quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Sociedade Polonesa Renascença

 

Ponta Grossa – Sociedade Polonesa Renascença


A Sociedade Polonesa Renascença, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1934. Sediou danças folclóricas, grupo de teatro, conjuntos musicais e debates sociais poloneses.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Sociedade Polonesa Renascença
Localização: R. Senador Pinheiro Machado, n° 385 – Ponta Grossa-PR
Processo 55/2001

Descrição: Localizado na Rua Senador Pinheiro Machado 385, o imóvel foi construído em 1934, conhecido como Clube Polonesa Renascença, que retrata um período de grande efervescência, tanto na politica como grandes mudanças sociais e econômicas que ocorreram no Brasil este clube caracterizou como um dos mais tradicionais da cidade, sediando danças folclóricas, grupo de teatro, conjuntos musicais e debates sociais poloneses. Tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Imóvel em estudo construído no ano de 1934, pela Sociedade Polonesa Renascença.

No final do século XIX, grandes mudanças políticas, sociais e econômicas ocorreram no Brasil. Na Província do Paraná, as ideias republicanas lideradas pelo Dr. Vicente Machado foram divulgadas no jornal “ A República” e também através dos Clubes Republicanos de Curitiba e Paranaguá, fundados respectivamente em 1885 e 1887.

Na década de 1890, surgem em Ponta Grossa vários Clubes Recreativos e Literários (como o Clube 13 de Maio, Clube Campos Gerais, Germânia- Guaíra e a Sociedade Polonesa), que tinham a mesma finalidade, ou seja, divulgar a ideologia republicana, nacionalizar e instruir os imigrantes e os negros para que os mesmos se adaptassem à nova realidade.

Em 1898 foi fundada a denominada “Sociedade Polonesa”, que no ano de 1906 passou a chamar-se “Sociedade Oswiatea”- nome que em polonês significa Instrução Pública, devido ao fato de muitas sociedades criadas no Paraná possuírem não somente finalidade recreativa, mas também educacional. Esta funcionou em um casarão de madeira, em local onde atualmente encontra-se instalado o Supermercado Schenekemberg. Neste local também havia uma antiga Igreja Católica Polonesa, possuindo em sua fachada a seguinte inscrição: “Se Deus está conosco, quem estará contra nós”.

A partir de 16 de agosto de 1924, mudou a denominação, tornando-se “Polonesa Renascença”, sendo uma sociedade civil, com personalidade jurídica e objetivo de proporcionar atividades culturais, recreativas e esportivas a seus sócios e familiares; ser um local em que sejam realizadas reuniões e maior convivência social, onde a cultura intelectual e artística de seus associados possa ser desenvolvida, bem como incentivar iniciativas que possuam estre propósito.

Possui biblioteca, inclusive com livros escritos em polonês, artigos literários e científicos, partituras musicais, quadros, livros atas, filmes dentre outros objetos.

Esta Sociedade possui Estatuto com 110 artigos publicados no Diário Oficial do Estado do Paraná em 05 de abril de 1956, sendo Presente o Sr. Clemertino Zawadzki e 1º Secretário o Sr. Tadeu Krut. Mais tarde, foi reformulado mediante trabalho apresentado em Assembleia Geral por Francisco Kailt. Nesta ocasião, estavam presentes os seguintes associados: Julio Lago, João Stanibuski, João Kleppa, Polen A. Adamowicz, entre outros.

Em 09 de Agosto de 1974 esta alteração foi publicada no Diário Oficial, sendo averbada no Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Ponta Grossa em 15 de Agosto de 1974, assinado por Vitoldo Lago.

No início da década de 1960, foi criado o Grupo Folclórico da Sociedade Polonesa Renascença, o primeiro desta etnia a formar-se no Estado, estando ainda em atividade.

Imigrantes Poloneses no Paraná: Os primeiros poloneses chegaram ao Paraná no ano de 1871. Devido à Abolição da Escravatura, bem como a Proclamação da República, entre 1890 e 1891 o governo brasileiro estabeleceu uma política de propagandas a fim de estimular a vinda de imigrantes para o Brasil (concedendo-lhes terras), medida que atraiu grande número de pessoas procedentes da Polônia. Em 1871, 32 famílias chegaram em Curitiba, plantando o primeiro marco alusivo à imigração polonesa no Estado, que veio caracterizar o grupo étnico polonês como o mais numeroso da cidade.

Em 1878, procedentes de Tarnova, chegaram em Ponta Grossa 26 famílias, compostas de 84 pessoas, que instalaram-se na Colônia Moema, inaugurando uma nova fase na vida dos pontagrossenses. Posteriormente, em 1891, outras levas polonesas foram destinados ao município de Ponta Grossa, fundando as seguintes colônias: Taquari (125 pessoas), Guaraúna (140 pessoas), Rio Verde (78 pessoas), Botuquara (73 pessoas), Itaiacoca (46 pessoas) e Eurídice (23 pessoas).

A imigração polonesa caracterizou-se por ser essencialmente do campo, tendo a agricultura como base econômica, cultivando trigo, soja, milho, arroz, feijão e mandioca, inclusive, utilizando novas técnicas agrícolas. Os poloneses também introduziram o uso dos carroções, para transporte de passageiros e cargas.

Exerceram importante influência na caracterização étnica do Paraná, possuindo o catolicismo como religião, gosto pela música, danças típicas, bem como tradição gastronômica, com o preparo do pierogui (pastel cozido recheado com requeijão e batata) e o glonqui (ou “charuto”, que consiste em uma folha de repolho enrolada e recheada com arroz e carne de porco); sendo estes, dois exemplos de pratos poloneses, além do costume de fabricar massas, pães, broas e cuques em casa e utilizar chás como tratamento medicinal.

Em comemoração ao Centenário da Imigração Polonesa no Paraná, no ano de 1971 os pontagrossenses – reconhecendo os bons trabalhos prestados pelos poloneses ao progresso do Estado e notadamente em Ponta Grossa – onde estes são numerosos e compartilham da vida comunitária, decidiram prestar uma homenagem. O então prefeito Cyro Martins mandou confeccionar um Marco Histórico com 1,10m por 0,90m de altura, com uma placa de bronze e os seguintes dizeres:

“Profundíssimos são os rastros dos homens – 1871 – 1971. Aos pioneiros poloneses que, irmanados com o povo do Paraná, ajudaram construir a sua grandeza. Pelo transcurso do Primeiro Centenário da Imigração Polonesa do Paraná, a gratidão do povo pontagrossense. Dezembro de 1971.”

Este marco foi inaugurado na manhã do dia 12 de dezembro de 1971, após a celebração de uma missa. Estavam presentes o prefeito municipal Cyro Martins e demais autoridades da cidade, o cônsul da Polônia, Sr. Kazimierz Wojewoda, e representantes das colônias polonesas. A execução dos Hinos Nacionais Brasileiro e Polonês foi feita pela Banda Lyra dos Campos.

O monumento está fixado na Praça Barão de Guaraúna, ao lado da Igreja Sagrado Coração de Jesus. Este local foi escolhido por ter sido o antigo Pátio de São João, onde os poloneses construíram a sua Igreja em 1878, que posteriormente foi demolida para dar lugar à nova Igreja.

Durante os festejos, a Sociedade Polonesa Renascença juntamente com a Prefeitura Municipal e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, organizaram um intenso programa de solenidades, incluindo apresentação do Grupo Folclórico da Sociedade Polonesa.

Em Ponta Grossa, apesar do tempo, ainda pode-se observar algumas construções típicas em madeira- com lambrequins nos beirais dos telhados – que fazem parte da paisagem local. Os imigrantes poloneses deixaram um grande legado, especialmente a religiosidade, com a Oração à Nossa Senhora de Czestochowa de Jasna Góra, conhecida como a “Virgem Negra da Polônia”, trazida para o Brasil em 1871. Na cidade, é venerada na Igreja Sagrado Coração de Jesus, onde há uma imagem da mesma no altar, ao lado esquerdo e com descrição e histórico da Santa.

No Clube Polonesa aconteceram muitas festividades, encenações teatrais, shows musicais, desfiles, carnavais, reuniões, festas de casamento, manifestações públicas e políticas). Em 1944 esteve presente neste, o então Sr. Presidente Getúlio Vargas.

As atividades culturais do referido clube foram frequentes até a década de 1980, quando houve perda de sócios (com falecimento dos mais antigos), e também com a abertura para a população em geral, este foi perdendo suas características originais. Atualmente encontra-se desativado, estando o imóvel da sede alugado para um restaurante. O acervo da Sociedade Polonesa Renascença encontra-se em uma das salas do prédio.
Pesquisadoras: Isolde Maria Waldmann e Claudine Cavalli Fontoura.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

Ponta Grossa – Residência de Hebe Santos Fernal

 

Ponta Grossa – Residência de Hebe Santos Fernal


A Residência de Hebe Santos Fernal, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1944, pelos “Irmãos THÁ” – Engenharia, Arquitetura e Construções” (procedente de Curitiba).

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Residência de Hebe Santos Fernal
Localização: R. Dr. Paula Xavier, nº 940 – Ponta Grossa-PR
Processo: 05/2003

Descrição: “Localizado na Rua Doutor Paula Xavier, construído em 1944, pelos “Irmãos THÁ” – Engenharia, Arquitetura e Construções” (procedente de Curitiba), em terreno adquirido em 1941 pelo Sr. Leopoldo Guimarães da Cunha. No inventário esta casa foi projetada o jardim, sendo que este permanece com as características originais. Conserva sua planta arquitetônica próxima do original, com pouca ou nenhuma alteração em cada elemento da construção. Jardim foi projeto pelo paisagista Jacob Schell. Tombamento ano de 2003.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O referido imóvel foi construído no ano de 1944, pela “Irmãos THÀ- Engenharia Arquitetura e Construções” (procedente de Curitiba), em terreno adquirido em 1941 pelo Sr. Leopoldo Guimarães da Cunha. No envoltório da casa foi projetado o jardim, sendo que este permanece com as características originais.

O proprietário nasceu em 1904, sendo filho de Theóphilo Alves da Cunha e Maria Jovita Guimarães da Cunha. Era o único homem da família, tendo mais três irmãs: Otília, Ismênia e Amanda.

Leopoldo iniciou os estudos em Ponta Grossa e posteriormente concluiu o curso de Engenharia na Escola Politécnica de São Paulo. Em viagem de férias à cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, conheceu Hebe Junqueira Santos, filha do Sr. Marçal Santos e Maria Verônica das Dores Junqueira, que tinham mais quatro filhos: Roberto, Margarida, Iris e Marcelo.

Desde os primeiros encontros, Leopoldo e Hebe iniciaram um romance, casando-se na década de 1930, em Minas Gerais. Logo após o matrimônio, o casal veio residir em Ponta Grossa, inicialmente próximo á Praça Floriano Peixoto e posteriormente, quando já tinham os quatro filhos- Vera, Otto, Marcus e Ricardo- mudaram-se para a nova casa, em 1944, que havia sido recém-construída.

Leopoldo Guimarães da Cunha faleceu prematuramente, em 1946, aos 42 anos de idade, deixando todas suas atividades industrias sob responsabilidades de sua esposa.

No ano de 1949 Hebe Santos casou-se novamente, com o advogado Petrônio Fernal, que morava em Sorocaba, São Paulo, local onde foi realizada a cerimônia. Logo após, Petrônio transferiu-se para Ponta grossa, assumindo a direção das Indústrias Theóphilo Cunha S.A.; e dois anos depois de sua vinda, foi eleito Prefeito desta cidade (de 1951 a 1955). Faleceu vítima de enfarto, em 1968.

A família Cunha destacou-se no setor econômico e político, com o Sr. Otto Santos da Cunha, foi Prefeito de Ponta Grossa de 1983 a 1989, bem como foi deputado federal e seu filho Leopoldo Cunha Neto é vereador.

Segundo depoimento de Hebe Santos Fernal, recordando bons momentos vividos na casa, ocorreram diversas festividades, com a presença de familiares vindos de Minas Gerais, aniversários e outras comemorações.
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Ponta Grossa – Casa Amarela

 

Ponta Grossa – Casa Amarela


A Casa Amarela, em Ponta Grossa-PR, abrigou a companhia Pontagrossense de Telecomunicações, primeira do Estado, cujas atividades se iniciaram em 1908.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Casa Amarela
Outros Nomes: Antiga companhia Ponta-Grossense de Telecomunicações
Localização: R. Santos Dumont, n° 700 – Ponta Grossa-PR
Processo: 62/2001

Descrição: Inicialmente o prédio da Rua Santos Dumont n° 700, abrigou a companhia Pontagrossense de Telecomunicações, sob a firma de Prosódio Cunha e Cia, instalada para a exploração de serviços públicos de telefonia. Essa foi a primeira companhia telefônica do Paraná, teve inicio em 28 de setembro de 1908. O imóvel abrigou também outros estabelecimentos comerciais, atualmente é ocupado pelo Foto Carlos De Mário. O terreno compreende um sobrado de alvenaria destinado para o comércio. Tombado em 2004, edifício eclético.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O funcionamento da telefonia no Brasil iniciou-se em 1877 com o primeiro aparelho telefônico instalado no Rio de Janeiro, na casa comercial “O Grande Mágico”, ligando esse estabelecimento ao quartel do corpo de bombeiros.

Os antecedentes oficiais do atual sistema de telecomunicações de Ponta Grossa remontam ao do próprio Estado do Paraná, que teve em 18 de março de 1882 a expedição do decreto Imperial nº 8.460, em que o imperador D. Pedro II deu permissão ao engenheiro da Corte N. Koln para assentar linhas telefônicas nas cidades de Santos, Ouro Preto, Curitiba e Fortaleza. Esse decreto caducou por ter vencido o prazo de seis meses para o início dos trabalhos de assentamento das linhas telefônicas.

Tais linhas só foram implantadas no Paraná em 1886, na cidade de Paranaguá, estabelecendo ligações entre os escritórios comerciais do município. Em 30 de setembro de 1897 inaugurou-se as linhas telefônicas em Curitiba, ligando o Palácio da Presidência do Estado à Secretaria de Polícia, ao Quartel do 3º Regimento de Artilharia e à Estação da Estrada de Ferro.

Inicialmente o prédio da rua Santos Dumont nº 700, abrigou a Companhia Pontagrossense de Telecomunicações, sob a firma de Prosódio Cunha e Cia., instalada para exploração de serviços públicos de telefonia. Essa foi a primeira companhia telefônica do interior do Paraná, teve início em 28 de setembro de 1908, com uma central de apenas 144 aparelhos instalados e 225.000 metros de alcance, estendendo-se aos distritos de Conchas e Ipiranga. Em 1911 a prestação de serviço foi estendida à cidade de Castro. A partir de então firma concessionária adaptou-se as necessidades de mercado, constituindo a Empresa Telephônica do Paraná, transformada mais tarde em Companhia Telefônica do Paraná, e em 20 de outubro de 1927 em Companhia Telefônica Paranaense Ltda., com 400 aparelhos.

Em 1963 a Cia. Telefônica Nacional – CTN – detinha a concessão da exploração do serviço em Ponta Grossa, sendo também a concessionária para outros municípios paranaenses dentre os quais Curitiba e Paranaguá.

Em 1964 sentindo que a demanda de telefones fornecidos pela CTN estava sendo reprimida e a necessidade da modernização, acompanhando a automatização que se vinha verificando nos serviços de telefonia no Brasil, os meios empresariais e políticos de Ponta Grossa iniciaram um movimento no sentido de dotar a cidade de telefones automáticos. A sugestão aceita foi a da criação de uma Companhia Mista Municipal, que previa a constituição de uma sociedade de economia mista destinada à exploração dos serviços públicos de comunicação telefônica urbana.

O imóvel abrigou também outros estabelecimentos comerciais, atualmente é ocupado pelo Foto Carlo De Mário. O terreno compreende um sobrado de alvenaria destinado para comércio sob os números 700 e 710, com frente para a sua Santos Dumont e um depósito com frente para a rua Dr. Colares nº 126. Os atuais proprietários são: Paulo Roberto Stolz, Jefferson Carlos da Cruz e sua mulher Adriane Stolz da Cruz.

Pesquisadora: Daniele Pereira da Silva
Supervisora: Elizabeth Johansen Capri
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

Ponta Grossa – Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição

 

Ponta Grossa – Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição


A Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Ponta Grossa-PR, ou Igrejinha de Uvaranas, foi construída para a comunidade italiana.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição
Localização: R. Gal. Carlos Cavalcanti, esquina com R. Antônio Branco, nº 361 – Ponta Grossa-PR
Processo: 08/2003

Descrição: A Imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição e o terreno foram doados por Ana Guimarães, para que fosse construída uma Igreja para a comunidade do bairro Uvaranas, habitado principalmente por italianos. Conhecida também como Igrejinha de Uvaranas foi tombada pelo COMPAC, como Patrimônio Cultural de Ponta Grossa em 2004.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição:  A proposta de tombamento definida atualmente apresenta o patrimônio histórico como composto por exemplares arquitetônicos e documentais representativos de poderes institucionalizados, sejam eles públicos ou privados. A partir de então, tornam-se construtores de imagens capazes de recuperar especificidades das transformações sociais pelas quais passou a cidade, o estado e o país. O tombamento transforma esses exemplares escolhidos em fragmentos eleitos para recuperar e manter a história de uma determinada comunidade, materializando um ponto de vista particular sobre um tema ou período. Diante desse pressuposto, entende-se como primordial o tombamento da Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição como um elemento identitário da comunidade de Uvaranas.

Por volta de 1900, o bairro de Uvaranas também era conhecido como Colônia Uvaranas, devido a grande quantidade de chácaras ocupadas por imigrantes, principalmente italianos, poloneses e alemães. Em suas propriedades, os europeus e seus descendentes dedicavam-se preferentemente à agricultura e pecuária. Estando distantes da região central da cidade muitos de seus habitantes tinham dificuldade em participar dos ofícios religiosos realizados na Paróquia de Sant’ana, por isso iniciaram um movimento para construir uma capela que atenderia as necessidades da comunidade.

De acordo com o Livro Tombo, em 1924, moradores reuniram-se com o intuito de construir um tempo em honra a Imaculada Conceição. A Senhora Ana Rita Ribas Guimarães, “que foi uma grande benfeitora, além da área do terreno para a construção da Capela, doou também, uma imagem da Nossa Senhora da Conceição”. A partir de então, muitos moradores participaram com donativos e mão-de-obra para erigir a capela da madeira. Destacam-se: Jacob Nadal, Domingos Nadal, Bortôlo Nadal, Paulo Zarpelão, Isidio Sarigheli e “muitos outros membros da colônia italiana aqui domiciliada”.

Em 19 de outubro de 1927, o tempo foi bento por ordem do Bispo da Diocese de Curitiba, a qual Ponta Grossa pertencia, D. João Carvalho Braga. A solenidade foi presidiada pelo Pe. Martinho Weber, vigário da Paróquia de Sant’Ana. Dessa forma, a capela apresentava acomodações necessárias para realizar os ofícios religiosos, como a Santa Missa, que somente era celebrada aos domingos, sempre com autorização do vigário.

Devido o crescimento populacional do bairro e, por consequência, dos participantes da capela, em 1929, iniciou-se a construção de um novo templo, desta vez em alvenaria. Durante os primeiros anos da década de 1930, as obras prosseguiram com a colaboração de fazendeiros e moradores da comunidade, que doaram animais para a realização de churrascos e prendas para as quermesses organizadas pela Comissão encarregada da administração das obras. As missas continuaram a ser “oficiadas na capela de madeira que ficava no meio da construção onde abrigava todos os fiéis”. Em 1932, a Igreja, parcialmente concluída, foi entregue aos fiéis. A partir de então, as missas eram celebradas no altar-mor, que apresentava as condições necessárias para a realização dos atos religiosos.

Entre os anos de 1934 e 1947, a Capela funcionou esporadicamente, tendo seus ofícios realizados pelos padres da Congregação do Verbo Divino, responsáveis pela Capela e, posteriormente, Paróquia do Rosário. Segundo Margarida Caos, nessa época a “Igrejinha já era de material, o assoalho era de madeira, os santos ficavam no chão, pois ainda não existia suporte para apoiá-los e no altar ficava a capelinha de madeira com a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição”.

De acordo com o Livro Tombo da Paróquia, a comunidade do bairro de Uvaranas construiu ao lado do templo o Clube Santa Cecília, para a realização de festas de casamento celebrados na Igreja além de outros eventos sociais. O primeiro casamento realizado na Igreja foi de Bento Ferreira de Andrade e Henriqueta Nadal de Andrade. Muitos desses eventos contavam com a participação da Banda do 13º Regimento de Infantaria ou então, do Coral Santa Cecília, criado em 1930 por Agenor Veiga e formado por habitantes da região.

Em 30 de janeiro de 1948, o Bispo Diocesano D. Antônio Mazzarotto entregou a administração da Reitoria de Nossa Senhora Imaculada Conceição a responsabilidade da Congregação dos Padres Capuchinhos, representada naquele momento por Frei Carlos.

Durante o ano de 1951, a Igreja passou por modificações dirigidas por Frei Ambrósio. Com as obras foram construídas duas capelas laterais e uma cinta de cimento do alto do muro perimetral. No ano seguinte, a comunidade dirigida pelos senhores Taufik Dejob e José Ribeiro, organizaram uma campanha para adquirir três sinos, um deles foi doado por Bortolo Nadal e colocando na torre do tempo. A inauguração dos novos sinos ocorreu em 1º de junho, contando com a presença do Bispo Diocesano D. Antônio Mazzarotto.

Em 29 de maio de 1955, o Bispo de Ponta Grossa elevou a Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição a condição de Paróquia atrás do Decreto nº 28, instituído como seu pároco o Pe. Frei Clemente de V. Felicidade. Nesse mesmo ano, foram colocados no tempo caixilhos de ferro, vidros martelados coloridos, lâmpadas fluorescentes e “foi comprado o aparelho de Alto Faltante para animar as festas”.

Em todos esses momentos encontra-se sempre de forma marcante a presença da comunidade, seja participando dos ofícios religiosos, das outras atividades desenvolvidas na paróquia ou das festas e campanhas para arrecadação de verbas. No entanto, essa “presença” também pode ser encontrada nas lembranças de antigos moradores como Décio Borsato: “Minha Primeira Comunhão, relembro vendo as fotos, onde a gente conviveu bastante com os colegas que hoje estão aposentados e quando fui coroinha, aprendi a torrar café com os freis e jogava futebol com eles”. No Livro Tombo, encontra-se os registros da aquisição do terreno, ampliação de quadras e construção de estádio de “foot-bool de salão e wolei-bool”, um patrimônio construído para atender as necessidades dos habitantes dessa comunidade.

Anualmente eram registradas pelo pároco as modificações e/ou manutenções que por ventura ocorriam no templo, como a pintura interna do forro e paredes, assim como as aquisições indispensáveis, como a Via Sacra e a cômoda de imbuia confeccionada para ser utilizada na sacristia, em 1958. No ano seguinte, a Paróquia adquiriu mais um lote nos fundos da matriz, pertencente a Bento dos Santos. Em sua ampliação de patrimônio mandou construir um altar de imbuia igual ao existente na Igreja Sagrado Coração de Jesus, para homenagear Nossa Senhora de Fátima.

Quando se analisa a trajetória da Capela e Paróquia de Nossa Senhora Imaculada Conceição, percebe-se o quanto a comunidade do bairro se identifica com a sua história. Décio Borsato exemplifica esse reconhecer-se como um membro participante: ” Vivi a infância, a juventude e até a velhice, tentando prestar serviços para a “Igrejinha” e transmitindo para meus filhos”.Fredrik Barth ao trabalhar como identidade, afrima que o conceito é uma categoria de atribuição e identificação realizada pelos próprios atores, organizando a interação entre as pessoas. As diferenças de categorias não dependem de uma ausência de mobilidade, contato e informação, mas as pessoas (e até grupos) desenvolvem processos sociais de exclusão e de incorporação pelos quais características discretas são mantidas, apesar do fluxo de pessoas que atravessam essas fronteiras. Não é a soma de diferenças objetivas que caracteriza uma identidade, mas práticas que os próprios atores considerem significativas. Em outro trecho de sua entrevista Décio Borsato deixa claro como se processou essa relação da comunidade com a sua Igreja: “A Imaculada Conceição faz parte da cidade, do bairro, é uma marca emocionante na vida da gente, e o bairro significa o berço”.
Pesquisadora: Elizabeth Johansen Capri
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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