Nascido em Ponta Grossa, Manoel Ribas se
mudou para Santa Maria para trabalhar em uma grande empresa do ramo
ferroviário. Foi eleito prefeito da cidade gaúcha em 1928, quando
começou a ganhar a confiança de Getúlio Vargas, então governador do Rio
Grande do Sul. Em 1932, nos primeiros anos do Estado Novo, Vargas nomeou
Manoel Ribas como interventor do governo no Paraná. A gestão foi a mais
longa da história do estado (14 anos) e esteve sempre alinhada com a
ambígua política nacional: rígida e focada em avanços na estrutura
socioeconômica do estado.
Manoel Ribas tinha o apelido de “Maneco Facão”, resultado dos cortes
rígidos que fazia no orçamento e no pessoal que trabalhava nas
repartições públicas, quando o rendimento não era como esperado. Alguns o
acusavam de tomar essas decisões de maneira arbitrária.
É lembrado até hoje por determinadas obras, como a construção da Estrada
do Cerne que ligou a capital ao norte pioneiro e com a reestruturação
do Porto de Paranaguá. Com as obras, o Paraná foi inserido no mapa da
exportação (até então a maioria dos produtos paranaenses ainda saíam do
país pelo Porto de Santos).
Criou vários hospitais e escolas – dentre elas o Colégio Estadual do
Paraná – e incentivou a instalação de empresas e a ocupação do interior
do estado, medida que ajudou a desenvolver a região de terra roxa e, por
consequência, a riqueza cafeeira do Paraná.
1954
Nenhum comentário:
Postar um comentário