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domingo, 17 de novembro de 2024

Em 1903, um esqueleto humano pré-histórico foi descoberto na caverna Gough, na Garganta de Cheddar, em Somerset, na Inglaterra

 𝐃𝐍𝐀 𝐑𝐄𝐕𝐄𝐋𝐀 𝐐𝐔𝐄 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐎𝐒 𝐇𝐀𝐁𝐈𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 𝐃𝐀 𝐈𝐍𝐆𝐋𝐀𝐓𝐄𝐑𝐑𝐀 𝐄𝐑𝐀𝐌 𝐍𝐄𝐆𝐑𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐂𝐋𝐀𝐑𝐎𝐒 𝐇Á 𝟏𝟎 𝐌𝐈𝐋 𝐀𝐍𝐎𝐒


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Em 1903, um esqueleto humano pré-histórico foi descoberto na caverna Gough, na Garganta de Cheddar, em Somerset, na Inglaterra. Batizado como o Homem de Cheddar, ele viveu há cerca de 10 mil anos e é considerado o mais antigo ancestral dos ingleses já encontrado no Reino Unido. Agora, mais de um século depois do achado, tecnologias de sequenciamento genético permitiram a pesquisadores do Museu de História Natural reconstruir sua aparência. E para a surpresa de todos, o primeiro bretão moderno possui marcadores genéticos para a pele negra, ele tinha olhos azuis, cabelo crespo e pele escura.

A análise contraria a imagem anterior projetada a partir do fóssil. Inicialmente, acreditava-se que ele tinha olhos escuros, pele clara e cabelos lisos.

Uma equipe de cientistas não só identificou o novo fenótipo atribuído ao britânico de 10 mil anos atrás como também fez uma reconstrução detalhada de seu rosto.

Avaliações anteriores já indicavam que ele era mais baixo que a média e que provavelmente morreu por volta dos 20 anos.

— Até recentemente se acreditava que os humanos se adaptaram rapidamente para terem peles mais claras após entrarem na Europa, há cerca de 45 mil anos — explicou Tom Booth, um dos pesquisadores envolvidos no projeto. — Peles claras são melhores para a absorção de luz ultravioleta e ajudam os humanos a superar a deficiência em vitamina D em climas com menos luz do Sol.

Mas o DNA do Homem de Cheddar indica a presença marcadores de pigmentação da pele associados aos humanos da África subsaariana. Os resultados corroboram estudos realizados com outros restos de humanos mesolíticos encontrados pelo continente europeu.

— Ele é apenas uma pessoa, mas também um indicativo sobre a população da Europa na época — comentou Booth. — Eles tinham pele escura e a maioria deles tinha olhos claros, tanto verdes como azuis, e cabelo castanho escuro. O Homem de Cheddar subverte as expectativas das pessoas sobre quais traços genéticos caminham juntos.

𝐐𝐔𝐄𝐌 𝐄𝐑𝐀 𝐎 𝐇𝐎𝐌𝐄𝐌 𝐃𝐄 𝐂𝐇𝐄𝐃𝐃𝐀𝐑?

O Homem de Cheddar foi um Homo sapiens, um homem moderno completo, que viveu na Inglaterra durante o período mesolítico. Ele media 1,66 metro e morreu por volta dos 20 anos de idade. Seu esqueleto, bastante preservado, foi descoberto por acaso, durante obras de drenagem da caverna Gough, uma atração turística popular no país.

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quarta-feira, 29 de junho de 2022

EXPOSIÇÃO DO CINQUENTENÁRIO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO PARANÁ, EM 1903

 EXPOSIÇÃO DO CINQUENTENÁRIO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO PARANÁ, EM 1903

