segunda-feira, 10 de outubro de 2022

MATINHOS: IGREJA MATRIZ DE SÃO PEDRO APÓSTOLO

 

MATINHOS: IGREJA MATRIZ DE SÃO PEDRO APÓSTOLO

A atual Igreja Matriz de São Pedro está localizada na Rua Albano Muller, 196 – Centro de Matinhos, e foi construída em substituição a antiga igreja, que já não suportava mais o número de fiéis. O empenho por sua construção iniciou com a Ordem Dominicana, de uma comunidade específica da Ilha de Malta. Fr. Costantino Fsadni O.P., Fr. Domingos Ebeger O.P., hoje Dom Walter, Fr. Renald Borg O.P e Fr. Angelo John Mamo O.P. foram alguns dos que administraram a Igreja Matriz e toda a Paróquia de Matinhos. Esta edificação começou a ser construída no início dos anos 70 e foi inaugurada, aproximadamente, em 1978. Seu lay-out original contava com um telhado mais baixo e uma torre de vitrais sobre o altar. Por apresentar alguns problemas e melhorar o seu aspecto toda a Igreja foi reformada, incluindo o levantamento do telhado e a construção de duas torres frontais. Neste período as missas eram celebradas no ginásio do SESC de Matinhos pelo saudoso Pe. Joaquim Raimundo Braz, voltando a matriz em 1992. Com a saída da comunidade dominicana nos anos 80, os vicentinos assumiram a administração, passando em seguida aos cuidados diocesanos.  O primeiro ministro eucarístico desta Igreja foi o Sr. Darcy de Oliveira e o primeiro coroinha, Delcio Ramos. Atualmente guarda em seu interior obras artísticas exclusivas feitas por Paulo Rogério Biscaia. É muito procurada por turistas e no período de temporada tem suas missas lotadas por conta do veraneio.

Aqui você conhece um pouco mais da Igreja Matriz de São Pedro sob o olhar da aluna do curso de “Olhar Fotográfico” da Casa da Cultura de Matinhos, Sirlei Thaler:




















NOME DO POSTO RODOVIÁRIO: QUEM FOI CESÁRIO AGOSTINHO DA SILVA

 

NOME DO POSTO RODOVIÁRIO: QUEM FOI CESÁRIO AGOSTINHO DA SILVA



Filho de caboclos, Cezário Agostinho da Silva nasceu em Guaratuba  em 1932. Ele era o quarto filho, de uma família com oito irmãos. Em situação de extrema pobreza, viviam da pesca e moravam em um ranchinho feito de palha de sapé, de chão batido e camas improvisadas, confeccionadas com pedaços de galhos trazidos pela maré, cobertos por uma esteira, que servia de colchão.
Seu Cesário relatou certa vez que “naquele tempo era difícil de viver”, principalmente porque o mundo estava em plena Segunda Guerra Mundial. Sem comunicação, todos viviam com muito medo. Alguns chefes de família chegavam a dormir fora de casa, por temerem ataques noturnos.
Aos oito anos, Cesário ficou órfão de pai e a situação ficou ainda mais complicada. Nessa ocasião, seu irmão mais novo tinha apenas 23 dias. A vida continuou com muito esforço, com sua mãe e seus irmãos vivendo exclusivamente da pesca.

MATINHOS, A ESPERANÇA DE UMA VIDA MELHOR
Em 1946, com apenas 14 anos, Cesário veio para Matinhos. Em seguida vieram seus irmãos, sua mãe e seu padrasto. A princípio se hospedaram na residência de parentes. Meses após, passaram a morar em uma pequena casa de madeira, cedida por Máximo da Silva Ramos, que se tornou grande amigo da família.
Posteriormente, construíram um rancho na Prainha, onde continuaram a lida, vivendo da prática pesqueira. Seu Cesário sempre contava que no primeiro ano, a pesca foi ruim e deixando todos desanimados com o lugar. Mas em 1949 houve abundância de peixes e resolveram se fixar.
Durante todo o ano pescavam variedade de tipos de peixe. Entretanto, a época dos melhores negócios era no início do inverno, quando chegavam os cardumes de tainhas.
Sempre dedicado e trabalhador, Cesário não recusava serviços. Em 1953, trabalhou na construção da ponte da Prainha, obra que levou cerca de dois anos para ficar pronta.

