quarta-feira, 3 de março de 2021

HISTÓRIA DE ANTONINA

 



História do município de Antonina


Pesquisa 1
Origem/Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bandeira de Antonina


Brasão de Antonina





























Fundação: 12 de setembro de 1714
Foi fundada em 1714 e obteve autonomia municipal em 1797.

Gentílico: antoninense ou capelista

Hino do município de Antonina

Aniversário do Hino: 06 de Novembro

Salve terra formosa e querida
Que se estende na costa a sorrir
Terra calma onde achamos à vida
Sob a qual esperamos dormir

Salve terra de brisas ciciantes,
Doce gleba que nos viu nascer
Não te esqueças teus filhos distantes,
Esquecer-te é mais fácil morrer.

Estribilho
Antonina, Antonina,
Deitada a beira do mar
Sob a tutela divina
Da Senhora do Pilar

Antonina, cidade das flores,
De suave e finíssimo olor
Tens o brilho de mil esplendores
Para nós que te damos amor

Salve gleba fecunda cidade
Mais augusta por certo acharás
Deus te encha de felicidade
Para a glória do meu Paraná

Antonina, Antonina,
Deitada a beira do mar
Sob a tutela divina
Da Senhora do Pilar

Localização

Unidade Federativa: Paraná
Mesorregião Metropolitana: Curitiba IBGE/2008
Microrregião: Paranaguá IBGE/2008
Região metropolitana: Curitiba
Municípios limítrofes: Paranaguá, Morretes, Campina Grande do Sul,
Guaraqueçaba.
Distância até a capital via BR-277: 84 km e via PR-410: 79 km

Características geográficas
Área: 882,316 km²
População: 18.891 hab. Censo IBGE/2010
Densidade: 21,41 hab./km²
Altitude: 5 m
Latitude: 25° 25' 44" Sul
Longitude: 48° 42' 43" Oeste
Clima: subtropical-Cfa
Fuso horário: UTC−3

Indicadores
IDH: 0,77 médio - PNUD/2000
PIB: R$ 202.699,438 mil IBGE/2008
PIB per capita: R$ 11.329,69 IBGE/2008

Como Chegar

BR 277, após a descida da serra seguir pela PR 408, ou ainda pela Estrada da Graciosa, a partir da BR 116 no Portal da Graciosa pegar a PR 410.
Distância: 77 km de Curitiba.




Antonina é um município brasileiro do estado do Paraná.
Sua população contada em 2010 é de 18.891 habitantes com uma área de 882,316 km². 
Está situada a 84 km (pela BR277) de Curitiba, e a 50 km de Paranaguá.



Cidade histórica cujos primeiros vestígios da ocupação foram encontrados nos sambaquis. Posteriormente, índios carijós habitaram o local sendo que os primeiros povoadores datam de 1648 e 1654. Além da extraordinária beleza natural paisagística, Antonina possui no seu calçamento de pedras e nas suas ruínas, histórias, as quais enriquecem o seu patrimônio.
O município oferece ainda, diversos atrativos turísticos. É acessado pela BR-277, pela antiga Estrada da Graciosa, por ferrovia e através do porto, que foi recentemente reativado, onde também se localiza a sede do município.
Criado através da Lei Estadual nº 14 de 21 de janeiro de 1857, e instalado na mesma data foi desmembrado de Paranaguá.
Os habitantes naturais do município de Antonina são denominados antoninenses ou capelistas. Está localizada na Mesorregião Metropolitana de Curitiba, mais precisamente na Microrregião de Paranaguá, estando a uma distância de 84 km via BR-277 e 79 km via Estrada da Graciosa, da capital do estado, Curitiba.


Etimologia

O nome de Antonina é uma homenagem prestada ao Príncipe da Beira Dom Antônio de Portugal em 1797.
Etimologicamente existem duas fontes: primeiro, do latim "antonius" que significa inestimável, segundo, do grego "antheos", traduzido como flor.

Igreja de Nossa Senhora do Pilar
Igreja de Nossa Senhora do Pilar

Igreja de Nossa Senhora do Pilar
O município surgiu devido à devoção a Nossa Senhora do Pilar. Eram duas irmãs que rezavam a Virgem do Pilar, o que fez com que o pequeno vilarejo se movimentasse e, no dia 15 de agosto (como é até hoje), a cidade recebesse inúmeros fiéis que lotam a imponente Igreja Matriz construída em 1715.

Ruínas do Porto de Antonina.
Terminal Barão de Teffé
O Porto Barão de Teffé, um dos mais importantes portos do início do século passado, está situado na cidade, junto com o terminal da Ponta do Félix.


História

Mercado Municipal de Antonina - 1918
Estação Ferroviária de Antonina



Antonina é uma das mais antigas povoações do Paraná, tendo sua região sido perlustrada a partir do século XVII. A efetiva ocupação deu-se em 1648 quando o parnaibano Gabriel de Lara, o Capitão Povoador, sesmeiro da Nova Vila (Paranaguá), cedeu a Antonio de Leão, Pedro Uzeda e Manoel Duarte, três sesmarias no litoral Guarapirocaba, as primeiras daquela porção litorânea, foram estes os primeiros povoadores de Antonina.
Eram tempos de caça ao ouro, e este ciclo intensificou-se com a chegada de homens sequiosos pelo vil metal. Com o passar dos anos, o povoamento do lugar foi se firmando, datando de 12 de setembro de 1714 a oficial povoação de Antonina.
Em 1712, Manoel do Valle Porto, depois sargento-mor, estabeleceu-se no Morro da Graciosa, pois havia recebido uma sesmaria localizada nesta região, e a frente de grande número de escravos iniciou o trabalho de mineração e agricultura na região.
As primeiras roçadas devastaram a selva em frente a ilha da Graciosa (atualmente Corisco), que comprovaram a uberdade da terra, de grande valia para o povo do lugar.