EXPOSIÇÃO DO CINQUENTENÁRIO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO PARANÁ, EM 1903
"O desejo de atribuir ares de modernidade a Curitiba, condizentes com a situação de prosperidade econômica gerada pela erva-mate, desde fins do século XIX, desencadeou, em 1903, a realização de um dos mais importantes acontecimentos ocorridos em terras paranaenses. Foi realizada, na Praça Eufrásio Correia, uma exposição de produtos naturais, industriais, agrícolas e pastoris paranaenses, que contou com a participação de diversos municípios do Paraná. A exposição foi promovida pela Sociedade de Agricultura, que tinha como presidente o Sr. Octavio do Amaral, como secretário, Romário Martins e, como tesoureiro, Brazilino Moura. O acontecimento já tinha data certa. Seria em 19 de dezembro, em comemoração ao cinqüentenário da Emancipação Política do Paraná. Além dessa homenagem, a exposição pretendia promover a preparação oficial da representação dos produtos do País para a Exposição Universal de S. Luiz, nos Estados Unidos e, por último, inventariar as riquezas naturais, industriais e artísticas do nosso meio.93 A exposição exigiu meses de organização. Em agosto, a imprensa noticiava o andamento dos trabalhos, bem como a escolha do local:
"Estão bem encaminhados os trabalhos preparatórios da exposição a abrir-se nesta capital a 19 de dezembro do corrente ano. Em breves dias terá começo a construção do grande pavilhão central da exposição, que, está acertado, se realizará na Praça Euphrasio Correia. Na ultima sessão das comissões na sede da Sociedade de Agricultura, ficou resolvido pôr-se em concurso o desenho da medalha comemorativa do 50° aniversário da instalação da Província do Paraná e a organização de um livro sobre o Estado. Em outra parte desta folha publica o Sr. Secretário da exposição os editais dos concursos.[...]". (Jornal 19 de Dezembro)
A Impressora Paranaense foi encarregada de litografar os desenhos de vários pavilhões, com o respectivo orçamento, para serem distribuídos aos municípios do estado, que deveriam escolher aquele que cada qual construiria.
Em setembro, a Câmara Municipal de Entre Rios manifestava sua adesão ao evento, o mesmo acontecendo com Ponta Grossa, Guarapuava e Paranaguá. Além dos municípios, algumas colônias mostraram-se interessadas. A colônia polonesa iria construir um pavilhão próprio para instalar seus produtos. Também nesse período, tiveram início as obras na Praça Eufrásio Correia, com a construção do pavilhão central e de três municipais. Esperava-se que, dali alguns dias, a praça estivesse toda cercada por delicado gradil. encomendado pela Prefeitura da capital.
A expectativa da conclusão dos trabalhos de ordenamento da Eufrásio Correia chamava a atenção de todos, que observavam os melhoramentos que iam surgindo no logradouro. "Ora é o plano de ajardinamento que se alarga, em artísticos contornos, ribando aqui, ali descendo em esplanadas; ora um novo pavilhão que se alevanta e novo colorido, fechando o quadrilátero, elevando as flechas dos lambrequins'' (Jornal A República, de 09/12/1903)
Foram construídos dois pavilhões-restaurantes, além de um quiosque colocado entre eles. Apesar da vastidão da praça, para alguns, o espaço parecia pequeno devido ao número excessivo de pavilhões, impedindo inclusive que flores e grama fossem plantados.
Em 14 de dezembro de 1903, às vésperas da inauguração da exposição, Curitiba recebeu, festivamente, diversos jornalistas vindos de outras partes do Brasil, para noticiar o evento. Para recebê-los na estação, repleta de curiosos, estava formada a banda do 13° de cavalaria.
O programa para a inauguração da exposição já vinha sendo divulgado antecipadamente pela imprensa. Para a abertura, no dia 19 de dezembro, seria realizada uma sessão inaugural, à 1 hora da tarde, no edifício do Congresso, localizado ao lado da exposição. Esse ato solene estaria reservado apenas para as autoridades e jornalistas. Ali, seria executado o Hino do Cinqüentenário, seguido de um discurso proferido pelo Dr. Octavio do Amaral. Logo após, ouvir-se-ia o Hino do Paraná, cantado pelas alunas do Conservatório de Belas Artes e moças das Sociedades Teuto-Brasileiras. Então, far- se-ia a entrega das medalhas comemorativas do cinqüentenário às autoridades e à imprensa, e o público se dirigiria à Praça Eufrásio Correia, para a abertura do grande evento. Na porta do pavilhão principal, o Governador do Estado e o representante do Governo Federal desatariam o laço simbólico, ao som do Hino Nacional. Só seria permitida a entrada de populares após às 4 horas da tarde.
