Mostrando postagens com marcador Paranaguá. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Paranaguá. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Paranaguá, e o Temor do fim do mundo, na passagem do século (1899/1900).

Paranaguá, e o Temor do fim do mundo, na passagem do século (1899/1900).


Nenhuma descrição de foto disponível.

Paranaguá, e o Temor do fim do mundo, na passagem do século (1899/1900).

Nossa Senhora do Rosário sempre mereceu dedicado culto dos "paranaguenses" que nela depositam confiança e fé em sua proteção nos momentos aflitivos que tem assolado a comunidade.
Quando, em 1899, estava prestes a findar o século e os "falsos profetas" anunciavam o fim do mundo, afirmando que ele se acabaria antes da entrada do século 20.
A população da cidade, a principio incrédula, acabou vencida pelo pânico e a velha Matriz se encheu de centenas de pessoas aflitas que, no dia 31 de dezembro, refugiaram-se no recinto sagrado, para aguardar a catástrofe, orando diante do trono da Mãe de Deus.
Esse curioso episódio de pavor coletivo, ficou assinalado pelo levantamento de uma grande cruz de ferro, como voto de gratidão a Deus, regozijo e alivio pela entrada tranqüila e feliz do século 20. Essa cruz votiva foi erguida no pátio ao lado da Matriz e depois removida para o Convento dos Jesuítas (atual MAE) , ornamentando o arco cruzeiro das ruínas da Capela. Posteriormente, a mesma foi retirada do local.
Ref.: Vieira dos Santos _ "Memória Histórica de Paranaguá" — 1850 — em Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá - IHGP.

sexta-feira, 31 de março de 2023

sexta-feira, 17 de março de 2023

Paranaguá, através do Rio Itiberê, em aquarela de 1874.

 Paranaguá, através do Rio Itiberê, em aquarela de 1874.

Nenhuma descrição de foto disponível.

Paranaguá, através do Rio Itiberê, em aquarela de 1874.
A rua da Praia era o principal ponto concentrador de estabelecimentos comerciais no ano de 1863, possuindo 40 num total de 133 estabelecimentos em toda a cidade, ou seja 30% do comércio de Paranaguá estava concentrado nas margens do rio Itiberê, isto já na metade do século. Por isso, temos nesse período, a rua da Praia com o maior número de sobrados na cidade, em conjunto com a rua da Ordem (Rua Quinze de Novembro). Era a necessidade de ocupar essas áreas importantes comercialmente e que estavam próximas ao porto de Paranaguá. Essa característica pode ser analisada através de uma aquarela do ano de 1874, de autoria desconhecida, que retrata a cidade de Paranaguá através do rio Itiberê. Nesse período, a rua da Praia estava totalmente ocupada, com suas casas e sobrados; pela gravura pode-se observar a inserção da igreja da Ordem dentro da cidade e o desenvolvimento de Paranaguá para a região da foz do Itiberê, que estava em parte ocupada naquele período, principalmente na rua da Boa Vista (Rua Visconde de Nacar) em que se encontra o Palacete Nácar e em alguns estaleiros que já existiam anteriormente.

Pontos localizados na foto:
1 - Colégio dos Jesuítas.
2 - Igreja dos Jesuítas.
3 - Igreja Matriz.
4 - Praça do Mercado.
5 - Casa da Câmara e Cadeia.
6 - Palacete Mathias Bohn.
7 - Igreja da Ordem.
8 - Casa de José Ricardo dos Santos.
9 - Estaleiro.
10 - Palacete Visconde de Nacar.

Jabur, R S, As Transformações Arquitetônicas e Urbanas nos Séculos XVIII e XIX na Cidade de Paranaguá, Paraná, São Carlos - 2010.
Foto: Acervo IHGP
Pesquisa: Almir SS - IHGP. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

A Conjura Separatista foi o nome dado a manifestação de caráter emancipacionista encabeçado pelo Capitão Floriano Bento Vianna, Comandante da Guarda do Regimento de Milícias, no dia 15 de julho de 1821, na praça de Paranaguá,

 A Conjura Separatista foi o nome dado a manifestação de caráter emancipacionista encabeçado pelo Capitão Floriano Bento Vianna, Comandante da Guarda do Regimento de Milícias, no dia 15 de julho de 1821, na praça de Paranaguá,


Nenhuma descrição de foto disponível.