A FAMÍLIA PASSOU POR DIFICULDADES
Aos 22 anos, Cesário conheceu Maria de Lourdes Gomes Silva. Ela tinha apenas 14 anos e o encontro aconteceu em um baile de carnaval, promovido pelos pais dela. Depois de algum tempo de namoro, o casamento realizou-se em março de 1955. O casal teve seis filhos: Maria Lúcia, Vanda, Marineide, Tânia, Nereu e Cézar.
Segundo relatos o casal atravessou um momento de muita tristeza, quando Cezário teve varíola e precisou ficar 30 dias deitado e enrolado em folhas de bananeiras. A febre era muito alta deixando seu corpo em carne viva. Já em Dona Maria as “bexigas pretas” se manifestaram em menor número. Mas como estava grávida de oito meses, a doença atingiu a criança, que nasceu morta. Na época só puderam contar com a ajuda dos amigos pescadores, que não deixaram sua família perecer.

MISSÃO: SALVA-VIDAS
No início de dezembro de 1959, Cesário foi chamado pela Secretaria do Interior e Justiça (atual Secretaria de Segurança Pública do Estado) para atuar como guarda-vidas. A indicação partiu de seus colegas que já exerciam o cargo, por ser pescador destemido, conhecedor do mar, ter porte físico e boa saúde. Nesta época, esses profissionais eram subordinados ao delegado da Polícia Civil.
Cesário atendeu prontamente ao convite, tornando-se o quarto guarda-vidas de Matinhos. Ele desempenhou a função com comprometimento e presteza durante 17 anos onde realizou inúmeros casos de salvamento. Como pescador enfrentava mar bravo. Mas como guarda-vidas o serviço também era perigoso. Contudo, no tempo em que exerceu a função, durante seus expedientes, não pereceu uma vida sequer. Sendo um triunfo que carregou para o resto de sua vida.
Em 1979, passou a atuar na Delegacia de Matinhos, como agente de segurança. Após dois anos, foi remanejado para a Secretaria de Educação e Cultura, passando a prestar serviços no Colégio Gabriel de Lara como inspetor e responsável pela manutenção da instituição.

AMOR PELA PESCA
Seu Cesário era exemplo nesta profissão de quem travou uma luta diária com o mar em busca do pescado. Como ele sempre dizia “Meu amor pela pesca começou desde que tinha apenas oito anos e precisava ajudar minha mãe”.
Ele contava com orgulho que foi contribuinte da Colônia dos Pescadores por aproximadamente 40 anos e relatava vários fatos do tempo em que era pescador profissional. Com embarcação a remo, saía cedo com seus colegas de profissão para alto-mar. Eles só voltavam após várias horas em busca do produto do seu trabalho. Usavam uma vela confeccionada com três mastros e uns 10 ou 12 sacos de farinha. Com o vento do oceano soprando em direção à praia, ficava mais fácil direcionar o barco para o lugar almejado, a necessidade da pressa se dava, principalmente, porque o pescado precisava ser vendido no dia, pois não havia refrigeração.
Outro acontecimento que marcou a vida de Cesário foi uma grande pesca realizada em 1968. No qual o cardume era tão grande que em uma só ‘redada’ capturaram quase sete mil tainhas. No final daquele dia, contaram um total de 8200 peixes.
São muitas as histórias que foram contadas por esse simpático pescador, amante do mar e dos serviços prestados à comunidade de Matinhos.

