Rua Barão do Rio Branco - Ano de 1991.
***Fonte - Curitiba do Passado ***

fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado



Agostinho Pereira Alves, nasceu em Paranaguá, a 27 de janeiro de 1889. Era filho do Capitão de longo curso e armada Agostinho Antônio Pereira Alves e de dona Balbina Siqueira Pereira Alves. Findo o curso primário, iniciou a carreira comercial como caxeiro de importante casa comercial. Só bem mais tarde é que se afastou do comércio, passando a armador. Possuía regular grupo de embarcações para cargas e descargas de navios. Foi casado com a dona Alzira Vidal Pereira Alves, no qual teve os filhos, Arthur Vidal Pereira Alves, Altiva Vidal Pereira Alves, Alzira Vidal Pereira Alves casada com Cid Miró, Acácia Vidal Pereira Alves casada com Eudes Marques Vianna, Alvaro Vidal Pereira Alves, Aglacy Vidal Pereira Alves casada com Américo Caldeira Gorrenzen e, Agostinho Pereira Alves Filho casado com dona Euthalia Kugler Pereira Alves. Em 1939 nomearam-no Prefeito Municipal de Paranaguá e, mais tarde exerceu o mesmo cargo por meio de eleição. Desempenhou ainda o cargo de Camarista. Cidadão honesto, foi sempre muito estimado por seus amigos e subalternos. Politico moderado. Foi presidente do Clube Republicano e vice presidente do Club Litterario. O traço marcante de sua personalidade consistia na alta compreensão de seus deveres para com o seus filhos que o idolatravam. Faleceu Agostinho Pereira Alves a 18 de maio de 1951 em sua cidade natal. Largo Agostinho Pereira Alves um dos logradouros de nossa cidade foi a homenagem dado a esse cidadão.
Nasceu dia 29/10/1876, em Paranaguá. Filho de Manoel Ricardo Carneiro e Délphica Guimarães Carneiro. Faleceu em Curitiba, 24 de fevereiro de 1940. Fêz o curso de preparatórios em Curitiba e matriculou-se em 1893 na Academia de Medicina da Capital do País. Doutorando-se em 1898. Muito bom estudante, tanto no curso propedêutico, como no superior. Nos últimos anos de sua vida acadêmica foi interno, na Escola de Medicina, de Francisco de Castro, grande mestre dos médicos brasileiros. Formado, veio clinicar no Paraná, onde se casou com Francisca Martins Erichsen, no seu Estado, logo ao iniciar a atividade profissional, teve destacada atuação numa epidemia de varíola, que acometeu a população de Paranaguá, sua cidade natal. Em 1901, foi para São Paulo trabalhar no Instituto Bacteriológico, sob a direção do genial Adolfo Lutz, acompanhado de Vitor Godinho, Carlos Meyer, Bruno Rangel Pestana e outros, e foi também médico da Santa Casa, tendo como assistente Rubião Meira. Na Capital Paulista foi grande colaborador de Vital Brazil, na organização do Instituto Ser um Terápico ou Butantan. É o grande ofidiologista patrício quem diz numa página de sua "Memória Histórica do Instituto de Butantan": "A 23 de fevereiro de 1901, sendo presidente do Estado de S. Paulo o Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues Alves e Secretário do Interior o Dr. Bento Bueno, foi, por fôrça do decreto nº 878 - A. dada organização oficial a êsse estabelecimento e, nesse mesmo dia, fôram nomeados como diretor o Dr.Vital Brazil e como ajudante o Dr. Abdon Petit Carneiro". Dada a organização oficial do Butantan, a 23 de fevereiro de 1901, menos de quatro mêses depois, isto é, a 11 de junho do mesmo ano, já o instituto entregava ao consumo os primeiros tubos de sôro antipestoso. Pois bem: já sabemos que a preparação de sôro antipestoso para combater a peste negra foi a principal razão da fundação, não só do Butantan, como de Manguinhos. E agora perguntamos: Quem foi a pessôa encarregada de aplicar, pela primeira vêz, o sôro fabricado pelo Butantan afim de lhe provar a eficiência curativa? A pessôa encarregada foi o primeiro assistente do Instituto, o Dr. Abdon Petit Carneiro, que, nos messes de novembro e dezembro de 1901, designado pelo diretor do Serviço Sanitário, Dr. Emilio Ribas, o Osvaldo Cruz da Saúde Pública de São Paulo, se dirigiu para a cidade de Campos, assolada por grave epidemia de peste bubônica, afim de estudar, "in-loco", a ação curativa anti-pestífera do sôro elaborado pelos Intitutos Butantan, Pasteus, de Paris, e Manguinhos. Dois mêses, durou a perigosa tarefa do Dr. Petit Carneiro em Campos. Enormes foram os serviços que prestou à população sofredora dessa grande cidade açucareira do Estado do Rio. De volta ao Paraná, em 1902, novamente instalou seu consultório em Paranaguá, dirigindo também, nessa ocasião, o Hospital da Cidade e o Serviço de Higiene Municipal. De Paranaguá, em 1905, se mudou para Ponta Grossa, onde clinicou até fins de 1910, deixando, nesta cidade, grande número de amigos dedicados, entre os quais alguns ainda vivem e lhe cultuam, com saudade, a memória. Em 1911, se mudou de Ponta Grossa e veio residir em Curitiba, onde faleceu, com 63 anos de idade, em fevereiro de 1940. Em Paranaguá, Ponta Grossa e Curitiba, durante vinte e muitos anos, prestou serviços médicos à classe ferrovoária. Em Curitiba, por muito tempo, dirigiu o serviço médico da Caixa de Aposentadorias e Pensões dos Ferrovoário da R.V.P.S.C.. Em 1912, o Dr. Petit Carneiro foi um dos fundadores da Universidade do Paraná. Pode-se dizer que, da Universidade que ajudou a fundar, não arredou o pé um só momento, até pouco antes de morrer. De tôdas essas disciplinas, aquela a que se dedicou, inteiramente, durante seus 28 anos de docênia, foi a Histo-logia. Repitamos: os anos mais fecundos da vida de Petit Carneiro foram, não há negar, aquêles vinte e oito de assíduo execício do magisterio superior. No magistério, como em nenhum outro setor de suas múltiplas atividades, foi que êle deixou traços inapagáveis de sua personalidade.( Extraído do livro "Petit Carneiro quarenta anos de atividades médicas", de Milton Carneiro.)