quarta-feira, 16 de março de 2022

Esta foto lembra-me como era difícil transitar pela Estrada da Graciosa nos anos 1960. A estrada foi construída na década de 1880, tempo em que o advento dos transportes movidos à combustão sequer tinha ocorrido. Naquela época o transporte era feito a pé, no lombo de mulas, em carroças e carroções.

 Esta foto lembra-me como era difícil transitar pela Estrada da Graciosa nos anos 1960. A estrada foi construída na década de 1880, tempo em que o advento dos transportes movidos à combustão sequer tinha ocorrido. Naquela época o transporte era feito a pé, no lombo de mulas, em carroças e carroções.


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Esta foto lembra-me como era difícil transitar pela Estrada da Graciosa nos anos 1960. A estrada foi construída na década de 1880, tempo em que o advento dos transportes movidos à combustão sequer tinha ocorrido. Naquela época o transporte era feito a pé, no lombo de mulas, em carroças e carroções.
Com o crescimento do Estado e consequentemente das atividades do Porto de Paranaguá, a estrada teve que suportar o aparecimento dos caminhões e suas cargas. Nesse contexto, somava-se ainda a necessidade de tráfego dos automóveis que iam e vinham do litoral.
Lembro-me, certa vez, de estarmos subindo a serra, em 1962, e nos depararmos com uma imensa fila de carros e caminhões à nossa frente. Tinha apenas sete anos de idade e aquilo era inusitado para mim. De boca em boca, na fila, corria a notícia que tinha havido "queda de barreira" que, depois fui entender era um deslizamento na encosta.
Improvisando, a Polícia Rodoviária dava atendimento, conseguindo fazer com que o tráfego ocorresse por um pequeno estreito que fizeram, junto ao precipício, onde todos os veículos tinham que passar, um a um, cuidando para evitar desbarrancamento. Notei que, enquanto estávamos parados, os veículos em sentido contrário, estavam descendo a serra.
Esperamos um bom tempo até que alguém disse que a bandeira tinha sido passada e, agora, a nossa fila subindo a serra, podia passar. Era excitante ver a passagem da bandeira, um pedaço de pau com um pano amarrado em cima, era o instrumento que garantia a alternância dos sentidos, comandada por um trabalhador do trecho.
Quando estávamos passando no ponto do desbarrancamento, vi um FNM, (dizíamos Fenemê), caído grota adentro. O coitado do motorista, ao esgueirar o veículo pelo estreito, perdeu o controle. Fiquei impressionado com a cena pois percebi que o perigo era grande para nós também.
Paulo Grani.

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