quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Cine Teatro Ópera

 

Ponta Grossa – Cine Teatro Ópera

O Cine Teatro Ópera, em Ponta Grossa-PR, foi construído em 1947, em estilo art-decô. Marca materialmente o inicio da modernidade arquitetônica na cidade.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Cine Teatro Ópera
Localização: R. XV de Novembro, nº 468, esquina com R. Augusto Ribas – Ponta Grossa-PR
Processo: 22/2001

Descrição: Construído no ano de 1947 em estilo art-decô, o edifício localizado na esquina de duas das principais ruas da época, a XV de Novembro e a Augusto Ribas, o Cine Teatro Ópera marca materialmente o inicio da modernidade arquitetônica em Ponta Grossa. Foi o primeiro prédio ponta-grossense construído com base no processo de verticalização em que muitas cidades brasileiras implantavam nesta época como modelo da modernidade.
O prédio foi construído com seis pavimentos, sendo que o térreo contava com a estrutura para um Cine-teatro e o restante dos espaços eram destinados originalmente a serem utilizados como residências. Foi também o primeiro prédio da cidade que podia contar com uma nova ferramenta da modernidade, o primeiro a possuir um elevador.

O cinema, como advento cultural, surgiu em Ponta Grossa no início do século XX, num momento em que a ideia de progresso era estabelecida por acontecimentos visíveis na sociedade como a estrada de ferro, a imprensa e também as transformações urbanas, como a luz elétrica.

O primeiro cinema a surgir em Ponta Grossa foi o Cine Recreio, devido à iniciativa de Augusto Canto em 1906, depois em 1911 o Cine Renascença e em 1939 o cine império. Em 15 de setembro de 1950 o Cine Teatro Ópera foi inaugurado como mais um cinema ponta-grossense, contava com mil e quatrocentos lugares, e teve seu destaque devido a ser um espaço luxuoso para época, preferido pela elite local.

Segundo consta em estudos de historiadores local a primeira sessão cinematográfica a ser exibida foi “Carnaval em Fogo”, que segundo o jornal da época era o “maior filme nacional da história do cinema, cujo êxito, esfacelou, arrasou, pulverizou todos recordes no Brasil entre filmes qualquer…”.

Hoje o imóvel é tombado pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (COMPAC) de Ponta Grossa e faz parte do conjunto patrimonial, arquitetônico, cultural e artístico da cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O Edifício Ópera, construído em 1947, marca o início da verticalização da cidade de Ponta Grossa. Sua construção no cruzamento da rua XV de Novembro com a rua Augusto Ribas se deu pelo fato deste local ser o ponto central do antigo comércio da então rua das Tropas.

“a alocação do edifício Ópera não foi casual, pois este encontrava-se exatamente no ponto de convergência de duas importantes funções da cidade: a de passagem (antigamente das tropas) e de abastecimento”

O edifício Ópera foi o primeiro a possuir um elevador e foi projetado para função residencial nos seus seis andares e, no andar térreo, destinado a um cine teatro, o que veio a ocorrer alguns anos mais tarde.

No ano de 1949, inicia-se a construção do Cine Ópera que foi inaugurado em 1950 por Elias José Curi que foi o responsável pela edificação do prédio e do próprio Cine Ópera.

Com a inauguração do Cine Ópera, a Cidade Império. O novo cinema concorria com os outros em grandeza e luxo e ainda possuía um auditório para 1.400 pessoas.

Em setembro de 1950 foi evada a efeito a primeira sessão nas dependências do Cine Ópera cujo lema de trabalho era o de ser “orgulho de Ponta Grossa”. De acordo com um telegrama publicado do Diário dos Campos da época:

Acabamos de receber diretamente Rio de Janeiro fim especial inaugurar luxuoso Cine Ópera, cópia niva “Carnaval de fogo” maior filme nacional na história do cinema cujo êxito, esfacelou, arrazou, pulverizou todos records no Brasil entre filmes qualquer…” UCB filmes

Nos anos de 1960, o cine Ópera foi adquirido por Jorge Miguel Ajuz, que detinha também os direitos sobre o cine Império e Inajá, sob a razão social de CICOREL – Cine, Comércio e Representações Ltda., fundada em 1961 como sucessora da firma A. Holzamann & Cia Ltda.