Valle Porto conseguiu provisão de licença para a construção da Capela de Nossa Senhora do Pilar no povoado, que abrigava cerca de cinquenta famíliasde fiéis, em tributo a Virgem Maria. Desde esta época os moradores da cidade ficaram conhecidos como "capelistas".
Em 1797 o povoado tinha 2.300 habitantes, que viviam de mineração, pesca e agricultura de subsistência.
Neste mesmo ano, a 6 de novembro, a freguesia de Nossa Senhora do Pilar da Graciosa foi elevada a categoria de Vila, com a denominação de Antonina, em homenagem ao Príncipe da Beira Dom Antônio. Este ato solene foi realizado na presença da nobreza e do povo em geral, que assistiu ao levantamento do pelourinho e da lavratura do ato.
Em 14 de janeiro de 1798 foi empossada a primeira Câmara de vereadores de Antonina, e a primeira providência foi a reabertura da Estrada da Graciosa, no que foram ajudados por autoridades curitibanas. Em 1835 a Vila tinha 3.300 habitantes.
No dia 21 de janeiro de 1857, através de Lei Provincial nº 14, torna-se município da nascente Província do Paraná.


Geografia


Situado na Mesorregião Metropolitana de Curitiba, o município limita-se ao norte e a oeste com Campina Grande do Sul, ao sul e a oeste com Morretes; e a leste com Paranaguá e Guaraqueçaba. A sede do município está localizada na posição geográfica de 25°25'44" S de latitude sul e 48°42'43" W  de longitude oeste, estando a uma altitude de 5 metros.
Possui uma área de 882,316 km² representando 0.4427 % do estado, 0.1566 % da região e 0.0104 % de todo o território brasileiro.
Geologicamente, os terrenos do município são de origem proterozóico-cambriana, arqueano-proterozóica, quaternária, holocênica, mesozóico-jurássico-cretácea e terciário-miocênica. Os tipos de solo existentes no município são gleissolo sálico, cambissolo háplico, argissolo vermelho-amarelo, latossolos vermelho-amarelo e afloramentos de rocha. O relevo do município é montanhoso a oeste, forte e levemente ondulado ao norte e a leste e de planícies ao centro e ao sul com alguns morros espalhados pelo município. Na sede municipal registra-se a altitude de 5 metros. As altitudes médias do município oscilam entre 0 e 1.800
metros. Antonina está localizada entre a Baixada Paranaense e a Serra do Mar.

A localização da cidade de Antonina na orla atlântica apresenta um clima quente e úmido.
Frio no período do inverno e agradável no verão. As temperaturas médias, observadas no ano de 1956, foram de 28ºC das máximas, 12°C das mínimas e 20°C a compensada. Os principais acidentes geográficos do município são: na parte orográfica — serras do Cabrestante, dos Órgãos, da Virgem Maria, da Graciosa e da Serrinha; potamográfico — Rio Cachoeira, banhando as localidades de Catumbi, Limoeiro, Lagoinha, Cupiúva, Cupiuvinha, Turvo, Rio Pequeno, Cachoeira de Baixo e Cachoeira de Cima; rio do Cedro, banhando a localidade do Cedro; rio Cacatu, Lagoinha, Morro Grande Sambaqui, Rio do Meio Cacatu e Mergulhão; rio Curitibaíba, banhando as localidades de Curitibaíba, Faisqueira e Sambaqui; rio Faisqueira, banhando as localidades de Faisqueiras de Cima e de Baixo, Cedro e Camarão. Todos esses rios são navegáveis em pequenas extensões por lanchas movidas a
gasolina. 
Existem no município as seguintes quedas d'água:

Denominação                   Localização Potencial                             (H.P.)
Corredeira da Cachoeira  Rio Cachoeira                                        16.480
Salto do Cedro                   Rio do Cedro                                               300
Salto do Mergulhão            Rio Mergulhão                                             107
Salto da Venda                   Rio da Venda, tributário do Cacatu I          50
Salto da Venda                   Rio da Venda, tributário do Cacatu II        100

Na baía de Antonina destacam-se as ilhas das Rosas, do Lessa, do Quamiranga, do Goulart e do Corisco. Na localidade de Cedro, há dois morros que se destacam: O do Pico Torto e da Divisa, com as altitudes de 847 e 817 metros, respectivamente.
Na época do Descobrimento do Brasil, em 1500, o município era coberto por diversas formações vegetais pertencentes ao domínio da Floresta Ombrófila Densa, tais como, manguezais e terras baixas na orla da baía de Antonina e formações montanhosas ao norte e a oeste.
Como riquezas minerais se sobressaem, reflexo de grande valor econômico, malgrado ainda serem pouco desenvolvidas, as extrações de pedra, ferro, magnetita e talco. No campo vegetal — madeiras de lei. E no reino animal, lontra, porco-do-mato, jaguatirica, onça-pintada, capivara, tateco, cutia, etc. 
A pesca no município é praticada pelos pescadores das colônias ali existentes,
porém não é muito desenvolvida.


Porto de Antonina priorizará açúcar e fertilizante.
Projeto Portal - APPA - Porto Barão de Teffé














































O Porto de Antonina, no Paraná, vai garantir que navios de açúcar e fertilizantes, com condições operacionais especiais de calado, tenham prioridade de atracação e movimentação.
Dois berços preferenciais devem atender, simultaneamente, embarcações com estes tipos de carga. A medida, proposta pelo Governo do Estado, deve reduzir em até 10 dias o tempo de espera dos navios com destino ao terminal portuário vizinho de Paranaguá (aproximadamente 40 km distância), e ao porto de Santos, em São Paulo.
A expectativa é de que Antonina receba, em média, 20 embarcações por mês e sirva como alternativa para desafogar os dois principais portos do país, responsáveis por mais de 84% da exportação brasileira de açúcar e de 50% da importação de fertilizantes.  "Nosso objetivo é, em curto espaço de tempo, minimizar as filas geradas pela grande demanda dos produtos e seus efeitos econômicos aos usuários dos portos públicos do Paraná e, ao mesmo tempo, demonstrar que Antonina é uma alternativa viável", explica o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Mário Lobo Filho. 
O Terminal Portuário da Ponta do Félix, empresa privada que têm concessão para realizar movimentações em Antonina, já se prepara para o aumento nas operações.
"Em setembro, receberemos um novo guindaste e uma série de equipamentos necessários para embarque e desembarque de graneis sólidos", adianta o diretor presidente, Luiz Henrique Tessuti Dividino.
"Teremos alta nas contratações e nossa estimativa é de que mais de R$ 1 milhão seja movimentado por mês na economia local", completa.
Para o diretor do Porto de Antonina, Paulo Moacyr Rocha Filho, o momento marca a consolidação do complexo portuário paranaense. 
"Nos últimos dois anos os terminais de Paranaguá e Antonina têm atraído importantes
negócios e se consolidado no cenário nacional.
Antonina tem crescido e diversificado suas movimentações, trabalhando com grãos, produtos congelados e carga geral", ressalta Filho.