A Conjura Separatista foi o nome dado a manifestação de caráter emancipacionista encabeçado pelo Capitão Floriano Bento Vianna, Comandante da Guarda do Regimento de Milícias, no dia 15 de julho de 1821, na praça de Paranaguá, perante o Juiz de fora António de Azevedo Melo e Carvalho, onde estavam presentes o povo e as demais autoridades da cidade por ocasião do juramento das bases da Constituição do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Na véspera do dia 15 de julho de 1821, o Capitão Floriano Bento Vianna foi procurado pelo Sargento-mor de Ordenanças Francisco Gonçalves Rocha e pelo Capitão Inácio Lustosa de Andrade a participar de reuniões secretas junto as demais autoridades de Paranaguá que manifestavam o desejo de separar a Comarca de Curitiba e Paranaguá, conhecida como Quinta Comarca, da Capitania de São Paulo. [1]
Dentre os motivos para a conjuração, segundo o historiador Ruy Wachowicz estava:
I- A ignorância e o despotismo dos comandantes militares da comarca, que não procuravam o bem do povo;
II- A falta de justiça, devido à dificuldade que havia em impetrar recursos perante as autoridades de São Paulo;
III- O fornecimento, pela comarca, de grande número de praças de guerra às milícias portuguesas, sobretudo para as entradas que desbravavam nossos sertões, ficando muitas famílias na miséria;
IV- A falta de moeda na comarca, devido às grandes somas que eram remetidas, como impostos, para São Paulo;
V- O abandono em que se encontrava a comarca pela administração de São Paulo, surda que era aos apelos e queixas populares. [2]

Em segredo ficou combinado de iniciarem uma revolta tendente a esse fim, aproveitando-se da formatura dos milicianos, no momento em que o magistrado proferisse a formula do juramento. Neste ato os conjurados dariam o brado separatista, e os demais o acompanhariam das janelas do Paço da Câmara Municipal de Paranaguá, bem como os demais membros da Câmara e o povo.
Isso, porém, não se concretizara. Floriano Bento Vianna, que no momento comandava a guarda de honra dos milicianos, se viu só, devido o receio daqueles que tanto estimularam o feito, receosos das responsabilidades que naturalmente o ato traria. Somente o Capitão cumpriu com o combinado, e após prestar o juramento bradou:
"Ilustríssimo Senhor. Temos concluído com nosso juramento de fidelidade. Agora queremos que se nomeie um governo provisório que no governo em separado da Capitania de São Paulo".
O Juiz de fora Doutor António de Azevedo Melo e Carvalho, lhe respondeu "que ainda não era tempo e com vagar se havia de representar Sua Majestade."
O Capitão não se fez de rogado e retrucou dizendo que "o remédio logo se aplica quando o mal aparece. Portanto não há ocasião melhor nem mais oportuna".

Diante de tal atitude foi-se relatado o ocorrido e outros o denunciaram como rebelde e ao desembargador José de Azevedo Cabral a abertura de um inquérito. Com o passar do tempo o Capitão teve seu ato tido como plenamente justificado e o inquérito posteriormente arquivado. [3]
Referências:
1 - Zatti, Carlos. O Paraná e o Paranismo, p. 42-44, 2ª Edição, 2014 (em português).
2 - Secretaria de Estado da Cultura. Sonhos, utopias e armas. As lutas e revoltas que ajudaram a construir o Paraná (em português).
3 - Zatti, Carlos. O Paraná e o Paranismo, p. 42-44, 2ª Edição, 2014 (em português).
Obra do Pintor Valdemar Curt Freyesleben

