Ilha de Algodoal, Pará: como chegar e o que fazer nesse paraíso Veja um guia completo da Ilha de Algodoal, no Pará. Lá não há estradas ou carros, mas há muita tranquilidade e paisagens lindas

Lugares paradisíacos geralmente são muito explorados pelo turismo e acabam perdendo a sua essência. Isso não é o caso da Ilha de Algodoal, que permanece com suas casas feitas de palafitas, palha e bambu.

A ilha é um dos lugares mais lindos do Pará e atrai justamente pela sua simplicidade e tranquilidade, além das belezas naturais. Neste artigo, vou explicar como chegar, quando ir e o que fazer na Ilha de Algodoal.

Ilha de Algodoal: onde fica? Como chegar?

A Ilha de Algodoal na verdade é uma vila dentro da Ilha de Maiandeua. Algodoal é o lugar mais popular de Maiandeua, por isso, a ilha ficou conhecida como Ilha de Algodoal. Contudo, existem outras vilas dentro da Ilha de Maiandeua: Camboinha e Fortalezinha.

Essa é uma das ilhas do estado do Pará, localizada a aproximadamente 170 quilômetros da capital, Belém. Para chegar lá, é necessário ir até a cidade de Marudá e em seguida pegar um barco para Algodoal.

A passagem de barco custa de R$ 17 a R$ 22, dependendo da época do ano, e o trajeto leva em torno de 40 minutos. Na baixa temporada, há horários pré-determinados. Na alta, tem barcos saindo com frequência.

Mas como chegar no porto de Marudá? Existem três opções:

1. Veículo próprio

Com carro próprio, você sai da cidade de Belém pela BR-316 com destino a Castanhal e em seguida entra na PA-136 até chegar na cidade de Marudá. A estrada é boa e bem sinalizada. A viagem dura em torno de 3 horas.

Existem alguns estacionamentos próximos ao porto de Marudá onde você pode deixar o carro. Depois é só comprar a passagem de barco para Algodoal e aguardar o seu horário.

2. Van

Na cidade de Belém, na praça atrás da rodoviária, há vans que fazem o trajeto até Marudá. Caso não tenha transporte direto para Marudá, você pode pegar a Van até a cidade de Castanhal e de lá embarcar em outra Van para Marudá. Mesmo que você pegue a van direto para Marudá, ela vai fazer uma parada em Castanhal.

As vans são pequenas, sem muito conforto, mas têm ar condicionado. A viagem dura mais ou menos 4 horas até Marudá e custa hoje R$ 50. Elas param na rodoviária de Marudá, que fica a uns 900 metros do porto; dá para ir caminhando tranquilamente.

3. Ônibus

Os ônibus diretos de Belém para Marudá funcionam apenas na alta temporada e com poucos horários. Por isso, não é uma opção muito utilizada. A passagem custa em média R$40 e a viagem dura quase 4 horas.

Caso você esteja viajando no modo econômico, você pode pegar um ônibus de Belém para Castanhal por R$10 e sem seguida pegar a van para Marudá por R$25. É a alternativa mais em conta.

como chegar na ilha de algodoal, no pará

Chegando na Ilha de Algodoal

Você vai chegar na Ilha de Algodoal pelo porto, que fica a pouco mais de 1 quilômetro da vila. Caso você esteja com muita bagagem, contrate uma charrete para levar você até a sua hospedagem. Elas ficam esperando os barcos chegarem no porto.

Se estiver com pouco peso, sugiro ir caminhando mesmo, para já ir conhecendo a vila e se habituando ao lugar. O percurso a pé até a vila leva em torno de 15 a 20 minutos.

Quando ir para a Ilha de Algodoal

No Pará existem apenas duas estações: a chuvosa (chamada de inverno pelos moradores) e a época da seca (chamada de verão). A estação das chuvas costuma ser no primeiro semestre do ano (janeiro a junho).

A melhor época para ir à Ilha de Algodoal é de agosto a novembro, pois são os meses com menos precipitação. Contudo, mesmo quando chove bastante o calor está sempre presente em qualquer lugar do Pará.

O que fazer na Ilha de Algodoal

Praia da Vila de Algodoal

A Praia da Vila de Algodoal, como o próprio nome diz, é a praia que fica mais próxima da vila. É aquela aonde você vai caminhando em qualquer momento do dia. Não precisa atravessar nenhum rio, nem fazer trilha para chegar.