Demanda

A grande procura do mercado internacional por açúcar e a safra nacional de milho, que aumenta a demanda de fertilizantes, tem provocado fila de embarcações nos portos brasileiros.  Em Santos, os navios de açúcar que já estão na baía podem aguardar mais de 32 dias para atracar. Em Paranaguá, a média de espera é de até 20 dias.
Segundo Valdécio Bombonatto, diretor da empresa Fortesolo e presidente do Conselho Administrativo do Terminal Portuário da Ponta do Félix, além de fatores pontuais que levaram ao aumento na procura pelos produtos, a chuva dos últimos meses agravou a lotação dos portos.
"Paranaguá registrou chuva em 21 dos últimos 45 dias. A umidade inviabiliza a descarga de fertilizantes e o carregamento de açúcar, tanto em grãos quanto em sacos, ou seja, nestas condições as operações com graneis são paralisadas", explica ele.
"A retomada da economia após a crise financeira também afetou todo o segmento. Em todo o mundo houve reposição dos estoques, que estavam paralisados pela redução das compras em 2009. No caso dos fertilizantes, os números já apontam para recorde de importações e a expectativa é de que sete milhões de toneladas de produtos como uréia, cloreto de potássio e nitratos sejam movimentadas via portos do Paraná até o final do ano", completa.
Na exportação de açúcar, contribuiu para o crescimento a supersafra do produto no Brasil, aliada à seca na Ásia, que afetou a produção na Índia, produtor regular de açúcar para o mercado externo.
De acordo com o gerente comercial da Companhia Brasileira de Logística (CBL), Helder Sergi Catarino, os eventos geraram reação dos preços internacionais, do consumo em alguns países e conquista de novos mercados. "Países como a China, por exemplo, que não importavam o açúcar brasileiro, passaram a ser grandes consumidores", conta.
Nesta segunda-feira (16), o porto de Paranaguá tem dois navios de açúcar operando e 31 aguardando para atracar. E outros quatro navios de fertilizante atracados e 19 no aguardo para atracar.

Fonte: APPA




Navios de médio e grande portes não podem mais atracar no Porto
de Antonina, no litoral do Paraná. A decisão foi tomada pela Capitania dos Portos no dia 20 de fevereiro.
Há quase dois meses, a movimentação de cargas no porto é inexistente.

De acordo com Luiz Carlos de Souza, que trabalha na Ponta do Félix, em Antonina, a redução do calado de 7 metros para seis metros fez com que a economia local entrasse em pane e a inadimplência aumentasse.
A solução imediata, segundo ele, é a dragagem emergencial da baía.


Baía de Antonina

Porto de Antonina, inicialmente instalado em 1920 a noroeste da Baía de Paranaguá. 
Foi reativado recentemente com dois terminais: a Ponta do Félix e o Barão de Teffé (Ministério dos Transportes).
Antonina é uma cidade portuária tranquila, localizada na Baía de Paranaguá, a 80 km de Curitiba. Possui pouco mais de 17 mil habitantes e um animado carnaval. 
No início do século 18, um povoado, formado principalmente por garimpeiros de ouro, começou a erguer-se no local. Em 1714, uma capela foi construída em homenagem à Virgem do Pilar e se transformaria posteriormente na igreja de Nossa Senhora do Pilar.
Em 1797, o povoado foi elevado à condição de vila e cidade, no mesmo ano, com o nome de Antonina, em homenagem ao príncipe D. Antônio.



A construção da Estrada da Graciosa, no final do século 19, junto com a
ferrovia, impulsionou o desenvolvimento de Antonina, que se tornou um
dos principais portos do Brasil, no início do século 20.


PONTA DA PITA - PRAINHAS

A Prainha (Ponta da Pita), entre os preferidos locais de lazer em Antonina, no bairro de Itapema.


ESTAÇÃO FERROVIÁRIA


No final do século XIX, com a conclusão da estrada da Graciosa e do terminal ferroviário, ambos ligando Antonina a Curitiba, o Porto de Antonina intensificou suas atividades tornando-se, em 1920, o 4º Porto exportador brasileiro. As mudanças na economia mundial após a segunda Grande Guerra Mundial, e o fim do ciclo da erva-mate, determinaram o declínio da economia da cidade e das atividades de seu Porto, culminado nos anos 70 com a paralisação da indústria Matarazzo, importante geradora de negócios e empregos.  A partir dos anos 80, Antonina, com aproximadamente 20.000 habitantes e privilegiada por suas atrações naturais, passa a consolidar seu perfil de cidade turística, berço de manifestações folclóricas e culturais, integrando seu potencial turístico à sua vocação portuária.


TERMINAL BARÃO DE TEFFÉ



O Terminal Barão de Teffé, com mais de 250 mil m² de área primária, cais que abriga navios de até 155 metros e calado de 19 pés, está equipado para movimentar contêineres e carga geral, como madeira, açúcar, pneus, entre outros. Desde 1999, através de um acordo operacional, a Interportos movimenta granéis sólidos (fertilizantes, sal, trigo, entre outros) neste terminal, pelo sistema de transbordo de navios ao largo.
Atualmente, o Porto de Antonina é parte do complexo administrado pela Appa.
Localizado em um ponto estratégico para escoamento da produção, o Porto de Antonina amplia a agilidade e qualidade dos serviços do Porto de Paranaguá, oferecendo dois terminais portuários: o Barão de Teffé e o Ponta do Félix. As principais cargas movimentadas em Antonina são congelados, fertilizantes e minérios de ferro.  Quando do apogeu da erva-mate no Paraná, o Porto de Antonina chegou a ser o quarto do Brasil. Recentemente o Porto passou por uma ampla reestruturação, ampliação e modernização, encontrando-se
em funcionamento.
Localiza-se na Avenida Conde Matarazzo.