Religioso, remetia a Deus tudo o que conquistou. Como ele mesmo relatava emocionado, “Só tenho a agradecer às pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida. Considero-me um homem rico, porque tenho uma família unida e muitos amigos que fazem minha vida feliz”. Seu Cesário Agostinho da Silva faleceu no dia 17 de Outubro de 2013 e está sepultado no Cemitério Municipal de Matinhos.

Colaboração: Jornal da ACIMA - Associação Comercial e Industrial de Matinhos

NOME DE GINÁSIO DE ESPORTES: QUEM FOI VICENTE LUIZ GURSKI

 

NOME DE GINÁSIO DE ESPORTES: QUEM FOI VICENTE LUIZ GURSKI


Vicente Gurski no dia do seu casamento com Níveia Carraro
Vicente Luiz Gurski  nasceu no dia 18 de Agosto de 1954, em Matinhos-Pr. Filho de Antonio Gurski, natural de Curitiba e Clara Malinoski, natural de Pien-Pr, mas criada em Curitiba. O casal teve cinco filhos, Ícaro, Rosemari, Valeska, Regina e Vicente sendo o quinto filho. Vicente foi uma criança sempre um pouco doente, sua infância foi conturbada por uma anemia profunda que o levava a fazer transfusões de sangue, como relata a sua irmã Regina. Quando estava bem adorava estar em contato com a natureza, pescando, criando pássaros... O Curió era seu preferido.  Já adulto trabalhou em vários ramos e empresas como: a Sul Americana, Fotógrafo, SESC e Copel, tendo a profissão de Eletricista. Casou-se com Nívea Carraro em 26 de Setembro de 1991, o casal teve quatro filhos, Andrea, Rafaela, Ícaro e Erico. Vicente foi um pai e esposo sempre muito presente, exigente como educador dos filhos e muito carinhoso com todos. Adorava passar férias em um chalé na Ilha do Mel, ir ao cinema, passear no Parati, pescar na Baia de Guaratuba. Seus passeios eram sempre junto à família. Chegou a comprar uma “Van” para não abrir mão de estar junto dela, marcando muito a infância dos filhos. Muito participante na política, embora nunca tenha sido “candidato”, trabalhou com vários deles, pois quando acreditava, tomava partido pela causa, sem interesses, relatou sua esposa. Em 1993 abriu a loja Gurski Materiais Elétricos. Durante a sua vida profissional sempre foi uma pessoa bondosa e correta, sempre preocupado com o bem estar do próximo, colaborando desde uma simples carona a compra de remédios. Com brilho nos olhos e com grande orgulho, Dona Nívea Carraro Gusrki relatou que ele era especial, tinha muitos amigos, gostava de ajudar as pessoas e se preocupava muito com aquelas de baixo poder aquisitivo, tanto que quando trabalhava na Copel além de fazer a parte de eletricista procurava de todas a formas viabilizar materiais para quem não tinha condições, sempre insistindo e negociando com seus superiores. Foi muito religioso e participativo junto à comunidade, sendo até presidente da Comissão da Igreja Matriz São Pedro Apóstolo. Ajudou na reforma do telhado da igreja indo buscar, pessoalmente, no Mato Grosso, toda a madeira de lei e de boa qualidade. Por gostar da natureza, em 1994 comprou um terreno no bairro do Tabuleiro e construiu uma casa com madeira de lei vinda de Quedas do Iguaçu, hoje conhecido como Recanto das Bromélias. Neste local ele e esposa efetuaram o plantio de 3000 pés de palmito. Tanto o sobrado onde está localizada a Loja de Materiais Gurski quanto esta casa, fez questão de ele próprio construir, contratando apenas ajudante. Em 1996 começou sua luta contra o “câncer”. Foram muitas idas à Curitiba para quimioterapias e radioterapias. Para amenizar o tratamento e facilitar, dona Nívea aprendeu a dar injeções a fazer curativos, dedicando-se inteiramente ao seu Vicente, como relata a irmã dele, dona Regina Gurski. D.Nívea, neste tempo foi uma mulher de extremo valor, batalhadora, dedicada, largando tudo pela saúde e bem estar do esposo. Vicente Gurski veio a falecer em 30 de Março de 1999, logo após sua morte foi homenageado dando seu nome ao “Ginásio de Esportes Vicente Luiz Gurski”, situado a Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira e que atualmente está sendo reformado.