Tem vários bares e restaurantes onde você pode se deliciar com as comidas típicas do Pará. A praia da vila também é o lugar perfeito para ver o pôr do sol na Ilha de Algodoal.

No canto esquerdo da praia, em direção ao porto, é onde os moradores costumam ir para tomar banho de mar. Nesse cantinho, o mar é super calmo e geralmente tem poucas pessoas por ali. A foto lá do topo do post é de lá!

Praia da Princesa

A praia da Princesa é a mais famosa da Ilha de Algodoal. Para chegar nela, é necessário atravessar o rio, no canto direito da Praia da Vila. Quando a maré está baixa, é possível atravessar caminhando. Na maré alta, os barqueiros fazem a travessia por R$ 3.

Você vai encontrar vários bares e restaurantes na orla, todos com a mesma simplicidade e conforto. O que não faltam são opções de comidas e bebidas, além de redes para descansar depois do banho de mar.

Lagoa da Princesa

A Lagoa da Princesa é uma lagoa que depende da água da chuva. Ou seja, após o período chuvoso, ela vai desaparecendo progressivamente. A lagoa tem águas escuras e geladas, ao contrário da água do mar. Na alta temporada, um barzinho funciona ali na beira.

Para chegar, é só caminhar até o último bar da praia da Princesa e ir em direção às dunas por uma trilha tranquila de mais ou menos 30 minutos. Você pode se orientar com aplicativos de trilha off-line ou contratar um guia credenciado para lhe acompanhar.

É um passeio gostoso, que passa pelo meio das dunas e por dentro da mata, até chegar na lagoa. Mesmo com pouca água, vale a pena fazer essa caminhada e curtir o dia em meio à natureza.

Praia de Fortalezinha

A Praia de Fortalezinha fica do outro lado da Ilha de Maiandeua, sendo necessário contratar uma charrete (na maré baixa) ou um barco (na maré alta). Outra opção para os mais aventureiros é ir de barco até a vila de Camboinha e de lá ir caminhando até Fortalezinha, por uma trilha de 6 quilômetros.

Fortalezinha é um passeio imperdível para quem está na Ilha de Algodoal. É um lugar que consegue ser ainda mais simples e tranquilo. A paisagem muda totalmente com a oscilação da maré. Muito lindo!

O que fazer na Ilha de Algodoal à noite

Na praia da vila de Algodoal, não deixe de ir ao espaço Mupéua: é lá onde acontecem as melhores festas de carimbó. Nativos da ilha e turistas se juntam e fazem uma noite linda e divertida.

Na alta temporada, rola um reggae no Bar de Pedra, o último bar da praia da Princesa. Com um visual maravilhoso e preços justos, o reggae virou uma festa tradicional da ilha.

E para quem está na praia de Fortalezinha vale a pena conhecer a Casa do Carimbó, espaço que fomenta a cultura local e eventualmente tem apresentações dessa dança típica do Pará.

Dicas extras sobre a Ilha de Algodoal

Internet: na maior parte da ilha não há internet, apenas wi-fi nos locais privados. Aproveite para se desconectar do mundo virtual e se conectar com a natureza!

Transporte: lembrando que não há carros dentro da ilha de Algodoal. Os únicos transportes dentro da ilha são charrete e barco. É hora de colocar as pernas para trabalhar!

Maré: nos períodos de Lua Cheia e Lua Nova, a maré oscila mais. No caso da maré estar seca, os horários de barco para entrar na ilha são alterados. Acompanhe a tábua da marés na internet.

Lendas: a Ilha de Algodoal é cheia de lendas. Pergunte aos moradores sobre as lendas da Princesa e do Boto. Eles adoram contar e você vai escutar várias histórias diferentes!

Voluntariado no Pará

O Pará é um estado riquíssimo em história, cultura e natureza. Caso você tenha vontade de conhecer melhor esse paraíso que é porta de entrada da Amazônia, aproveite a plataforma da Worldpackers, que é a comunidade mais segura para fazer voluntariado e viva uma imersão cultural no Pará.

Você pode colaborar com projetos sociais, ONGs, ecovilas, hostels e comunidades e receber em troca hospedagem, alimentação e outros benefícios. Não importa sua idade, gênero, nacionalidade ou condição: viajar como voluntário é possível e é perfeito para conhecer novos lugares e outras culturas.

No Pará, existem mais de 20 vagas de trabalho voluntário disponíveis. Dá uma olhadinha aqui: vagas de voluntariado no Pará.

charretes são meios de locomoção comuns na ilha de algodoal, no pará

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