O 1º Cine Ritz encerrou suas atividades em 1962, quando houve o alargamento da Rua XV de Novembro na gestão Ivo Arzua, e os velhos prédios do trecho foram demolidos. Anos depois a multinacional C&A adquiriu o grande terreno e construiu a sua loja de departamentos. Quando o projeto foi apresentado ao IPPUC, o prefeito Jaime Lerner, cinéfilo fiel e preocupado com o fechamento dos cinemas, propôs que, ao invés do miolo-de-quadra, que por lei deveria existir, fosse executado pela C&A um confortável cinema, com 280 lugares. Apesar de ter deixado a Prefeitura, e a sua proposta sofrer alguma oposição pela administração que o sucedeu, venceu o bom senso e a Fundação Cultural de Curitiba ganhou a sua melhor sala, o 2º Cine Ritz, inaugurado em março de 1985, com o filme "Cabra Marcado para Morrer", de Eduardo Coutinho.
Cinema mantido pela Fundação Cultural de Curitiba fechou num domingo, em abril de 2005, sem espectadores para o último filme. Nenhum espectador assistiu ao fim de um dos mais tradicionais cinemas de Curitiba, e a Fundação Cultural anunciou na tarde do mesmo dia, o fechamento oficial do espaço e marcou para as 20h30 a última sessão do pequeno cinema que sobrevivia há 20 anos, já em condições precárias.
“A sessão de A casa dos bebês, uma co-produção americana e mexicana, não teve nenhum espectador e o cinema partiu silenciosamente. A penúltima exibição, às 17 horas do domingo, registrou oito espectadores”. (Katia Michele Pires, "Cine Ritz teve última sessão sem espectadores". Bonde, 26/04/05)
O motivo do fechamento não foi a deficiência das projeções, o som quase inaudível nem as cadeiras pouco confortáveis do espaço, localizado bem no coração da Rua XV de Novembro. O que influenciou no fechamento das portas do cinema, segundo divulgou a Fundação Cultural de Curitiba, foi a impossibilidade de acordo com o novo proprietário do prédio, que pedia R$ 15 mil pelo aluguel da sala. O contrato que garantia o funcionamento do Cine Ritz foi fechado em 1985, em regime de comodato. O cinema foi cedido para uso da Fundação Cultural por uma das empresas do Grupo Cofra, proprietário das lojas C&A, em 1985. O contrato acabou em fevereiro de 2005. A gestão solicitou renovação do documento nos mesmos termos, mas o prédio havia sido vendido. O novo proprietário recusou a renovação e disse ter a intenção de alugar o espaço.
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