O que Visitar

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar
Igreja de Nossa Senhora do Pilar

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar
Fundada em 09 de Junho de 1715

Fundada em 1715, sua origem se confunde com a história da cidade.  Ganha importância por sua antiguidade. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico do Paraná em 1999.
Localiza-se na Praça Coronel Macedo - Centro.
Inscrição Livro Tombo histórico: 122-II
Processo Número: 01/95
Data da Inscrição: 08 de novembro de 1.999
Proprietário: Particular - Mitra Diocesana de Paranaguá

HISTÓRICO

Desde o início do século XVIII, a Vila de Antonina, está intimamente ligada com a Capela de Nossa Senhora do Pilar. O culto a esta deve-se, segundo a tradição, pela devoção de três irmãs as quais, celebravam terços e rezas à Nossa Senhora do Pilar, festejada todos os anos no dia 15 de agosto, reunindo mineiros, faiscadores e lavradores das regiões vizinhas ao sítio da Graciosa.  “O sargento tomou parte neste culto, alistando-se entre os devotos; e projetou, desde logo, erigir uma capela, onde fosse venerada, com maior decência, a padroeira do bairro, concertando o templo. Eram 60 os moradores das vizinhanças, inclusive os dos cubatões dos Três Morretes; e todos, de boa vontade, prometiam ajudar ao senhor do sitio da Graciosa em seu empenho.”  Assim o empreendimento, pela edificação da Capela, como também, os resultados que traria para uma futura vila, foi por Valle Porto.
“(...) a tenacidade do Sargento-mor (...) ia removendo todos os obstáculos e contribuições para perpetuar a sua meritória obra na fundação de uma nova Freguesia.”

Manoel Valle Porto obteve a provisão de licença para a construção da capela com o bispo do Rio de Janeiro, D. Francisco de São Jeronymo, a 12 de setembro de 1714. Com a Capela-mor pronta, inaugurada em 11 de junho de 1715, seriam necessárias outras
 providências como a criação do Curato. São feitas as solicitações pelo Sargento-mor e pelos moradores para o vigário de Paranaguá, Pe. Pedro da Silva Pereira, e também para o bispo que atende a solicitação do cura, e ao mesmo tempo, baixa a provisão que cria a Freguesia de Nossa Senhora do Pilar, em 2 de maio de 1719.


A conclusão do corpo da matriz se deu com a celebração da bênção da igreja a 14 de agosto de 1722. Para efetivar a construção da Capela, foi utilizada mão-de-obra escrava, já que neste período, o Brasil caracterizava-se pelo sistema escravocrata, e especificamente, Valle Porto, era o responsável da construção,
como também, era: “(...) senhor de numerosa escravatura”.  Ainda é necessário ressaltar, de acordo com Ermelino de Leão , o fato de que o Sargento-mor doou parte de sua sesmaria ao patrimônio da Igreja.
Atualmente, o registro cartorário da propriedade está em posse da Mitra Diocesana de Paranaguá, constando uma área de 4.808,20 m² e, devido a sua secularidade, o título de transmissão apresentou-se por usucapião.  O padre Francisco de Borja, que atuou no período de 1751 a 1760, ficou conhecido como um dos mais zelosos curas da Igreja. Este padre foi quem organizou a documentação da Matriz, resultando no que se conhece hoje por “ Folhas Avulsas de Antigos Livros da Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Antonina” (em anexo).  Ele também relatou sobre a Vila de Antonina, nesta época, e como estava a Igreja:
“Em 1748 a igreja somente tinha o altar-mor onde além de venerada imagem da padroeira, estavam as de Sant’Ana, São Benedicto e do Senhor Crucificado. Somente a capella-mór era “forrada por cima de 
taboado e por baixo ladrilhada de tijolos.”

O padre Borja, ainda realizou todo o levantamento de utensílios pertencentes a Igreja, ornamentos das imagens e, pelas descrições, não havia torre, pois o sino encontrava-se na sacristia.  Já no século XX, no ano de 1923, a matriz é literalmente fechada devido ao seu estado de precariedade. As imagens dos santos e seus respectivos altares foram transferidos para a Matriz provisória: a Igreja de São Benedito.
Com a nomeação do padre Bernardo Peirick para a paróquia (29/04/1926), a Igreja passou pela primeira grande reforma que se tem conhecimento.
No jornal O Antoninense (15/08/73), foi publicado o relato do padre Peirick sobre a penúria da Igreja:
“Ao chegar, encontrei a Matriz fechada, completamente abandonada.  O interior da mesma apresentava uma verdadeira ruína, sem assoalho e forro, privada de altares, montões de pedra, táboas e vigotes podres.
Uma parte da parede achava-se aberta, por onde entrava chuva. Na sacristia encontrava-se um armário com gavetas demolidas e um montão de tijolos, telhas e cal, cujo peso tinha afundado o soalho.
O páteo da Matriz assemelhava-se um verdadeiro matagal, abrigo de muitas cobras venenosas.” 
Ainda de acordo com este artigo, o construtor responsável pela reformas da Igreja foi Hermínio S. Commanduli, que executou o trabalho pela quantia de CR$ 17.500,00.
A obra iniciou em agosto de 1926 e o seu término se deu em 26 de fevereiro de 1927, com muitas solenidades e com a transferência da imagem da padroeira para a Matriz restaurada. (Ver em anexo fotografias organizadas pelo padre Peirick).
A segunda grande reforma que se tem referência foi em 1952.
Na placa comemorativa é agradecida Alcides Estevão de Carvalho por sua “valiosa contribuição” (15/08/52). Nesta restauração, de acordo com fontes orais, as esquadrias de madeira foram substituídas por vitrôs, o telhado ficou mais alto, o piso passou a ser cerâmico, as paredes perderam seus afrescos, entre outras mudanças. A casa ao lado da Igreja, construída pela Congregação Redentorista, já é mais recente, da década de setenta. Teve por objetivo abrigar a Casa Paroquial e a Secretaria. Por outro lado acabou interferindo na paisagem do morro com a própria Igreja, composição esta, que serviu de inspiração e beleza para muitas pinturas, fotografias e, mesmo até hoje, como cartão postal de Antonina.

