † Guiomar Anes de Briteiros † Leonor Anes de Briteiros † Fruilhe Anes de Briteiros † Affonso IV de Portugal † Constança de Portugal 1290-1313 Maria Afonso Chichorro ca 1280- Martim Afonso de Sousa Chichorro † & Sancha Perez De Gusmão † ... & Maria Afonso Chichorro ca 1280- ... & Inês Dias De Toledo † & Dona Beatriz de Castela 1293-1359 & Fernando IV de Leão e Castela 1285-1312 & Gonçalo Anes De Briteiros 1270-1329 & Aldonça Anes De Briteiros † | | | | | | | | | | | | | | | | | | Dona Catarina Gonçalves Teixeira † Maria Gonçalves de Briteiros ca 1320- Pedro I de Portugal, o Justiceiro 1320-1367 Afonso XI de Castela, "o Implacável" 1311-1350 Maria Gonçalves de Briteiros ca 1320- Vasco Martins de Souza Chichorro † & Vasco Gonçalves Teixeira 1330- & Martim Lourenço da Cunha † & Constanza Manuel de Villena y Barcelona ca 1316-1345 ... & Teresa Gil Lourenço 1330-1358 ... & Inés de Castro ca 1325-1355 & Leonor Nunes de Gusmão 1310-1351 & Martim Lourenço da Cunha † & Inês Dias Manuel † | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Tristão Vaz Teixeira 1395-1480 Maria de Briteiros ca 1340- João Lourenço da CUNHA † Fernando I de Portugal, o Gentil 1345-1383 João I de Portugal, 'o Bom' 1358-1433 Beatriz de Portugal 1347-1381 Dom João de Portugal ca 1349-1396 Henrique II de Castela, o das Mercês 1334-1379 Fradique Alfonso de Castela 1334-1358 Sancho Afonso de Castela 1342-1374 Maria de Briteiros ca 1340- João Lourenço da CUNHA † Martim Afonso de Sousa, "o da Batalha Real" ca 1341-ca 1415 &1425 Branca Teixeira 1405-1490 & Martim Afonso de Sousa, "o da Batalha Real" ca 1341-ca 1415 & Leonor Telles de MENEZES † & Beatrice Countess de Albuquerque ca 1346-1381 & Philippa de Lancaster 1360-1415 & Sancho Afonso de Castela 1342-1374 & Maria Telles de Menezes ca 1358- & Joana Manuel de Castela 1339-1381 & Constanza de Angulo 1330- & Beatriz de Portugal 1347-1381 & Martim Afonso de Sousa, "o da Batalha Real" ca 1341-ca 1415 & Leonor Telles de MENEZES † & Maria de Briteiros ca 1340- https://curitibaeparanaemfotosantigas.blogspot.com/
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