História do banco Bamerindus
Sediado em Curitiba, no Paraná, o banco Bamerindus foi fundado pelo banqueiro e político Avelino Antônio Vieira e era bastante conhecido por pertencer à família Andrade Vieira. Nascido em Tomazina, uma pequena cidade localizada no interior do Paraná, Avelino trabalhou como vendedor e ex-escriturário de seção bancária (representação de bancos em pequenas cidades).
Mais tarde, quando conseguiu concluir o curso de contabilidade na capital paranaense, o banqueiro retornou para sua cidade natal e abriu sua primeira seção bancária. Com a crise mundial, no ano de 1929, Avelino Vieira resolveu fundar, na sua cidade, uma empresa bancária, necessitando formar uma sociedade com alguns amigos.
A associação ficou conhecida como Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco Popular e Agrícola do Norte do Paraná (BPA). O banco foi incorporado ao Banco Comercial do Paraná em 1944, do qual Avelino tornou-se diretor comercial.
Já no ano de 1951, o banqueiro passa a assumir o controle do Banco Meridional da Produção, que possuía apenas quatro agências, e muda sua razão social para Banco Mercantil e Industrial do Paraná SA.
Mas somente no mês abril de 1971 o seu banco deixa de ser chamado de Banco Mercantil e Industrial do Paraná SA para ser conhecido como Banco Bamerindus do Brasil SA. Sua instituição financeira tornou-se reconhecida como uma das maiores instituições bancárias da América do Sul durante as décadas de 1970 e 1980, e veio a entrar em crise e falência nos anos 1990.
Quem no começo da década de 1990 assistia ao Domingão do Faustão da TV Globo vai se lembrar de uma das propagandas mais bem humoradas e cantantes daquela época. A peça publicitária era ensinada pelo ator Tony Lopez e tinha o seguinte jingle:
“O tempo passa, o tempo voa; e a ‘Poupança Bamerindus’ continua numa boa… é a ‘Poupança Bamerindus”
Até hoje a propaganda é relembrada pelo público e no Youtube os internautas recorrentemente comentam a saudade que sentem da época. De fato, era uma forma muito chamativa e convincente de chamar a atenção dos telespectadores.
Em 1994, o grupo bancário teve que pedir ajuda ao Programa de Estímulo à Reestruturação e Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), para conseguir dar continuidade aos negócios. Porém, a tão esperada recuperação não ocorreu, tendo de recorrer ao Banco Central e, por fim, se incorporar ao HSBC.