Origem/Fonte: Patrimônio Cultural do Paraná



Igreja de São Benedito 


Construção secular de 1824, que segundo a tradição serviu de refúgio religioso dos escravos.
Localiza-se na Rua Doutor Carlos Gomes da Costa.



Igreja Bom Jesus do Saivá
Sua construção teve início em torno do ano de 1835. Tombada em 1970 pelo Patrimônio Histórico do Paraná.
Localiza-se na Praça Carlos Cavalcanti próximo a Estação Ferroviária.


Sede da Prefeitura Municipal


O prédio que serve de sede à Prefeitura Municipal é uma construção de aspecto centenário, datada de meados do século XIX. Possui uma placa comemorativa do 44º ano de visita do Imperador D. Pedro II à Antonina. 
Localiza-se na Rua XV de Novembro, 150.



Teatro Municipal


Construído no início do século XX (1906), durante a fase áurea da economia antoninense, em estilo eclético, rico em adornos.
Localiza-se na Rua Doutor Carlos Gomes da Costa, 322.
Atendimento: segunda-feira a sexta-feira das 8h às 11h e, das 13h30 às 17h.



Estação Ferroviária


Inaugurada em 07 de setembro de 1922, por ocasião das festividades de comemoração do Centenário da Independência do Brasil.
Foi restaurada e hoje funciona no local um espaço cultural e o Centro de Apoio ao Turismo.
Localiza-se na Praça Carlos Cavalcanti, s/nº.



Terminal Portuário da Ponta do Felix 



É o mais moderno terminal para cargas refrigeradas da América do Sul.  
Investimento da iniciativa privada.
Para visitas entrar em contato com a empresa.
Localiza-se na Rua Engenheiro Luiz Augusto de Leão Fonseca, 1520 - Itapema de Baixo.






Usina Hidrelétrica Governador Viriato Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira) 





É a maior central geradora subterrânea do sul do país, construída com o aproveitamento dos rios Capivari e Cachoeira. Foi inaugurada em 1971.
As visitas deverão ser previamente agendadas junto a Companhia Paranaense de Energia Elétrica – COPEL.
A Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza possui a potência de 260 MW, e está situada no município de Antonina.
Seu reservatório está localizado na Rodovia BR-116 (trecho Curitiba - São Paulo), no município de Campina Grande do Sul, a 50 km de Curitiba.
A Usina Parigot de Souza entrou em operação em outubro de 1970, tendo sido inaugurada oficialmente em 26 de Janeiro de 1971, quando entrou em operação comercial. Ela é a maior central subterrânea do sul do país.  A Usina, inicialmente conhecida como Capivari-Cachoeira, recebeu seu nome em homenagem ao Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, que liderou o Paraná entre 1971 e 1973, e foi, também, presidente da Copel.


Praça Coronel Macedo

É o mais antigo logradouro da cidade, possui em seu entorno, diversos monumentos que provam o esplendor do ciclo da erva-mate, como o coreto, o chafariz, o busto de Getúlio Vargas e a Carta Testamento.
Praça Coronel Macedo
Rua Conselheiro Alves de Araújo
Rua Dr Carlos G. da Costa

























Getúlio Dorneles Vargas (São Borja, 19 de abril de 1882 — Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954) foi um advogado e político brasileiro, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo seu 13º e último presidente Washington Luís e impedindo a posse do presidente eleito em 1 de março de 1930, Júlio Prestes.  "Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.
A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho.
A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios.
Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.  Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo,renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.
Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. 
Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta.  Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.  E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."
 (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)


Praça Coronel Macedo
Gravação na Placa: "A PREFEITURA E O POVO, AO GRANDE PRESIDENTE VARGAS, INAUGURADO COM A PRESENÇA DO VICE PRESIDENTE DA REPÚBLICA
JOÃO GOULART"
Obs:- Jango não era e nunca foi vice-presidente de Getúlio Vargas, como talvez a placa deu a entender.



Antiga Praça da República, foi denominada Coronel Macedo em Homenagem ao ilustre Prefeito que dedicou especial cuidado ao mais antigo e belo logradouro da cidade, que possui em seu entorno, diversos monumentos que provam o esplendor do ciclo da erva-mate. O coreto, o chafariz e algumas árvores raras, como duas canforeiras no extremo da praça, próximas à Igreja de Nossa Senhora do Pilar, são algumas de suas atrações, além do busto em bronze e a carta testamento de Getúlio Vargas.

Origem/Fonte: Trilha do Brasil
Postado por José Maria Petroski


Praça Romildo Gonçalves Pereira 

Local para descanso e contemplação das ilhas e montanhas de Antonina.  Possui ancoradouro, um espaço destinado ao esporte e quiosques.


Pico do Paraná
Situado na divisa entre Antonina e Campina Grande do Sul, possui 1962 metros, sendo o mais alto do sul do Brasil. Foi descoberto por Reinhard Maack e conquistado em julho de 1941. O Pico faz parte do roteiro dos aficionados pelo montanhismo. Pertence o ponto culminante a Antonina.
Acesso pela BR 116, via Campina Grande do Sul (com entrada na Ponte Rio Tucun) ou por trilhas via Bairro Alto, em Antonina.
Informações com o Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

Parque Estadual Roberto Ribas Lange
Envolvendo os municípios de Antonina e Morretes foi criado em 1994, com aproximadamente 2698
hectares, dos quais 1009 hectares pertenciam ao extinto Parque Estadual Agudo da Cotia.
Integra a Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi. O acesso é difícil e as escaladas devem ser acompanhadas por guias especializados.
Informações com o Instituto Ambiental do Paraná - IAP.



Baía de Antonina

A Baía de Antonina localiza-se no extremo oeste da Baía de Paranaguá.
A cadeia de montanhas da Serra do Mar que a cerca forma uma
belíssima paisagem, principalmente ao amanhecer, quando o mar
avança no continente.


Bairro Laranjeiras
Caracteriza-se por possuir dois atrativos singulares:
Fonte da Carioca: que abasteceu a cidade de água de 1867 a 1930, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1969;
Fonte da Laranjeira: uma atração ligada aos primórdios da cidade, atingida pelos caminhos de paralelepípedos em meio à densa vegetação. Situase no início da trilha que leva ao Mirante da Pedra, de onde se descortina magnífica vista da cidade.

