Estes bares de Curitiba ficam em casarões e dão uma aula de história
Blood Rock Bar
Aberto desde 2010, o Blood Rock ocupa espaço em um casarão com mais de 100 anos que é uma Unidade de Interesse de Preservação, ou seja, não pode ser descaracterizado ou demolido, e alterações precisam ter autorização do poder público. Localizada em uma das regiões de ocupação mais antiga de Curitiba, a construção foi originalmente a residência de uma família. O local recebe shows e festivais de rock e metal, com entradas entre R$ 10 e R$ 15.
Hendrix Brew House
O castelo do Juvevê que abriga o Hendrix foi erguido em 1929, e fazia parte de um enorme terreno que abrigava uma única família. Com o tempo, o terreno foi sendo dividido, e cada construção recebeu uma ocupação diferente. Não se sabe, porém, o motivo de o “castelinho” ter inspiração gótica.
Inaugurado em 2016, o Hendrix substituiu um restaurante italiano, e quem vai ao local se surpreende com detalhes como um aparador antigo (e muito pesado), além do tamanho de ambientes como o banheiro, demasiadamente amplo como nas casas antigas. O bar é casa para show de rock e jazz, e é especializado em cervejas artesanais, que complementam um cardápio típico de boteco, com hambúrgueres e petiscos.
Foto: Reprodução/Hendrix Brew House
Casa Velha
O estabelecimento existe desde 1927, mas já teve diversas ocupações. Começou como um armazém, que misturava comércio de combustível, alimentos e barbearia e uma fábrica de balas. Depois, tornou-se uma mercearia. Há cerca de 30 anos, o local se tornou uma mistura de restaurante e boteco, e há 28 anos passou para os atuais proprietários. A decoração das paredes de madeira relembra os velhos tempos da casa, que mantém o clima de restaurante caseiro do ambiente ao cardápio.
Foto: Daniel Castellano/Arquivo Gazeta do Povo
Stuart
O Stuart está no mesmo imóvel, na Praça Osório, desde 1954 (o bar é de 1904). As fotos na parede relembram várias personalidades que passaram pelo local desde então — conta-se que o Stuart inspirou o verso “O Rio é o mar. Curitiba, o bar", de Paulo Leminski —, além de registrar eventos que o local presenciou nos outros endereços pelos quais passou. O cardápio tem petiscos tradicionais dos botecos curitibanos, como a carne de onça, além do conhecido testículo de touro, e os preços vão de R$ 35 a R$ 40.
Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
James Bar
Na mudança de endereço em 2017, o James passou a ocupar um casarão de 1936. Todo o interior foi reformulado para comportar a ampla pista e bar, além de deixar todos os ambientes com pé-direito alto. Apesar das mudanças, necessárias pelo estado de degradação do local, é possível identificar na fachada elementos da arquitetura original, além do amplo jardim que relembra como as casas antigas de Curitiba. As festas acontecem de quinta a sábado, com preços de entrada entre R$ 20 e R$ 35.
Ponto Final Riad Bark
Os donos do Ponto Final não sabem muitos detalhes sobre o casarão em que o bar está instalado desde 1987, mas de uma coisa eles têm certeza: o local tem mais de cem anos. Quem desvendou a charada foi a mãe de Marlene, esposa de Riad, que é centenária e tem lembranças da infância sobre a construção. Do lado de dentro, o bar dedicado à MPB ao vivo lembra as casas antigas da região, com ambientes amplos e detalhes como a escadaria de madeira.
Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
O Torto Bar
A construção de 80 anos que abriga o Torto era um secos e molhados, armazém antigo onde se comprava de tudo. Na década de 1970, o local se tornou somente bar, condição que mantém até hoje. É um exemplar da “quebra de esquina”, presente em construções da mesma época. Do lado de dentro, os clientes podem apreciar o cardápio de boteco com petiscos variados, cervejas e vinho, tudo em um ambiente que lembra os antigos armazéns.
Foto: Antonio More/Arquivo Gazeta do Povo
Paradis Club
Outro lugar que é Unidade de Interesse de Preservação é o casarão da Paula Gomes em que fica a Paradis Club. A construção centenária recebe festas retrô de quinta a sábado, que dão o tom de clube dos anos 1960 e 1970. Mas tudo preservando a construção histórica que se identifica nas paredes externas: a casa recebeu uma série de adaptações estruturais para receber a balada. Os preços de entrada vão de R$ 20 a R$ 30.
Foto: Divulgação/Maringas Maciel