Geraldine “Jerrie” Mock se tornou a primeira mulher na história a voar sozinha ao redor do mundo em 17 de abril de 1964.

Geraldine “Jerrie” Mock se tornou a primeira mulher na história a voar sozinha ao redor do mundo em 17 de abril de 1964. Apelidada de "a dona de casa voadora" pela imprensa, Mock circunavegou a Terra pilotando um monoplano monomotor Cessna 180; 27 anos após a famosa e malfadada tentativa de Amelia Earhart. Apesar de seu incrível feito recorde, o nome de Mock é amplamente desconhecido hoje.

Em uma entrevista antes de sua morte, a nativa de Ohio disse: “Eu não me conformava com o que as meninas faziam. O que as garotas faziam era chato.” Aos 7 anos, depois de fazer uma curta viagem de avião em um aeroporto próximo, Mock declarou que queria ser piloto. Vários anos depois, acompanhando as aventuras de Amelia Earhart no rádio, ela sonhava em fazer voos semelhantes. “Eu queria ver o mundo”, lembrou ela. “Eu queria ver os oceanos, as selvas, os desertos e as pessoas.”

Ela era a única mulher na turma de engenharia aeronáutica da Ohio State University, onde os alunos do sexo masculino a deixaram sozinha depois que ela obteve a única nota perfeita em um difícil exame de química. Mas em 1945, as mulheres raramente seguiam carreiras aeronáuticas e, aos 20 anos, ela abandonou a faculdade para se casar com Russell Mock. Logo, Mock estava ocupada com seu papel de esposa e mãe de três filhos, mas ainda sonhava em voar. Assim que seus filhos mais velhos estavam na escola, ela começou a ter aulas de voo e obteve sua licença de piloto. Quando Mock se cansou de sua vida normal em casa, ela reclamou com o marido que estava entediada. “Talvez você devesse entrar em seu avião e apenas voar ao redor do mundo”, ele brincou, mas Mock decidiu que estava certo.

Ela passou um ano se preparando para uma volta ao mundo, ajudada por outros pilotos e navegadores que a achavam louca por querer empreender uma empreitada tão perigosa. Aos 38 anos, ela iniciou seu voo em 19 de março de 1964 - dois dias depois que outra mulher, Joan Merriam Smith, também partiu em uma tentativa solo de volta ao mundo. A pressão para estabelecer o recorde tirou um pouco da alegria de seu voo; o que ela havia planejado como uma viagem turística de lazer acabou sendo uma maratona cansativa composta de 12 ou mais horas de vôo em cinco horas de sono. Mesmo com esses desafios, quando ela voltou para casa em 17 de abril, ela anunciou: “Não sei o que dizer. Isso é simplesmente maravilhoso."

Mock nunca quis capitalizar sua fama, preferindo a solidão e o silêncio: “O tipo de pessoa que consegue sentar sozinha em um avião não é o tipo de pessoa que gosta de estar continuamente com outras pessoas”, explicou ela. Depois de 1969, as finanças a impediram de pilotar um avião novamente. E embora ela reconhecesse a importância de seu voo, alcançar o recorde não era tão importante quanto a alegria que ela sentia ao voar. Em entrevistas em suas várias paradas durante o voo, ela disse recatadamente: “Eu só queria me divertir um pouco no meu avião”. Jerrie Mock faleceu em 2014 aos 88 anos.

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