Bairro Alto
Com seus rios, cachoeiras e densa vegetação se consolidaram como área de lazer e caminhadas ecológicas, não só pelos seus apelos naturais, mas pelo interesse histórico, como os vestígios da antiga Usina Cotia, pelo lugar onde teve início a colonização japonesa no Paraná, ou ainda, pelas inúmeras trilhas, como a da Conceição que outrora fazia a ligação entre o local e Apiaí/São Paulo e cujos trechos remanescentes permitem que se percorra o trajeto entre a Represa do Capivari e o Bairro Alto.


Rio Cachoeira



Nas corredeiras do rio Cachoeira com início na localidade do Bairro Alto e término próximo à foz do rio Capivari em um percurso de aproximadamente 3 km, é possível tomar banho de cachoeira, fazer caminhadas em suas margens e praticar rafting.
Localiza-se na Estrada do Bairro Alto, com acesso pela PR 340.


Recanto Poti
Monumento em homenagem ao artista plástico Poti Lazarotto.
Mosaico feito com ladrilhos hidráulicos, obra do ceramista Adoaldo Lenzi que retrata pontos pitorescos da cidade. Inaugurado em 1987.
Localiza-se no prolongamento da Avenida Nenê Chaminé - Centro.


Recanto do Cabral
O lugar é cercado por um pequeno bosque e possui rampa natural para aportar embarcações dos moradores da região e turistas que descem a serra para pescar.
Atualmente este local é o único em que se atraca com qualquer maré.
Localiza-se no Bairro da Graciosa de Baixo a 3 km do centro.

 
Recanto do Rio do Nunes





Praia fluvial, em área gramada e arborizada, com
equipamentos de lazer nas duas margens. Possui áreas para acampamento, churrasqueiras, vestiários e sanitários.
Localiza-se a 16 km de Antonina, no Distrito do Cacatu, com
acesso pela PR 340.



 
Ponta da Pita e Prainha



Formação rochosa que avança para a baía, constitui-se num agradável local de lazer, ideal para banhos, pescarias, piqueniques e prática de esportes náuticos. Possui lanchonetes, restaurantes e rampa para barcos pequenos.

MAIS FOTOS ANTIGAS E RECENTES DA 
CIDADE DE ANTONINA

Grupo Escolar Basílio Machado






Escadaria da Igreja Nossa Senhora do Pilar - e à direita da foto: Praça Coronel Macedo.










Terminal do Matarazzo
Trapiche para pequenas embarcações





























Praça Coronel Macedo, em Antonina-Paraná, tomada por crianças e jovens que participavam de atividades do 23º Festival de Inverno da UFPR, monitoradas pela Instituição.



















 
FESTIVAL DE INVERNO EM ANTONINA

É uma cidade festiva, realizando o carnaval de rua mais animado do Paraná e, também o Festival de inverno da Universidade Federal do Paraná. Cidade histórica e turística que preserva um ambiente de manguezais da mata atlântica.
Neste espaço, você saberá de tudo que rolou no 21º Festival de Inverno da UFPR. 
Produção de oficinas, espetáculos, curiosidades, atividades da Praça de Recreação e todas as ações que espontaneamente são geradas pelo evento!


O 21° Festival de Inverno da UFPR chegou a Antonina! O sábado de abertura teve sol, temperaturas amenas e clima de alegria e otimismo. As crianças já estavam na fila de inscrições para oficinas infantis desde a madrugada e no período da tarde invadiram a praça Cel. Macedo para brincar. A maratona de apresentações começou com o grupo Siricutico, convidando o povo na rua a entrar na brincadeira de poesias, danças e canções tradicionais. Quando anoiteceu, Antonina ficou cada vez mais cheia e movimentada para ver de perto o cantor Guilherme Arantes, no show de abertura do Palco Principal.
Na solenidade da abertura oficial do Festival, o reitor da UFPR Zaki Akel Sobrinho ressaltou a importância em "reaprender a reprogramar a vida após o drama da região" ao falar das oficinas que tem como objetivo ensinar aos moradores da cidade uma atividade que possa gerar uma fonte de renda alternativa. Falou também do compromisso da UFPR em vir a Antonina e fazer a festa acontecer, mesmo com todas as dificuldades.


Os espetáculos são uma atração à parte durante o 21° Festival de Inverno da UFPR em Antonina. Todas as apresentações são gratuitas e trazem para a cidade o que há de melhor em música, dança e artes cênicas. O Grupo de MPB da UFPR apresentou o espetáculo Musicae Brasilis, no Theatro Municipal, e cantou a história do Brasil através da música.
Em Música e, o grupo composto por 16 vozes, se afirma como um dos corais mais criativos do Brasil, mesclando música e teatro com arranjos inovadores e bem construídos, e soluções de cenas que compõem perfeitamente com o som. Rodrigo Kleina, das Faculdades de Artes do Paraná (FAP), viu o grupo pela primeira vez em Antonina. Segundo ele, a apresentação foi contagiante. “Eles mesclam muitas coisas e surpreendem. Envolveram o público e deu certo, porque todos participaram”, diz.
Contando com 23 músicas como Rio de Janeiro, Modinha, A mão da limpeza, Valsa brasileira, Ai que saudades da Amélia, Tropicália, Brasil e Viola enluarada.
A época das músicas também é bastante variada: vai de 1859 até 1999. Em cada uma, os arranjos são singulares e se aliam ao trabalho corporal.
Durante a apresentação, o grupo dança e se movimenta o tempo todo.
A ideia inicial foi trazida pelo diretor cênico Luís Berthier. A partir de algumas músicas que cantam o Brasil, Berthier começou a pesquisar outras composições com a mesma temática para preparar o roteiro. Em seguida, veio a concepção cênica. No entanto, na fase de preparação das músicas houve, naturalmente, interferências mútuas. “Uma coisa interferia na outra. O arranjo muda a cena e vice-versa”, conta Doriane Rossi, diretora musical do Grupo de MPB. Por isso, o processo foi integrado, dando o resultado harmônico que foi apresentado em Antonina. “A cena é 50% do espetáculo, porque está tão intrinsecamente ligada com a música que muda tudo”, explica Doriane.