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

HISTÓRIA DA ESTAÇÃO DOM PEDRO II, NO PORTO DE PARANAGUÁ

 HISTÓRIA DA ESTAÇÃO DOM PEDRO II, NO PORTO DE PARANAGUÁ

Quando os moradores de Paranaguá viram iniciar-se as obras de sua estrada de ferro, logo nominaram a estação que estava sendo construída no Porto, de "Estação Dom Pedro II, em homenagem ao imperador.
Muito antigamente o local era chamado de Ponta do Gato ou Enseada do Gato, assim denominado devido a haver morado ali o pescador José da Silva, conhecido pela alcunha "Gato", visto ser descendente do bandeirante Manuel de Borba Gato. No entanto, O local era também conhecido como Arroio d'Água e, nele, havia um antigo ancoradouro com o nome "Porto D'Água".
Ali, o engenheiro Pedro Scherer começara em 1873 os trabalhos de construção de seu traçado ferroviário, optando por edificar, previamente, uma Estação junto ao porto, como ponto de partida da ferrovia.
A primeira e mais importante obra entre os projetos não era nenhuma ponte ferroviária ou instalação ao longo da linha, e sim, o trapiche construído no local que “era uma construção de pedras e de madeira, alcançando a profundidade de quase 5 metros. Esse trapiche assegurava a atracação dos navios que traziam os materiais de construção para a ferrovia”.
Em 1880, quando iniciou a construção definitiva, Ferruci tratou logo de obter os terrenos necessários, não só na cidade mas também no porto, onde numa superfície inicial de 55.263,44 metros quadrados, deveriam ser construídos os armazéns , depósitos, oficinas etc. Mais tarde foi acrescida uma outra faixa de terrenos de marinha com o comprimento de 180 metros por 30 de largura destinada a receber o trapiche de atracação da companhia.
Foram esses os dois primeiros terrenos adquiridos pela Chemins de Fer no Porto de D. Pedro II. Pois foram nessas áreas pré determinadas por Ferrucci que se deu início da construção da estação propriamente dita, do armazém de mercadorias em anexo e do depósito de locomotivas, destinado a abrigar quatro unidades, bem assim como de outras complementares, como fossas de limpeza e do reservatório de água, com capacidade de 48 metros cúbicos.
No começo de 1882, quando Ferrucci entregou a chefia de construção à Teixeira Soares, todos esses edifícios encontravam-se em fase de acabamento. Na estação, colocavam-se as esquadrias das portas e janelas, pintura e trabalhava-se na plataforma. A estação D. Pedro II possuía duas plataformas paralelas entre si, com três linhas intercaladas, cobertas pelo alpendre, na extensão de 50 metros, sustentado por colunas ocas de ferro fundido, sendo o vigamento também de ferro pelo sistema Polonceau, coberto de telhas francesas. Uma das plataformas correspondia ao edifício dos viajantes, e a outra para mercadorias" (Texto de Dirceu Cavalcanti).
O local do Porto Dom Pedro II definiu-se em função dessa primeira estação e desse trapiche, pois esse local era o ponto mais favorável para atracar embarcações de maior calado para exportar as cargas de erva-mate, madeira e grãos que chegavam do planalto. Portanto, essa estação foi a primeira instalação ferroviária do Paraná.
Naquela ocasião, o engenheiro Scherer traçou o leito daquele trecho da estrada, partindo do Porto, traçando uma grande reta até a cidade. Essa linha atravessou o arroio do porto d'água, os terrenos da chácara Marques, o arroio dos Marques, o sítio do Padre Machado, passando ao lado do arroio da Fonte Nova. Assim, a Estação Dom Pedro II (junto ao Porto) foi o ponto de partida até definir-se o local exato da Estação a ser edificada no núcleo da cidade.
O envolvimento do Porto de Dom Pedro II com o movimento marítimo não foi propriamente um casamento à primeira vista. Ocorreu primeiro o namoro, longo namoro, num tempo em que os barcos não podendo fundear no assoreado estuário do Rio Itiberê, procuravam refúgio na Ponta da Cotinga, vis-a-vis com a costa em que seria construído o porto.
O prédio original da Estação Dom Pedro II, hoje não existe mais. Ainda assim, o pátio de manobras que havia, com os desvios portuários, surpreendia em tamanho, com suas 32 linhas.
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.
Fachada da Estação Dom Pedro II, apos sua inauguração, em foto da década de 1890.
Arquivo Biblioteca Nacional.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Aspecto do conjunto da Estação Dom Pedro II, com seu prédio e ampla cobertura adjunta à plataforma de embarque/desembarque, abrigando algumas linhas do pátio de manobras, primeira década de 1900.
Foto: Marc Ferrez. arquivo BN.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Aspecto do entorno da enseada do Porto de Paranaguá, década de 1910, contemplado com um segundo trapiche para movimentação de cargas.
Foto: novomilenio.com.br

