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domingo, 3 de novembro de 2024

Maria Lata D'Água, passista da Portela, lendária personagem do carnaval carioca, inspiradora do samba "Lata d'água na cabeça", de J. Junior e Luiz Antônio, gravada e imortalizada por Marlene, em 1952.

 

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Maria Lata D'Água, passista da Portela, lendária personagem do carnaval carioca, inspiradora do samba "Lata d'água na cabeça", de J. Junior e Luiz Antônio, gravada e imortalizada por Marlene, em 1952.

"Jamais cantaria uma música desta sem antes constatar se era verdade ou não. Vinha de São Paulo, tinha pouco tempo no Rio, não conhecia nada daqui. me perguntava: como é que alguém pode subir no morro com uma lata d ´água ma cabeça.? Fui lá pra ver. Para cantar Zé Marmita, passei três dias com operários, comendo com eles, de marmita , para ver se era aquilo mesmo que a letra dizia "( A vida de Marlene, depoimento)

Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria, lá vai Maria
Sobe o morro e não se cansa
Pela mão leva a criança
Lá vai Maria
Maria lava roupa lá no alto
Lutando pelo pão de cada dia
Sonhando com a vida do asfalto
Que acaba onde o morro principia
Maria Mercedes Chaves nasceu em Diamantina, MG, em 1933. Seu pai morreu quando era ainda bebê. Ainda na infância veio para o Rio com sua mãe que arrumara um trabalho como empregada doméstica e que logo se casaria com um trabalhador do Porto. Foram morar em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Desde pequena era responsável por buscar a água e assim aprendeu a equilibrar a lata sobre a cabeça.
Na juventude, com problemas de relacionamento em casa, fugiu, morou nas ruas, caiu na prostituição levada por um namorado que se tornou seu cafetão.
Encontrou apoio em uma instituição ligada à Igreja Católica, com integrantes da Portela e também a proteção de Natal, o presidente da Escola. Participou de desfiles nas Américas e Europa. Casou-se com um suiço que com ela veio para o Brasil. Viúva, dedicou-se à causas sociais e viveu tranquila numa cidade do interior de São Paulo.

Foto de José Carlos Capella, 1972

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

O HOSPITAL DAS CLÍNICAS em construção. À esquerda, em 1952.

 O HOSPITAL DAS CLÍNICAS em construção. À esquerda, em 1952.


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