NOME DE RUA: QUEM FOI MARLI MESQUITA CORREIA

 

NOME DE RUA: QUEM FOI MARLI MESQUITA CORREIA


Marly Mesquita Correia nasceu em 12 de Dezembro de 1954 na cidade de Matinhos-PR. Filha de Francisco Mesquita Filho e Dorvalina Alves Ramos. Casou em 23 de Janeiro de 1971 com o pescador Helio José Correia, teve 02 filhos; Jean Carlos Correia e Kelli Cristina Correia. Marly foi cozinheira por 17 anos na Colônia de férias do SESC. Sua trajetória foi curta, porém o tempo em quem viveu ensinou o que é o trabalho e o quanto ele dignifica o homem. Filha, esposa, amiga e mãe exemplar. Além de cozinheira ela foi uma grande artesã. Fazia trabalhos em crochê, tricô, artes em cipó e vendia aos hóspedes da colônia de férias em que trabalhava. A grande paixão era plantar em sua horta e jardim. Moradora do bairro Sertãozinho desde o seu nascimento,  Marly morreu aos 34 anos no dia 27 de Abril de 1989 a 100metros da sua casa, entrando para a história como a primeira vitima de atropelamento na PR-508 KM29 no bairro Sertãozinho. Deixou seus filhos ainda criança, hoje após 26 anos do seu falecimento seus filhos ainda lutam pela segurança no trânsito dessa região.

Colaboração: Kelli Cristina Correia

NOME DE RUA: QUEM FOI FRANCISCO MESQUITA FILHO

 

NOME DE RUA: QUEM FOI FRANCISCO MESQUITA FILHO



Francisco Mesquita Filho foi lavrador. Nasceu em 25 de Maio de 1918 natural de Matinhos, filho de Francisco Viana Mesquita e Luiza Mesquita Viana. Casado com Dorvalina Alves Ramos  na data de 19 de Março de 1946. Tiveram 10 filhos, sendo eles: Henrique Mesquita, Marisa Mesquita Miranda, Marilda Mesquita, Marly Mesquita voltando, Ismail Mesquita, Marlete Mesquita Viana, Marlene Alves Mesquita, Francisco Mesquita Filho, Amauri Alves Mesquita e Maria Angela Mesquita. Homem trabalhador nasceu e viveu no município de Matinhos, tendo como morada o bairro Sertãozinho. Foi um dos desbravadores da região, participou e presenciou do progresso e desenvolvimento local. Trabalhou por muito tempo no alambique que pertenceu ao seu pai, alambique este que atualmente se encontra em exposição no museu de Paranaguá. Trabalhou na exploração da caxeta, caçava e pescava para o sustento da família. Plantava banana, mandioca, arroz, hortaliças entre outros... Reunia amigos e parentes que vinham do Cubatão, Parati, Cambará para fazerem mutirões em tempos de plantio e colheitas das lavouras, assim as famílias se ajudavam com os trabalhos. No término dos afazeres o proprietário da lavoura acolhia os que de longe vinham e festejavam com baile de fandango em sua casa. Era uma festa, as crianças dormiam sobre esteiras de palha enquanto os pais sapateavam noite adentro. Seu Francisco não perdia uma partida de futebol, pois era sua grande paixão. Trabalhou por muitos anos cuidando e zelando dos jardins de veranistas em Caiobá.  “Seu Chiquinho” como era chamado pelos veranistas também trabalhou no Candeias-Caioba. Faleceu na rua em um domingo, voltando para casa depois de assistir uma partida de futebol no campo do Jordão no dia 23 de Agosto de 1993.

Colaboração: Kelli Cristina Correia

NOME DE RUA: QUEM FOI FRANCISCO BRENNER?

