Formado por três lados, a história simbólica do triângulo sempre esteve presente em religiões e culturas ao redor do mundo, onde era usado para retratar uma santíssima Trindade.

No Cristianismo, por exemplo, era: Deus Pai, Filho (Jesus) e Espírito Santo, onde temos seres distintos, mas que são a mesma essência, um só.

No Hinduísmo, eram Brahma (Criador), Vishnu (o preservador) e Shiva (o destruidor); o mesmo se repetia no Egito, com Ísis, Osíris e Hórus; no espiritismo víamos Deus, princípio espiritual e princípio material. Já nos Celtas, tínhamos o triângulo representado nos aspectos da mãe terra: virgem, mãe e anciã.

Até na Filosofia víamos a simbologia do triângulo associada a uma trindade, Platão, definia: ser (modelo perfeito), devir (cópia do modelo) e receptáculo (espaço, lugar).

Para compreendermos melhor todos esses significados, podemos pegar como base o que as escolas esotéricas dizem do significado do triângulo. Visto como a trindade divina, podemos compreender todas as religiões como um lado a harmonia, o outro a sabedoria e, por fim, a perfeição, como no Cristianismo, por exemplo.

Se prestarmos atenção em todos os significados de cada cultura e religião, perceberemos que o triângulo é um símbolo da soma, que necessita de dois elementos complementares para dar origem a um terceiro, assim como a soma da vida e da morte, que dá resultado à evolução do homem, ou luz e trevas, que resultam em conhecimento, dentre outros.

A maçonaria, uma famosa sociedade secreta que utiliza a filosofia e a filantropia como base, utiliza o triângulo como símbolo do desenvolvimento e amadurecimento espiritual. Seus lados representam luz e trevas, enquanto sua base significava a duração.

Através da influência do Grão-Mestre Benjamin Franklin, o triângulo se tornou uma imagem muito famosa na nota de um dólar, onde vemos a ponta de uma pirâmide com um olho, sendo iluminada pelo sol: o chamado Olho que Tudo Vê.

Na Alquimia, o triângulo equilátero (ou seja, um triângulo com todos os seus lados iguais) é utilizado para representar os quatro elementos, de forma que o triângulo que aponta para cima simboliza o fogo; o triângulo que também aponta para cima, mas traz um corte de uma linha horizontal, simboliza o ar; enquanto o triângulo apontando para baixo representa a água e o outro que também aponta para baixo, mas com um corte de uma linha horizontal, simboliza a terra. Assim, esses quatro tipos são organizados e formam o pentagrama, famoso símbolo da Alquimia.

Uma curiosidade interessante é que, nas culturas romanas, gregas e indianas, o triângulo equilátero para baixo simboliza a mulher, por representar o púbis ou órgão sexual feminino. Em outras culturas, dois triângulos equiláteros unificados pela sua base representam as fases crescente e minguante da lua, ao mesmo tempo em que são unidos pelas pontas, representam a união do masculino e feminino.