Nenhuma descrição de foto disponível.
Trapiche de atracação do Porto D. Pedro II de Paranaguá, em 1912, mostra as primitivas instalações do conjunto que unia o Porto ao pátio da antiga Estação Dom Pedro II.
Foto: novomilenio.com.br
Nenhuma descrição de foto disponível.
Vista de novos trapiches construídos pela empresa Guimarães & Cia., junto à enseada, em 1910, ampliando as operações portuárias, naquela época.
Foto: novomilenio.com.br

Nenhuma descrição de foto disponível.
Descarregamento de uma locomotiva importada, sobre o trapiche em madeira, marco do início das atividades ferroviárias do Estado do Paraná.
Foto: Acervo Paulo José Costa)

Nenhuma descrição de foto disponível.
Aspecto das instalações portuárias, em 1912, agora com o edifício da Alfândega.
Foto: Acervo APPA.

Nenhuma descrição de foto disponível.
Edifício da Alfândega de Paranaguá, adjunto ao Porto de Paranaguá, em foto de 1910.
Arquivo Público do Paraná.

sábado, 26 de novembro de 2022

ESTRADA VELHA DOS CORRÊA, DE PARANAGUÁ

 ESTRADA VELHA DOS CORRÊA, DE PARANAGUÁ

Lembro-me quando andava nela, nos anos 60, quando ainda era exatamente como esta foto.
Era criança e, próximo do Natal, ia juntar os musgos que cresciam nas centenárias árvores que a ladeavam. Chamávamos "barba de velho" e, com eles, ornamentávamos a "manjedoura" dos autos natalinos.
Próximo dela havia um campinho de futebol onde, aos sábados à tarde, fazíamos as peladas.
Saudades, saudades.
Paulo Grani.

Nenhuma descrição de foto disponível.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Paranaguá – Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas

 

Paranaguá – Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas


A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas faz parte do Centro Histórico de Paranaguá-PR. Sua construção em alvenaria de pedra é em estilo barroco.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas
Localização: R. Quinze de Novembro, s/n – Paranaguá – PR
Número do Processo: 455-T-1951
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 391, de 27/02/1967
Descrição: Construção muito simples em alvenaria de pedra, característica da ocupação do litoral paranaense no século XVIII. Frontão curvilineo, cruzeiro encimando-o, óculo central e pináculos laterais. Entre as janelas do coro, tarja com as insígnias da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas. A torre, à esquerda da fachada, é construção posterior, datada em 1841.
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
Fonte: Iphan.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome atribuído:
 Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas
Número do Processo: 222-01/62
Inscrição Tombo: 01-II, de 04/11/1962
Localização: R. XV de Novembro (esquina com R. Presciliano Correa) – Paranaguá-PR

Descrição: A igreja faz parte do Centro Histórico de Paranaguá. Sua construção em alvenaria de pedra é em estilo barroco. Originalmente era composta pela nave, capela-mor, sacristia localizada nos fundos, um cemitério ao lado, possuindo locais para o claustro, para o noviciado e para a oficina. A fachada é enquadrada por cunhais e cimalha em cantaria tendo na altura do coro duas janelas em guilhotina que tem entre elas as insígnias da Ordem Terceira. Destacam-se a portada em pedra, o frontão curvilíneo com um óculo central, pináculos laterais e um cruzeiro encimando-o. A torre localizada à esquerda da fachada, data do primeiro quartel do séc. XIX, é enquadrada por cunhais em massa e base em cantaria, possui sineiras em arco pleno.
Embora a Ordem existisse desde o séc. XVIII, não possuía sede própria e utilizava a Ermida de Nossa Senhora das Mercês para seus ritos religiosos. Cabia a ela realizar a Procissão dos Passos e a Procissão da Penitência na Quarta-feira de Cinzas. Somente em 1764 foi proposta a construção de uma sede para a Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, mas somente após cinco anos as obras tiveram início e sua conclusão data de 1794 faltando ainda as tribunas instaladas em 1798. O templo sofreu obras de conservação durante o século XIX, a Ordem deixou de mantê-la, um incêndio que destruiu seu interior e a prefeitura municipal assumiu sua manutenção.
É o primeiro bem tombado no Livro do Tombo histórico em 1962, o que propiciou obras de restauro entre 1965 a 1968 e novamente entre 1983 e 1984.
Fonte: CPC.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan
Iphan
Iphan
Iphan/PR
CPC
Espirais do Tempo
Prefeitura Municipal
Patrimônio de Influência Portuguesa
Rodrigo Sartori Jabur