Não é só diversão e arte, também têm muita gastronomia.



Feira agroecológica oferece pratos típicos aos participantes do 21º Festival de Inverno.
Nesta edição do Festival de Inverno, a comida é mais um representante da cultura antoninense. A praça de alimentação do evento é composta por barracas que servem alimentos produzidos em sua maioria por comunidades rurais.
“É sem veneno, sem agrotóxico”, conta o presidente da Associação de Produtores Rurais de Cacatu, Antonio Carlos Serafim.
Ele explica que já estavam envolvidos com o Festival, mais precisamente na montagem das barracas de bambu da feira, feitas artesanalmente. “Nos primeiros festivais, através das barracas, apoiávamos instituições locais, como a Apae.
Isso foi se perdendo por conta de burocracia e também porque exige muito recurso montar uma delas”, lembra Lúcia Mion, a Lucinha, Coordenadora Geral do Festival. Para ela, a alimentação havia deixado de caracterizar a cidade.
Por conta das chuvas, principalmente, surgiu a intenção de ajudar a população local. “Quando vem gente de fora, o dinheiro também sai. Nós somos daqui, então fica tudo aqui”, defende Serafim.
“Fiquei impressionada neste ano com o interesse dos participantes em conhecer a cultura, a história e a cidade. Esse ano todos especulam”, diz Cíntia Fernandes, a barraqueira Oiê, conhecida assim pela extroversão. Ela ainda conta: “O estudante, o turista, vem e quer comer coisas daqui, mas só sobra o pó do bolso. Em outros festivais tinha até estudante trocando tênis por almoço”.
Não apenas local, a comida é fruto da agro-ecologia, pois é cultivada sem agrotóxicos, em comunidades rurais e assentamentos. De lá, trouxeram banana, mandioca, maracujá, palmitos pupunha e jussara. “A carne também é produção livre”, comenta Serafim sobre os espetinhos de carne e frango, além da coxinha.
Na pecuária orgânica, os animais pastam livremente, não sofrendo intervenções químicas nem comendo ração industrial.
“Servimos também a Banana Cubana, que é um salgado que imita o hambúrguer, só que é feito de banana”, afirma a agricultora Aurezinda Almeida. Luzinete Souza Oliveira, também produtora rural, conta do prato criado para esta edição do Festival, o Pastel de Umbigo de Bananeira: “Cortamos o cerne da bananeira, picamos, cozemos, colocamos tempero e fritamos na massa”.  Luzinete promete, ainda, que fará testes para trazer novos pratos para o ano que vem.
Os barraqueiros fazem parte da Associação de Produtores Rurais de Cacatu, composta por agricultores de comunidades e assentamentos locais. Durante a pré organização do Festival, a UFPR sugeriu à Prefeitura Municipal de Antonina que se oferecesse, na praça de alimentação, comidas típicas locais. Daí surgiu o convite à Associação para que montassem as barraquinhas na praça principal.
“O próximo passo é fazer com que eles tenham uma feirinha durante a semana sempre”, ressalta Lucinha. “Estamos conseguindo resgatar Antonina para dentro do festival. Ano que vem pretendemos chamar não só os agricultores, mas também dar espaços para outras instituições locais para ajuda-las na arrecadação de renda, organização e promoção”, promete.

(Phillipe Trindade, sob orientação de Mário Messagi Jr)



Emoção, animação, ritmo e dança

Durante uma semana, salas de aulas, quadras esportivas, associações, ruas e até a praça deram lugar para a criação artística. E as apresentações conjuntas durante o 21º Festival de Inverno mostram que arte e inclusão andam de mãos dadas.
A praça Cel. Macedo parou para ver a apresentação conjunta das oficinas Batucatu e Dançando o Brasil: uma viagem pela cultura popular de Norte a Sul. Munidos de alfaias, tamborins e agogôs, os participantes do Batucatu tocaram afoxé, samba e maracatu para que alunos, professores e técnicos da APAE, com trajes típicos de danças regionais, apresentassem os ritmos aprendidos na oficina.
A energia e vibração apresentadas surpreenderam quem estava na praça.  De passagem por Antonina, Vânia Vieira, presidente da APAE de Itatiba, São Paulo, se emocionou ao deparar com a apresentação. “Achei muito lindo”, disse. A emoção era compartilhada pela diretora da APAE de Antonina, professora Sueli Nascimento. “Adoramos a oficina, aproveitaos cada minuto, cada segundo”, falou logo após se apresentar com seus colegas de trabalho e alunos.
Unir oficinas numa apresentação é prática que surge naturalmente no Festival de Inverno da UFPR. Pedro Solak, ministrante do Batucatu, ressaltou que a atividade na praça é a prova de que todos precisam uns dos outros. “É o trabalho em grupo por um bem comum”, conta Solak.
E, nesse caso, o objetivo comum é a arte.
A apresentação terminou com muito samba. Um dos mais animados era Marino Oliveira, aluno da Apae e também de ambas as oficinas que se apresentaram. “Gostei muito da oficina, foi bem bonita. E adorei a professora”, complementa sorrindo e abraçando à ministrante Ane Beatriz Dalquano. Para Ane, a participação na oficina foi além das expectativas.
“A escola incentiva muito a área artística. Os alunos têm muita habilidade e são motivados”, explicou Ane. “Mostraram que podem. É só dar espaço e mostrar como é que eles vão lá e fazem”, garante.


Oito dias de muita produção cultura transformaram Antonina na capital paranaense das artes. O 21º Festival de Inverno da UFPR terminou com muito ritmo, suingue e energia com o show da cantora Negra Li, no sábado.
O último dia do 21º Festival de Inverno abriu as cortinas com as apresentações dos resultados das oficinas no palco do Theatro Municipal. Crianças dançaram, representaram, batucaram e tocaram instrumentos construídos em material reciclável.
Jovens da Filarmônica Antoninense mostraram o talento aprimorado na oficina.
A Estação Ferroviária de Antonina virou espaço para exposição dos trabalhos de artes visuais e artesanato, mas também sambódromo, com a apresentação dos resultados de adereços e bateria de escola de samba. No Palco Principal, antes da solenidade de encerramento, vídeos produzidos por alunos de oficinas mostraram trabalhos de qualidade, realizados em pouco tempo. Segundo a coordenadora geral do evento, Lucinha Mion, o resultado das oficinas mostrou “artes diferentes, mas integradas, conversando entre si e mostrando o que é o Festival de Inverno”.