 

NOME DE RUA: QUEM FOI FRANCISCO BRENNER?



Francisco Brenner  é natural de Curitiba, nasceu no dia 08 de março de 1889 e faleceu no dia 24 de Dezembro de 1979. Filho de Eduard Brenner e Ana Hilbert Brenner, naturais da Áustria. Sendo Eduard, filho de Anton Alois Brenner, que chegou ao Brasil, com a família, em 1863 vindo de Tirol na Áustria. Foi casado com Valentina Antônia Barbé Brenner, natural de Villabona, na Espanha. Tiveram três filhos: Romão Eduardo Barbé Brenner, Dolores Brenner de Oliveira, que foi casada com Darcy de Oliveira e Paulina Conchita Brenner Lantamann, que foi casada com Renato Idálio Lantamann. E vieram os seguintes netos: Helio Brenner de Oliveira, casado com Nelly Fátima Cordeiro de Oliveira; Rita de Cássia de Oliveira Braga, casada com Olívio Braga; e Elisabete de Oliveira Félix, casada com Hamilton José Félix. E os bisnetos: Cristina Cordeiro de Oliveira, Mariana Cordeiro de Oliveira, Emanoella de Oliveira Braga, Jeferson de Oliveira Braga, Luciana de Oliveira Félix, Eduardo Hamilton de Oliveira Félix e Isabela Larissa de Oliveira Félix. E os tataranetos: Gustavo, Lucas e Carolina. Francisco Brenner foi contador. 


Por profissão, atuando em Curitiba e Ponta Grossa.  Chegaram a Matinhos em 1946, juntamente com a esposa Valentina e as filhas Dolores e Paulina, quando então abriu o Restaurante São José e uma Hospedaria para 30 pessoas. 


Em 1949 adquiriu o imóvel ao lado (hoje Avenida Pref. Dr. Roque Vernalha nº 65) e com reforma da casa construiu uma edificação que abrigou o Cine Matinhos, primeiro em Matinhos, de 1950 a 1956. 


Em 1957 instalou a loja Capri, a qual permanece em atividade até hoje.  Exerceu a função de juiz de Paz, durante alguns anos, sendo depois passada a função ao Sr. José Bonatto.

Obras no local onde seria a Praça Alfredo Andersen - Bigorrilho - Ano 1949

 Obras no local onde seria a Praça Alfredo Andersen - Bigorrilho - Ano 1949


Pode ser uma imagem em preto e branco de 8 pessoas, pessoas em pé, ao ar livre e texto que diz "5CM PRAÇA ALFREDO ANDERSEN FEVEREIRO DE 1949"

Praça Zacarias vista do alto em 1967

 Praça Zacarias vista do alto em 1967


Pode ser uma imagem em preto e branco de rua e arranha-céu

***Praça Eufrásio Correia, com vista para a Antiga Estação Ferroviária de Curitiba, no final dos anos 50. *** Foto de Carla Popper.

 ***Praça Eufrásio Correia, com vista para a Antiga Estação Ferroviária de Curitiba, no final dos anos 50. ***
Foto de Carla Popper.



Pode ser uma imagem em preto e branco de 3 pessoas, rua e texto que diz "Curitiba/By Carla Popper"

domingo, 9 de outubro de 2022

NOME DE RUA: QUEM FOI "DR. JOAQUIM TRAMUJAS"?

 

NOME DE RUA: QUEM FOI "DR. JOAQUIM TRAMUJAS"?