Informações:
Jornal Diário dos Campos. Ponta Grossa, 1949.
Jornal Diário dos Campos. Ponta Grossa, 16 e 17 de setembro de 1950.
OLIVEIRA, Itacil Ferreira de (org.). Álbum de Ponta Grossa. Curitiba: Lítero – Técnica, 1963.
Pesquisador: Luis Claudio Moutinho
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município:  Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:



Ponta Grossa – Colégio São Luís

 

Ponta Grossa – Colégio São Luís


O Colégio São Luís, em Ponta Grossa-PR, foi vendido pelo Sr. Emílio Fiscardi às Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, em 1905.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Colégio São Luís
Localização: Praça Barão do Rio Branco, n°128 – Ponta Grossa-PR
Processo: 28/2001

Descrição: O imóvel está localizado em frente á Praça Barão do Rio Branco. No ano de 1905, o proprietário Sr. Emílio Fiscardi vendeu o mesmo para as Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, para que nele fosse instalado o Colégio Sant’Ana. Em 1950, as Irmãs Missionárias entraram num acordo com a congregação do Padre Jansen, a fim de trocar os prédios de suas escolas. Então o colégio São Luiz passou a funcionar no edifício da Praça Barão do Rio Branco e o colégio Sant’Ana mudou-se para a Rua Pinheiro Machado. Edifício eclético tombado no ano de 2003.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição:  O imóvel está localizado em frente à Praça Barão do Rio Branco. No ano de 1905, o proprietário Sr. Emílio Fiscardi vendeu o mesmo para as Irmãs Missionárias Servas do Espirito Santo, para que nele fosse instalado o Colégio Sant’Ana.

Em 1905, as Irmãs Missionárias entraram em acordo com a Congregação do Padre Jansen, a fim de trocar os prédios da Praça Barão do Rio Branco, e o Colégio Sant’Ana mudou-se para a rua Pinheiro Machado.

O referido prédio abrigou em 1953 a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras durante o período noturno, oferecendo os cursos de Geografia, História, Matemática e Letras Neo Latinas. A instituição posteriormente mudou-se para o imóvel localizado na Praça Santos Andrade, hoje sede da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

No dia 21 de junho de 1960, por ato episcopal de D. Antonio Mazzarotto, foi criado o Ginásio São Luiz, no dia de seu padroeiro São Luiz de Gonzaga (que nasceu em 1568, na Itália, e dedicou-se a vida religiosa. Faleceu em 1591, aos 23 anos de idade.)

Em fevereiro do ano seguinte, o ministério da Educação e Cultura, através do ato n° 02/61 da Inspetoria Seccional de Curitiba, autorizou o funcionamento do estabelecimento. Este iniciou suas atividades com 25 alunos, e em 1962, já possuía 350 alunos.

No ano de 1966 houve a mudança de denominação, quando o ginásio passou a ser chamado de Ginásio Diocesano São Luiz. O colégio Diocesano foi uma instituição filiada á entidade jurídica “Fundação Sant’Ana, a qual teve o Bispo D. Geraldo Micheletto Pellanda como Presidente.

O prédio possui arquitetura de singular importância, juntamente com valores históricos e sociais nele inserido.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município:  Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento:  Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:


Ponta Grossa – Antiga Loja Novo Mundo

 

Ponta Grossa – Antiga Loja Novo Mundo


A Antiga Loja Novo Mundo, em Ponta Grossa-PR, é um sobrado construído em 1910, em alvenaria de tijolos, com dois pavimentos.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Antiga Loja Novo Mundo
Localização: R. Fernandes Pinheiro, nºs 74 e 80 – Ponta Grossa-PR
Processo: 93/2001

