A Capela Nossa Senhora da Conceição, foi construída pelo Coronel Antônio Luiz (primeira pessoa a habitar o município de Campo Largo), sendo a primeira Igreja na vasta região dos Campos Gerais, em 1709, cuidada pelos Frades Carmelitas que realizavam missas, casamentos, batizados e outras celebrações litúrgicas, atendendo os habitantes da localidade e de Palmeira. Com o falecimento do Coronel, a sesmaria começou a pertencer a diversas pessoas. Em 1821 que se deu início à construção da Primeira Igreja. Essas obras foram executadas pelo Capitão Jerônimo José Vieira, sob a administração do Capitão João Antônio da Costa e do Padre José Joaquim Ribeiro da Silva. As paredes de pedras ligadas e cobertas com grossa argamassa de cal e areia mediam quase um metro de espessura. A Igreja foi solenemente inaugurada em 02 de fevereiro de 1826, com a transladação da imagem da Padroeira Nossa Senhora da Piedade da casa do Tenente Joaquim Lopes Cascais até a Igreja. A benção da Igreja aconteceu no dia 24 de janeiro de 1827, mediante a provisão de 12 de Maio de 1826. Em 16 de Outubro de 1828, o Capitão Joaquim José Vieira solicita ao Bispo Dom Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade que eleve à capela curada, sendo nomeado oficialmente o Capelão Padre José Joaquim da Silva. E o seu limite territorial seria proposto pelo Governo Imperial. A capela curada foi elevada à freguesia criada pela lei provincial nº23 de 12 de Março de 1841. A 24 de Maio de 1941, Dom Áttico Eusébio da Rocha eleva-a a Paróquia inamovível. O Padre Ladislau Kula, (1920 à 1930) quase conseguiu concluir a matriz, mas foi o Monsenhor Aloísio Domanski que completou em seu ministério sacerdotal a Igreja Matiz, o revestimento externo e a decoração interna, os acabamentos (pintura) concluídos em 1934. A Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Campo Largo é uma obra de fé e de arte, uma delas é a sua pintura interna, que nos mostra as cores da fé. O responsável por isso foi Anacleto Garbaccio, piomentês formado pela Escola de Belas Artes de Turim. Era professor de desenho na Sociedade Garibaldi no Centro Cultural Dante Alighieri. Chegou ao Brasil em 1912, um de seus primeiros trabalhos foi a pintura interna do Teatro Municipal de São Paulo. Após vários cursos principalmente nos Estados Unidos, executou muitas pinturas nas Igrejas. Baseava-se em pinturas das Igrejas da Itália, trabalhou nas Igrejas Catedral de Curitiba, Igreja de Santa Terezinha em Curitiba em Campo Largo na Igreja da Rondinha, Colônia Antônio Rebouças e na Matriz. Juntamente com seu Irmão Carlos veio residir em Campo Largo para pintar todo o interior da Igreja Matriz que demorou 18 meses para finalizar seu trabalho. Nunca sacrificou nenhum detalhe mesmo sendo o grande trabalho os detalhes, isso aconteceu em 1941. Com o custo de CR$ 30.000,00, incluído todo o madeiramento para andaimes. Em 1974, houve a correção da pintura das paredes das janelas para baixo, retoque na pintura e pintura completa, a óleo, de todo o presbitério. Os vitrais artísticos executados por Arte Decorativa de Curitiba, entre maio e junho de 1949. Foi um custo de CR$ 100.000,00, sendo que o Apostolado da Oração, a Pia União das filhas de Maria, Congregados Marianos, Irmandade do Rosário Vivo, Cruzada Eucarística, Cerâmica Campo Largo, Cerâmica Iguassu, Cerâmica Itaqui, Pedro e Vitória Sowierzoski, cada um colaborou com CR$ 6.000,00. O restante foi coberto com diversas festas e esmolas dos fies. Os Nichos da Igreja Matriz também são obras de altíssimo valor santo e histórico. Foram desenhados e trabalhados pelo escultor Pedro Faganoli. O Altar-mor é de imbuia entalhada, vistoso dourado. Com lápide inteiriça de granito com sacrário. O valor foi de CR$ 25.000,00. O desenho feito por Gerd Galssen e a execução da obra por Corrêa Cia. Guetter. A Sagração do altar foi feita em dia 01 de fevereiro de 1941. O púlpito também de imbuia e as imagens de gesso, foi doado por João Skrsypiec e por Jacob Augustyn, ambos doaram CR$ 6.000,00. Bem como as vias sacra são todas em madeira de imbuia e as imagens em gesso. Também foi doada uma Pia Batismal em 30 de janeiro de 1879, com tampa em madeira talhada e envernizada, oferecida pelos Capitães Pedro Martins Saldanha e José Joaquim Ferreira de Moura. Que ficava no Batistério, e atualmente está ao lado do presbitério. Na atual Igreja Matriz, há duas torres, em uma delas na torre esquerda contém três sinos que foram doados pela Colônia polonesa em louvor a São Pedro, o outro doado por João Skrsypiec em louvor a São João Batista e o outro a doação foi feita por João Meister em louvor a Santa Terezinha. Os sinos foram benzidos solenemente no dia 02 de fevereiro de 1931. Na mesma torre também ao lado de fora, há um enorme relógio que a cada tempo faz os sinos tocarem. Em 1931, havia reclamações de má conservação, e atualmente é feita a manutenção, e em 2009 sofreu uma grande reforma. No coro interno e nos fundos da Igreja todo de imbuia reforçado, há um órgão com 5 metros de altura, 3,12 metros de comprimento e 3,0 de profundidade, construído nos fins do séc. XIX por Ariestiedes Cavaille-coll, nasceu em Montpelliera, 02 de fevereiro de 1811, e faleceu em Paris em 12 de outubro de 1899. A aquisição foi feita junto à Catedral de Curitiba, pelo valor de CR$ 135.050,00, e sua inauguração foi feita em 12 de junho de 1955 em missa solene, que cantou a missa foi sua excelência reverendíssima Dom Manuel da Silveira D’Elboux. No Ano de 1958, foi construída uma gruta de Nossa Senhora de Lurdes com Santa Bernadete, as imagens foram doação das irmandades, o restante foi doação e mão de obra feita por um protestante Sr. Frederico Schmidt. A Gruta foi abençoada no dia 21 de dezembro de 1958.
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