sábado, 7 de junho de 2025

O jeito caipira ajudou a integrar japoneses no interior da Paulistânia Caipira

 O jeito caipira ajudou a integrar japoneses no interior da Paulistânia Caipira


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O jeito caipira de moradores do interior de São Paulo é Paraná ajudou a conquistar os japoneses que migraram para o Brasil e diminuiu as diferenças entre dois povos tão distintos.
Massanoto Suzuki guarda fotos do Japão e lembranças da chegada ao Brasil e conta que o choque cultural ocorreu no desembarque. Ele reparou logo na maneira de andar. “No Japão é bastante correria”, conta Suzuki, imitando andar típico japonês, com braços e pernas rígidos. No Brasil, ele percebe um jeito mais relaxado de caminhar.
A amizade entre as duas nacionalidades está registrada no filme “Meu Japão Brasileiro”, de Mazzaropi. Na pélícula, ele monta uma cooperativa cheia de bom humor com os novos moradores do país. Em uma das falas afirma: "não sou japonês, mas sou quase."
Na estrada dos japoneses no interior de São Paulo, pelo menos um obstáculo eles não tiveram que enfrentar. Por aqui, não faltaram amigos. O caipira, como bom anfitrião, fez os visitantes se sentirem em casa. Nos olhos pequenos, cabe a paixão pela terra escolhida. “No Brasil, tem muito lugar grande então eu acho que o coração também é grande no Brasil”, afirma Eduardo Maniwa.
Algumas dessas situações se integração estão registrados em um dos filmes de Mazzaropi.
Hoje há até japonês caipira cantando moda de viola no idioma dos samurais.
Além do sushi, a chegada dos imigrantes possibilitou a incorporação de uma variedade de frutas, verduras e legumes, como caqui, maçã, pera, acelga, espinafre japonês, brotos de feijão, broto de bambu, rabanete, abóbora cabotiá entre uma diversidade de produtos, enriquecendo a nossa culinária
Aliás,
Muitas são as contribuições dos Japoneses na Paulistânia, como o sistema de lavoura, que melhorou o cultivo de hortaliças e possibilitou que se pudesse produzir mais. Além da cidade paulista Bastos, que é a maior produtora de ovos do país, e quem deu início a esse processo foi um japonês que levou 30 galinhas para a cidade. E se tratando de culinária combinada aos nossos costumes, talvez seja o pastel de feira o melhor exemplo. Mesmo relacionado ao mundo urbano, quem resiste não é mesmo, é o melhor exemplo que os dois mundos se casaram muito bem.
Tudo isso começou 1908. No Porto de Kobe, onde uma multidão balança os braços e acena lenços no adeus a um grupo de japoneses que, vivendo em um país afundado economicamente, escolheu um outro “lar” para tentar a sorte. Destino: o desconhecido Brasil. Do adeus aos amigos e familiares à chegada no Porto de Santos, litoral de São Paulo, foram exatos 52 dias de viagem numa embarcação de 6 toneladas de nome Kasato Maru. As duas únicas paradas, nesse trajeto de 21 mil milhas, ocorreram em Cingapura e na África do Sul.
O desembarque dos primeiros imigrantes japoneses só aconteceu na manhã do dia 18 de junho. No total, chegaram 781 japoneses, oriundos das províncias de Fukushima, Tóquio, Kumamoto, Ehime, Hiroshima, Kochi, Niigata, Yamaguchi e principalmente de Okinawa, Kagoshima e Fukushima.
Os imigrantes chegaram ao Brasil contratados para trabalhar nas lavouras de café no Estado de São Paulo. O acordo para o início da imigração havia sido firmado em 6 de novembro de 1907 entre a Companhia Imperial de Imigração Tokio-Japão e o Governo do Estado de São Paulo. Pelo contrato, os colonos japoneses deveriam ficar no País por um período de cinco anos.
O incentivo à emigração foi uma das soluções encontradas pelo governo do Japão para diminuir a miséria e o alto índice de desemprego que se registrava no país na época, fruto da reestruturação da Era Meiji. O solo fértil brasileiro apareceu como uma boa opção. Com o fim da escravidão, as grandes fazendas de café necessitavam de novos trabalhadores. Bem antes do Brasil, japoneses haviam emigrado ao Hawaí e à Ilha de Guam, na China. Mais tarde, outras levas foram para os Estados Unidos, Canadá, México e Peru.
A miséria pela qual passava o Japão pode ser sentida no desespero dos japoneses em integrar esses grupos de emigrantes.
Atualmente é o Brasil onde possui mais descendentes e imigrantes japoneses fora do Japão, concentrados em São Paulo e Paraná.
Nas fotos: Japoneses e descendentes integrados a realidade caipira da época de São Paulo, Embu, Birigui, Mogi das Cruzes e etc.
-Felipe de Oliveira
-Portal NippoBrasil

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