Descrição:  Este imóvel em estudo é um sobrado em alvenaria de tijolos, com dois pavimentos, construído em 1910, conforme data registrada em relevo em sua fachada. Atualmente pertence ao Sr. Aniceto Sanson, comerciante aposentado, e à sua esposa Santina N. Sanson, residentes nesta cidade. O Sr. Sanson adquiriu-o em Janeiro de 1955, mas antes disso já alugava o imóvel e era o proprietário de um estabelecimento comercial que funcionava no andar térreo: a loja de confecções “Novo Mundo”, que funcionou até 1980. Ancieto Sanson é filho de imigrantes italianos que, no início do século XX, fixaram-se no município de Palmeira, e na década de 1930 vieram resistir em Ponta Grossa; hoje, com 84 anos, Ancieto Sanson reside em Ponta Grossa e declara-se contrário ao tombamento do imóvel.

Os proprietários anteriores do imóvel eram o Sr. Fredolin Costa e sua esposa Lucila de Souza Costa, que na década de 1950 residiam em Curitiba. Ancieto Sanson, como locatário e depois proprietário, residiu com uma família no andar superior do edifício.

Hoje, o sobrado sobressai-se entre outros imóveis como um pequeno edifício de arquitetura peculiar, remanescente de uma época em que a Rua Fernandes Pinheiro, diante da Praça João Pessoa e do magnífico prédio da estação ferroviária, era parte significativa da vida social e política não apenas de uma cidade mas do país; afinal, pela estação ferroviária passaram figuras ilustres de nossa história como o presidente Afonso Penna, o Marechal Cândido Rondon (1924), o Presidente Getúlio Vargas, o General Castello Branco, a maioria dos governadores do Estado do Paraná, além de diversos artistas e tantas outras personalidades de renome. Ali também ocorreram fatos marcantes como “a batalha da Rua Fernandes Pinheiro” durante a Revolução de 1924, entre ferroviários e componentes do Batalhão comandado pelo capitão Paes Leme; depois, a chegada do então General Rondon chefiando a operação contra os revolucionários; e principalmente o lendário discurso proferido por Getúlio Vargas da sacada do Hotel Franze, em 1930, sobre o qual escreveu o cronista Vieira Filho:

“Conta a tradição, que quando Getúlio Vargas iniciou sua jornada revolucionária rumo ao Palácio do Catête, já quase vitorioso, chegou em Ponta Grossa no dia 17 de outubro de 1930, para aqui sediar seu Quartel General por alguns dias. (…)

Dizem que a cidade parou expressiva parcela da população e foi até a gáre ferroviária para recepciona-lo entusiasticamente e que ele e sua comitiva, sem nenhuma segurança, caminhou entre vivas e aplausos, naturalmente com foguetórios e foi a pé até o Hotel Franze que teve a hora de hospedá-lo.

Diz a tradição, que o povo aglomerado defronte o conceituado estabelecimento hoteleiro continuava aplaudindo e vivando o vitorioso revolucionário e os líderes militares e civis que deflagraram a revolução de 1930.

Foi então que o grande líder populista, com aquele carisma que lhe valeu permanecer tantos anos governando nossa Pátria, assomou àquela sacada e dali fez memorável discurso ao povo princesino, que segundo também dizem os contemporâneos, teria sido a ocasião em que nos batizou como “Capital Cívica do Paraná”. (VIEIRA FILHO – Perfis da Cidade, Jornal Diário dos Campos, 04 de julho de 1983).

Tudo isso pôde ser testemunhado pelas pessoas que frequentavam a rua Fernandes Pinheiro, e principalmente por aquelas que ali residiam ou hospedavam-se, e tiveram o privilégio de observar, das sacadas daqueles sobrados, a movimentação da estação, como se assistissem de camarote a um espetáculo único da História.

