Mostrando postagens com marcador 28 de fevereiro de 1921 – Montesquieu-des-Albères. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 28 de fevereiro de 1921 – Montesquieu-des-Albères. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Pierre Henri Clostermann (Curitiba, 28 de fevereiro de 1921 – Montesquieu-des-Albères, França, 22 de março de 2006)

 Pierre Henri Clostermann (Curitiba28 de fevereiro de 1921 – Montesquieu-des-AlbèresFrança22 de março de 2006)


Pierre Clostermann
Nascimento28 de fevereiro de 1921
CuritibaPRBrasil
Morte22 de março de 2006 (85 anos)
Montesquieu-des-Albères, Pirenéus OrientaisFrança
SepultamentoYvelines
Nacionalidadebrasileiro / francês
CidadaniaFrança
Filho(s)Jacques Clostermann
Alma mater
Ocupaçãomilitarescritorengenheiro
Prêmios

Pierre Henri Clostermann (Curitiba28 de fevereiro de 1921 – Montesquieu-des-AlbèresFrança22 de março de 2006) foi um piloto de caçaás condecorado da Segunda Guerra Mundialescritorengenheiro e político franco-brasileiro.

Ás da aviação

Filho de diplomata francês em serviço no Brasil, um ano após seu nascimento, seus pais retornaram a França, mas durante sua juventude passava suas férias no Brasil. Em 1937 voltou mais uma vez ao país para estudar no Liceu Franco-Brasileiro, no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, passou a escrever colunas para o jornal Correio da Manhã e obteve seu brevet de piloto no Aeroclube Brasileiro.[1] Com fim da Batalha de França, vencida pela Alemanha, recebeu um telegrama de seu pai com a mensagem:

Junte-se ao general de Gaulle ou não será mais meu filho.[2]

Em 1940 seguiu para a Inglaterra para juntar-se à força aérea da França Livre como parte da RAF, entrando combate em 1942. Em 11 de junho de 1944, ele e seu companheiro Jacques Remlinger foram os primeiros pilotos da França Livre a pousarem em solo francês libertado.[2]

Tinha um distante primo alemão piloto da Luftwaffe, chamado Bruno Klostermann, que faleceu em 14 de janeiro de 1945 durante um combate aéreo, pilotando um Messerschmitt Bf 109.[3]

Voando com Hawker Tempest e Spitfire, Pierre Clostermann torna-se ás da aviação com 33 vitórias aéreas até o fim da guerra, sendo considerado como o "Primeiro Ás da França".

Político, escritor e executivo

Em 1946 elege-se pela primeira vez deputado francês, sendo reeleito seguidamente. Dois anos depois inicia a atividade de escritor, lançando Le Grand Cirque (O Grande Circo),[4] sucesso de vendas na época e traduzido para várias línguas. Já formado engenheiro aeronáutico e num período de pausa na política, ocupou cargos executivos nas empresas de aviação Max Holste e Cessna Aircraft Company.

Homenagens

Dentre as diversas homenagens que recebeu como a Grã Cruz da Legião de Honra, a Silver Star, a Distinguished Service Cross (Estados Unidos da América), recebeu também em 2004 a Medalha do Mérito Santos-Dumont brasileira, ato registrado no documentário Um Brasileiro no Dia D.

Livros

Títulos traduzidos para o português:

  • O Grande Circo, Editora Flamboyant, 1961[5]
  • Fogo no Céu, Editora Flamboyant, 1966
  • Episódios da Guerra Aérea na Argélia, Editora Flamboyant, 1961

Livros em francês

  • Le Grand Cirque : mémoires d'un pilote de chasse FFL dans la RAF, éditions Flammarion, Paris, 1948, 307 p., (notice BnF no FRBNF19536861). Nombreuses rééditions, dont, au format de poche : Éditions J'ai lu, coll. « Leur aventure » no A42/43. Adaptation en bande dessinée par Christian Mathelot en 1950, aux éd. Flammarion.
  • Feux du ciel, éditions Flammarion, Paris, 1951, 278 p., (notice BnF no FRBNF31953684). Réédition au format de poche : Éditions J'ai lu, coll. « Leur aventure » no A6.
  • Appui-feu sur l'oued Hallaïl, éditions Flammarion, coll. « L'Aventure vécue », Paris, 1960, 221 p., (notice BnF no FRBNF32952497).
  • Des poissons si grands, Flammarion, 1963
  • Spartacus, l'espadon, Paris, Flammarion, 1989 (ISBN 978-2-08-066421-1)
  • Clostermann et Daniel Costelle, Une sacrée guerre! : Daniel Costelle questionne et enregistre les réponses de l'auteur sur sa vie, sa guerre et ses aventures, 1921-1945, Paris, Flammarion, coll. « Fiction Française », 1990 (ISBN 978-2-08-066445-7 et 2-080-66445-X)
  • Mémoires au bout d'un fil, Paris, Arthaud, 1994, 351 p. (ISBN 978-2-7003-1040-5)
  • L'histoire vécue : un demi-siècle de secrets d'État, Paris, Flammarion, 1998, 321 p., + 8 p. de planches illustrées (ISBN 2-08-067586-9, notice BnF no FRBNF36991180).
  • Le Grand Cirque 2000 : mémoires d'un pilote de chasse FFL dans la RAF, Paris, J'ai lu, 2002 (ISBN 978-2-290-32430-1) (édition refondue de l'ouvrage de 1948)
  • Une vie pas comme les autres : mémoires, Paris, Flammarion, 2005 (ISBN 978-2-08-068824-8)

Aterragem de emergência em Vila Real

Em 1958, um avião pilotado por Pierre Clostermann foi obrigado a fazer uma aterragem de emergência na Campeã, uma localidade perto de Vila Real. O piloto, que terá saído ileso dessa arriscada aterragem, foi para Vila Real, onde se hospedou por uns dias no Hotel Tocaio. A cidade pacata que Vila Real então era ficou em polvorosa com a presença de Clostermann.[6]

Ver também

Referências

  1.  «Livro de Pierre é leitura obrigatória para pilotos»Paraná online, consultado em 29 de novembro de 2015.
  2. ↑ Ir para:a b «Primeiro francês a pousar na Normndia»O Explorador, consultado em 29 de novembro de 2015 [ligação inativa].
  3.  «WW2 aces». E-mon site. Consultado em 25 de abril de 2010. Arquivado do original em 29 de agosto de 2010
  4.  O grande circo, Najack, consultado em 29 de novembro de 2015 .
  5.  «Biblioteca especializada reúne memórias de pilotos de caça», Folha da manhã, Folha de S. Paulo, consultado em 29 de novembro de 2015 .
  6.  «Clostermann em Vila Real»