Festa e Vírus em Paranaguá, 1918
Em todo o Brasil a gripe espanhola se alastrou a partir dos portos, no Paraná a primeira cidade a ser infectada foi Paranaguá. No relatório enviado ao Secretário do Interior, Justiça e Instrução Pública no dia 8 de janeiro de 1919, o diretor Geral do Serviço Sanitário, Dr. Trajano Reis, conta como a epidemia chegou ao Paraná a partir da cidade de Paranaguá através de uma festa de casamento.
“Em Paranaguá, n’aquella época ia effectuar-se o casamento de uma filha do syrio Barbosa. Do Rio de Janeiro vieram assistir às bodas alguns syrios que estavam com o mal incubado. De Antonina e Morretes seguiram para aquella cidade com o mesmo fim dos do Rio, alguns patrícios do Sr. Barbosa. Folgaram juntos e cada um dos residentes em Antonina e Morretes trouxe consigo o germen do mal, que se dissiminou com rapidez entre as populações das referidas cidades. Em Paranaguá, por sua vez, os hospedes fluminenses, não só padeceram da moléstia como também transmitiram aos patrícios e à população”.
Durante a festa os convidados do Rio de Janeiro, que estavam contaminados com o vírus da gripe, o transmitiram para as outras pessoas e no decorrer dos dias que estiveram em Paranaguá espalharam o vírus pela cidade, e em consequência desse episódio a gripe começou a espalhar-se pelo Paraná. Por causa dessa propagação o Dr. Trajano Reis recebeu um pedido de ajuda do prefeito de Paranaguá.
“No dia 10 de Outubro próximo findo recebi pedido do Exmo. Snr. Prefeito de Paranaguá, de um desinfectador, o qual seguio no dia 11 com apparello e desinfectantes. E que falecera no “Hotel Silverio” um gripado vindo do Rio de Janeiro. Foi feita a desinfecção do Hotel, mas compreende-se que a moléstia fora transmitida algumas pessoas."
Esse que falecera, se tratava de uns dos convidados do casamento da filha do Sr. Barbosa, a partir dessa data outros casos foram registrados em Paranaguá, Morretes e Antonina e frente ao ocorrido medidas foram tomadas pelo diretor geral da saúde pública.
Texto adaptado de Maria Ignês Mancini de Boni “Gripe Espanhola em Curitiba em 1918”
“Em Paranaguá, n’aquella época ia effectuar-se o casamento de uma filha do syrio Barbosa. Do Rio de Janeiro vieram assistir às bodas alguns syrios que estavam com o mal incubado. De Antonina e Morretes seguiram para aquella cidade com o mesmo fim dos do Rio, alguns patrícios do Sr. Barbosa. Folgaram juntos e cada um dos residentes em Antonina e Morretes trouxe consigo o germen do mal, que se dissiminou com rapidez entre as populações das referidas cidades. Em Paranaguá, por sua vez, os hospedes fluminenses, não só padeceram da moléstia como também transmitiram aos patrícios e à população”.
Durante a festa os convidados do Rio de Janeiro, que estavam contaminados com o vírus da gripe, o transmitiram para as outras pessoas e no decorrer dos dias que estiveram em Paranaguá espalharam o vírus pela cidade, e em consequência desse episódio a gripe começou a espalhar-se pelo Paraná. Por causa dessa propagação o Dr. Trajano Reis recebeu um pedido de ajuda do prefeito de Paranaguá.
“No dia 10 de Outubro próximo findo recebi pedido do Exmo. Snr. Prefeito de Paranaguá, de um desinfectador, o qual seguio no dia 11 com apparello e desinfectantes. E que falecera no “Hotel Silverio” um gripado vindo do Rio de Janeiro. Foi feita a desinfecção do Hotel, mas compreende-se que a moléstia fora transmitida algumas pessoas."
Esse que falecera, se tratava de uns dos convidados do casamento da filha do Sr. Barbosa, a partir dessa data outros casos foram registrados em Paranaguá, Morretes e Antonina e frente ao ocorrido medidas foram tomadas pelo diretor geral da saúde pública.
Texto adaptado de Maria Ignês Mancini de Boni “Gripe Espanhola em Curitiba em 1918”
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