Uma vista de onde hoje é a Avenida Emílio Johnson, nas proximidades do Terminal Almirante Tamandaré. Ano 1967.
Em 1967, o que hoje é um dos principais eixos da cidade ainda era um cenário de transformação — um pedaço de terra em movimento constante entre o passado e o futuro.
A Avenida Emílio Johnson , então, não era apenas uma rua. Era um caminho de histórias : onde ônibus antigos com placas metálicas e pintura viva seavam para o interior, onde homens e mulheres aguardavam na calçada com chapéus e bolsas de couro, e crianças corriam com sorvetes derretidos no sol quente.
O Terminal Almirante Tamandaré , já um ponto de referência, era um lugar de encontro — um centro de partidas, despededidasas e esperanças. Ali, os motoristas acenavam, os cobradores gritavam os ingressos, e a música ecoava nos altifalores do pátio: “Só vai ter amor… só vai ter amor…” — o som de uma época que sonhava em modernidade.
As casas ao redor eram simples, mas cheias de vida: varandas com flores, jardins pequenos, e árvores altas que ofereciam sombra aos passageiros. O chão batido, às vezes, mar-se em poça de lama, mas ninguém se preocupava: era parte do ritmo da vida.
Era um tempo em que o tempo crescia sem pressa. Nem tudo estava pronto, mas tudo estava começando. E cada passo no caminho era um passo rumo à história de um povo que, mesmo sem saber, estava construindo seu futuro.
📸 Fotografia: Arquivo Histórico / Acervo Municipal
*"No meio do movimento, há silêncio."No meio do movimento, há silêncio. No meio do barulho, há memória. E nessa esquina, onde hoje está a Avenida Emílio Johnson, ainda mar os rastros do tempo que foi — e o coração que nunca parou de bater."
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