Um dos principais nomes no Cerco da Lapa –
episódio que veio a ser tratado por alguns historiadores como a
principal razão para a República ser “salva” – o general Gomes Carneiro
perdeu a vida durante a Revolução Federalista (1893 a 1895). Para outros
pesquisadores, o que o Cerco da Lapa fez foi contribuir para a
manutenção do Marechal Floriano Peixoto, chamado de “marechal de ferro”,
como presidente do Brasil. Afinal, os revoltosos não deveriam, segundo
quem defende esta tese, colocar por terra a República recém-instaurada –
o objetivo seria tirar Peixoto do cargo.
Gomes Carneiro comandou as tropas que impediram o avanço da Revolução
Federalista no Sul do Brasil. Durante 26 dias, ele e sua tropa
resistiram aos ataques dos 3 mil combatentes comandados por Gumercindo
Saraiva. Pelo menos 500 pessoas morreram. Com a morte do comandante em
fevereiro, a Lapa se rendeu e deixou a passagem aberta para que os
revolucionários tomassem Curitiba. Mesmo com a derrota, o tempo perdido
na Lapa contribuiu para que o Exército de Floriano se organizasse e
conseguisse derrotar os federalistas.
Veterano da Guerra do Paraguai, Carneiro ainda chefiou Comissão de
Linhas Telegráficas na “Marcha para oeste”, de 1890 a 1892.
1957
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