A grande afluência da população, não só da capital, mas também do interior e do litoral, complementou a beleza do espetáculo. Até as 8 horas da noite, a Praça Eufrásio permaneceu apinhada de pessoas, curiosas diante de tantas novidades. Nos pavilhões de entrada estavam expostos objetos de decoração, como belas mobílias, louças da fábrica de Colombo, tecidos finíssimos e obras de arte. Distinguiam-se os pavilhões dos municípios, como o de Antonina, Paranaguá, São José dos Pinhais e Castro. Também foram instalados barracões de perfumaria e erva-mate, além da seção pastoril, com magníficos animais das "raças cavalar, bovina, lanígera e suína",98 Também foi inaugurado no parque da Exposição um salão de concertos, estreado pela Companhia de Arte e Bioscope Inglês, do Sr. José Fellipi. O comércio local também se fez presente, expondo seus produtos.
Para facilitar o acesso da população ao local, a Companhia Ferro Carril estabeleceu, a partir de 23 de dezembro de 1903, uma linha de bondes, denominada "Exposição", que partiria todas as tardes, da Praça General Osório.
A exposição adentrou o ano de 1904, sempre com grande comparecimento de público. No início desse ano, foram nomeadas as comissões para julgar os produtos exibidos no evento. "Tais produtos foram divididos em grupos segundo o regulamento da Exposição, servindo em cada um deles três julgadores, que apresentaram seu laudo até o dia 14 do corrente, cabendo à diretoria a distribuição dos prêmios segundo a classificação das comissões". O júri conferiu três grandes prêmios às indústrias Mueller & Filhos, Hoffmann & Companhia. e Zacarias de Paula & Comp., respectivamente proprietários das fábricas de fundição/mecânica, tecidos e louça.
Após o término da Exposição, o espaço foi franqueado à população que continuou a freqüentá-lo. Em 11 de abril de 1904, a imprensa noticiava o funcionamento diário de um carrossel, além de fonógrafo e de um cosmorama. Para animar as tardes, uma banda de música tocava das 5 horas em diante e, aos domingos e feriados, da 1 hora da tarde até as 10 horas da noite.
Em maio do mesmo ano (1904), foi inaugurada uma coleção zoológica com cobras e macacos, no pavilhão central da exposição. A curiosa exposição de répteis foi provavelmente trazida da Praça Municipal, pois pouco antes estavam ali em exposição um grande número de cobras de diversos países, de propriedade do Sr. Reni. A inusitada e interessante exibição atraiu grande número de visitantes, recebendo, especialmente, grupos de colégios e corporações. Pela grande afluência, a permanência da exposição foi prolongada.
Na mesma ocasião o Jornal A República noticiava: "Na Praça Eufrásio Correia, para abrilhantar esta exposição de animais, estava prevista a subida do balão "monstro de tamanho", dirigido pelo aeronauta Mister Lanphon. Os visitantes também poderiam usufruir do carrossel mecânico, ao som da banda do 39° Batalhão de Infantaria, e dos serviços do botequim oferecido pelo parque."
(Compilado de: acervodigital.ufpr.br)
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Portal de entrada das instalações da Exposição realizada na praça Euphrasio Corrêa, em 19/12/1903.
Foto: Arquivo Público do Paraná

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Cartão Postal do evento mostrando entrada do Pavilhão Principal, 1903.
Foto: Arquivo Público do Paraná
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Pavilhão do Governo do Paraná.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

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À esquerda o pavilhão da cidade de Antonina.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

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Vapor que percorria todos os espaços da Exposição, levando os visitantes.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

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O grande público visitando o evento.
Foto:Max Kopf

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sábado, 2 de abril de 2022

O limpador de trilhos dos bondes de Curitiba, em 1903, trabalhando no início da Av Luiz Xavier. (Foto: curitiba.pr.gov.br) Paulo Grani.

 O limpador de trilhos dos bondes de Curitiba, em 1903, trabalhando no início da Av Luiz Xavier.

(Foto: curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani.


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