Mostrando postagens com marcador estava sendo preparada para receber o revestimento de macadame.. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador estava sendo preparada para receber o revestimento de macadame.. Mostrar todas as postagens

sábado, 27 de maio de 2023

A foto é do início da década de 30, quando a Avenida do Cruzeiro, atual Manoel Ribas, estava sendo preparada para receber o revestimento de macadame.

 A foto é do início da década de 30, quando a Avenida do Cruzeiro, atual Manoel Ribas, estava sendo preparada para receber o revestimento de macadame.


Nenhuma descrição de foto disponível.

Mercês - A Avenida do Cruzeiro (atual Manoel Ribas)

Foto: Acervo familiar de Maria de Lourdes Arruda e Osman Arruda. Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia (Cid Destefani) de 31 de dezembro de 1995.

"Vamos focalizar a antiga Avenida do Cruzeiro, entre as ruas Brigadeiro Franco e Prudente de Morais. A fotografia nos foi fornecida pela leitora Maria de Lourdes Arruda, através de seu sobrinho Osman Arruda. A história deste pequeno espaço do então arrabalde das Mercês nos foi contada pelo Irineu Mazzarotto, o conhecidíssimo Queixinho.

A foto é do início da década de 30, quando a Avenida do Cruzeiro, atual Manoel Ribas, estava sendo preparada para receber o revestimento de macadame. Pelo lado direito vemos a casa de número 867, onde funcionava a Padaria Felicidade, de André Zanetti e Filhos. Um dos filhos de seu André foi famoso beque central do Atlético. As carroças dos colonos de Santa Felicidade faziam ponto obrigatório naquele estabelecimento, tanto na ida para o centro da cidade, quanto na volta. Ali tomavam café e forravam o estômago com pedaços de cuque, ou então degustavam os famosos chineques, especialidade da padaria do velho Zanetti.

Em seguida à padaria vinha a residência da família Zanetti e, após um terreno vago, vinha o Armazém do Albino e Dona Marta Dumke. Pouco tempo depois de ter sido feita esta fotografia, lembra o Queixinho, começou a circular o primeiro ônibus que ligava o bairro ao centro. Era de propriedade do Bertoldi e todos os moradores da região, quando falavam do veículo, o tratavam por Número Um.

Agora, olhando o lado esquerdo da foto, vemos, no alto do barranco, o açougue do Izídio Fabris, cuja irmã, Lola, também açougueira, possuía uma força descomunal. Sozinha transportava nas costas o quarto traseiro de um boi.

Em seguida ao açougue vemos a residência da professora Estela Barbosa e lá, mais ao fundo, a casa de Igino Mazzarotto, onde alguns anos depois funcionaria o Bar Botafogo, dos irmãos Euclides, Sílvio e Irineu Mazzarotto. Depois da casa vinha o armazém de seu Igino e depois a casa que pertencia à Dona Amália Gasparin Mazzarotto, mãe de Dom Jerônimo Mazzarotto.

Nesta época ali residia um irmão do bispo de nome Pedro e que era alfaiate. Nesta casa hoje funciona o Restaurante Tortuga". (Cid Destefani, 31/12/95)