Neste imóvel na Rua Assumguy, nº 95/97, em Curitiba-PR, (atualmente Rua Mateus Leme, 799) funcionou a fábrica de moinhos do Eng. ISAIAS ALBERTI.
Neste imóvel na Rua Assumguy, nº 95/97, em Curitiba-PR, (atualmente Rua Mateus Leme, 799) funcionou a fábrica de moinhos do Eng. ISAIAS ALBERTI. Na parte da frente era a residência da família e atrás a fábrica.
A fábrica de moinhos funcionou entre 1913 e 1946 mais ou menos. Depois foi transformada em oficina mecânica. No início dos anos 80 o imóvel foi vendido e demolido, dando lugar ao edifício atual.
Um pouco da história do imóvel e de da família:
Isaias Alberti nasceu em Chiari, Brescia, Itália em 1873. Aprendeu o ofício de mecânico com seu pai e irmãos, que tinham uma fábrica de moinhos em Palazzolo Sull’Oglio, Brescia.
Por volta de 1897 Isaias veio para o Brasil. Em 1899 casou-se em Curitiba-PR com Thereza Deconto, nascida em Curitiba, filha de imigrantes italianos vindos de Miane, Treviso.
Depois do nascimento de seu filho José Jacob (1901), Isaias voltou com a família para a Itália. Em Palazzolo Sull’Oglio, Brescia, nasceram mais três filhos: Paola Anna (1903), Isaias Davide (1905) e Luiz Jacob (1907).
Em 1913 Isaias Alberti retornou ao Brasil, com a esposa e os quatro filhos, e abriu sua fábrica de moinhos nesse imóvel na Rua Assunguy, que depois mudou de nome e atualmente é a Rua Mateus Leme.
Além de moinhos, ali se fabricava também outros pequenos equipamentos agrícolas, serras e elevadores de carga.
Em 1922 Isaias Alberti participou da Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, realizada no Rio de Janeiro, onde expôs um moinho e foi premiado com Medalha de Ouro.
Em decorrência dessa premiação e de seus conhecimentos sobre mecânica, Isaias Alberti recebeu no ano seguinte, em 1923, o Diploma de Engenheiro Mecânico “honoris causa” pela Universidade do Rio de Janeiro, atual UFRJ.
O Eng. Isaias Alberti também construiu o seu próprio engenho movido a roda d’água na localidade de Roça Grande, Colombo-PR, ao lado do rio Atuba. Ali instalou seu moinho, que funcionou até meados de 1946.
Isaias Alberti faleceu em Curitiba-PR em 1957.
Texto e Foto de Mauro Edson Alberti
