quinta-feira, 22 de junho de 2017

Manoel Ribas

Nascido em Ponta Grossa, Manoel Ribas se mudou para Santa Maria para trabalhar em uma grande empresa do ramo ferroviário. Foi eleito prefeito da cidade gaúcha em 1928, quando começou a ganhar a confiança de Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul. Em 1932, nos primeiros anos do Estado Novo, Vargas nomeou Manoel Ribas como interventor do governo no Paraná. A gestão foi a mais longa da história do estado (14 anos) e esteve sempre alinhada com a ambígua política nacional: rígida e focada em avanços na estrutura socioeconômica do estado. Manoel Ribas tinha o apelido de “Maneco Facão”, resultado dos cortes rígidos que fazia no orçamento e no pessoal que trabalhava nas repartições públicas, quando o rendimento não era como esperado. Alguns o acusavam de tomar essas decisões de maneira arbitrária. É lembrado até hoje por determinadas obras, como a construção da Estrada do Cerne que ligou a capital ao norte pioneiro e com a reestruturação do Porto de Paranaguá. Com as obras, o Paraná foi inserido no mapa da exportação (até então a maioria dos produtos paranaenses ainda saíam do país pelo Porto de Santos). Criou vários hospitais e escolas – dentre elas o Colégio Estadual do Paraná – e incentivou a instalação de empresas e a ocupação do interior do estado, medida que ajudou a desenvolver a região de terra roxa e, por consequência, a riqueza cafeeira do Paraná.
1954

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