quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Anos 50... Ao lado do viaduto no Trevo do Cajuru. Avenida Afonso Camargo. Esquina com a Benedito Guil , e Antônio Olivio Rodrigues no (balão do Cajuru).

 Anos 50... Ao lado do viaduto no Trevo do Cajuru. Avenida Afonso Camargo. Esquina com a Benedito Guil , e Antônio Olivio Rodrigues no (balão do Cajuru).


Pode ser uma imagem de 1 pessoa e ao ar livreAnos 50... Ao lado do viaduto no Trevo do Cajuru. Avenida Afonso Camargo. Esquina com a Benedito Guil , e Antônio Olivio Rodrigues no (balão do Cajuru).

Fonte e Texto J Dal LIn DalLin ⬇

Nesta foto, a casa onde passei vários anos da minha adolescência, ficava no Cajuru, próximo ao viaduto e da passagem de nível do trem. O prédio em alvenaria construído por meu pai não existe mais.
Aquele aroma do café...
Aos poucos os grãos esverdeados tornavam-se amarronzados, momento em que o aroma do café torrado saía pela grande janela e tomava o espaço externo. Como um alquimista meu tio sabia o ponto exato da torra, e eu ao seu lado só observava. Vez ou outra eu dava uma mãozinha. O café vinha do Norte do Paraná e o nome era bem característico, “Café Pérola do Norte”, um arranjo comercial feito entre meus tios Argemiro e Júlio. O negocio de café não foi adiante, durou pouco pelas restrições comerciais da época; havia muito café e o preço se manteve baixo por longo tempo. A máquina depois foi desmontada, e restou apenas alguns fios da instalação e a pintura na parede externa.
No mesmo ambiente onde se torrava o café um balcão servia como um pequeno armazém; com pilhas de sacas, prateleiras com secos e molhados, como se dizia antigamente, vendia-se de tudo um pouco; e todas as tardes quando o trem dos trabalhadores fazia sua parada na pequena estação, o ponto preferido da pinga era o armazém do Argemiro. Depois de uma ou várias pingas ouvia-se os causos, discutiam política, futebol e até filosofavam.
Apenas uma porta separava a casa de moradia e a “casa do negócio”, como dizia minha tia Josefina. Nesta casa passei bons momentos da minha adolescência, com meu tio aprendi valores morais, valores que trago na bagagem de vida, e o aroma do café torrado ainda guardo nas narinas...inconfundível.

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