O Hotel Franze ao qual o cronista refere-se é o Hotel Guzzone, construído em 1900, que mudou seu nome para Hotel Franze e mais tarde para Astória, foi demolido em 1983, apesar de sua beleza e imponência; ficava próximo do sobrado do Sr. Sanson. Do cenário histórico original entre o Edifício Central da Estação ou Estação Saudade, já tombada como Patrimônio Histórico do Estado, e as construções da Rua Fernandes Pinheiro, resta parte do largo calçado com paralelepípedos – onde ficavam as charretes, caleças ou carros de aluguel- e algumas poucas casas e sobrados antigos, dos quais o imóvel em questão é o mais alto.
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

Ponta Grossa – Escola Desafio

 

Ponta Grossa – Escola Desafio


A edificação da Escola Desafio, em Ponta Grossa-PR, foi construída para residência do Sr. Brasil Pinheiro Machado, em 1914.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Escola Desafio
Localização: R. Marechal Deodoro, nº 531 – Ponta Grossa-PR
Processo: 70/2001

Descrição: Localizada na Rua Marechal Deodoro, a casa foi construída por Brasil Pinheiro Machado em 1914 foi ocupada por ele e sua família por muitos anos. Posteriormente tiveram instaladas no local alguns estabelecimentos comerciais, além de uma estrutura escolar que serviu á Escola Condal e atendeu também posteriormente a escola Desafio por professores habilitados em cursos superiores e especialistas em diversas áreas que compraram a escola Condal em 1986. Edifício tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A casa construída por Brasil Pinheiro Machado em 1914 foi ocupada por ele e sua família durante muitos anos. Posteriormente estiveram instalados no local alguns estabelecimentos comerciais, além de uma estrutura escolar que serviu à Escola Condal e atende atualmente à Escola Desafio. O jardim sofreu algumas alterações, porém, existem dois credos que foram plantados na mesma época da construção da casa.

Brasil Pinheiro Machado era casado com a Maria Eugênia Pinheiro Machado, com quem teve sete filhos, entre eles três se destacaram na política local: Brasil, Raul e Theodoro.

Brasil Pinheiro Machado (o filho) nasceu em Ponta Grossa, era advogado, historiador e professor de História do Brasil na Universidade Federal do Paraná, da qual também foi seu vice-reitor. Foi nomeado Prefeito de Ponta Grossa em 1932, ficando no cargo até 1933, ocupou também, o cargo do Interventor do Estado. Em 1934 foi eleito Deputado Estadual pelo Partido Republicano Paranaense.

Raul Pinheiro Machado formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Tornou-se professor de História e Geografia no Colégio Regente Feijó, sendo seu diretor por duas vezes. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa lecionou em História, Geografia e Direito. Pertenceu ao Centro Cultural Euclides da Cunha, foi presidente do Clube Pontagrossense e autor da obra “Vassouradas”. Em Curitiba, lecionou no Colégio Estadual do Paraná e no Colégio da Polícia Militar, além disso, participou várias vezes de bancas de exames vestibulares na UFPR.

Theodoro Pinheiro Machado foi nomeado Prefeito de Ponta Grossa em 1946 para governar interinamente. Fazendeiro e agropecuarista, foi pioneiro na criação de gado da raça Santa Gertrudis no Paraná. Na sua gestão criou uma feira livre na Praça Barão de Guaraúna, depois transferida para a Rua Benjamin Constante. Abriu a Rua Júlia Lopes que liga os bairros da Nova Rússia e São José. Também, foi presidente do Clube Pontagrossense.

A Escola Condal foi fundada em 1984 com o objetivo de atuar no ensino pré-escolar e de 1º grau. Era sua diretora a professora Iria Berri, licenciada em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Em 1986, uns grupos de professores habilitados em superiores e especialistas em diversas áreas compraram a estrutura da Escola Condal, fundando a Escola Desafio. Alicerçada nos eixos da Pedagogia Freinet – cooperação, afetividade, documentação e comunicação – a Escola Desafio constitui-se de 40 profissionais, em seu corpo técnico- pedagógico, e atende a clientela de aproximadamente 150 famílias. Trabalha com crianças a partir de dois anos de idade até a 8ª série do ensino fundamental.

A Sociedade de Estudos da Educação, mantenedora da Escola Desafio compõem-se atualmente de três sócios-gerentes, que dirigem e coordenam os segmentos da escola, são eles: Antonio Carlos Pilatti, Maria Helena Sá Santos e Neide Keiko Kravchychyn Capplletti.
Pesquisadora: Patrícia Silvestre.
Supervisor: Elizabeth Johansen Capri.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS: