Alfredo Maria Adriano D’Escragnolle Taunay,
o Visconde de Taunay, foi presidente da Província do Paraná de 1885 a
1886. Em Curitiba, ele é lembrado pela criação do Passeio Público. A
obra foi feita com dificuldade (dos 48 mil metros quadrados que o parque
ocuparia inicialmente, apenas 6 mil eram de terra firme, o resto era um
banhado) e às pressas. A cerimônia de inauguração, cheia de improvisos,
foi realizada um dia antes do Visconde de Taunay passar o governo para
Joaquim de Almeida Faria Sobrinho, que teve que arcar com despesas
futuras e corrigir defeitos da obra.
O Visconde de Taunay cresceu em um ambiente culto, influenciado pelo avô
e pelo pai, que estudavam arte e literatura. Durante a Guerra do
Paraguai, em 1865, acompanhou o corpo expedicionário do Mato Grosso e de
lá trouxe inspiração para obras como “Cenas de viagem” (1868), “A
Retirada da Laguna” (1871) e “Inocência” (1872). Ganhou visibilidade
como escritor e logo foi convidado a ingressar na política. Foi
entusiasta de medidas como casamento civil, a imigração, a libertação
gradual dos escravos e a naturalização automática de estrangeiros. No
Paraná, recuperou a estratégia de Lamenha Lins para atrair imigrantes.
1949
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