Encerramento
Durante a solenidade oficial de encerramento, o vice-reitor da UFPR, Rogério Andrade Mulinari, agradeceu a cidade de Antonina pela parceria, aos patrocinadores e a equipe organizadora e parabenizou os participantes pelos excelentes trabalhos nas oficinas.
Anunciando um Festival especial para o ano do centenário da UFPR, Mulinari declarou:
“não estamos encerrando o 21º Festival de Inverno. Estamos abrindo o 22º Festival de Inverno da UFPR”.

Show
O show de encerramento começou transformando a rua do Palco Principal de Antonina em uma grande pista de dança, com um DJ abrindo o espetáculo.
O público já estava animado quando a cantora Negra Li subiu ao palco e apresentou sucessos de seus discos Negralivre e Guerreiro Guerreira, além de músicas de artistas consagrados, como TIM Maia, Aretha Franklin e Charlie Brown Jr.




CARNAVAL EM ANTONINA

Antonina mantêm a tradição. 

Não restam dúvidas que o carnaval de Antonina é “de longe”, o melhor do Paraná. Indiscutivelmente, o evento vêm ao longo dos últimos 8 anos em uma linha ascendente quando o assunto é organização e segurança.
Parabéns a todas as escolas de sambas e blocos carnavalescos  que demonstram na avenida a tradicional  garra  e o costumeiro samba no pé. 











HISTÓRIA DE ANTONINA

Pesquisa 2
Origem/Fonte: Portal de Antonina, Paraná

Nasceu o Paraná, no século XVI, durante o Ciclo do Ouro, quando surgiu Paranaguá e, no século seguinte, as vilas de Antonina e Morretes. É uma cidade histórica, notadamente pelo conjunto arquitetônico antigo, ruas estreitas e uma tranqüila população que conserva suas tradições culturais e religiosas. Os primeiros povoados datam de 1648 e 1654. 
Além da extraordinária beleza paisagística, Antonina com seus monumentos históricos e sua bela baía, oferece também diversos atrativos turísticos. Seu terminal portuário, que foi o 4º do Brasil no ciclo da erva-mate, foi recentemente reativado para o escoamento de carga geral, e que funciona num sistema de barcaças, único no país. Sua baía é a mais adentrada do litoral brasileiro e suas águas são propícias para os esportes aquáticos. O capitão-Provedor sesmeiro de Nova Vila (Paranaguá), Gabriel de Lara, concedeu as primeiras sesmarias do litoral paranaense aos senhores Antonio Leão, Pedro Uzeda e Manuel Duarte, considerados fundadores de Antonina. Segundo Ermelino de Leão, entretanto, o fundador da Capela de Nossa Senhora do Pilar da Graciosa (Antonina) foi o Sargento-Mor Manoel do Vale Porto.
Em 1714, D. Frei Francisco de São Jerônimo, bispo do Rio de Janeiro, autorizou a construção de uma capela em homenagem à Virgem do Pilar nesse pequeno povoado e, assim, 12 de setembro de 1714 ficou considerada a data de Fundação de Antonina. Era conhecida como Capela, daí seus habitantes serem chamados de capelistas.
Em agosto de 1797, foi elevada à categoria de Vila, com a denominação de Antonina, em homenagem ao Príncipe D. Antônio. Em 06 de novembro de 1797, sua sede foi elevada à categoria de Comarca da Província de São Paulo. Antonina tem suas origens nas catas e faisqueiras de ouro que nos meados do século XVII existiam nos estuários da região.O Capitão povoador sesmeiro de Nova Vila (Paranaguá), Gabriel de Lara, concedeu as primeiras sesmarias ao litoral paranaense aos senhores Antonio Leão, Pedro Uzeda e Manuel Duarte, considerados fundadores de Antonina. A esta época remonta as primeiras ocupações que, no entanto, começam a adquirir contornos mais definidos quando, em 1712, o Sargento Mor Manoel do Valle Porto recebe carta de sesmaria e instala-se no sítio denominado Graciosa, iniciando trabalho de mineração, que aos poucos atrai outros colonos, formando-se assim um pequeno povoado. Posteriormente, na esteira de uma tradição de culto que historiadores locais remetem aos anos 1600, os moradores solicitam e obtêm licença de Frei Francisco de São Jerônimo, Bispo do Rio de Janeiro, para nesse pequeno povoado construir uma capela em louvor a Nossa Senhora do Pilar. Por iniciativa de Manoel do Valle Porto a capela é erigida e 12 de setembro de 1714, ficou considerada a data de fundação de Antonina. Em torno da igreja forma-se aos poucos uma povoação, ficando o lugarejo conhecido por Capela, por isso até hoje os moradores de Antonina ainda são chamados de capelistas. Em 1797 passa a categoria de vila, com a designação de Antonina, em homenagem ao príncipe da Beira, Dom Antônio, filho de Dom João VI e Dona Carlota Joaquina. As principais características de sua urbanização atual tem origem na consolidação de sua função como porto, o que está vinculado a conclusão da Estrada da Graciosa em 1873 e à ligação ferroviária com Curitiba que data de 1891. Atualmente encontra-se num processo de retomada do desenvolvimento econômico com a reativação de seu sistema portuário e da atividade turística.

Características geográficas:

Área: 845.853 km2

Altitude média: 5 metros

Latitude: 25° 06′ 00” Sul

Longitude: 48° 43′ 00” Oeste População

População: ( Senso de 2000 ) Urbana> 16.059 habitantes.

Rural> 2.948 habitantes.

Total> 19.007 habitantes.

Taxa de  crescimento anual urbana: 1.81%  > Rural: 0,10%

Clima: Tropical Super úmido.

Meses mais quentes: com temperatura média superior a 22°C.

Meses mais frios: com fracas geadas, temperatura média superior a 18°C.

Fundação: 12 de Setembro de 1714


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