Nasceu em Paranaguá, dia 19 de maio de 1.914. Filho de  José Tramujas  e de  A .  Martins Tramujas. Fez o Curso Complementar de 04 anos no Grupo Escolar “Faria Sobrinho”, e o  Curso  Preparatório de 02 anos com o Professor Eugênio Figueiredo. Foi também aluno da Escola Normal “Dr. Caetano Munhoz da Rocha” e, em 1.929 transferiu-se para Curitiba, onde fez, no  Liceu Rio Branco,  o Curso Ginasial. Ingressou na  Faculdade de Medicina na Universidade do Paraná, diplomando-se Médico em 14 de dezembro de 1.934. Lecionou desde  1.935, sendo Professor  de Ciências Físicas e Naturais, Física, Química, História Natural e Matemática  no Liceu Rio Branco, de Curitiba. Lecionou também no Instituto de Ciências e Letras de Curitiba. Depois de formado em Medicina, regressou a Paranaguá, e sem deixar o Magistério, iniciou a clínica.Foi Professor da Escola Técnica de Comércio, do Colégio Estadual “José Bonifácio”, e  da Escola Normal  “ Dr. Caetano Munhoz da Rocha”. Exerceu suas atividades profissionais como Médico da Santa Casa de Misericórdia de Paranaguá. Atendeu o Instituto de Aposentadoria e Pensões  dos Bancários, dos Empregados em Transportes e Cargas, da Confraria de São Vicente de Paula, do Instituto Brasileiro do Café e da Associação dos Funcionários Públicos do Estado. Colaborou intensamente em todas as atividades sociais e culturais, cívicas, esportivas e assistenciais da Cidade. Prestou serviços  ao Seleto Esporte Clube como Presidente da entidade. Também ao Clube Literário de Paranaguá, onde foi Orador, 1º Secretário e Vice-Presidente. 


No Centro Médico de Paranaguá, com outros colegas foi Fundador, e mais tarde ocupou a Presidência da Regional do Litoral. Foi  integrante da Diretoria da Sociedade “Amigos da Música”, e do Instituto Histórico e Geográfico, do qual foi Membro da Comissão Reorganizadora em 1.952,  e Presidente Perpétuo da Entidade. Em 1.963, inaugurou a sede própria do Instituto, após haver, como Prefeito Municipal, conseguido junto ao Governo do Estado, a doação do prédio onde hoje se encontram a entidade e o Museu  Histórico da Cidade. Foi ainda Fundador do Centro de Letras “ Leôncio Correia “, de Paranaguá. Não só  na profissão de Médico, no Magistério e nas atividades sociais e culturais de Paranaguá, Joaquim Tramujas se notabilizou  por sua inteligência, espírito de liderança,  e dedicação,  mas também na política, à qual dedicou grande parte da sua vida, em benefício da coletividade. Militou no Partido Social Democrático – P S D. Foi eleito Vereador em 1.947,  e em  1.950,  reeleito, foi Presidente da Câmara Municipal para os anos de  1.952  até 1.954. Em  1.959,  concorreu às eleições para a Prefeitura Municipal de Paranaguá, tendo sido eleito e empossado em 1.960 para o mandato de 04 anos. Joaquim Tramujas, pelo brilho da inteligência, pela cultura profunda e variada, pela elegância e facilidade  de expressão que a cátedra lhe facultou, foi um  notável orador, figurando na obra  “História do Clube Literário “  como um dos grandes oradores da sociedade. Lamentavelmente, tão grande cabedal de cultura, generosamente dispersas em magníficos improvisos que arrebataram seus contemporâneos  em magistrais discursos que marcaram os mais significativos eventos da Cidade, não foi reunido nem perpetuado em coletânea escrita, para apreciação póstera. Com a imprensa, colaborou  através  da palavra escrita e falada. Compartilhou do programa radiofônico “Coisas Nossas “,  na Z.Y.C.5, de Paranaguá, sobre assuntos sociais, referentes à cultura, à história, e ao folclore do litoral. E na imprensa escrita,  escreveu sobre literatura e história, para o “Diário do Comércio “, a revista  “Marinha”, para a revista “ O Itiberê “, para as  revistas do Instituto Histórico e Geográfico e,  a do  Centro de Letras de Paranaguá.
Publicou  “ Alberto Gomes Veiga “ e “Caminhos Percorridos “.


Fonte: Fundação de Cultura de Paranaguá - FUMCUL