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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

A CASA DA NONA A casa foi construída em (acredita-se) 1907, no que hoje seria o número 2130 da Avenida Silva Jardim

 A CASA DA NONA
A casa foi construída em (acredita-se) 1907, no que hoje seria o número 2130 da Avenida Silva Jardim


Nenhuma descrição de foto disponível.
Nenhuma descrição de foto disponível.A CASA DA NONA
A casa foi construída em (acredita-se) 1907, no que hoje seria o número 2130 da Avenida Silva Jardim, sobre dois terrenos conjugados que permitia manter um parreiral de uvas tintas, brancas e rosê, com as quais se produziam vinhos para consumo próprio e presenteados a ilustres visitantes da família. Os vinhos eram mantidos na adega subterrânea da casa, com alçapão de acesso interno, onde a menor temperatura ajudava preservar sua qualidade e longevidade. O terreno era cuidado como se fosse um pequeno sítio e possuía uma horta completa.
Essa casa foi a residência do casal Tarquínio Todeschini (1885) e Angela Italia Pazinatto Sartori (1889). Ele o 4º de 8 filhos de Giuseppe Todeschini (1851) e Domenica Cemin (1858).
Tarquínio trabalhou na Indústria Todeschini, fundada por seu pai. Teve seis filhos com Angela, cujo casamento se deu em outubro de 1907. Todos os seus filhos residiram nessa casa até se casarem, sendo eles José Adriano Todeschini (1908), Constância Todeschini (1911), Diomira Todeschini (1913), Natália Todeschini (1916), Irene Todeschini (1920) e Maria Alva Todeschini (1927.
A Casa da Nona (como é carinhosamente citada pelos netos) foi recebendo melhorias ao longo dos anos e repaginada na década de 1940, tendo a frente reconstruída em alvenaria.
Os detalhes internos da casa podem ser observados nos registros de casamentos (amanhã poderão ver duas dessas fotos). As paredes de madeira tinham uma decoração pintada à mão, antecipando o estilo “papel de parede”. O piso era de madeira em taboas largas. O Sótão era largo e tinha o comprimento da casa sem divisórias. Esse enorme sótão era o dormitório das cinco irmãs.
A casa sobreviveu até 1972 quando o terreno foi vendido ao Grupo Canet da Habitação para a construção do prédio ainda lá existente.
Tarquínio, além de atuar na gestão da indústria de massas, biscoitos e balas, gostava muito de viajar, caçar e pescar com os amigos. Tinha 2 cães de caça, um deles chamado Lampo. Numa de suas viagens, trouxe um filhote de Jaguatirica órfão para a filha menor.
A convivência com a família nas horas de lazer permitiu idealizar com diversos amigos um clube para acolher as famílias nos fins de semana. Este Clube foi fundado em 1914 e originou o Savóia Futebol Clube, hoje Paraná Clube, onde foi seu primeiro Diretor-Presidente. Outra grande história viva criada pelos emigrantes italianos.
Todas as informações e fotos foram muito gentilmente cedidas por João Carlos Domanski, filho de Maria Alva Todeschini , neto de Tarquínio e Angela Italia..
Legendas das fotos:
Foto 1 – feita em 08 de janeiro de 1923, uma segunda-feira, mostra a família e vizinhos reunidos nas férias após o almoço. As roupas iguais das crianças podem induzir a pensar em uniformes, mas era usual de um mesmo corte de tecido fazer diversas roupas iguais usadas na mesma família.
Foto 2 – Tarquínio Todeschini em 1914, posando como primeiro presidente do Clube Savóia.
Foto 3 – feita em 08 de janeiro de 1923 pela manhã. Mostra a família sob a sombra do parreiral da casa. No verso da foto lê-se que ali estão Tarquinio aos 38 anos de “edade”, Itália aos 33, Adriano aos 14, Constância (Lila) aos 11, Diomira aos 9 anos, Natália aos 6 anos, Irene aos 3 e Barbina aos 18. Diz ainda que Barbina era filha adotiva, à quem todos queriam muito bem e que do parreiral saiam as uvas das quais se produziam os vinhos para família e amigos.
Foto 4 – foto de estúdio feita em de 1923, mostrando os cinco filhos mais velhos de Tarquinio e Angela Itália. O motivo da foto é a formatura do filho mais velho, Adriano.
Foto 5 – foto de 1929 de Maria Alva Todeschini. No verso lê-se “Offereçe a sua photographia a querida vovozinha Marietta Sartori. Albinha Todeschini. 23.7.1929”.
Foto 6 – foto do prédio que hoje ocupa a casa da família Tarquinio Todeschini e Angela Itália Pazinatto Sartori.
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(Circulando por Curitiba/Washington Cesar Takeuchi)